Mirror Myself In You escrita por LadyDelta


Capítulo 29
7 Years


Notas iniciais do capítulo

Sem nota, sem nada. Sono, morte, faleci.
revisão escrota, fim.

Música do capítulo: 7 years x latch - mashup
Playlist da história.

YouTube:

https://www.youtube.com/playlist?list=PLqzyWlKccLfamc0Zj0ZnRquCAmLaa_Den

Spotify:

https://open.spotify.com/playlist/2GOa9C4tuU2boRWQEZwGtG?si=i115-RDLS1e8UfRhYOlnEQ


Me siga no twitter, sempre surto por lá e aviso também caso algo aconteça:

https://twitter.com/LeidiDeuta

Entre nas #WeAreOvelhinha se quiser falar qualquer coisa relacionado a história:

https://twitter.com/hashtag/WeAreOvelhinha?src=hashtag_click

Dito isso

~Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/798356/chapter/29

Victória Pov.

Fechei a porta em minhas costas e olhei para Galateia, que olhava ao redor do quarto em curiosidade, o qual eu havia arrumado no menor tempo possível. Não acredito que surtei perto dela desse jeito, ela vai achar que minha família é doida.

— Então... – Comecei e ela deu uma risadinha. – Esse é o meu quarto. – Apresentei andando pelo local totalmente arrumado. Joguei todas as minhas roupas dentro do guarda-roupa sem nem conferir se estavam sujas. Não podia deixar Galateia entrar aqui com a mínima bagunça depois de ver como o quarto dela é impecável na organização. – Oh, a Galateia. – Corri até a flor perto da janela e estendi o dedo para borboleta, que não demorou a subir no mesmo. – Olha que linda. – Voltei sorridente e Galateia a pegou pelas asas.

— Que lindinha. Na foto ela parecia maior, mas é tão pequenina. – Lhe olhou de vários ângulos e fui para suas costas, tirando as mochilas que carregava e colocando sobre a cadeira do meu computador.

— Então é um filhote? – Questionei tirando meu all-star e lhe empurrando com o pé para o lado da mesa do computador, ouvindo a risada dela.

— Filhote ela é quando é uma lagarta. Não existe borboleta formada que seja um filhote. – Riu baixinho e lhe olhei confusa. Como assim não?

— Mas ela é pequena! É um bebê.

— Não, meu amor. Ela só tem o corpo e asas em um tamanho menor que o padrão. – Explicou e deitei a cabeça em seu ombro para olhar o bichinho. Ela me chamou de “meu amor”?

— Uma borboleta filhote. – Impliquei e ela riu virando a cabeça um pouco de lado para tentar me olhar, o que aproveitei para beijar seu rosto e me afastar. – Vanessa está fazendo o jantar e não vai demorar para ficar pronto. Quer tomar um banho enquanto isso? – Propus e ela assentiu indo até minha flor para colocar a borboleta de volta, se ajoelhando no chão para lhe analisar, erguendo folha por folha. – O que tá fazendo?

— Achando seus netos, aqui. – Mostrou a folha e corri em sua direção. NETOS? – Sua borboleta filhote, deixou sete ovinhos na sua flor. – Mostrou os pontinhos brancos e olhei para borboleta que estava pousada sobre a flor, mexendo as asas de leve.

— Você trouxe filhos pra eu cuidar? – Apontei o dedo em sua direção, chocada com a notícia de que terei mais borboletas.

— É estranho. Borboletas deixam os ovos e vão embora, essa aqui quer ficar com você. – Contou e lhe olhei com um sorriso.

— Então tenho uma super borboleta?

— Ao que parece. – Sorriu e fiz o mesmo.

— Bom, agora que está na minha casa, eu preciso dizer. – Fui em direção a minha cama e me joguei nela. – Bem-vinda a minha vida.

— Só agora que entro na sua vida? – Veio em minha direção e se sentou na beira da cama. – Poderia ter sido bem antes, como você é malvada. – Se inclinou para deitar ao meu lado. – Você entrou na minha desde o momento que foi designada para o meu grupo, mas eu ach... AAAAH. – Deu um gritinho ficando de pé, o que me levou a fazer o mesmo o mais rápido possível. Por Deus! Só pode ser um inseto.

— O... O que foi, Galateia? – Perguntei preocupada e ela andou até se esconder atrás do meu corpo, apontando para cama.

— Não que eu acredite nessas coisas, mas... O seu travesseiro mexeu sozinho. – Falou assustada e olhei para onde ela apontava, não conseguindo segurar o riso, que veio alto.

— Não acredita? E esse gritinho fofinho que deu?

— Victória! O seu travesseiro MEXEU! – Fez bico e neguei com a cabeça me ajoelhando na cama para puxar Kis na minha direção, que tentou se manter no lugar firmando as patinhas.

— Não é um travesseiro. Diz um oi pra Kis. – Falei ficando em pé com ela no colo e balançando suas patinhas. Às vezes até eu a confundo com um travesseiro, por que kis é tão peluda e branquinha que dá vontade de morder. Ela é da raça Maltês, então pelo é o que não falta. – Você nem devia estar na minha cama, sua pulguenta! Eu não quero respirar seu pelo quando for dormir. – Reclamei a virando na minha direção e Galateia a pegou do meu colo para abraçar contra o peito

— Você não disse que ela era tão pequenina e branquinha, meu Deus! Que coisinha mais fofinha. – Se sentou na cama com ela e a deitou sobre a mesma para lhe fazer carinho, o que a sem vergonha aceitou de primeira, rolando de um lado para o outro. Essa cachorra não presta. Tenho certeza que foi Jhu que colocou ela aqui dentro na intenção de assassinar minha borboleta.

— Eu não ia ter um cachorro de grande porte. – Sorri por toda sua empolgação com minha cachorra.

— Ela é tão fofa. – Falou animada e virou Kis em minha direção, mostrando o rabinho de cavalo que havia feito em seu pelo com uma das pulseiras de pano do seu braço.

— Uau... Ela tem olhos. – Brinquei e ri por uma almofada vir em direção ao meu rosto.

— Você não presta, Vick. – Riu voltando a brincar e me sentei ao outro lado da cama para observar quão feliz ela estava em poder fazer carinho no bichinho.

— Você parece gostar de bichinhos.

— Eu amo! – Mexeu a mão um pouco rápido sobre a barriguinha de Kis e sorri.

— Então... Você quer jantar? – Perguntei depois de alguns minutos lhe observando brincar, querendo puxar assunto, já que agora parece que Kis tem mais atenção que eu.

— Você vai junto? Porque aí não fico com vergonha.

— Que vergonha que nada! E é claro que vou jantar. Minha vida é comer. – Brinquei e ela analisou minha cama, esticando a mão para pegar algo, virando de um lado para o outro o livro que tinha puxado. O que me fez arregalar os olhos ao ver ser meu livro favorito da mãe dela, chamado Are you in pain now?

— Are you in pain now... – Sussurrou foleando o livro lentamente, o qual parou na minha página favorita que estava marcada, onde Scarlet descrevia a sensação da perda que Agnes sentia por Christophe, seu irmão mais velho. – Personagens tão cheios de sentimentos. — Falou ao acabar de ler o conteúdo da página, fechando o livro e o colocando sobre minha cômoda, focando sua atenção em Kis. Espera, porque ela parece tão triste? Parece estar prestes a chorar. A cena é triste, mas...

— Are you in pain now? – Perguntei e arregalei os olhos por ver seus olhos marejados. – Não! Galateia. Não, não. – Engatinhei em sua direção e estiquei os braços para lhe abraçar, puxando seu corpo na direção do meu. Porra! – Não faz assim não, é só uma cena triste. – Lhe abracei forte e olhei para o livro sobre a cômoda, voltando minha atenção para Galateia quando seus braços me circularam.

— Não é só uma cena triste quando minha irmã está em cada uma das linhas. – Sussurrou chorosa e entreabri a boca sem saber o que dizer. O quê? A irmã dela? Como assim a irmã dela está nas linhas desse livro? Scarlet? Que porra você fez? Você é uma escritora incrível e um lixo como ser humano? A irmã dela não está morta pelo que sei. Então como que está em cada linha dessa página?

— Não fica assim, Téia! – Sussurrei beijando o topo da sua cabeça e seus braços saíram do meu redor por seu corpo ir para trás e seu olhar focar no meu em surpresa.

— O quê? Você disse o quê?

— Não fica assim? – Perguntei confusa.

— Não! Você me chamou de outra coisa sem ser o meu nome. – Lembrou e pensei um pouco a respeito. Oh, é verdade. Eu acabei de chamar ela de Téia? Meu Deus! Esse apelido surgiu do nada?

— Acho que acabei de te dar um apelido. – Sorri feliz por ter conseguido encontrar um de um jeito tão aleatório. Já fazia um tempo que estava procurando um e meu cérebro só frisava que Gala era escroto demais. - Vou te chamar de Téia de agora em diante. Ia ser Gala ou amor da minha vida, mas entre um ridículo e outro longo demais, Téia é... Fofo? – Perguntei receosa, já que sua expressão parecia de total choque. Deus, ela odiou, vai me xingar por usar isso.

— Sério? – Perguntou e assenti por ver suas bochechas ficarem vermelhas. Deus, ela gostou!

— Sim, você me chama de Vick toda fofinha e eu fico aqui dizendo que te darei um apelido e nunca dou. Agora é Téia. – Sorri e me inclinei brevemente para beijar sua testa. – Não fica tristinha não, a gente pode fazer qualquer coisa hoje, mas primeiro, vamos comer? Daqui a pouco Vane entra aqui com uma faca para nos obrigar a comer. – Brinquei e ela riu baixinho.

— Vamos, só irei lavar minhas mãos. – Se ergueu na cama e abri a porta do banheiro para que as lavasse. Depois que ela lavou as mãos eu fiz o mesmo, rindo por ela mover os dedos em minha direção, jogando vários respingos de água em mim.

— Você é muito bobona. – Falei fazendo a mesma coisa com ela, que deu um sobressalto, limpando o rosto com a manga do uniforme. – Não é bom quando é com você, né? – Impliquei e ela me deu língua. – Pega Kis, não gosto que ela fique na minha cama, muito pelo para lidar. – Pedi e ela praticamente deu pulinhos em direção a minha cama para pegar a cachorra.

— Ela é fofa.

— Você que é fofa, garota. - Peguei sua mão livre com carinho, lhe guiando para porta do meu quarto. Vendo que pai, Vane e Jhu estavam sentados na sala.

— Ué, não vão jantar? – Perguntei confusa e se ergueram juntos.

— Vocês ainda não tinham aparecido. – Falaram em uníssono e estreitei os olhos. Algo está muito errado aqui. Nunca se comportam desse jeito. Será que preciso trazer Galateia aqui em casa direto para se comportarem feito gente normal?

— Sei. Quem colocou a Kis no meu quarto? – Perguntei a pegando do colo da Galateia para colocar sobre o sofá, olhando para minha mão ao ver que precisaria lavar de novo.

— Eu. – Jhu falou e revirei os olhos. – Eu queria entrar lá, mas aquela borboleta feia está lá. – Reclamou e sorri maldosa.

— Ótimo, ela terá vários filhotinhos agora.

— Urgh. Joga esse bicho fora. – Reclamou indo pra cozinha e ri baixinho me inclinando para sussurrar no ouvido da Galateia.

— Ela morre de medo de borboleta. – Ri e ela riu baixinho, me surpreendendo por beijar meu rosto.

— Não implique com a sua irmãzinha. – Pediu e ergueu ambas as mãos no alto. – Lavar. – Sorri carinhosa e beijei seu rosto de volta, a guiando para o banheiro social da casa.

Galateia Pov.

Feliz é um termo fraco para como estou me sentindo agora. Conheci a família da Vick, que são pessoas maravilhosas, a netinha da tia Cass, que tenho certeza que vai ficar muito feliz de ouvir sobre a criança. Para melhorar meu sentimento de felicidade por estar em um ambiente tão acolhedor, Vick ressuscita o antigo apelido pelo qual me chamava. Eu não fazia ideia que ela poderia se lembrar dele, mas o disse de novo! Mesmo que esteja óbvio que ela não faz ideia que me chamava assim antes, isso significa que inconscientemente o seu cérebro lembra. Não sei explicar como esse simples apelido melhorou o meu ano inteiro.

Engraçado como ver aquele livro da minha mãe me pegou de surpresa momentaneamente até me lembrar que Vick ama sobrenatural e que é óbvio que teria um ou dois livros dela, mas ver aquele livro em específico, marcado naquela página específica... Minha mãe é uma escritora incrível, mas o relato dos sentimentos da Agnes por Christopher... É exatamente como a Liane ficou quando precisei ir para casa da tia Cass, foi como ela se sentiu no seu mês de castigo. Em vez de cuidar dela, mãe preferiu escrever sobre o seu sentimento. Eu soube no mesmo instante que tudo naquela página se resumia a Liane, porque eu conheço a minha irmã o suficiente para saber que Agnes é uma representação sua do início ao fim. Ler isso de novo, sabendo como está nossa relação agora, me pegou totalmente desprevenida.

— Você acha que a Galateia me ama? – Vick perguntou abaixada perto da sua flor enquanto brincava com a borboleta que se comportava de maneira estranha para uma borboleta. Sorri para como ela estava concentrada no bichinho e afrouxei o nó da minha gravata, já que estava me preparando para tomar banho, porque não o fiz antes do jantar e depois passamos tempo demais conversando.

— Galateia com certeza te ama. – Desfiz o nó da gravata e comecei a desabotoar o paletó do uniforme. – A borboleta já não sei. – Tirei o paletó o colocando sobre sua cama e peguei minha muda de roupa dentro da mochila. Terei de ligar pro Robert para me trazer mais roupas.

— Então você me ama? Sabia que estava certa sobre isso. Você é caidinha por mim. – Vick falou e me virei em sua direção, sorrindo por vê que estava com as mãos na cintura e uma expressão divertida. Você acha que estou brincando com você, garota? Pois se prepare que vou deixar isso bem óbvio.

— Você não faz ideia do quanto. – Peguei minha toalha e fui até a porta do banheiro.

— Você não me provoca, Galateia. – Alertou e olhei para trás, sorrindo por ver como ela parecia nervosa e desconcertada.

— Quem está provocando? Apenas afirmei. – Pisquei e entrei no banheiro fechando a porta em minhas costas, cobrindo o rosto com ambas as mãos para soltar um grito abafado. Meu Deus! É fácil flertar, mas com a Vick eu me sinto toda retardada, minha confiança é da altura de um duende. Por que é tão difícil flertar com a garota que eu gosto? Vontade de me jogar de uma ponte. Todas as minhas habilidades de flerte aprendi com a Liane e com a Sara, mas nunca na minha vida me senti tão desconcertada em usar o que aprendi com as pessoas, mas a Vick é tão lerda que o nervosismo de estar flertando em vão me deixa totalmente sem jeito.

De alguma forma eu sabia que ela não levaria a sério e tudo teria sido por água abaixo, então simplesmente me recompus e fui tomar meu banho, não demorando tanto no mesmo, porque era óbvio que me manter aqui por muito tempo não faria minha vergonha passar. Suspirei ao desligar a água e me sequei calmamente antes de vestir minhas roupas. Enrolei a toalha no cabelo e abri a porta voltando para o quarto dela, a encontrando sentada na cama enquanto mexia no celular.

— Ora, ora, a senhorita afirmação voltou. – Falou largando o aparelho sobre a cama para se levantar e pegar a própria toalha que estava na cadeira do seu computador. – Já que está afirmando, eu também irei. – Falou próxima de mim e tensionei o corpo por sua boca se aproximar da minha orelha. - Eu te amo, miga. – Beijou meu rosto com carinho e foi para o banheiro fechando a porta. MEU DEUS! MEU CORAÇÃO, INFERNO. Aaaah isso não é justo, ela não leva nada a sério, que ódio. Garota! Eu não te amo como amizade, sua ridícula. Deus! Que raivaaa. Lerda, lerda e lerda. O que mais eu preciso fazer? Que desgraça.

Suspirei cansativa e esgotada para ir me sentar na cama dela, deixando meu corpo cair para trás em completo desânimo. Se eu flerto, estou brincando! E se digo que amo é como amizade? Pelo amor de Deus. Virei para o lado sobre o colchão e estiquei minha mão para pegar meu celular que havia deixado sobre o travesseiro dela, desbloqueando o mesmo e mandando mensagem pra Liane.

[21:32]: Me ajuda :(

Enviei olhando para o teto do quarto, onde havia um grande espelho de fundo escuro, que quase não me permitia ver meu reflexo. É ele que faz aquelas luzes bonitas da foto?

[21:33]: Me chama que eu apareço como uma boa cachorrinha. O que foi, meu amorzinho? Problemas com sua crush? Do que precisa da sua big irmã?

[21:34]: Ela não leva nada do que eu falo a sério!!! Preciso de uma intervenção divina ou tudo que conseguirei é ilusão.

[21:35]: Mas só por cima do meu cadáver que você vai viver de ilusões. Disse que o desejo dela foi ganhar um beijo seu! ELA É DOIDA? Por que tipo, se eu quisesse beijar a minha crush e ela se oferecesse para isso... NÃO IA RECUSAR NUNCA!!! Tá que hoje cedo você me avisou que a Sara descobriu que ela acha que você está brincando com ela. Pode me dar 2 minutos?

Li o conteúdo da sua mensagem e mandei um “ok” de volta, abrindo minha mensagem com Sam, já que havia acabado de me enviar uma.

Divindade:

[21:35]: Me manda uma foto de vocês quando puder? São tão fofinhas juntas que eu preciso ter uma foto pra fazer um quadro aqui na minha casa. Não estou me sentindo muito bem hoje, então é sua obrigação me alimentar com coisas fofas.

Sorri com a mensagem e lhe digitei uma resposta. Sam tem um padrão de me mandar mensagens todos os dias, normalmente é um simples “tenha um bom dia”, fora isso só recebo qualquer outro tipo de conteúdo quando aviso que não poderei ir na sua casa para jogar ou quando ela está de TPM.

[21:36]: Tudo bem, vou pedir pra Vick. Ela também vai me ajudar a te mandar coisas fofas.

Enviei e me virei para o outro lado da cama esperando Liane me responder. Talvez eu não devesse encher ela com meus problemas bobos, mas ler aquela página do livro me deixou triste. Não porque eram os sentimentos da Lily ali, mas porque me recordou que minha mãe pegou algo pessoal meu, que estava escrevendo para Liane e além de modificar as coisas, publicou como se fosse algo dela. Era minha mensagem para minha irmã, algo que deveria ser nosso e que só não se tornou completamente público porque ela surtou ao descobrir.

Liane:

[21:37]: VOLTEI! Eu achei uma solução pro seu probleminha com a lerda, quer dizer, Verônica.

[21:37]: Victória!!!! De onde você tirou Verônica?

Ri depois de enviar e neguei com a cabeça. Verônica...Virgínia... De onde ela tira esses nomes e porque acha eles parecidos com Victória?

[21:40]: Isso! Não sei, não pego o nome das pessoas rápido, daí chuto a primeira coisa que vem a cabeça com a letra V. Quase que falei Violeta! Enfim, a sua solução que funciona em 99% das vezes. Passo 1: Volte ao assunto do desejo, nem que pra isso precise enfiar um chocolate na goela dela. Passo 2: Se ofereça para realizar o desejo outra vez (você provavelmente não vai querer fazer isso de novo, mas confia na sua irmãzinha linda). Passo 3: Se ela parecer que vai negar, desafie. Ela é do vale, a gente não pode ver um desafio que já quer fazer. Passo 4: Beija ela. Passo 5: Não precisa fazer mais nada não. Quando as coisas estão desse jeito, um simples beijo muda tudo.

Li toda sua mensagem e me sentei na cama para lhe responder, quase deixando o celular cair no meio do chão pelo susto que levei por Vick sair do banheiro secando o cabelo na toalha.

— Nossa! Assustei você? – Riu divertida e sorri voltando a digitar minha resposta, tentando fazer isso rápido.

[21:43]: Tudo bem, farei o que disse. Muito obrigada, Lily. Se não tivesse me respondido eu provavelmente iria surtar o fim de semana todo. Amo você.

Enviei rapidamente e bloqueei o celular o jogando para o lado e abraçando meus próprios joelhos enquanto observava Vick andar de um lado para o outro guardando suas coisas.

— Sam pediu pra mandar uma foto pra ela e coisas fofas. – Comentei e ela parou no meio do caminho com sua mochila em mãos, me olhando em curiosidade.

— Foto? Nossa?

— Uhum.

— Caralho! Vamos. – Jogou a mochila no chão e correu na minha direção, se jogando na cama e pegando o celular. – Foto com a deusa da minha supremacia. Nunca irei negar. – Se arrastou na minha direção e se enfiou embaixo dos meus braços enquanto erguia o celular no alto.

— O que está fazendo? – Perguntei rindo por ela começar a se mexer de um lado para o outro procurando uma posição.

— Tentando achar uma pose legal. Vira o rosto um pouco pra lá. – Pediu e fiz o que mandava, arregalando os olhos por sentir sua língua passar sobre minha bochecha. EU NÃO ACREDITO QUE ESSA GAROTA ACABOU DE ME LAMBER.

— Garota? – Me afastei sentindo meu rosto quente. Ela me lambeu!

— Que foi? A foto ficou bonitinha. – Me mostrou a imagem e abri a boca não acreditando que ela tirou uma foto minha no momento que estava prestes a ter um ataque do coração.

— Apaga.

— O quê? Mas nunca! Olha seus olhinhos azuis arregalados, tá fofinha. – Riu e tomei o celular da sua mão para apagar a foto. – NÃO! NÃO SE ATREVA. – Gritou puxando meu braço para o lado e forcei meu corpo para o outro, me virando na cama enquanto tentava apagar, sendo impedida por sua mão segurando meu dedo. – Me devolve isso, Galateia Merok! – bradou e ri alto do seu tom autoritário.

— Perdeu! Eu vou apagar. – Usei a outra mão para apertar no botão de delete, mas arregalei os olhos por ela dar um tapa no celular o fazendo escapulir.

— RÁ! Trouxa. – Pulou no mesmo e bloqueou a tela. – Vai lá, espertona. Apaga agora! Duvido descobrir a minha senha. – Jogou o celular em cima de mim e olhei para tela apagada do mesmo.

— Isso é trapaça.

— Tô nem aí. Não vai apagar a minha foto onde estou te lambendo. – Falou e estreitei os olhos em sua direção, deixando um sorrisinho ocupar meus lábios.

— Sua foto onde você está fazendo o quê? – Perguntei maldosa e seus olhos se arregalaram em descrença.

— GALATEIA! MEU DEUS. – Me empurrou para trás e caí de costas na cama, rindo sem conseguir parar. – Olha o que você falou! Ridícula. – Começou a me acertar vários tapas e continuei a rir, sentido minha barriga doer. – Você... Para de rir, idiota. – Reclamou e limpei uma lágrima.

— A sua cara foi impagável. – Falei tentando conter o riso e segurei seu pulso por sua mão vir para me acertar mais um tapa. – Seus tapinhas são ardidos, Vick. – Choraminguei e ela fez bico.

— Você é muito idiota. Não sabe brincar.

— Realmente, não estou brincando. – Falei séria e ela acertou o travesseiro no meu rosto.

— Vou sufocar você. – Ameaçou fingindo apertar o travesseiro e voltei a rir.

Victória Pov.

Meu Deus! Não acredito que ela falou isso pra mim. Porra! Caralho, a voz dela foi tão sugestiva que... POR QUÊ? Ela tem uma carinha de anjo, como que do nada me manda uma dessa? Meu coração ainda está batendo rápido pela imagem que ela fez se formar na minha cabeça.

— Quando eu acabar você estará falecida. – Falei me sentando sobre seu corpo para apertar de leve o travesseiro em seu rosto, rindo diabolicamente por ela fingir se debater. Deus, eu amo brincar com essa menina. – Peça por misericórdia ou morra sufocada. – Ameacei e minhas mãos vacilaram em segurar o travesseiro quando as suas seguraram em minha cintura, mantendo um aperto firme. Meu Deus! MEU DEUS!!!

— Eu peço por misericórdia. – Sua voz saiu abafada e não pensei duas vezes em pular do seu colo para longe o suficiente para acalmar meu coração. Misericórdia sou eu que peço. Ela tem uma mão firme que... Obra do diabo pra me desvirtuar do bom caminho.

— Sua sorte é que hoje eu estou boazinha. – Menti tentando não deixar minha voz vacilar. Sua sorte é que eu sou gay demais para me manter firme em qualquer brincadeira com você.

— Como eu tenho sorte. – Deu uma risadinha colocando as mãos atrás da cabeça. – Acho que me deu sono agora. – Bocejou e pouco faltei para ajoelhar no chão em agradecimento. Galateia acaba de destruir todas as minhas estruturas essa noite.

— Tudo bem. Vou pegar o seu edredom. – Fui até meu guarda-roupa a procura do que queria e quando me ergui ela estava de pé perto da própria mochila, procurando algo nela. – Cama arrumada. – Alertei afofando os travesseiros, jogando o edredom sobre o colchão.

— E eu vou dormir onde? – Perguntou cobrindo a boca para bocejar de novo e sorri carinhosa. Ela desliga do nada assim?

— Como assim onde? Comigo. – Alertei e ela tirou uma barrinha de chocolate da bolsa a abrindo e mordendo um pedaço.

— Tudo bem. – Deu várias mordidas seguidas, acabando com o chocolate rapidamente e pegou sua escova de dente.

— Quantas barras de chocolate você tem nessa bolsa? – Perguntei curiosa, já que pelo tempo que convivo com ela, ela tem sempre um chocolate em momentos aleatórios.

— Algumas. – Falou sonolenta e foi para o banheiro. – Volto em um minuto. – Alertou e fui até o interruptor ao lado da parede para ligar meu espelho infinito e sorri começando a arrumar meu lado da cama, não demorando a deixar tudo certinho e me sentar sobre o colchão a esperando voltar. – Pronto. – Saiu e cobriu a boca para voltar a bocejar.

— Acabou a bateria? – Impliquei e quis lhe apertar por sua caretinha sonolenta. MEU DEUS, ELA É MUITO FOFA. – Venha deitar aqui, bebezinho. – Chamei e ela veio lentamente na minha direção, apoiando a mão no colchão para se deitar logo em seguida e olhar para o teto do meu quarto, analisando o espelho infinito que piscava em cinco cores diferentes, verde, rosa, vermelho, roxo e azul.

— Isso é muito lindo. Parece que estou indo para outra dimensão se olhar por muito tempo. – Falou com a voz mole e apertei as mãos em punho para controlar minha vontade de pular em cima do seu corpo e lhe abraçar, tamanha fofura que ela fica quando está com sono.

— Diz isso por que ainda não viu dessa forma. – Corri até o interruptor e apaguei a luz do meu quarto, deixando somente o espelho ligado. Galateia sorriu e esticou o braço para cima em direção a luz, que agora piscava na cor roxa. Mordi o lábio inferior ao perceber que simples coisas a tornam ainda mais linda.

— É lindo!

— Você é mais. – Sussurrei para que não ouvisse e sorri por ver como a luz refletia nos seus olhos. - Quer que eu o desligue para você poder dormir? – Perguntei e ela apenas negou com a cabeça, se ajeitando na cama e voltando a olhar pro teto. - Então boa noite, Téia. – Falei indo para cama e me deitando ao seu lado, sorrindo por ela se virar para mim.

— Boa noite, Vick. Obrigada por me convidar, eu gosto muito de você. – Sussurrou e guiei a mão para fazer um leve carinho em seu rosto por ver que estava quase dormindo.

— Eu também gosto muito de você. – Falei carinhosa e voltei a sorrir por seus olhos se fecharem. Ela é um neném.

XxX

Acordei meio sonolenta e me sentei na cama olhando para os lados meio desorientada e incomodada com o calor que fazia. Passei a mão sobre a cômoda para achar o controle do ar-condicionado e o liguei apertando várias vezes o botão da temperatura pra ela diminuir. Bocejei e olhei para o lado da minha cama, arregalando os olhos e despertando totalmente em ver Galateia dormindo ali. Caralho! Ela tá na minha casa, tinha esquecido.

Sorri de canto em vê-la totalmente embrulhada no edredom, como se há segundos os dois tivessem disputado uma briga e o edredom tivesse vencido, já que Galateia está toda amarrada nele. Suspirei apoiando a mão ao seu lado para me aproximar e tentar desenrolar o edredom dos seus braços. Acabei de ligar o ar, daqui a pouco vai ficar frio.

Eu vou te matar. — Sussurrou batendo a mão de leve em minha testa e ri ao ver que ainda dormia.

— Tão fofa me ameaçando de morte.  – Sussurrei virando seu corpo um pouco para o lado a fim de tirar o edredom embrulhado em sua cintura, só que, quando fiz um leve impulso para tira-la de cima do tecido, tudo rodou. Arregalei os olhos em bater a cabeça no colchão e só então percebi ter sido atingida por um golpe de karatê, igual ao de hoje cedo. – Galateia! – Chamei assustada e meu coração disparou como louco no instante em que ela se deitou sobre mim, aconchegando-se como se eu fosse um ursinho. – Puta que pariu, mas nem ferrando. Galateia. – Bati de leve em seu braço pelo cheiro do seu perfume entrar nas minhas narinas. Não posso dormir desse jeito, eu teria um treco e morreria de ansiedade.

— Ponto meu. – Murmurou se aconchegando mais e arfei.

— Mas nem por um cacete. Galateia. – Chamei mais alto e ela abriu os olhos sonolenta. Foquei nos azuis e por um minuto me hipnotizei com a visão que tinha, já que atrás dela meu espelho brilhava em todas as cores. Céus! Ela é um anjo.

— Vick? O que você está fazendo aqui?

— E-eu fui te tampar! Mas você me derrubou com um golpe e me jogou aqui. Olha a situação. – Referi-me a nossa posição, mostrando que parecia que estávamos nos agarrando.

— Uau! Já? Sem preliminares? – Perguntou e senti todo meu corpo pegar fogo com suas palavras, enquanto ela piscava algumas vezes tentando se situar. Sua voz agora a pouco estava tão rouca que... Caralho, eu só quero que essa garota me beije. Seria pedir muito se ela oferecesse de novo? Eu aceitaria sem nem pensar. – Vick? – Chamou confusa e me olhou de cima abaixo. - WOW! WHAT? – Saiu de cima de mim ao reparar o que acontecia e se sentou na cama assustada. - Ai meu Deus! Me desculpa, Vick. Desculpa, desculpa, desculpa. – Continuei deitada na cama. Minha respiração está tão desequilibrada. Caralho, ela estava em cima de mim. O QUE DIABOS FOI ISSO DE PRELIMINARES? Pelo amor de Deus. O que passou pela cabeça dela que estávamos fazendo? - Eu machuquei você? – Perguntou se curvando na cama e tocando meu rosto com carinho, mas o toque da sua mão só fez as batidas do meu coração ficarem ainda mais rápidas.

— Nã-nã-não! Eu só fiquei surpresa. Você tem reflexos dormindo. – Falei sem jeito, tentando tirar de minha mente sua voz rouca de segundos atrás. O que foi aquilo? Todos os pelos de meu corpo estão arrepiados ainda, pensei que iria derreter.

— Desculpa por isso, Vick. Eu sinto muito. – Pediu com a voz chorosa e fechei os olhos respirando fundo para me acalmar.

— Tudo bem, Téia. – Falei baixo e rolei para meu lado da cama. - Fui eu que fui mexer com você para te tampar. Eu peço desculpas. Me desculpa? – Pedi me sentando e ela suspirou olhando para as luzes do meu espelho, o que lhe deixou extremamente linda. Ela achou que... O que ela achou que estávamos fazendo quando acordou?

— Eu sinto muito mesmo, não foi de propósito. – Pediu e soltei o ar levemente, sorrindo logo em seguida.

— Não ligue para isso. Vamos voltar a dormir? Aqui. – Estendi o edredom para ela e me deitei, lhe olhando em curiosidade até a mesma se deitar de volta e se cobrir até a cabeça, virando para o lado contrário. O que foi aquilo? Sem preliminares? Ela soou tão fofinha, mas ao mesmo tempo tão sexy. Porra, se a voz dela no seu normal já é maravilhosa, sua voz sonolenta supera tudo.

Apertei as mãos ao lado do meu edredom para ver se paravam de tremer. Sem preliminares... O que isso significa, porra? Você quer preliminares, Galateia? Pelo amor de Deus. O que eu não daria para aquela declaração de que me ama fosse verdade. Eu queria tanto ter certeza do que ela sente.

XxX

Olhei para a janela do quarto ao ver que já estava claro lá fora. Não consegui dormir, não preguei o olho à noite toda. Minha mente foi invadida por dúvidas e mais dúvidas. Galateia disse mesmo aquilo, não disse? Ela realmente disse. Eu não uso drogas para ter imaginado tais coisas vindo de sua boca. Aquilo com toda certeza foi no sentido sexual e nada me diz o contrário, principalmente por sua brincadeira devido a foto que tirei. Pelo amor de Deus, ela perguntou “sem preliminares” de um jeito muito sexy.

Massageei o rosto várias vezes e me sentei na cama, olhando para Galateia a fim de vê-la dormindo, só que dei um pulo no lugar ao ver seus olhos azuis fixos em mim, como se estivesse ansiosa para eu me virar. Coloquei a mão no coração pelo susto e ela riu baixinho.

— Tem quanto tempo que você está acordada? – Perguntei assustada e ela se sentou na cama esfregando os olhos.

— Eu não consegui dormir, porque não sou acostumada com ar-condicionado. Prefiro ventilador. – Senti meu rosto se esquentar. Ela também não conseguiu dormir? Espera, calma. Ela acabou de falar que não consegue dormir sem ventilador, não pense asneiras.

— Por que não levantou? – Perguntei curiosa e ela me olhou erguendo uma sobrancelha.

— Supernormal se levantar primeiro na casa dos outros e sair zanzando por aí, né? Faço muito. – Sorri de canto e ela bocejou se espreguiçando.

— Eu não sou os outros, ora. Sou sua Best friend. – Brinquei e ela se levantou.

— Ok, best friend. Vou escovar meus dentes. – Falou indo em direção ao banheiro e fiquei sentada na cama a esperando sair, o que não demorou muito para voltar para o quarto, o cabelo bagunçado e uma carinha de sono adorável. Sorri carinhosa e segui para o banheiro, fazendo minha higiene matinal na maior lerdeza possível, hoje passarei o dia todo com sono, por causa da Galateia.

— Vick! Você tem uma escova para me emprestar? – Chamou do quarto e me apressei para sair do banheiro, abrindo a porta e lhe vendo sentada na cama revirando a mochila. – Eu não trouxe uma. – Fez bico e fui até meu guarda-roupa pegando o objeto e lhe entregando.

— Quem faz bico quer beijo. – Brinquei e ela riu começando a pentear o cabelo.

— Quem desejou beijo foi você, não eu. – Debochou e me sentei na cama ao seu lado, me deitando logo em seguida.

— Desejo falho, não se realiza nunca. – Reclamei colocando as mãos atrás da cabeça. Ela não vai oferecer de novo. Apenas devo aceitar a derrota, tive minha chance e joguei fora. O pior é que não consigo lembrar o que estava se passando na minha cabeça para recusar um beijo dela, sendo que foi exatamente o que eu desejei. Ah... É verdade, ela poderia só está zoando a minha cara.

— Por que você não quer! Eu te ofereci ajuda e você recusou. – Falou terminando de pentear o cabelo e arregalei os olhos. Ela está mesmo fazendo isso? É SÉRIO?

— Você fica aí brincando comigo. – Ri de nervosismo. Porra! Eu quero aceitar, mas e se aceitar e ela perguntar se eu acreditei na pegadinha? É a Galateia! Por que ela iria querer me beijar?

— Quem disse que é brincadeira? –  Perguntou e arregalei os olhos, focando nos seus lábios por um momento. CARALHO! É SÉRIO MESMO? PELO AMOR DE DEUS, A MINHA PRESSÃO. – Você quer que eu te ajude com o seu desejo? Lembro uma vez que me disse que era responsabilidade minha, então... Estou pegando parte disso. Quer? – Chegou mais perto e engoli em seco. Galateia está se oferecendo para me beijar, NO SÉRIO!

— Você vai mesmo me beijar? Não é uma pegadinha? – Perguntei um pouco em choque. Por que ela me beijaria? Eu não sou nem um pouco atraente, sou?

— Por que eu brincaria com você sobre isso se eu quero te beijar? - Falou séria e fiquei lhe olhando sem reação por um momento. DEUS? O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – Então? Eu te beijo? – Perguntou e assenti meio desnorteada com sua aproximação. ELA DISSE QUE QUER ME BEIJAR! A GALATEIA!!PELO AMOR DE DEUS, NÃO É POSSIVEL. – Ótimo. Que tipo de beijo você desejou?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mirror Myself In You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.