Entre o Amor e a Guerra escrita por Meyoukie


Capítulo 1
Começo


Notas iniciais do capítulo

Oiêe, espero que vocês gostem dessa fanfic!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/798183/chapter/1

As terras vikings era localizado nas montanhas mais altas do Oeste. Longe de todas as criaturas que existiam no mundo,  esses povos primitivos faziam parte de uma sociedade pacífica, qual cultivavam das próprias produções. Dificilmente faziam exportações para outros continentes ou terras, sendo assim, impedidos de explorarem locais perigosos, pondo em risco a população viking e sua dignidade. 

Uma jovem estava sentada sobre uma ponte feita de madeira que dava acesso à  bela vista do horizonte. Possuía dezesseis anos de idade e media um metro e sessenta e cinco de altura. Suas longas madeixas ruivas estavam trançadas em uma trança apertada e suas vestes eram feitas de ferro e couro de animal. 

Eram seis e meia da tarde, o céu estava com uma coloração alaranjada e alguns tons rosa. Era uma dos fenômenos mais belos de se ver naquele local e presenciar aquela obra de arte, lhe enchia de felicidade. 

—Bloom! -Chamou uma voz feminina, muito conhecida por si. Virou-se para observar uma moça loira, mais alta que si e de certa forma, com uma aparência mais delicada. Daphyne vestia sua nova armadura feita de ferro e couro de dragão, escondia sua beleza através de uma máscara feita de madeira branca. A loira adquiriu esse comportamento, como forma de demonstrar antipatia pelo casamento que lhe foi proposto com um parceiro indesejado. 

—Sim? -Indagou com curiosidade.

—Papai e mamãe estão te chamando no escritório central. -Informou à irmã mais nova que lhe devolveu uma careta. 

—Você sabe sobre o que se trata? -Questionou, ainda com uma careta preguiçosa enfeitando o rosto. 

—Não.

Bloom suspirou, se levantou por fim e pois a limpar suas vestes feitas de couro de animal. Iria ter que pegar alguma condução alugada para chegar em casa, tendo em vista que se encontrava bem longe do escritório de seu pai Mike. 

—Eu te levo de carroça. -Avisou a loira, apontando para a geringonça feita de madeira, estacionada perto de onde ambas se encontravam. 

—Melhor. -Respondeu se sentindo aliviada. 

Quando a ruiva chegou em sua própria residência, se deparou com uma das melhores carruagens que possuíam nas montanhas estacionada em frente à sua casa feita de madeira. Franziu o cenho, pois, não havia sido avisada que receberiam visita naquele dia. Adentrou no escritório central, encontrando seus pais Mike e Vanessa em frente à dois senhores que lhe pareciam pertencer à realeza de algum lugar.

—O que está acontecendo aqui? -Perguntou com curiosidade, chamando a atenção do grupo que, antes, mantiam um tipo de conversa séria ou tensa por conta de suas expressões faciais. 

Ambos senhores da realeza, ao por os olhos sobre a figura ruiva ficaram espantados com sua aparência.

—Nossa, como ela está grande! -Comentou a rainha, lançando um olhar abismado e um tanto emocionado ao marido. 

—Tem razão! Fizeram um ótimo trabalho. -Comentou o senhor rei a Mike que sorriu em agradecimento.

—O que está acontecendo aqui? -Indagou novamente, estranhando aquele encontro. 

—Bloom, querida. -Começou sua mãe, se aproximando de si. -Cumprimente o rei e a rainha de Dominó.

—Dominó? -Indagou, se pondo séria perante a realeza alheia. Ergueu a mão com pequenas cicatrizes de combate e foi aceita com ternura pelos mais velhos. 

—Ela já recebeu o convite de Alfea? -Indagou o rei. 

—Sim, partirá daqui a uma semana. -Respondeu Mike, erguendo um envelope para o mesmo.

—Está certo. -Sorriu. -Você vai lutar por Dominó, querida Bloom. 

Franziu o cenho. Por que aquele homem parecia tanto consigo fisicamente? 

—Isso é um absurdo! -Exclamou a ruiva, observando a entrada brusca de sua irmã mais velha ao escritório. Sabia muito bem que Daphne era extremamente curiosa. -Os  Vickings são povos pacíficos! Não entramos em guerra contra nenhum ser! -Irritou-se, se sentindo excluída e alheia a conversa. -Vocês falam como se eu estivesse concordando com tudo isso, mas, não é verdade! -Gritou, se impondo.

—Minha filha...

—Não! -Exclamou. -Eu não vou para Alfea ou seja lá o nome desse lugar. 

—Oras, mas, temos uma mocinha muito ingrata e mal educada aqui. -Disse a tal rainha.

—Como é? -Questionou, irritando-se mais.

—Nós Vickings somos assim, majestade. -Manifestou-se Daphne, chamando a atenção dos adultos. -Deixe que eu converso com minha irmã. 

Daphne havia passado horas conversando com Bloom e de alguma forma, havia lhe convencido a comparecer na reunião de ingressão a academia. A ruiva não entendia o que estava acontecendo e muito menos sobre o que se tratava aquele estabelecimento. Porém, em meio às suas negações e pirraças para não partir, Bloom viajou para o tal abrigo ou campo de treinamento de soltadas, chamada Alfea. 

O caminho foi um pouco cansativo e a viagem foi longa, pois, a ruiva teve que atravessar o mar com um barco velho até sair das ilhas Vickings e ingressar nas terras do comércio. Lá, havia uma carruagem próprio para os novos integrantes de Alfea. O automóvel era dourado e se locomovia com a ajuda de cavalos marrons, negros e brancos. 

Antes de subir no degrau, passou o olhar em volta e haviam muitas garotas diferentes e algumas até mesmo, “estranhas”.  Tendo em vista que nunca havia saído das ilhas vickings, a ruiva estranhava todas aquelas espécies de futuras alunas. Além desse fato, algumas carregavam consigo muitas bagagens, enquanto a ela, se contentava com uma mala feita de couro de dragão. A carruagem se fechou e como mágica, os cavalos passaram a cavalgar para algum destino.

No caminho, Bloom passou por algumas paisagens e devido a ser fim de tarde, conseguiu ver a chuva cindo de longe. Encantou-se com o trabalho belo da mãe natureza sobre aquele local. Lembrou-se das últimas notícias que teve de suas filhas, restou apenas uma do massacre que ocorreu e ela estava desaparecida. Como seus pais mesmo diziam: enquanto a última filha da mãe natureza viver na terra, aqueles belos fenômenos naturais continuarão existindo. 

Sorriu. Esperava mesmo que ela vivesse durante muitos anos. 

Antes de chegar aos territórios de Alfea, dois edifícios lhe chamaram a atenção. Um, era o castelo escuro localizado sobre uma torre alta. Era feito de grossas pedras escuras e pedaços madeira velha. Era um ambiente escuro, sujo e feio. Não entendia muito bem, mas, sentia uma energia pesada vindo daquele local. Era um lugar sombrio! O outro, se tratava também de um castelo, mas, era feito de enormes tijolos de cor vermelha e mais algum material escuro. Era também um lugar sinistro, pois, na frente, havia um enorme chafariz e de lá, saia um líquido vermelho da cor de sangue. 

Bloom franziu o cenho. Era uma espécie de vermelho escuro e vivo, parecia com a cor de sangue humano. Balançou a cabeça negando, aquilo não seria possível, seria? 

Ao chegar em frente da tal Alfea, avistou muitas garotas descendo das carruagens douradas e todas estavam se reunindo em frente a uma senhora. Sua aparência era já de idade, possuía cabelos muito grisalhos e roupas estranhas da cor roxa e preta. Sentia uma energia muito poderosa vindo desta e conseguiu ver suas asas escuras encolhidas atrás de si. 

—Bem vindas, senhoritas! Eu me chamo Faragonda e sou a dona desse desse castelo chamado Alfea. -Apresentou-se, apontando para o enorme edifício medieval atrás de si. -Muitas de vocês foram convidadas para serem treinadas a favor da futura guerra que logo irá acontecer. -Disse. -E nós, professores de Alfea...-Muitos seres poderosos e diferentes passaram a aparecer ao lado da senhora, assustando as novatas. -Iremos ensiná-las a serem guerreiras dignas e fortes o suficiente para lutarem por Alfea e por suas famílias! -Informou e muitas passaram a gritar, incentivando a senhora grisalha em seu discurso. -Cada uma de vocês passarão a serem soldadas dessa academia e espero bons resultados! Lembrando que o prêmio pela vitória será qualquer desejo de vocês, o mais absurdo ou obscuro que tiverem...Lutaremos por Alfea!

Muitas passaram a fazerem barulhos agudos com a boca e Bloom franziu o cenho. Nunca havia lutado contra ninguém que não seja dragão. 

—Vamos entrar. -Chamou, entrando no Hall e foi seguida pelas demais. -Cada uma de vocês serão introduzidas aos vossos quartos e terão acompanhantes...espero que se unam entre si e se ajustem, pois, a partir de amanhã, começará o treinamento para se tornarem guerreiras. 

Faragonda sumiu diante de todas e Bloom passou a seguir uma mulher que chamava seu nome em voz alta. 

O castelo era muito grande, clássico, elegante e extremamente frio, porém, o clima havia ficado melhor quando chegou ao alojamento. Não estava satisfeita e muito menos conformada com aquela situação em que se encontrava, no entanto, já estava ali e o jeito era tentar se sobressair nessa guerra. 

—Esse é o seu alojamento, Bloom de Dominó. -Disse a mulher, apontando para uma enorme porta de madeira com um número de cor de ouro estampado na frente.

—Eu não sou de Dominó. -Retrucou, entrando de uma vez no local. 

O local era pequeno e a ruiva já estava cansada de carregar sua mala pesada para todos os lugares daquele castelo. Jogou a bagagem de qualquer jeito no chão e seguiu para frente da lareira. Esticou as mãos para frente e fechou os olhos, sentindo uma sensação boa ao aquecer seus dedos. 

—Ah, finalmente a última integrante chegou. -Comentou uma voz aguda feminina. Bloom virou-se para trás, dando de cara com uma pessoa loira. -Me chamo Stella e vim de Solaria. -Disse a menina.

Stella media um metro e setenta e dois, possuía a pele bem branca e seu cabelo tinha a cor dourada com alguns fios prateados. Seus olhos eram claros e pareciam refletir luz por eles. A mesma, vestia um vestido dourado que brilhava conforme a luz da lareira se movimentava e havia maquiagem em seu rosto afeminado, indicando sua vaidade. Era um ser bonito! Ela sorriu e chegou perto da ruiva.

—E você, quem é? -Indagou. 

—Eu sou Bloom e vim das terras Vickings. -Respondeu. 

—Nossa! Pelo que sei, os Vickings são seres pacíficos. -Comentou uma outra garota, se aproximando de ambas. -Me chamo Musa e vim do Terminal. 

Musa media um metro e sessenta tinha uma uma forte energia humana, misturado com algo que não conseguiam decifrar ainda. Possuía cabelos curtos de cor azul escuro e olhos fortemente orientais. Usava uma roupa típica da Ásia, lhe deixando com aspecto exótico. 

—Pois é, eu...também não sei o que faço aqui. -Riu a ruiva.

—Existem muitas que não sabem o que vieram fazer aqui. -Disse uma menina alta de cabelos cacheados. -Me chamo Aisha e sou princesa de Andros. 

Aisha media um metro e setenta, era uma garota com um porte físico atlético, vestia armadura pesada e era possível ver a quantidade de armas que a mesma carregava na cintura. Seus cabelos eram longos escuros e cacheados, sua pele era escura e seu físico era bem feminino. A mesma caminhou para o centro e passou a descarregar suas armas em cima da mesa de madeira.

—Essas armas primitivas são de onde você vem? -Uma garota apareceu do nada e passou a analisar a espada da princesa de Andros. 

—Primitivas não, tá? -Respondeu, cruzando os braços. -Fique você sabendo que Andros é um dos melhores países para comprar armas! A propósito, quem é você?

—Eu sou Tecna e não venho desse planeta. -Disse, chamando a atenção das demais. 

—O que? -Indagou a princesa. 

Tecna media um metro e sessenta e dois, possuía cabelos curtos róseos e olhos lilases cintilante. Sua pele era pálida e seu corpo era muito magro, apesar disso, sua aparência também era exótica e de certa forma, atraente. Ela vestia um macacão for de chumbo que tampava quase todo seu corpo e botas da mesma cor.

—Eu vim de Zenith.

—É outro planeta? -Perguntou uma menina baixinha, se aproximando das demais.

Bloom achou sua aparência fofa! A menina media um metro e cinquenta, era morena com cabelos longos, castanhos claros e ondulados, vestia um vestido simples feito com uma espécie de material orgânico e andava com os pequenos pés descalços. 

—Sim, de uma galáxia distante...fui mandada para cá para ajudar os terráqueos.

—Eu sou Flora e vim de Linphea. -Se apresentou, sorrindo docemente.

—Linphea? -Indagou Musa. -Soube que a princesa está aqui.

—Acho que sim. -Respondeu timidamente.

—Meninas, no caminho para cá, eu vi dois castelos, alguém sabe me informar o que são? 

—Uma é Torre Nebulosa, Bloom. -Informou Stella, olhando para um ponto qualquer. -Aquela academia abriga bruxas e bruxos que usam magia negra a seu favor. 

—Magia negra? -Indagou Flora.

—Sim. 

—Pensei que fosse proibido.

—Flora, minha querida, nada é mais proibido diante dessa guerra. 

—A outra é Fonte Rubra. -Disse Aisha, cruzando os braços e fechando a cara. -É uma academia só de rapazes...

—Tem algum problema? -Indagou Bloom. 

—Dizem que eles são os mais perigosos das redondezas, tomem muito cuidado com os alunos de Fonte Rubra, pois, eles não medem esforços para te matar. 

—Eles são tão ruins assim? 

—Eu não acho. -Respondeu Stella. -O príncipe Sky foi um fofo comigo, quando ele me ajudou a voltar para Alfea no momento em que fiquei perdida. -Informou e parecia que se lembrava de algo bom, pois, sua luz ficou mais forte. -Mas, a Aisha lutou contra um deles...

—Vocês já estudaram aqui antes? -Perguntou Musa com curiosidade. 

—Sim e por causa daquele fedelho, eu reprovei em minha prova de admissão para o segundo ano! -Bateu fortemente com a mão fechada sobre a mesa de madeira que pulou com tamanha sua força. Depois, se levantou, passando a mirar pela janela a noite escura. -Eu não sei o que ele era e muito menos, o que ele fez comigo, mas...eu simplesmente, desmaiei. 

—Nem eu vi. -Riu ironicamente e ninguém entendeu, voltando a atenção para a cacheada. 

—Como ele era? -Perguntou Tecna, também se sentando sobre o tapete.

—Ele vestia um manto púrpuro e usava um cajado esquisito, tinha um olhar estranho da cor roxa...-Contou e soltou um suspiro, olhando novamente para as demais. -Ele não era do primeiro ano, como eu...aquele maldito!

—E por isso, você reprovou? 

—Isso mesmo, Flora, eu reprovei porque perdi para ele. -Finalizou. -E nem havia como ganhar, ele era bem mais forte!

—E você, Stella, porque reprovou? -Indagou Bloom. 

A loira sorriu amarelo. -Deixa para lá...olha, que tal dormimos? Amanhã começa a tortura de novo, então, melhor cada uma ir para seu quarto e dormir.

—Acho que é uma boa ideia, a viagem me deixou muito cansada...-Disse Musa, se levantando e espriguicou-se. -Mas, por que disse que seria uma tortura?

—Modo de dizer. -A loira se levantou e pois a caminhar. -Vamos. 

Todas foram para seus quartos.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que vocês gostem dessa fic! Se gostarem, eu continuo kkkk

Obrigada por lerem, até a próxima ♥️



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Entre o Amor e a Guerra" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.