Pokémon Ties: Volting Black & Blazing White escrita por TiaQiqiyana


Capítulo 2
II: Bem-vindo, Lillipup! O Novo Pokémon!




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O ataque dos Legendaryx a um mero comboio tinha assustado todos os seus passageiros. A desconhecida ambição daquele grupo de criminosos tinha deixado tantos passageiros em choque, que eram evacuados do veículo, por vários membros do esquadrão policial da vila de Accumula, a pequena cidade mais próxima da Rota Dois, onde aquele temível ataque ocorrera.

 

 

 

— Mantenham a calma e andem todos em fila!– ordenou uma oficial Jenny, acompanhada do seu Herdier, ordenando a todos que se mantivessem calmos e em segurança, gritando a partir do seu megafone.

 

 

 

Entre essa multidão que tentava manter a sua calma ao máximo, estava Gary Oak, já com os seus pertences em mãos, cheio de preocupações por causa da sua filha, a destemida Ursula, que batalhara corajosamente contra Torallyna, uma das administradoras do grupo de vilões, que, apesar de ter ganho contra o pobre Eevee da garota, se impressionou com a sua força de vontade de os vencer.

 

 

 

Na fila, estava também Angeline, a rude garota de cabelos loiros, detestada por Ursula. A jovem, vestida com uma detetive, procurava por Tyler no meio daquela grande fila que se formava, em direção a Accumula, onde os policiais mandavam as pessoas para a sua segurança.

 

 

 

— Droga… Mas onde é que ele está?– inquiriu Angeline, tentando avistar ou o garoto ou o seu rabugento Zorua.– Ele deve estar ou mais à frente ou muito atrás… Só espero que ele ainda esteja aqui...– suspirou a garota de cabelos dourados, determinada a cumprir uma missão misteriosa, que certas pessoas tinham pedido para ser realizada.

 

 

 

Aquela missão iria beneficiar quer os misteriosos indivíduos que a mandaram realizar, quer a loira, que sempre se sentiu sozinha… Sua irmã mais velha era uma capitã de um dos triais da ilha de Akala, na região de Alola. Não estando muito tempo em casa, a jovem capitã, defensora do poderoso Vikavolt Totem, nunca teve muito tempo para brincar com Angeline, o que a deixava triste. 

 

 

 

A garota de cabelos dourados também procurava brincadeiras com o pai, o grandioso Burgh, um renomado artista. Apesar do ruivo brincar pouco com a filha mais nova, a mesma ficava muito grata por isso, já que ao menos ele saiu do mundo da arte para vir passar um tempinho com ela. Angeline bem sabia que o pai e a irmã trabalhavam muito para os sustentar, principalmente após um terrível acidente em Hoenn que, infelizmente, vitimizou a mãe das garotas, a grandiosa Azalea, uma líder de ginásio, apaixonada pelos Pokémon inseto.

 

 

 

A morte da mulher de cabelos loiros aterrou muito a família… A paixão por Pokémon inseto logo tomou conta da loira, que queria honrar a mãe, usando o tipo que ela mais adorava, assim como seu pai. O medo e as inseguranças de Angeline foram logo embora, depois de mostrar a força dos seus Pokémon inseto numa escola primária na região de Sinnoh, na cidade de Jubilife. Lá ela encontrou a sua maior rival e o garoto mais belo que já vira em sua vida…

 

 

 

— Um dia eu vou acabar com aquela tola da Ursula!– exclamou a garota de cabelos loiros que esvoaçavam com o vento, determinada a derrotar uma rival de longa data…

 

 

 

Fora na região de Sinnoh que Angeline conhecera Ursula e Tyler. Já desde os seus seis anos, a arrogante menina dominava a escola, sendo muito popular mais por causa de seu pai. Mesmo tendo muitos alunos em redor dela, quando era a hora de ver quem era seu amigo verdadeiramente, ninguém agia. Ninguém queria saber dela… Ela era deixada sozinha por todos… Menos por um garoto, cujo bondoso coração não o podia deixar sem agir… Esse rapaz era Tyler, o seu primeiro amor de criança, que a loira achava que estava dividido por uma muralha de nome Ursula…

 

 

 

 

 

 

 

Enquanto a maioria das pessoas era evacuada do comboio atacado, dois corajosos jovens agiam para derrotar o grupo de vilões. Tyler era um deles. Escondido atrás de uma enorme rocha para não ser avistado, o garoto de cabelos castanhos abraçava seu Zorua e um pequeno Lillipup selvagem que pediu por ajuda, observando os movimentos de Andrew, um administrador de cabelos rosados e arroxeados da malvada Team Legendaryx.

 

 

 

— Vá lá, meninos! Parem quietos para eu vos contar!– ordenou o homem, sendo abocanhado pelos Pokémon cachorros, que o mordiam com alguma força. Sorte a dele que os Herdiers já estavam enjaulado ali a seus lado, porque se estivessem soltos, as mordidas iriam doer mais, com toda a certeza.– Vocês devem ter fome mas eu não sou comida!– gritava Andrew, retirando os Pokémon normais da sua roupa toda arranhada e os colocando numa jaula vazia, onde os pequenos Lillipups rosnavam e ameaçavam atacar.– Calma, pequeninos! O tio Andrew já vos dá comida! Mas primeiro, hora da contagem!– disse o homem de roupas rasgadas e cabelos bagunçados, pegando em cinquenta e duas coleiras que brilhavam intensamente, este dispositivo que já tinha sido utilizado no enorme Stoutland, e que assustava a jaula cheia de Pokémon normais, que latiam de medo, observando a porta do compartimento aberta e o maquiavélico sorriso do rosado.

 

 

 

— Pup!– latiu o Lillipup que estava com Tyler, tendo logo sua boca tapada pelo garoto para não atrair a atenção.

 

 

 

— Eu sei que estás triste, mas temos que ter cuidado...– sussurrou o garoto de boné para o Pokémon normal, que observava tristemente o vilão que ria, enquanto colocava as coleiras na família do pequeno Pokémon cachorro. 

 

 

 

Os chorosos olhos do pequeno Pokémon normal lembravam o garoto do seu passado… Lembravam-no do pequeno garoto indefeso e inocente, que os valentões faziam troça e tiravam o sarro, o deixando choroso e com medo, tímido como era. Por sorte, sempre aquela garota em quem ele se inspirou estava lá para ele… Aquela garota de cabelos castanhos valente e corajosa, o que Tyler sempre quis ser… Uma pessoa com coragem para enfrentar os perigos! 

 

 

 

Ao ver Ursula naquele preciso dia, o garoto de cabelos castanhos via tudo o que ambicionava ser dentro da garota: a coragem e a determinação. Ele olhava para ela como sua ídola, como sua força. Mesmo que não se vissem há bastantes anos, Tyler sempre pensava no que a sua amiga de infância faria se estivesse numa situação como aquelas. O garoto sabia que teria que pensar sozinho, mas olhar para o exemplo da sua querida amiga que o protegera em tempos de escola o fazia se sentir um verdadeiro herói, com confiança e coragem!

 

 

 

— Cinquenta e uma...– enquanto o jovem garoto pensava em como ajudar a família do Lillipup, Andrew já acabava de colocar as coleiras nos Pokémon normais, não se deixando intimidar pelas ameaças dos Herdiers capturados, que rosnavam sem cessar.– Calem a boca! Não vêm que estou a contar?!– inquiriu o vilão, se irritando com os Pokémon caninos, que não se mostraram intimidados.

 

 

 

Naquele momento, apenas uma coleira restava nas mãos do rosado, que se agachou para melhor contar a matilha de Lillipups, ficando logo confuso ao não ver cinquenta dois, como tinha contado anteriormente. Apenas estavam lá cinquenta e um, sendo que todos já tinham o temível olhar de rubi que a coleira lhes provocava. Talvez tivesse contado mal à primeira vez, já que matemática não era, com certeza, o seu forte.

 

 

 

— Bem, parece que esta vai para os Herdiers!– sorriu o homem maquiavélico, mostrando seus afiados dentes para os Pokémon enjaulados, que rosnavam para ele, à medida que a coleira se via cada vez mais perto. 

 

 

 

Ao olhar para o Herdier que iria receber o primeiro dispositivo em volta de seu pescoço, o pequeno Lillipup choroso latiu em pânico. Mesmo que Tyler estivesse a pensar em como agir naquele momento, se baseando na coragem da sua amiga, o pequeno Pokémon cachorro preferiu não esperar e ir com tudo.

 

 

 

Correndo logo na direção do agachado vilão que tinha outras dezoito coleiras em mãos, o pequeno Pokémon normal fincou suas pequenas presas, ainda afiadas, numa das nádegas do rosado, que arregalou os olhos de dor. 

 

 

 

— O meu rabo!– gritou o vilão, bastante alto, num grito que ecoou pela rota inteira, assustando vários Pidoves, que ainda estavam em suas árvores.

 

 

 

As presas do pequeno Pokémon, mesmo pequenas, eram muito afiadas, o que fez lágrimas saírem do olhar do homem.

 

 

 

Os olhos cor de chocolate de Tyler brilharam ao ver a determinação do Lillipup. Fora o grito que lhe chamara a atenção. Caso o administrador da Team Legendaryx não tivesse gritado, o garoto não saberia que o pequeno Pokémon canino tinha partido para o combate, já que nem notara o desaparecimento do mesmo. A coragem e a determinação do pequeno Pokémon alegravam o garoto de cabelos castanhos, que via no cachorrinho o que ele ambicionava ser.

 

 

 

— Zorua, vamos aproveitar!– disse o jovem, saindo determinado do seu mundo do pensamento, fazendo seu Pokémon subir no seu ombro.

 

 

 

Correndo como uma flecha, o garoto se aproximara das jaulas, ignorando Andrew, abrindo logo a jaula dos dezoito Herdiers, pisando ainda as coleiras que estavam no chão.

 

 

 

— Fujam daqui! Eu trato dele!– ordenou Tyler para os Pokémon caninos, que rosnavam para o rosado, ameaçando atacá-lo a qualquer momento, mas que partiram correndo para dentro da densa floresta que os esperava.

 

 

 

— S-Seu pirralho! O que é que pensas que estás a fazer?!– inquiriu o vilão, pegando no Lillipup que mordia seu rabo, fitando o corajoso Pokémon com o seu olhar terrível, o que fez o pequenino latir de medo.– Ah! Então aqui está o número cinquenta e dois! 

 

 

 

— L-Larga-o já!– mandou o garoto de cabelos castanhos, nervoso, pensando na coragem que Ursula queria que ele tivesse para enfrentar o mundo.

 

 

 

— Seu bobinho! Achas que podes derrotar um administrador tão poderoso como eu?– inquiriu o homem, tirando uma Great Ball do seu bolso, enquanto trancava o Lillipup na jaula, enquanto o mesmo latia e pedia por ajuda.

 

 

 

— E-Eu...– verbalizou o garoto, meio nervoso, enquanto Zorua fitava o rosado, rosnando.– E-Eu vou conseguir derrotar-te! Zorua, escolho-te a ti!– bradou o garoto, vendo o Pokémon noturno pular logo do seu ombro, aguardando pelo Pokémon que sairia da esfera azulada que o vilão carregava.

 

 

 

— Coitadinho, estás a tremer tanto!– zombou Andrew, vendo os nervos que o garoto tinha, olhando furioso para o rosado.– Espero que o medinho te passe! Druddigon, vem cá!– ordenou o homem, rindo maleficamente, enquanto a sua Great Ball se abria, revelando um dragão de escamas escuras e cabeça vermelha, que lançou um intimidador rugido, que assustou Zorua e Tyler, que nunca tinha visto aquele Pokémon.

 

 

 

— U-Um dragão?– suspirou o treinador, vendo o triunfante sorriso do vilão, que adorava ver o medo e a insegurança do garoto.

 

 

 

A ansiedade de não falhar consumia o rapaz, que batia incessantemente com o seu calcanhar no chão. Um temível oponente ria da fraqueza do garoto, temendo pelo seu Pokémon noturno. Mesmo ainda não tendo enfrentado o robusto Pokémon que tinha diante de si, Tyler sabia que o poder dos dragões não merecia ser subestimado. O seu incessante nervosismo não o deixava pensar, o fazendo levar a mão à sua cabeça, cheia de dúvidas e de pensamentos de conseguir derrotar. Ele não poderia falhar! O Lillipup, que chorava atrás das grades, contava com ele! Tyler precisava respirar e se acalmar! Ele precisava não falhar! Ele precisava de arranjar o seu jeito de derrotar o temido Pokémon!

 

 

 

— Congelado? Vamos ver se acordas! Druddigon, Dragon Tail!– ordenou Andrew, fazendo seu Pokémon rosnar, enquanto sua cauda brilhava num roxo intenso, tentando acertar Zorua, que dera um enorme pulo sem precisar de ordens, vendo o chão ser um pouco machucado no processo.

 

 

 

Os olhos castanhos de Tyler apenas fitavam o seu Pokémon noturno, com uma determinada e corajosa face! A bravura do noturno, que o treinador bem via no sorriso travesso do pequeno, inspirava o garoto de cabelos castanhos a não desistir! Suspirando e determinado a derrotar aquele patife, o jovem treinador fitou de novo seu Pokémon.

 

 

 

— Zorua usa Torment!– ordenou o treinador, fazendo seu pequeno Zorua rosnar para o dragão rival, que ficara com uma enorme fúria, partindo para cima do noturno.

 

 

 

O temível dragão rosnava na direção do pequeno Zorua, que mostrava a língua e ria para provocá-lo. Irritado com a travessura e a grosseria do pequenito, o robusto Druddigon tentou acertar-lhe com um Dragon Tail de novo, não ouvindo seu dono. Infelizmente, para o dracónico, o seu ataque não funcionara, deixando aberta uma brecha por onde Zorua pode passar, pulando por cima de suas enormes asas.

 

 

 

— Zorua usa Scratch!– gritou Tyler, sendo obedecido, já que seu Pokémon revelou suas afiadas garras.

 

 

 

Pronto para arranhar o rival, o pequeno noturno tentou fincar suas afiadas garras nas costas de Druddigon. Porém, por infortúnio do destino, o seu ataque o ferira devido à dureza das escamas do dragão. Caindo no chão, Zorua ficou surpreso, vendo um leve arranhão em sua pata, o que deixou o treinador surpreso.

 

 

 

— Rough Skin! É a habilidade do meu Druddigon!– debochou Andrew, vendo o pânico nos olhos de Zorua e de Lillipup, que não cessava em latir.– A não ser que não tenhas mais algum movimento que dê dano sem ser esse, o teu Zorua se ferirá!– riu o rosado, deixando Tyler um pouco desanimado.

 

 

 

O que ele iria fazer? Zorua apenas sabia três movimentos e aquele era o único que dava algum dano! E agora? O que Ursula faria naquela situação?! Naquele momento crítico, o jovem só soube se colocar a pensar no que sua amiga faria naquele momento… O pânico… O pânico o invadia… O pânico por não conseguir fazer algo heróico e resolver as coisas por si mesmo…

 

 

 

— Hora da festa! Bite, agora!– ordenou Andrew, vendo que seu Pokémon voava com sua boca aberta, revelando seus afiados dentes, prontos para trincar o pobre Zorua, indefeso…

 

 

 

Os olhos mortos e assustados de Tyler pararam ao fitar o seu pobrezinho parceiro, que se preparava para desviar da afiada mandíbula do rival. O medo consumia o garoto, que levava as mãos à cabeça com tanto desespero. Como um milagre, uma voz feminina e familiar para o garoto se ouvia… Era a voz de um anjo…

 

 

 

— Clefairy usa Disarming Voice!– ordenou a dona daquela voz, sendo logo obedecida pelo rosado Pokémon fada, que pulara em batalha, bradando fortemente, fazendo todos taparem os seus ouvidos, exceto Druddigon, que tentava resistir ao poderoso ataque fada.

 

 

 

Os olhos pesados de Tyler logo brilharam, quando foram ao encontro do seu anjo da guarda de nome Ursula, que carregava em sua mão uma Poké Ball, pertencente ao seu segundo Pokémon, a Clefairy que ainda bradava, tendo sido uma prenda de aniversário do seu irmão, quando ainda era uma pequenina Cleffa. A fada sempre fora apegada à sua treinadora, que também a adorava. Fora aquela pequena Pokémon que Tyler via como um anjo, uma deusa que o socorreu...

 

 

 

— Pára de gritar, fadinha estúpida!– ordenou Andrew, tapando os ouvidos e rangendo seus dentes de raiva.– Druddigon cala a boca dela com Scratch!– ordenou o vilão, vendo seu dragão voar na direção da adversária, que parar de gritar para fitar as garras enormes do Pokémon terrível.

 

 

 

— Defende-te com Pound!– ordenou Ursula, sendo obedecida por Clefairy, que socou a mão do dragão, se ferindo por causa das suas escamas.– Oh não! Ele tem Rough Skin!– comentou a garota, conhecendo as habilidades do Pokémon, mesmo aquela espécie não sendo frequentemente vista em Kanto.

 

 

 

— Espertinha!– comentou o administrador dos Legendaryx, gargalhando como louco.– Vamos ver se a tua fadinha aguenta uma Dragon Tail!– gritou o homem, observando a fúria que seu Druddigon carregava, correndo na direção da pequena rosada, que tinha uma feição séria.

 

 

 

Ursula apenas ficara quieta. Um suspiro vitorioso saiu da boca da garota, o que surpreendeu Tyler, não a vendo agir. Ao que parecia, o seu rival não sabia nada sobre o tipo que enfrentava. A aspirante a professora sabia muito bem do que o tipo fada era capaz, principalmente que os dragões não lhe causavam dano, vendo logo um sorriso travesso na sua Pokémon, que agarrava a brilhante cauda de Druddigon, o que deixou o vilão surpreso.

 

 

 

— M-Mas como?! Como assim?!– inquiriu surpreso com a força da rosada, que se feria por causa da dureza das escamas do vil Pokémon, dando a oportunidade para Ursula sorrir e rir vitoriosa.

 

 

 

— Pelos vistos, não sabe muito do tipo fada!– comentou a garota, vendo um olhar intenso se formar em Clefairy, que abrira a boca.– Usa Disarming Voice de novo!– ordenou a garota, vendo que sua parceira iria atacar com sua voz angelical.

 

 

 

Antes que pudesse sequer murmurar algo, Druddigon fora logo envolvido por uma vermelha aura, voltando logo para a sua Great Ball. A surpresa se viu nos rostos dos garotos e de Clefairy, vendo o rosado, tremelicando. A sabedoria da garota de cabelos castanhos era muito aterradora. Ela sabia a habilidade do seu dragão só por ver um ferimento na mão da fada! Sabia as vantagens das fadas contra os dragões! Se continuassem com aquela batalha, o resultado seria o mesmo, se o rosado tivesse desistido, como fez.

 

 

 

— Rende-se?– inquiriu Ursula, fitando pesadamente os olhos do vilão.

 

 

 

A sabedoria de Ursula e o seu olhar de guerreira impressionavam Tyler. Ela tinha sido como uma deusa guardiã para o garoto de Sinnoh, que teria perdido se não fosse a repentina aparição de Ursula e de Clefairy, que voltava para a sua Poké Ball. Por falar em batalha, o garoto de olhos de cor de chocolate olhava em redor. Desde a chegada da amiga, o seu olhar não esteve na direção de seu Zorua, que não parecia estar nos arredores, o deixando um bocado preocupado.

 

 

 

— Vocês acham que ganharam?! Isso queriam vocês!– gritou Andrew, deixando o nervosismo de lado e surpreendendo os garotos, que o fitaram, enquanto ele ria loucamente.– Eu ainda tenho os meus Lillipups...– retorquiu, ansioso e vitorioso, se sentindo logo derrotado ao se virar para trás e vendo que apenas uma jaula como quebradas coleiras lá dentro estavam ali.– A minha jaula!– exclamou, enquanto percorriam dúvidas pela sua mente sobre a localização dos Pokémon normais.

 

 

 

Até os dois jovens heróis estavam confusos. Como é que eles saíram dali se estavam tão bem presos? A sua pergunta fora logo respondida quando Zorua, com um sorriso travesso, apareceu com uma matilha de Lillipups e Herdiers que corriam furiosamente contra o vilão, que gritou ao ver o desafio que o aguardava.

 

 

 

— Na cara não!– suplicou o rosado, enquanto os Pokémon normais o mordiam por vingança.

 

 

 

Aquela cena era de fazer partir o coco a rir para Zorua e para o Lillipup que Tyler ajudara. Por sorte, durante a batalha contra a fada de Ursula, o noturno conseguira abrir a jaula e, com a ajuda do Pokémon normal, destruíram todas as coleiras, liberando todos os cachorrinhos do controle do Team Legendaryx, os permitindo ir chamar os Herdiers que já estavam na floresta, para assim se vingarem do criminoso que já estava arranhado no chão.

 

 

 

— O meu rabo...– gritava o rosado, quase sem forças, tentando retirar um outro Lillipup que mordia uma das suas nádegas, o que fez Zorua rir ainda mais.

 

 

 

— Seu malandro! Pregaste-me um susto quando não te vi!– disse Tyler, pegando seu parceiro no colo e fazendo cócegas na sua barriga, fazendo assim o noturno rir mais.

 

 

 

— Ainda bem que resolvemos isto.– comentou Ursula, sorrindo para o garoto que ficou perplexo.– Ainda bem que vieste atrás dele! Se não tivesses vindo, sabe-se lá onde é que os Pokémon já estariam!– exclamou a garota de cabelos castanhos, vendo que os normais já se afastavam do nocauteado Andrew, o deixando ali.

 

 

 

Aquele comentário da garota de Kanto fez Tyler se sentir confiante. Nas palavras da voz da sua anjo da guarda, o garoto de cabelos castanhos via confiança e coragem… E orgulho… Orgulho por ter conseguido agir sem precisar da ajuda dos outros… 

 

 

 

— N-Não tens de quê...– comentou o garoto, nervosamente, enquanto coçava a nuca sem jeito.

 

 

 

— Bem… Vamos indo para Accumula! O meu Eevee já deve estar à minha espera!– comentou a garota, apressadamente, desejosa de abraçar sua bolinha de pêlo castanho.

 

 

 

Sem mais comentários, Tyler acenara positivamente com a cabeça, enquanto seguia a garota. Ver os caninos que, alegremente, corriam no prado ao pôr do sol fazia um sorriso brotar na face do jovem, que os via como felizes crianças, que brincavam, inocentemente, sem se preocuparem com nada. Antes que o garoto desse mais um passo, uma mordida se sentiu em suas calças, o que o fez fitar quem lhe fazia aquilo, notando logo no Lillipup que ajudara.

 

 

 

— Já está tudo bem, pequenino.– comentou o garoto de cabelos castanhos, para o Pokémon cachorrinho, enquanto Ursula olhava para a cena que era de derreter o coração.– Já podes ir ter com a tua família! Eles não vão vos atacar mais!

 

 

 

— Pup!– comentou o normal, latindo para Tyler, subindo logo para o seu ombro desocupado, já no outro Zorua rosnava para o canino, se mostrando ciumento.

 

 

 

Ao sentir o calor do pêlo do cachorro, o garoto treinador de Sinnoh bem sabia o que aquele Lillipup queria. Nos olhos do cachorrinho, o garoto de cabelos castanhos via um símbolo de amor e amizade, grato pela coragem que o garoto tivera em tentar salvar sua família. Pegando assim numa Poké Ball, Tyler a atirou na direção do pequeno Pokémon, que se deixou prender no dispositivo, que logo fora pego pelo jovem treinador, fitando alegremente o brilho vermelho da esfera, realçado pelos raios de sol que batiam nela.

 

 

 

— Parece que ele gostou de ti!– comentou Ursula, rindo da alegria do garoto que logo lhe respondeu.

 

 

 

— Sim.. Ele gostou de mim!

 

 

 

 

 

 

 

Passado algum tempo de caminhada, a noite já se via na vila de Accumula. Os postes de luz já eram iluminados. Apesar de ser uma pequena cidadezinha pacata, a agitação se via, principalmente ao redor do Centro Pokémon, onde pessoas esperavam a sua viagem retomar. 

 

 

 

— Isso está tudo destruído! Se eu pegar aqueles Legendaryx!– comentou Rashid, observando o furo deixado pelos criminosos no comboio.

 

 

 

Aquele comboio tinha vários passageiros que viajavam inocentemente. Uns questionavam quando o veículo seria arranjado, outros apenas se deixavam descontrair pelas ruas da vila. Quem, de certo, não estava descontraído era Gary que, nervosamente, ansiava pelo retorno da filha, já que há horas que ela tinha ido ajudar Tyler. 

 

 

 

— Onde é que estás, Ursula?– perguntava o professor Pokémon, olhando em redor para ver se encontrava a sua querida filha, que não aparecia para o seu olhar.

 

 

 

Quase entrando em pânico por não saber do paradeiro de Ursula, o professor de cabelos castanhos logo pulou da cadeira onde se sentava, ao ver que a garota de cabelos castanhos tinha adentrado o edifício, junto de Tyler!

 

 

 

— Ai minha querida! Ainda bem que estás de volta!– exclamou o professor, abraçando fortemente a garota, que tinha sua testa beijada.

 

 

 

— P-Pai! Estás a apertar-me!– comentou a jovem treinadora, lançando um olhar mortal para Tyler e Zorua que queriam rir, sendo logo largada pelo seu progenitor, que coçou a nuca sem jeito.

 

 

 

— Desculpa… Eu estava tão preocupado...– comentou o professor, mostrando um olhar de preocupação para a jovem.

 

 

 

— Mas eu estou bem! Com a ajuda do Tyler, consegui aqueles bandidos!– festejou Ursula, alegremente, o que fez seu pai acariciar seus longos cabelos.

 

 

 

Olhando fixamente para uma porta, o olhar da jovem treinadora logo se fixou num Eevee, carregado pela enfermeira Joy do centro. Vendo que a doutora vinha em sua direção, a garota de cabelos castanhos não esperou, correndo disparada na direção do Pokémon normal, o abraçando bastante.

 

 

 

— Eevee! Ainda bem que estás curado!– comentou a garota, abraçando o castanho, que sorriu para a treinadora.

 

 

 

— Ele não estava muito mal. Só alguns arranhões, mas nada de preocupante.– comentou a enfermeira de cabelos rosados, com um gentil sorriso.– Finalmente, encontrámos o dono desse Eevee! Fiquei a tarde toda chamando por uma Ursula e nunca me responderam!

 

 

 

— Peço desculpa...– pediu a garota, não querendo explicar porque não apareceu mais cedo para vir buscar o seu Eevee.– Mas e o Stoutland? O Stoutland que o senhor Talus trouxe para aqui está bem?– inquiriu a garota, vendo que a feição sorridente da enfermeira deu lugar a uma mais preocupada.

 

 

 

— Receio que ele tenha que ficar aqui mais alguns dias. Ele estava tão ferido! Pobrezinho…– comentou a rosada, olhando para a porta da sala onde o grande Pokémon descansava.

 

 

 

Ao ver a preocupação da enfermeira, Ursula sabia que tinha que parar aqueles criminosos. Qualquer que fosse o plano deles, Pokémon não eram brinquedos. Eram seres que escolhiam as suas ações e não deveriam ser utilizados para o mal. Os monstrinhos eram amigos e era isso o que interessava à jovem. Saber que existiam grupos criminosos que usavam os monstros de bolso como armas enojava a jovem de cabelos castanhos que, mesmo a pedido de Talus para não se meter, eles teriam que ser parados e a jovem só poderia descansar quando pessoas desse gênero desaparecessem.

 

 

 

A coragem de Ursula ecoava pela floresta… A floresta, banhada pelo luar, era iluminada pela luz de Illumises e Volbeats, que passavam por Talus, que caminhava pelo meio das árvores, assustando os Pokémon da área. Os olhos do misterioso homem aterrorizavam alguns bichinhos, que pararam de o fitar quando o homem parou em frente para uma enorme árvore com um volumoso buraco, de onde uma figura lendária e verde dera suas caras, fitando o homem com um sorriso sereno, enquanto o mesmo sorria para essa misteriosa lenda.

 

 

 

— Eles foram embora, Virizion.– comentou Talus, fitando a Espada da Justiça, que era rodeada por Lillipups.– Eles nunca v se aproximar de mais nenhum lendário… Depois daquilo que eles fizeram, não machucarão mais nenhum humano ou Pokémon...– comentou o homem, levantando uma parte das suas calças, revelado uma mecânica perna, feita de titânio, originária de um acidente terrível.

 


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