Casa Comigo? escrita por UnwantedColors


Capítulo 4
Vamos ver Bliztball?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/7980/chapter/4

Rikku dormia profundamente, quando Yuna entrara no quanto. Colocando a mão sobre a testa da princesa, Yuna sentiu um alivio ao constatar que a febre havia passado. Acariciando-lhe a cabeça, a jovem murmurou algo e se remexeu na cama.

Yuna foi até a janela, abrindo as grosas cortinas. A luz do sol invadiu todo o quarto, despertando a jovem. Rikku abriu os olhos e procurou a causa repentina iluminação. “Bom dia.” Yuna falou. “Bom... dia...” Rikku se espreguiçou.

Pegando um vestido do armário, Yuna colocou-o ao pé da cama. “Yunie... será que existe algo mais... confortável pra usar?” Rikku perguntou. “Rikku, hoje eu pretendo levá-la para fazer comprar...” A jovem ficou estática por alguns segundos. “Você não ta zoando da minha cara, né?” Yuna riu ao comentário. “Não, não estou zoando, então trate de se arrumar para tomarmos café e depois sairmos.” “Ta bom, ta bom...” A jovem começou a se despir.


Baralai e Gippal chegaram ao salão de jantar para encontrar uma Rikku super animada a conversar com Paine. “Você realmente fez Gippal correr, somente de cueca, pelo deserto de Bikanel!?!” Yuna tentava abafar o riso com as mão quanto Paine sorria.

 

Gippal tinha as bochechas vermelhas e rapidamente tratou de chamar a atenção das mulheres. “Vejo que as senhoritas já estão se dando bem...” “Isso não te interessa!” Rikku mostrou-lhe a língua. Gippal foi em direção da jovem, dando-lhe um forte aperto de braços. “Vamos ver se agora você tem a mesma coragem de antes!” Baralai riu da situação. “É bom vê-la melhor.” Rikku sorriu para ele, ainda tentando de livrar de Gippal. “Essa aqui é rápida na recuperação... é só dar comida e sombra e água fresca, que ela fica novinha em folha.” Rikku deu-lhe uma cotovelada no estomago. “Me larga Gippal!” Ele a soltou colocando as mãos no estomago. “Essa doeu...” “Você merece!” Rikku voltou a se sentar em seu lugar, bufando de raiva.

Baralai e Yuna se entreolharam. “Que animação é essa?” Ele perguntou. “É que vamos fazer compras.” “Compras?” O jovem apoiou a cabeça nas mãos. “Sim, vamos comprar roupas que se ajustem mais ao temperamento de Rikku.” Ambos voltaram seus olhos para a princesa que comia seu mingau tentando evitar fazer contado com Gippal.

“Sei que é criancice, mas sinto uma pontada de inveja dela. Quem me dera por sair por ai...” Baralai colocou chá em sua xícara. “Mas Gippal vai lhe fazer companhia.” O jovem arqueou uma sobracelha. “Eu preferia ter um cachorro como companhia, com certeza me atrapalharia menos...” Yuna riu ao comentário.

“Yuna já acabei!” Rikku falou, depositando a colher no fundo da tigela. “Baralai, nos já vamos. Vejo você mais tarde.” Yuna se levantou, acompanhada de Rikku e Paine. “Até mais!” Rikku acenou para eles assim que saia.

“Ai ai... agora que elas já se foram... o que vamos fazer.” Gippal perguntou, finalmente se sentando. Baralai ao contrario se levantou colocando sua xícara na mesa. “Você eu não faço a menor idéia, já eu tenho importantes assuntos a tratar.” O jovem saiu, deixando seu amigo surpreso.


“Como essa cidade é movimentada!” Yuna sorriu ao comentário animado da jovem princesa. “É a primeira vez que você está em uma cidade grande?” Paine perguntou. “Nos também temos uma cidade grande! O que me surpreendeu foi a quantidade de gente no mesmo lugar.” Rikku olhou para algumas casas longínquas. “Mas é claro que lá as coisas são muito maiores.”

 

Yuna indicou um caminho por uma rua sinuosa e muito mais calma. A alegria simples e um pouco infantil, contagiou Paine. Nunca em toda sua vida ela tinha conhecido alguém como Rikku.

“Chegamos.” Yuna parou diante de uma casa muito modesta, batendo um sino que se localizava ao lado da porta. Uma senhora de idade abriu-a. “Senhorita Yuna, quanto tempo.” Esta abraçou Yuna em um abraço caloroso.

As três adentraram e Rikku reparou que o interior não era nada modesto. Havia peças em ouro e prata pendurados em todos os lugares. Colares com pedras preciosas eram guardados em caixas de vidro.

Seus olhos brilharam com toda a ostentação presente naquele cômodo. Nem em toda Bikanel ela havia visto tantas coisas bonitas e caras juntas. A senhora sorriu ao ver Rikku. “Vejo que trouxe companhia desta vez.”

Rikku voltou sua atenção para a senhora. Seus cabelos brancos estavam presos em um coque alto. Um maravilhoso enfeite, de prata e esmeraldas, segurava alguns fios no lugar. Rugas lhe adornavam a face. Porem ao invés de causarem uma aparência velha e desgastada, davam-lhe uma charme e sabedoria incomum.

“Esta aqui é a minha prima. A princesa al bhed Rikku.” A jovem cumprimentou-a. “É um prazer conhecer a futura esposa do Preator.” Mesmo não gostando do comentário, Rikku amavelmente respondeu. “Digo o mesmo, senhora?” “Maya.” Maya cravou seus olhos azuis nos olhos escarlates de Paine. “E você quem seria?” Paine se inclinou a cabeça. “Paine.” Maya indicou um par de sofás para todas se sentarem. “Sejam bem vindas a minha humilde loja.”

Ela tirou um pequeno sino de prata de um dos bolsos de seu vestido. Ao toca-lo uma jovem da mesma idade de Rikku entrou por uma das portas. “Mandou me chamar?” Disse a jovem. “Sim, gostariam de beber algo?” Tanto Yuna quanto Paine recusaram a proposta. Somente Rikku pediu um copo de água.

“Agora, gostaria de saber qual o motivo da visita?” “Você sabe que Rikku é uma al bhed. E por isso não há roupas que conciliem o gosto dela e as regras do templo.”

Senhora Maya apoio à cabeça nas mãos observando atentamente a jovem. Rikku se sentiu desconfortável com olhar penetrante que lhe era enviado. Por um longo tempo a situação permaneceu a mesma, e Rikku afundou mais no sofá. Suspirando, Maya se recostou no sofá.

“Que bom que eu tenho alguns tecidos recebidos recentemente que ficaram maravilhosos em uma jovem como você. Pode levar algum tempo, mas prometo lhe fazer roupas leves e modernas.” Rikku sorriu com o comentário de Maya. “Maravilha!” Rikku exclamou.

“Agora vamos tirar as medidas.” Maya se levantou, pegando a mão da jovem. Elas entraram em um quarto, fechando a porta.


Rikku, Yuna e Paine almoçavam em um dos vários restaurantes existentes na praça central. A jovem princesa notou a quantidade de sacolas e objetos que estavam ao lado de Paine.

 

Logo depois de saírem da loja da senhora Maya, Yuna as levou para outras lojas, onde poderiam comprar sapatos, jóias e algumas roupas para utilizar em quanto esperavam que Maya terminasse.

O garçom trouxe os pratos, colocando uma espécie de massa em frente da jovem. Ela pegou o garfo cutucando-o de leve. Yuna percebeu a curiosidade da jovem quanto à comida.

“Isso é uma comida tradicional da região de Bevelle. É uma espécie de massa feita de uma planta encontrada nos arredores, muito bom se posso dar minha opinião.” Yuna falou, comendo uma porção do mesmo prato. Ela fez um som de aprovação quanto ao sabor.

Paine arqueio a sobrancelha. “É comestível... não há do que se preocupar.” Ela também comeu a massa. “Eu sei...” Rikku bufou de raiva, pegando o garfo e a faca. Sem qualquer maneira ela pegou um pedaço maior do que o convencional e levou-o a boca. Ela mastigou por algum tempo, e se surpreendeu pelo sabor estranho, porem bom que veio a boca. “Nossa realmente é gostosa!” Ela exclamou com a boca cheia, e ao notar isso ela enrubesceu.

Rikku engoliu a comida. “Realmente a comida daqui é muito boa.” Rikku sorriu para Yuna e Paine. Yuna abriu sua boca para responder algo quando uma voz a chamando ao fundo lhe chamou a atenção.

“Yuna!!!” A voz pertencia a um jovem não mais que 19 que se aproximava da mesa. “Tidus!” Yuna acenou para o jovem, levando-se da cadeira. Quando ele se aproximou de todos, Rikku pode constatar que se tratava de um alguém muito bonito, sua pele era bronzeada, e os cabelos loiros muito parecidos com os dela. Porem ele tinha incríveis olhos azuis.

“Yuna, que bom te encontrar.” Ele falou, segurando as mãos de Yuna entre as suas. Um rubor tímido apareceu nas bochechas de sua prima. “Tidus, essa aqui é a minha prima, de quem lhe falei.” Yuna apontou para Rikku. “Ah você quer dizer aquela que vai se casar...” Ele olhou para Rikku e sorriu. “É um prazer conhecê-la.”

“Rikku, este é Tidus.” Rikku ofereceu a mão para um aperto cordial. “Sou o noivo.” Tidus falou com uma simplicidade, dando um longo e gostoso aperto de mão na jovem. “Noivo!?!” Os olhos da jovem se arregalaram. “Como assim noivo?” Ela olhou surpresa para a prima e Tidus.

Tanto Yuna quanto Tidus se entreolharam, como se tentassem achar um meio mais fácil de explicar para a jovem de cabelos dourado. “Bem, Rikku... Eu e o Tidus somos conhecidos de longa data e um ano atrás ele me propôs em casamento.” Ela falou suavemente. “Tudo bem... eu já captei a idéia... mas se você tem um noivo porque é que eu tenho que ser força a ter um também?”

Yuna calou-se ao comentário da jovem. “Rikku eu sei que eu sou a ultima pessoa que tem direito algum de lhe dizer isso, mas... A paz entre os povos depende de vocês dois...” Rikku não disse mais nenhuma palavra, voltando a se sentar em sua cadeira. Querendo mudar a atmosfera, Paine voltou sua atenção para a comida. “A comida vai esfriar, sabiam?” Yuna aceitou de bom grato à ajuda de Paine e se sentou com Tidus ao seu lado.

“Yuna não vou poder ficar muito tempo por aqui... prometi a Wakka que nos encontraríamos pra fazer compras.” A expressa de Yuna foi de surpresa. “O Wakka ta aqui?” Tidus balançou a cabeça confirmando. “Ah é mesmo, o campeonato vai começar em breve, né?”

Rikku arqueou uma sobrancelha ao escutar a palavra campeonato. Não é que ela gostasse ouvir conversa alheia, mas aquilo lhe havia chamado à atenção. “Que campeonato é esse?” A jovem perguntou. Ambos tanto Yuna quanto Tidus foram pegos de surpresa. “Ah perdão Rikku. Acabei esquecendo de lhe contar que Tidus é jogador de bliztball... e olha que um dos melhores.”

A boca da jovem deve der ficado aberta, pois Paine logo avisou para que ela levantasse a mandíbula. Mesmo um pouco constrangida, ela ainda sim queria saber mais.

“Você é jogar de bliztball? Nossa que legal!” Seu rosto tinha um sorriso iluminado. “Eu gostaria muito de assistir...” Seus olhos agora brilhavam.

Tidus mesmo que intimidado pelo animo da garota, sorriu para esta. “Ora por que você não vem então? O torneio será no mês que vem.” Assim que ele terminou de falar, Yuna deu-lhe um olhar meio pensativo. “Ai Tidus... Não sei se ela poderá sair... Tudo vai depender de Baralai.” Ela olhou para a jovem que já estava de pé.

“Yuna, me faz um favor ta? Pode levar as coisas pro templo pra mim... É que eu já vou na frente...” Antes que qualquer um deles pudesse dizer alguma coisa, a jovem já estava bem longe. Tidus olhou para a cara de choque de Yuna.

“Não se preocupe, acho que ela vai estar bem.” Ele disse, porem esta apenas suspirou. “O problema esta no ‘acho’...” As mãos de Tidus pegaram na sua para lhe assegurar de que tudo ocorreria bem. Lembrando-se de que tinha outras coisas para fazer ele se despediu de ambas, dando um beijo em Yuna.


Baralai estava compenetrado em seu escritório, em quanto Gippal mexia em alguma maquina estranha.

 

“O que você acha que elas estão fazendo agora mesmo?” Gippal perguntou, limpando uma mancha de óleo com a mão, que logo em seguida foi limpa no sofá. O jovem Preator arqueou a sobrancelha ao ver isso. “Não faço a menor idéia...” Seu desanimo era tão evidente que até mesmo Gippal esta ficando cansado.

Porem tudo isso foi esquecido no momento em que as portas foram simplesmente escancaradas. A jovem princesa de longos cabelos loiros entrou correndo, com um ar serio na cara. Assim que esta para face a face com Baralai, o jovem sentiu certo desconforto.

“Barlai preciso falar com você?” Ela falou. “Tudo bem... Mas você não deveria estar com a Yuna?” Ele respondeu, tentando se afastar da jovem. “Não interresa... Mas eu preciso que você me deixe ver o torneio de Bliztball que vai acontecer na semana que vem!” Ela pediu, juntando as mãos como se orasse.

Gippal que vira tudo achou a cena muito engraçada. Rikku pedindo algo pra alguém, essa era nova. “Hei Baralai... Acho que dessa vez a princesa teve uma boa idéia. Faz tempo que nos não vamos ver um campeonato de bliztball... E ai o que acha?”

Baralai encarou seu amigo e depois Rikku. Até que não era uma má idéia sair um pouco, mas a situação atual não era a mais favorável. Ele estava para dizer que não era bom, mas os olhos verdes da jovem estavam simplesmente implorando para que ele deixasse. “Tudo bem... Nos vamos ver o torneio.” Ele suspirou. Uma jovem havia consegui desdobrar o Preator da Nova Yevon fácil de mais.

Ao ouvir as palavras do Preator, a jovem não se conteve. Ela se lançou no pescoço dele, agradecendo varias vezes. As bochechas dele ficaram um vermelho forte, enquanto sentia o corpo ainda jovem de Rikku contra o seu. Assim que a princesa reparou no que havia feito, ela também ficou vermelha, rapidamente se separando dele.

“Ahm... brigada por tudo...” Ela falou se retirando do cômodo. Gippal tinha um sorriso nada amigável no rosto. “E ai gostou?” Ele perguntou. “Gostou do que?” Baralai tentava se acalmar. “Ora do corpo dela.” Quando Baralai achou que não podia ficar ainda mais vermelho, seu amigo lhe provara o contrario. “Eu não sei do que você esta falando... Bem de qualquer jeito eu tenho coisas a fazer...” Ele voltou sua atenção o melhor que pode para a papelada em cima da mesa.

Cruzando as mãos sobre o peito, um ar triunfante ronda Gippal. “Não sabe de nada, é? Nos veremos isso...” Ele ia tramar algo, isso era certeza.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Casa Comigo?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.