Surpresa de Natal escrita por GabbySaky


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Para quem estava curioso a respeito de como a Mia que foi citada em Couple of Stars quando Arabella apareceu, chegou a seus pais de outro universo, aqui está, uma palinha. Me veio em meio a esse espirito natalino que chegou dezembro.
Quem diria, não é?



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Aquele era o feriado que Oliver Queen menos gostava no ano, pelo menos até o dia em que pediu a mulher mais linda do mundo em casamento, naquele mesmo dia, para sua total surpresa. Não era seu plano, mas ela havia encontrado o anel, e por isso aproveitou para fazer o pedido, ganhando um sorriso e em seguida um animado sim de sua loirinha. Apesar de tudo, havia sido perfeito. Eles haviam comemorado sozinhos, debaixo dos lençóis, sentindo o corpo um do outro. E desde então aquele feriado havia se tornado seu preferido no ano, tanto quando o de sua garota. Infelizmente o casamento havia atrasado mais do que planejado e tudo por sua culpa. Havia escondido dela um filho, no qual ele havia descoberto após cinco anos. Ele pensou que jamais a conquistaria novamente, que jamais conseguiria seu perdão, e mesmo assim, lá estavam eles, juntos novamente. Naquele natal faria seis meses que estavam juntos, e quatro que havia a pedido em casamento. Não queria esperar. Sabia que seria ela desde que a viu pela primeira vez, mordendo a tampa de uma caneta vermelha. Enquanto dirigia até o bunker, se lembrava do dia em que percebeu que a amava. Ele havia cometido o erro de começar um namoro com Sara Lance, que decidiu terminar em um dado momento, deixando-o pensando que ele merecia mais, merecia alguém que o traria luz. E no final, ela havia recebido uma pessoa tão iluminada quanto Felicity. E ele ficou feliz por ela, afinal, ambos mereciam aquela felicidade.  

Adentrou o bunker descendo os degraus da escada rapidamente, encontrando no instante seguinte, sua amada de costas para si. Ela parecia olhar para alguém e imaginou que fosse Diggle. Ele havia avisado que passaria em casa para buscar o presente de sua filha; havia esquecido quando saiu de casa para seu trabalho de vigilante. Oliver tentou dizer que estava no bunker, mas ele não esperou, apenas desligou após avisar. Estranhou saber que ele havia chego primeiro, mas não deixou de sorrir, apenas o fez quando percebeu que não era seu amigo, e sim duas adolescentes. Imediatamente se colocou a frente de sua amada, fazendo com que a noiva percebesse sua presença finalmente e as outras duas revirassem os olhos. E finalmente percebe que havia uma criança loirinha nos braços da loira mais velha e uma ruivinha nos braços da ruiva mais velha. 

— Tão desconfiado. 

— Eu disse. — Diz para a ruivinha. – Nada surpreendente. 

O Queen franziu o cenho, enquanto que Felicity olhava para as crianças, fixamente; por algum motivo, ela sentia que conhecia aquelas meninas de algum lugar, por mais que soubesse que era impossível. 

— Você é igualzinha a ele.  

— Estamos aqui para entregar a Mia, não para falar sobre minha semelhança com meu pai. 

E então Oliver arregalou os olhos.  

Não estavam falando de si, era impossível. 

— Acabou de revelar a ele que é sua filha. – Diz rindo. – E depois reclama de mim. 

— A culpa de estarmos aqui, neste tempo, é sua, Bella. 

— Vai começar a me culpar? – Revirou os olhos. 

— Sim! – Praticamente gritou, mas se lembrou de que as meninas dormiam então se controlou. – Estamos em um outro tempo, novamente, porque minha querida melhor amiga não consegue deixar a curiosidade de lado. 

— Eu só queria conhecer a histórias dos meus pais de perto. 

— Parabéns! Agora estamos conhecendo um outro universo.  

Felicity sabia que tinha uma certa tensão ali, principalmente porque ela estava sabendo sobre ambas as jovens fazerem parte de sua vida, inclusive a loira, e mesmo assim, ela não conseguiu conter a risada, ganhando um olhar indignado de seu irritado e desconfiado noivo. 

— Será que podem calar a boca e me dizer quem são vocês e o que fazem aqui? – Pergunta em alto e bom som, com tamanha grosseria, que fez com que as jovens o olhassem imediatamente.  

— Você não ouviu? – Revirou os olhos, demonstrando toda sua prepotência, o que fez com que Felicity enxergasse nela, seu noivo. – Eu sou a sua filha. Do futuro. 

E ele soube que ela não estava mentindo, por mais que aquela história fosse louca. Ela estava séria demais, além disso, a forma na qual ela falou consigo havia sido uma maneira bem parecida com a qual ele falaria, provavelmente por estar em uma situação na qual não estava a agradando muito. 

— Feliz Natal, papai. 

E a ruivinha gargalhou. 

— Você é má.  

— A má aqui é você, filha de Killer Frost. 

— O que? – Felicity então deixou de rir baixinho para arregalar os olhos. – Filha de Killer Frost? Isso quer dizer que... 

— Eu sou filha de Barry Allen e Caitlin Snow. 

— Você e sua boca grande. – Rosnou. 

— Você quem disse de quem sou filha. – Retrucou. 

— E recomeçou. – Oliver diz, bagunçando os cabelos. – Por que eu ainda me surpreendo com isso aqui? Hein? – Olhou para a amada. – Não podia ser apenas uma viajante do tempo, mas duas! 

— É filha do Barry. – Diz rindo, dando de ombros. 

— Filha de peixe, peixinho é. – Diz, voltando-se para as jovens. – Eu poderia dizer que é mentira, mas eu vejo a semelhança.  

— Ótimo! – A loirinha diz devagar. – Então não vai se surpreender quando eu disser que essa garotinha aqui, nos meus braços, sou eu. 

O casal arregalou os olhos e as jovens reviraram os olhos. 

— Como é? – Perguntam juntos. 

— Não vamos explicar o que já é explicável. – Arabella diz rapidamente, e a Queen concordou completamente. 

— Mia precisa de vocês. Ela precisa da proteção de vocês dois.  

Oliver imediatamente olhou para a pequena ao ouvir aquelas palavras, pensando no que havia acontecido para que sua filha precisasse dele, da proteção dele, o pai do passado. E assim como ele havia ficado preocupado, Felicity, que havia dado dois passos em direção às jovens, também havia se preocupado. 

— Querem lhe fazer mal.  

— Como a mim, só que mais jovem. – Diz olhando para a menina em seus braços, e ao mesmo tempo Felicity olhou para a mesma pequena e ruiva.  

— O que houve?  

As outras duas olharam para a loira do outro lado do cômodo. 

— É uma história longa, mas sabem que elas são filhas de dois heróis, e agora estão ameaçando a ambas.  

— Quem? – A voz de Oliver se tornou sombria. – Quem contou sobre elas serem filhas de heróis? 

— Não podemos dizer.  

— Mas... – Mia completa, fazendo uma pausa. – Aqui Mia estará segura. – Deu um sorriso. – Ninguém descobrirá sobre ela estar nesse universo, porque na verdade não éramos nem mesmo para estarmos aqui. 

— Apenas ela ficará? – Felicity pergunta, curiosa. 

— É melhor separarmos as duas, pelo bem de ambas. 

E os outros dois concordaram. 

— Mas vejam pelo lado bom. – Novamente a loirinha estava sorrindo. – Aqui falta pouco para o Natal, algumas horas, na verdade. Não é um verdadeiro presente conhecer uma filha que vocês ainda não têm? 

O casal trocou um olhar, agora mais leve ao ouvirem a filha mais jovem deles. 

— Mia tem três anos, é tudo que diremos. – Arabella diz com um sorriso, enquanto via a amiga passar a garotinha para os braços da mãe, que a pegou com todo o cuidado, observando-a minuciosamente, percebendo traços dela e de Oliver na pequena. – Aproveitem. 

— E quando virão buscá-la? – O homem com roupa de arqueiro pergunta. 

— Quando tudo se resolver. 

— Então, pai, mãe... – Ambos olharam para a Queen. – Deem o melhor natal a Mia, porque para ela, tudo será novo e diferente. Mas perfeito, afinal, ela estará com os pais dela.  

Ambos acabaram por sorrir, vendo as jovens seguraram na mão uma da outra.  

— Feliz Natal! – Balançaram as mãos, juntas, antes de enfim desaparecerem. 

O casal então encontrou os olhos um do outro. 

— Isso realmente aconteceu? 

— Essa criança nos meus braços diz que sim. – Diz, sorrindo logo em seguida. – Nós temos uma filha. – Diz em sussurro. 

— Parece que sim. – Diz, se aproximando da garotinha. – Nós temos.  

— Como vamos aparecer com ela em alguns minutos, para celebrarmos o natal com os nossos amigos? 

E então o Queen suspirou. 

— Vai ser bem problemático explicar. 

E a mulher riu. 

— Vão achar que estamos loucos. 

— Não se colocarmos a culpa na filha do Barry, o que é a verdade. 

E novamente a loira ria, se divertindo com as palavras do amado, que sorriu ao ouvir aquele som no qual ele adorava ouvir o tempo todo. 

— E aí, amigos, vamos comemorar o Natal, ou não?  

Ambos se viraram para o homem animado que ainda estava vestido com sua roupa de herói, e ele pode ver nos braços da amiga, a garotinha loira adormecida. 

— Quem é a menina? – Pergunta com o cenho franzido. 

— Se contarmos não vai acreditar. 

— Tudo culpa da filha do Barry. 

E mais uma vez Felicity estava rindo enquanto o moreno de olhos castanhos olhava para ambos de forma confusa. No mesmo instante, a pequenininha começa a despertar; ela se mexe nos braços da mãe, coça os olhinhos e dá um longo suspiro. 

— Mamãe, estou com fome. – Murmura, e mesmo assim todos a ouvem, inclusive o homem a poucos passos do casal e da menina, que arregala os olhos e abre a boca, em demonstração de surpresa. 

— Como é? Mamãe? 

E Mia então percebe que a presença de seu “tio”. 

— Por que o tio Diggle está tão estranho?  

— Bom, meu amor... – Como se aquela situação não estivesse afetando a loirinha, ela começa, com um sorriso. – É que estamos atrasados para a festa de Natal. – Contou uma mentirinha, apesar de que logo ela teria de saber a verdade, afinal, todos não a reconheceriam e ela não saberia lidar, provavelmente. 

— Mas o natal já passou. 

— Não, Mia, o seu natal passou, mas o nosso não.  

A pequena ficou confusa, olhando para seu pai, quem havia lhe respondido. 

— Eu explico depois, meu amor. – Felicity lhe sorriu. 

— E a Bella? – Olhou ao redor, se entristecendo ao não encontrar a ruivinha. 

— Você a verá. – Oliver se apressou; não soube explicar, mas sentiu um aperto ao vê-la se entristecer. – Nós iremos vê-la em alguns minutos. – Completa ao se lembrar de que a garotinha na qual era sua afilhada estava já com os pais a espera deles, na casa deles, junto a Thea, Roy, Sara, Ray, Laurel, Tommy e os outros que haviam sido convidados para festejar com eles. 

— E por que ela não está comigo? Ela estava, agorinha, papai. 

E Diggle arregalou os olhos ao ouvir aquela palavrinha. 

— Querida, eu explicarei quando estivermos no carro, prometo. – Felicity ganha sua atenção. – Agora, o que acha de uma comida deliciosa de natal? 

A menina imediatamente sorriu. 

— Quero mouse de chocolate. 

— Você vai ter o que quiser, amor.  

— E eu continuo confuso. 

— Explicamos no caminho. – Diz, puxando o amigo para fora do bunker, sendo seguido por sua amada e sua – incrivelmente – filha, que tagarelava. E ele lhe deu mais um motivo para acreditar que aquela pequena, era realmente sua filha, que havia sido trazida do futuro. 

— Que natal mais maluco. 

E o Queen não poderia concordar menos com o amigo. 


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Notas finais do capítulo

Estou pensando seriamente em uma parte dois.
O que vocês acham?

Postei a parte 2 desta história no Wattpad e no Spirit, já que eu fiz a besteira de colocar que a história estava concluída ao postar aqui a parte 1.

Wattpad: https://www.wattpad.com/story/251137151-surpresa-de-natal
Spirit: https://www.spiritfanfiction.com/historia/surpresa-de-natal-21234515



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