Fall for you escrita por AccioPudim


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

HELLOU HELLOU
Eu não vou entrar em uma mega discussão sobre a minha dificuldade técnica de terminar essa história porque tem um thread todinho no twitter para isso. O ponto principal foi que eu me diverti entrando nessa brincadeira e mal posso esperar para fazer parte dos próximos Julhos Scorose que estão por vir.

Espero muito que a Tahii goste dessa história porque eu fiz pensando nela. Sendo assim, tentei colocar tudo o que você pediu e dei aquele toque meu para o plot todo.

Boa leitura para vocês e espero que curtam ❤



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Mesa da Sonserina – Sexta-feira

— Deixa eu ver se entendi – falei calmamente para o par de olhos azuis claros que me encaravam – Você espalhou para os sete ventos que eu e você estamos em um relacionamento já faz um mês?

Rose Weasley poderia ser muitas coisas, mas mentirosa não costumava estar nessa lista. Então, o simples fato dela precisar espalhar um rumor falso sobre um relacionamento não existente já me deixava com diversas perguntas na cabeça.

— Não foi aos sete ventos, foi para a Parkinson.

— Ou seja, aos sete ventos – Alvo respondeu a nossa frente enquanto tomava seu suco de abóbora fingindo desinteresse; porém, eu conseguia ver aquele sorriso se formando atrás do copo, afinal não é todo dia que a Weasley comete qualquer tipo de loucura.

— O ponto é - Rose voltou a falar, fuzilando o primo – como meu amigo você tem a obrigação de me ajudar, ou eu posso ir falar com a McGonagall sobre o incidente da sala de poções.

— Jogo baixo, baixo até demais. – Respondi abrindo um sorriso, enquanto eu sentia os braços da ruiva me envolverem em um abraço apertado - Você sabe que eu toparia com o suborno da amizade, não precisa me ameaçar com uma detenção.

 - É uma questão de vida e morte, medidas drásticas são precisas. – Ela deu de ombros e começou a se servir, como se aquela mesa fosse a de sua própria casa. Alvo e eu continuamos em silêncio observando os movimentos dela até que Rose continuasse a explicação. – Certo, começamos a namorar mês passado após você admitir que gosta de mim por causa do nosso episódio hilário em poções.

As lembranças simplesmente invadiram minha mente. Rose e eu somos amigos desde o terceiro ano quando ela me defendeu de uma brincadeira idiota de alguns sonserinos que achavam divertido irritar o “filho de comensal”, como se os pais deles também não estivessem envolvidos na bagunça na época. Desde aquele momento, eu comecei a admirá-la, ela deixou de ser a prima irritante de Alvo para ser a minha amiga mais próxima.

Não sei ao certo quando essa admiração se tornou uma paixonite, mas acabou acontecendo e eu sempre fui muito bom em esconder esse fato, até mês passado quando o professor de poções apresentou Amortentia. Obviamente Rose sabia que poção era aquela, contudo eu fui ingênuo ao falar que a sala estava com o cheiro do perfume dela, claro que Parkinson estava prestando atenção e decidiu compartilhar com a sala a informação. Para minha sorte, Alvo estava do meu lado e usando o cachecol de Rose por cima do seu, e tudo pareceu um grande mal-entendido.

 Rose nunca esqueceu o fato, mas ela não se importou também, pelo menos nunca demonstrou se importar.

— Como eu e você estamos sempre juntos, e muitas vezes já acharam que estávamos namorando, não tem muito o que mudar, é só que amanhã eu vou precisar que a gente vá sozinhos para Hogsmeade. – Ela levantou o olhar para Alvo mais uma vez que fingiu estar ofendido com a situação:

— Então vocês se atrevem sair juntos sem a vela pessoal? A audácia! – Ele falou mais alto que o necessário, chamando a atenção de alguns garotos do quarto ano que estavam próximos de nós. – Mas faz todo sentido, afinal, como McLaggen vai acreditar que Rose está com você se eu não saio de perto.

O rosto de Rose começou a corar, provando que Alvo estava certo e me deixando desconfortável com a situação pela primeira vez. Eu deveria imaginar que todo esse teatro seria apenas uma fachada para McLaggen sair do pé dela. Desde que Rose terminou com ele, tudo o que grifinório fez foi arranjar garotas para desfilar pela escola tentando deixar Rose com ciúmes.

— Como a história do namoro surgiu afinal? – Virei para Rose enquanto ela colocava seu melhor sorriso amarelo tentando me convencer que não havia sido algo impulsivo, quando os nós três sabíamos que ela gritou que estava comigo para ver se a Parkinson parava de torrar sua paciência com a história do término.

— Como é de conhecimento geral, eu fui encarregada de cuidar dos meus lindos primos mais velhos para eles pararem de fazer brincadeiras sem graças pelos corredores de Hogwarts, já que esse é o último ano deles e acham podem fazer o que bem entenderem.

— Você está enrolando – Falei enquanto pegava uma das salsichas do prato da ruiva.

— Não estou, e presta atenção. – Rose falou puxando a salsicha de volta – Parkinson estava me esperando perto da sala de poções e quando eu passei por lá ela começou a falar um monte de baboseiras, como se ela e McLaggen estivessem juntos enquanto eu namorava com ele, e que eu não aguentava ver que o perdi, por isso que vivo dando detenções para ele.

— McLaggen pegando detenções? Desde quando? – Alvo interrompeu a história e olhou em volta – Todo mundo sabe que se ele saísse da linha de novo, James o expulsaria do time.

— Aparentemente Parkinson não sabe e ele está usando isso ao seu favor – Supus e Rose concordou com a cabeça.

— Agora, foco, está quase na hora da aula de feitiços e precisamos correr – ela continuou a enrolar, contando que elas entraram em um argumento e tudo o que Rose gostaria era de dar uma detenção para a Parkinson, apenas pela sua existência, mas teve que ser a figura superior, e mais um monte de coisa que eu parei de prestar atenção porque sabia que não era o ponto da conversa. – E então, quando eu estava indo embora, virei e falei que estava muito bem e em um relacionamento muito mais saudável com o Scar.

Ah, o apelido. Apenas utilizados em momentos desesperados. Olhei em volta e notei que Parkinson estava entrando na sala de feitiços, foi quase automaticamente que segurei a mão de Rose e depositei um beijo, pegando a ruiva de surpresa com o gesto, mas, logo agradecendo com singelo movimento da cabeça.

●•

Salão Comunal da Sonserina – Sexta-feira

— Você sabe o que isso significa, não sabe? – Alvo perguntou, observando o tabuleiro de xadrez bruxo a sua frente.

— Significa que eu vou perder de novo? – Arrisquei, mas eu sabia do que ele estava falando. Alvo passou o dia inquieto querendo conversar sobre o tópico do namoro, mas esperou pacientemente até chegarmos no salão comunal e, depois, até não estar tão cheio.

— Você finalmente vai poder conquistá-la! – Arqueei o supercílio e notei que ele estava realmente falando sério. Era estranho, porém Alvo sempre torceu para que Rose sentisse o mesmo que eu sinto por ela. Até Hugo e James pensavam que eu e Rose podíamos muito bem ser namorados, e enchiam o saco da ruiva por causa disso. O único que não gostava da brincadeira era o pai de Rose, mas ele me odeia desde que eu tinha onze anos, então não tem muito o que fazer.

O simples pensamento que eu poderia ter uma chance de ganhar o coração de Rose me deixou acordado boa parte da noite, afinal de contas era isso o que eu queria, não era?

Rose nunca foi uma pessoa fácil de lidar, ela costumava ser controladora, organizada em todos os aspectos e sempre cumpria todas as regras. Contudo, ela também era uma pessoa amável, importava-se com todos a sua volta, em especial com a sua família. Ela sempre foi uma força indomável, e exalava bom humor, mesmo em momentos difíceis.

Eu fui o primeiro beijo dela, no final do terceiro ano e eu lembro até hoje disso. Talvez tenha sido nesse momento que eu comecei a nutrir um sentimento por ela. Durante a volta para casa, encontrei Rose em uma cabine vazia, ela chorava e eu havia visto Dominique sair de lá. Aparentemente Parkinson estava caçoando pelo fato dela não ter beijado alguém, como se fosse obrigação de Rose beijar algum garoto para agradá-la. Para mim essa história não fazia sentido, mas isso não importava, porque Rose estava magoada por isso, então propus ser o primeiro beijo dela. E bem, ela concordou.

Por incrível que pareça, nossa amizade apenas cresceu depois disso. Ela começou a se abrir mais comigo e eu com ela. Todos a nossa volta estranhavam a amizade entre um Malfoy e uma Weasley, porém assim como estranharam minha amizade com Alvo, com o tempo as pessoas pararam de comentar toda vez que nos viam juntos no corredor.

No quinto ano, Rose teve a brilhante ideia de ir a Hogsmeade com McLaggen e foi nesse dia que meu pesadelo começou. O relacionamento dos dois era uma bagunça, ele foi uma péssima influência para ela, sem contar que McLaggen nunca apoiava as decisões dela, ficava fazendo chantagens emocionais quando Rose se dedicava mais aos NOMs do que nele. Era irritante.

Por um ano, Rose se distanciou de mim pelo namorado achar que tinha algo entre nós além de amizade. E por algum motivo que eu não entendo, a solução mais plausível foi manter distância em vez de terminar com o cara. Mas tudo voltou ao normal depois que Rose começou a se irritar com o namorado, perdia a paciência com ele com frequência e colocou um basta depois de uma briga.

Entretanto minha cabeça não girava por todo o histórico de Rose com caras que aparentemente não entendiam ela, mas sim pelo fato de achar que eu entendo. Nos últimos três anos tudo o que eu tenho feito é entendê-la. Eu conhecia cada careta, cada peculiaridade, cada tom de voz e cada mania, não porque eu estava obcecado com ela, mas porque eu sempre convivi com ela.

Então por que eu nunca consegui ter uma chance com ela? Poderia ser o fato de nunca realmente ter tentado. Ela acabou se tornando esse sonho impossível que eu não conseguiria alcançar, mas e se eu tentasse? Realmente tentasse, seria possível fazer alguém se apaixonar por você em apenas um dia? Não custa tentar, não é mesmo?

●•

Porta do Salão Comunal da Grifinória – Sábado

Rose sempre me contou que seu sonho de princesa era que o seu namorado a acompanhasse para as aulas e para as refeições, não porque ele se sentia obrigado a tal, mas pelo fato de querer passar mais tempo com ela. Eu e Alvo sempre fazíamos isso, mas como amigos e porque normalmente tínhamos as mesmas aulas, só que hoje seria diferente. Eu nunca realmente fiquei a esperando do lado de fora do Salão Comunal da Grifinória, porém achei que podia começar por aqui. Claro que poderia fazer um papel ridículo, mas não custava tentar.

A mulher gorda me encarava com um olhar sonhador e estava começando a me assustar, contudo o quadro abriu antes que eu pudesse correr. Rose e Lily saíram dando risadas enquanto olhavam para trás, o que fez com que se assustassem quando me viram parado ali, como um tapado.

— Malfoy?

— Não, um simples holograma do senhor Malfoy. – Rose riu se aproximou com um olhar curioso, deixei o meu corpo agir naturalmente, como eu sempre tive vontade, e beijei sua bochecha como desculpa para sussurrar em seu ouvido – Vim cumprir com o meu papel.

Ao me afastar notei que as bochechas dela estavam da mesma cor que o cabelo, entretanto ainda sim esboçava um sorriso, um que eu não conhecia, ou que conhecia, mas nunca havia sido dirigido para mim. Fiz um movimento com a cabeça indicando para andarmos juntos, e ela enlaçou o seu braço com o meu, já Lily observou toda a cena rindo discretamente.

Como era esperado, Parkinson havia contado para todos sobre o suposto relacionamento, não era difícil notar que os cochichos começavam quando as pessoas nos avistavam. E eu achando que todos haviam superado o fato que eu e Rose andávamos para cima e para baixo juntos.

Quando entramos no Salão Principal fiz questão de beijar a testa de Rose antes de ir para a mesa da Sonserina, mas é claro que ela simplesmente ignorou que eu estava me despedindo e me seguiu pegando a minha mão e me puxando para a mesa, sentando-se à frente de Alvo.

— Ouviu a novidade? – Ela perguntou para o primo que apenas levantou os olhos e continuou a colocar ovos mexidos dentro da boca, não entendo como ele consegue chamar a atenção dos garotos sendo um porco assim, mas quem sou eu para julgar – Somos o novo casal sensação de Hogwarts.

— Eu estou esperando a novidade – Alvo respondeu – Esse é o único assunto dessa escola desde ontem.

Não era como se eu não esperasse por isso, não posso dizer que sou o cara menos conhecido do colégio, e o mesmo serve para Rose, ainda mais sendo filha de quem é, mas a situação parecia um tanto mais exagerada do que deveria, afinal as pessoas deveriam cuidar um pouco de suas próprias vidas ao invés de ficar querendo saber da dos outros.

Contudo, Rose não parecia se importar com toda atenção que o namoro estava gerando. Ela comia ao meu lado pacificamente, como se hoje fosse mais um dia comum em sua vida, o que não deixaria de ser, mas era estranho pensar que cada movimento que dávamos existia alguém observando pronto para comentar com quem estivesse ao seu lado.

Hogsmeade estava da maneira mais festiva possível, o final de novembro se aproximava então as decorações natalinas começavam a surgir nas ruas e nas lojas. Rose estava com as suas luvas vermelhas cobrindo o rosto para se proteger do vento gelado, ao passo que continuava a falar sobre o quão injusta tinha sido a nossa última aula de poções.

— Você sabe que cobrindo as mãos assim, eu não consigo entender direito o que você fala, não é? – Perguntei enquanto abria a porta do três vassouras.

— A culpa não é minha que está frio e eu tenho que me proteger.

Antes mesmo que eu pudesse responder, Rose já estava caminhando para o canto mais escuro do estabelecimento e se sentando na mesa. Aquele canto era tão conhecido quanto o chalé de Madame Puddifoot, e como Rose nunca gostou daquele lugar, sabia que esse era o local que teríamos mais privacidade, e como eu gostaria de ter alguma nesse momento.

Conversar com ela sempre foi algo natural, até mesmo nos primeiros anos, nossas conversas fluíam bem, ainda que em certos momentos acabassem em briga. Podíamos até ser bons amigos, mas nossas opiniões tendiam a ser diferentes em certos aspectos, e quando um não entende o que o outro quer dizer, acabamos explodindo. Para nossa sorte, isso não acontece já faz um tempo, afinal, aprendemos a conviver e a escutar um ao outro.

A parte difícil de toda essa interação era flertar com ela. Rose podia ser a garota mais inteligente de toda Hogwarts, porém quando se trata de percepção quando alguém está dando em cima de você, ela tem zero habilidades. Eu sempre tentei me segurar quando ela começava com provocações banais sobre quadribol ou quem era melhor em algo, mas hoje eu sabia que tinha que ser diferente.

Não é que eu e Rose não tivéssemos flertado antes, contudo normalmente era para irritar Alvo quando ele estava de mal humor ou para tornar uma aposta mais divertida. Sempre esteve na minha mente que ela não queria algo sério e que tudo isso não passava de um jogo, por isso que sempre fiquei mais quieto.

— Discretamente, e eu disse discretamente, não faça como Alvo – Rose falou fixando em um ponto atrás de minha cabeça – olha para aquelas meninas da Corvinal atrás de você. – Não sei ao certo se fui discreto, mas deixei meu guardanapo cair e virei para pegá-lo, vendo o rosto arrasado das garotas atrás de mim – Elas não parecem estar desapontadas?

 - Acredito que é porque elas estão – falei enquanto tomava um gole de minha cerveja amanteigada, Rose ainda me olhava como se não entendesse – você tirou o solteirão de Hogwarts da pista, lembra?

Ela colocou as mãos no rosto cobrindo a cara de surpresa dela e começou a rir de toda a situação.

— Eu simplesmente esqueci que toda garota sonha em ser sua namorada. – Ela ficou em silêncio por um momento me encarando enquanto eu apenas sorria para ela, era possível ver o cérebro de Rose processando as informações, o rosto dela esboçando que havia algo lhe incomodando. – Você nunca namorou, não é mesmo?

— É porque a garota certa nunca me deu bola. – Foi uma ótima resposta, porém eu esqueci como Rose Weasley podia ser curiosa quando queria, ela se ajeitou na cadeira e apoiou os cotovelos na mesa, fazendo sua melhor cara de quem está pronta para escutar uma história. – O que?

— Conte sobre a garota certa. – Ela pendeu a cabeça para o lado e eu não pude deixar de suspirar, evitei o contado visual enquanto olhava para uma janela e começava a descrevê-la.

— Ela é competitiva, adora uma boa partida de quadribol e quando não está contra mim, consigo vê-la na arquibancada torcendo por mim, mas ela nunca revela que está torcendo para a Sonserina, muito orgulhosa para isso.

— Eu a entendo, imagine, estar no meio da Grifinória com uma bandeira verde, um absurdo. – Não havia como não sorrir com esse comentário. Apenas eu e ela sabíamos que Rose usava uma corrente com uma pequena pedra verde na ponta em todos os jogos da Sonserina, mesmo quando estava no campo.

— Ela é inteligente, sabe muito bem disso e sempre tenta me superar nas aulas, não que ela precise do esforço, mas ela acha divertido ver que suas notas estão superiores as minhas, principalmente nas matérias que ela tem noção que eu sou melhor.

— Você tem que entender que você acha que é inteligente, mas não é o mais inteligente de Hogwarts, meu caro. – Ela começou a dar tapinhas no meu ombro, como se estivesse me consolando – Estou achando que ela é da Corvinal, June adora tentar me bater nas matérias, e eu sempre achei que fosse porque ela me via como uma ameaça, mas acho que pode ser por outro motivo. Continue!

Mudando de posição, Rose encostou a cabeça em meu ombro, e eu passei a brincar com seu cabelo, por um momento me distraindo com o cheio de flores que ela sempre exalava.

— Ela é uma ótima companhia, sabe rir de todas as piadas, não importa que tipo de piada seja, ela vai rir, por isso o dia fica sempre melhor quando estamos perto, ela consegue iluminar o pior dia do ano. Sem contar que é raro vê-la de mal humor, quando acontece sempre tenho noção de como agir. – Sorri lembrando da última vez que a vi de mal humor e tudo o que precisei foi de um sapo de chocolate.

— Por mais que goste de seguir regras, quando ela quebra é para mostrar a todos que ela sabe ser travessa também, mas ela nunca foi pega, sempre um terceiro acabou sendo o culpado, apenas quem a conhece consegue distinguir quando ela entrou em ação. Mas acima de tudo, ela me faz querer estar com ela, e eu nunca quis algo assim, sempre acreditei no meu pai quando ele falava que quando eu encontrasse a garota certa, eu saberia, e no caso dela, eu sei.

— Nossa, que bonito Scar. – Ela falou levantando-se e olhando para mim, era possível ver as lágrimas se formando na linha dos olhos – E por que não conta tudo isso para ela?

— Contarei no momento certo.

●•

Como de costume, eu e Rose fomos para Zonko’s. Ela adorava a loja e não existia uma única vez em que não passamos na loja para que pudesse comprar algo para brincar com seus primos. Assim como todas as vezes, eu segui Rose pela loja enquanto ela jogava coisas em cima de mim para poder comprá-las. De lá passamos na loja de penas e seguimos para a casa dos gritos, porque Rose sempre gostava de contar a verdadeira história do lugar, e bem, eu nunca cansei de escutar.

Sentamos em um tronco de árvore enquanto Rose contava sobre os famosos Marotos, e sobre como seu padrinho, o famoso Harry Potter, descobriu sobre a história de seu pai. Rose conhecia essa história de trás para frente e sempre que podia mudava o jeito de contá-la, assim eu nunca cansava de ouvi-la. Quando Alvo estava conosco ele fazia os efeitos sonoros, agora sem ele, era mais fácil me concentrar na voz de Rose.

O dia que passamos juntos foi de longe um dos meus favoritos, pelo simples fato de que eu e Rose estávamos juntos, mas eu não deixei de notar como seu olhar para mim foi mudando ao decorrer do dia. Rose conhecia minha educação e como eu a tratava, mas durante esse dia eu tentei ser mais amoroso com ela, sempre abrindo as portas para ela, abraçando-a com frequência, depositei alguns beijos em sua testa enquanto esperávamos em filas, sem contar que Rose estava com o meu casaco desde que saímos da loja de penas.

Consegui notar como ela estava gostando do tratamento, e muitas vezes tirando proveito dele, pedindo abraços durante a caminhada na rua, não deixando que eu tirasse meu braço de seus ombros, e, é claro, pedindo para eu carregar tudo o que ela havia comprado. Fiquei surpreso quando Rose não pediu para eu carregá-la para algum lugar, se bem que ainda não voltamos para o castelo, então isso ainda pode acontecer.

Eu estava cada vez mais perdido em seus olhos enquanto ela contava a história, eles brilhavam mostrando o quão feliz que Rose estava, sem contar que o sorriso não saiu de seus lábios em nenhum momento. Apenas parava para colocar as luvas sobre o rosto quando seu nariz começava a ficar mais vermelho, indicando que ela estava com frio. Não poderia pedir para ir para um local fechado, porque essa história só poderia ser contada observando a casa.

Notamos que começava a escurecer quando nos levantamos do tronco, observamos a rua a nossa frente, cheia de estudantes sorridentes e enfeites flutuantes, e, como se fosse um sinal, eu soube que esse era o momento, havíamos passado um ótimo dia juntos, e por causa dela, eu esqueci de todos os olhares curiosos e de toda a fantasia de um relacionamento. Porque Rose sempre me fez esquecer de minhas preocupações, ela trazia uma leveza para a minha vida, era a responsável pelo dia ter se tornado tão perfeito.

Quando ela estava pronta para seguir em frente, eu a puxei de leve pelo pulso e prendi seu corpo no meu antes de beijá-la. A princípio eu pude sentir que Rose ficou tensa, e isso me fez querer recuar, mas como ela passou a corresponder o beijo, soube que poderia aprofundá-lo.

Não era um beijo desesperado, mas sim cheio de significado, essa estava sendo a maior declaração que eu poderia fazer, palavras não eram necessárias. Cada local que ela tocava era possível sentir uma descarga elétrica, qualquer tipo de nervosismo que eu poderia sentir havia ido embora. O momento dizia o que eu sentia e permitia que Rose dissesse o suficiente para que eu pudesse saber que o inesperado havia se tornado desejado.

Ao nós separarmos, eu observei o rosto dela adquirir o tom avermelhado e se mesclar com o cabelo dela. O sorriso cúmplice foi o suficiente para saber que Rose havia gostado e, quem sabe, isso poderia se desenvolver para algo mais. Segurei sua mão enquanto caminhávamos em direção ao Alvo, o qual nos esperava ansioso para saber os detalhes do dia.


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Notas finais do capítulo

espero que vocês tenham gostado!
cof cof não deixem de comentar cof cof

queria agradecer minha amiga secreta pelas preferencias dela, e as minhas betas, Isa Gabi e Trice que me deixaram mais confiante quanto ao resultado final.

beijinhos amanteigados



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