Pain is just a passing storm escrita por Akemihime


Capítulo 1
In the gray sky, there is a brighter light


Notas iniciais do capítulo

Recomendo fortemente escutar "Been Through" do EXO ;D



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Baekhyun só soube que tinham se passado cinco anos desde a Grande Guerra quando, ao sair de seu esconderijo certo dia, escutou por acaso um grupo falando sobre isso ao longe. O grupo em questão se encontrava próximo ao que parecia ser uma antiga loja de conveniências — era difícil ter certeza por conta dos destroços.

O Byun até pensou em se aproximar, mas a ideia, da mesma forma que surgiu, rapidamente deixou sua mente quando ele viu como aquelas pessoas estavam armadas. Eles vestiam roupas pretas e andavam em uma postura muito rígida para que fossem simples civis que tivessem sobrevivido à guerra, e as armas de fogo que portavam deixavam ainda mais claro o quanto na verdade aquele grupo se tratava de uma ameaça. Principalmente à Baekhyun.

Ele suspirou longamente antes de dar uma última olhada para eles, voltando então a refazer os passos para onde estivera escondido nos últimos dias.

Não era exatamente o melhor dos esconderijos, era mais um abrigo, considerando como o inverno estava chegando. E mesmo para um abrigo, requeria melhorias se Baekhyun quisesse realmente se proteger da neve que estaria para vir em poucos dias.

O “abrigo” em questão se tratava de uma casa — uma das poucas que sobrara de pé naquela região, e apesar de ter paredes relativamente firmes, que tinham aguentado até mesmo os impactos da guerra, não se podia dizer o mesmo sobre o teto. O grande buraco no teto da casa deixava claro que ela estava longe de ser o melhor lugar para ficar quando começasse a nevar ou até mesmo chover.

Mas, bem, para onde Baekhyun iria então?

Achar aquele lugar tinha sido um verdadeiro milagre, tendo em vista que estivera andando por horas e tudo o que encontrara tinha sido destruição. E ao pensar nos invernos passados, também naquele cenário pós guerra, Baekhyun realmente tinha sorte de ter encontrado aquele lugar.

Houveram invernos piores e ele jamais se esqueceria de como tinha sentido todo seu corpo à beira de congelar várias vezes, sem ter nada para se esquentar propriamente.

— Preciso achar alguma coisa pra cobrir esse teto — murmurou para si mesmo, olhando pensativo para o buraco no teto assim que retornou para o abrigo.

Mas com aquelas pessoas andando lá fora, não tão longe de onde estava, Baekhyun sabia que não seria prudente sair explorando por aí tão cedo.

Ele sentiu o estômago roncar e respirou fundo, tentando ignorar a fome que já era algo comum em sua vida.

— Ah, dá pra acreditar que já se passaram cinco anos? — Baekhyun exclamou sozinho.

Ele ergueu os olhos para o pequeno rádio que tinha colocado ali no chão antes de sair mais cedo e se aproximou, ligando e tendo o som da estática preenchendo o silêncio em que antes estava.

— Ah, bem melhor! — Deu um riso fraco, ajeitando o rádio no chão — Eu nem tive tempo de achar pilhas novas, espero que essas durem mais um pouco. Se ao menos Jongdae estivesse aqui…

Ou se eu estivesse com meus poderes…

Baekhyun sorriu, ainda olhando para o rádio, não se atrevendo a seguir aquela linha de pensamento no momento.

Não dessa vez.

— Eu quero continuar andando até Seul, mas acho melhor esperar até o inverno passar — Baekhyun voltou a falar depois de um tempo em silêncio, ouvindo o som da estática do rádio — Seria bom se vocês estivessem lá… Mas pelo visto parece que a Red Force está por todos os cantos, tenho que ter cuidado.

Ele falava, se lembrando — com uma pontada de dor — do grupo de amigos que não via há tanto tempo.

— Eu fiquei surpreso quando ouvi falarem mais cedo que já tinha se passado cinco anos desde a guerra — Sorriu sem muita vontade — Mas pensando bem, não deveria ficar surpreso… eu não tinha contado os dias, mas sempre soube que muito tempo tinha se passado. E mesmo assim eu não consegui nenhuma pista sobre a localização de vocês, se ainda estão por aí…

Baekhyun parou de novo, balançando a cabeça.

— Ah, o que tô falando? — Riu — É claro que vocês estão por aí! Jongdae deve ter criado um plano e colocado todo mundo seguro em algum super esconderijo, eu sei! Vocês não iam se arriscar tanto na guerra sem ter todo o grupo junto, Junmyeon hyung jamais deixaria isso acontecer…

Então ele parou de novo.

— Junmyeon hyung… Ah… — Baekhyun sorriu de leve, um sorriso diferente dos anteriores, com um toque de nostalgia dessa vez, refletindo nas lembranças que rondavam a mente do Byun.

Lembranças daquela época em que ele ainda não tinha sido separado bruscamente do grupo graças aos cientistas da Red Force.

Uma época melhor onde as lutas não eram tão violentas e a ameaça não era constante.

Uma época em que Baekhyun podia rir abertamente e ter a liberdade de brincar com todos os amigos sem se importar muito com o dia de amanhã.

Ele ainda se lembrava de como seu sorriso aumentava perceptivelmente quando Junmyeon estava por perto. Quando ele se atrevia a zombar da cara do líder, porque o simples fato de vê-lo sorrir e fingir estar zangado com suas bobagens era o suficiente para alegrar todo o dia de Baekhyun.

E mesmo quando as coisas começaram a ficar sérias demais, quando tudo parecia complicado, Junmyeon estava lá, não só como um líder para acalmar a todos e demonstrar um controle em todas as situações, como também sempre aparecia ao lado de Baekhyun, quando todos já estavam dormindo, para simplesmente lhe fazer companhia. 

Nessas horas eles falavam sobre tudo e sobre nada, reclamavam e sorriam e Baekhyun sentia seu corpo aquecido, sabendo muito bem que a culpa daquilo não vinha de seu poder e sim por ter o homem ao seu lado.

Foi em uma dessas noites que Baekhyun provou dos lábios de Junmyeon. Uma, duas, três vezes. Mais do que ele poderia contar e menos do que poderia se dar por satisfeito.

E a promessa de que conversariam sobre isso um dia foi perdida com o caos que se instaurou com a invasão da Red Force.

Baekhyun tinha sido capturado e ele não fazia ideia do que tinha acontecido com os outros. Tudo o que sabia é que quando despertou estava sem seus poderes e o mundo tinha se transformado em um campo de guerra entre o EXO e a Red Force.

Mas nem assim ele foi capaz de encontrá-los. Pelo menos ainda não.

Baekhyun não tinha desistido, assim como sabia que os amigos jamais desistiriam dele.

— Junmyeon hyung… Quando nos encontrarmos, você vai se lembrar da conversa que ficamos de ter cinco anos atrás? — o Byun voltou a falar para o rádio, sem realmente encarar o aparelho agora, olhando pensativo para o chão.

Era inevitável pensar em Junmyeon, assim como era inevitável sentir aquela dor da saudade e da solidão em seu peito sempre que isso acontecia. Sempre que se arriscava a pensar no passado e em um futuro que parecia cada vez mais difícil de se reencontrarem.

E já tinham se passado cinco anos…

Durante todo esse tempo Baekhyun não foi capaz de encontrar uma só pessoa viva além de inimigos da Red Force. Eles pareciam estar por todos os lados e no começo aquilo o apavorou mais do que qualquer coisa. O medo, que não estava acostumado a sentir antes quando estava com seus poderes e rodeado de seu grupo, se tornara algo constante em sua vida depois da guerra.

Baekhyun pensava que nada era pior do que aquele sentimento de medo, até que a saudade — e principalmente a solidão — foi o engolindo pouco a pouco, como um enorme monstro se alimentando lentamente da sua sanidade, retirando tudo de bom que sentia, deixando apenas a completa escuridão.

Ele supunha que esse deveria ser o seu destino, considerando que até mesmo o seu poder de luz foi retirado de si. Era como se nada mais lhe restasse a não ser os pensamentos obscuros.

Em alguns dias se tornava fácil de suportar: o rádio, em parte, foi lhe ajudando a tentar combater a loucura que tinha se tornado sua cabeça e seu coração. Falar com aquele velho rádio, ainda que somente com o som da estática, dava-lhe uma cega ilusão de que restara alguém, em algum lugar, tentando se comunicar com ele — quem sabe Jongdae, tentando rastreá-lo — mas por mais que brincasse e tentasse acreditar fielmente nisso, a verdade é que Baekhyun estava tendo dificuldades em parecer positivo depois de todo esse tempo completamente sozinho.

— Ah, eu sou mesmo um fraco, não sou? — Baekhyun deu um riso fraco, sem vida.

Ele ergueu a cabeça, fitando o rádio que ainda estava ligado com o som da costumeira estática, e levantou sua mão, o alcançando para poder desligá-lo.

Mas foi quando ouviu.

Não foi nada significativo exatamente, mas foi um som. Um som fraco, porém diferente da estática de sempre vindo do pequeno rádio.

Baekhyun parou, completamente em choque.

O momento passou rápido e ele pegou o rádio em suas mãos, tremendo um pouco e se amaldiçoando por isso enquanto apertava os botões e tentava achar uma frequência melhor. Uma frequência que pudesse clarear seja lá o que fosse aquele som que tinha ouvido.

Parecia uma voz, será que…

Mas Baekhyun estava surpreso demais para tentar pensar com clareza sobre o que — ou quem — poderia ser. Precisava buscar por aquele som de novo, precisava ter mais sinal, uma frequência melhor, precisava…

“Se alguém… nos ouvindo…”

Baekhyun parou de novo ao ouvir a voz entrecortada sair fraca pelo rádio. 

Aquela voz.

E dessa vez não foram apenas suas mãos que começaram a tremer, mas todo o seu corpo parecia prestes a entrar em convulsão enquanto ele olhava surpreso para o rádio, sem poder conseguir pensar com clareza e muito menos formar palavras para serem expressas naquele momento.

“Estamos próximos… província de Gyeonggi…”

O Byun ouvia aquela voz em seus sonhos e em lembranças do mundo antes da guerra, especialmente no começo quando tudo aconteceu. Mas depois de todos aqueles anos a voz se tornou mais fraca em sua mente, era difícil se lembrar com exatidão... e toda vez que pensava sobre isso Baekhyun se sentia ainda mais amargurado. Amargurado ao cogitar a ideia de que estava se esquecendo de como ele soava.

Mas então lá estava aquela voz de novo.

Lá estava Junmyeon, agindo como um líder e um herói, em meio a um mundo que já havia sido destruído.

Mas Junmyeon não desistiu e Baekhyun sempre soube disso.

“... Baekhyun… vivo...”

E ele estava o procurando. O Byun segurou com mais força o rádio em suas mãos, as dobras entre seus dedos se clareando com a intensidade e o desespero que sentia. Seu corpo todo estava agitado e ele podia sentir as lágrimas descendo pelo seu rosto, mas não se deu ao trabalho de limpar, com toda a sua atenção voltada para o rádio e a voz de Junmyeon que chamava por ele.

Chamava por ele!

Depois de cinco anos, ele ainda estava a sua procura, ele ainda tentava, assim como Baekhyun…!

No entanto, a voz de Junmyeon, assim como aparecera, ia aos poucos sumindo, tornando ainda mais difícil de entender o que dizia e deixando o Byun ainda mais desesperado.

— Não, não, não! — exclamou, voltando a apertar os botões, tentando achar alguma frequência que estivesse ainda melhor.

Ele se levantou rapidamente, erguendo o rádio e tentando de alguma forma melhorar o sinal, sem saber exatamente como aquilo funcionava.

Mas nada pareceu adiantar.

— Não! Merda, pilhas…! — falou, batendo de leve no rádio, tentando fazer com que voltasse em vão. As pilhas estavam acabando e até mesmo o som da estática ia sumindo aos poucos.

Baekhyun largou o rádio, colocando as mãos na cabeça, ainda processando tudo o que tinha acontecido. Ele não tinha notícias de ninguém há cinco anos e de repente a voz de Junmyeon aparecia daquele jeito no rádio... O que ele tinha dito mesmo além de falar o seu nome? Que eles estavam na província de Gyeonggi?

O Byun pegou um mapa velho dentro da mochila que tinha jogado entre os escombros da casa, abrindo-o e analisando. 

Ele estava na província de Gyeonggi naquele momento, em Bucheon para ser mais exato. Mas onde Junmyeon estava naquela região? Baekhyun não tinha conseguido ouvir, só o que sabia era que ele estava por perto.

Junmyeon estava por perto.

E aquele fato foi mais do que o suficiente para dar o ânimo que Baekhyun precisava, de forma que ele logo pegou a mochila do chão e jogou em suas costas, recolhendo o rádio consigo também, e saindo da casa sem pensar duas vezes.

Nada mais importava além de encontrar Junmyeon. Não agora que Baekhyun acabara de descobrir que ele estava por ali.

Depois de cinco anos, eles finalmente estariam juntos… Finalmente…

Mas a empolgação do Byun foi interrompida em um piscar de olhos assim que ele virou a rua e sentiu algo em sua cabeça.

O baque foi tão repentino que Baekhyun mais escutou do que de fato sentiu a dor, mas nada disso impediu que a escuridão viesse ao seu encontro, não dando espaço nem para a surpresa ou qualquer outra reação que pudesse ter.

A reação — surpresa, confusão, dor — veio assim que ele abriu os olhos, sem saber exatamente quanto tempo tinha se passado. Provavelmente muito, ao notar pela janela gradeada que a noite já tinha caído.

Janela…

Baekhyun começou a se levantar rapidamente, mas logo parou, se arrependendo pelo movimento brusco ao sentir sua cabeça latejar forte. O que tinha acontecido?

— Não se movimente muito rápido — ele ouviu outra voz familiar falar e teve que se controlar para girar seu corpo e se pôr de pé devagar, a curiosidade gritando dentro de si.

— Jongdae?! — exclamou, sem se importar no que acontecia em volta agora.

Jongdae deu um pequeno sorriso para ele e Baekhyun sentiu vontade de chorar ao vê-lo ali logo a sua frente.

— O que você… O que nós… — balbuciou, sem saber como começar a perguntar. 

Onde eles estavam? O que estava acontecendo?

— Nós fomos capturados pela Red Force, estamos na base deles — Jongdae esclareceu e Baekhyun olhou surpreso, agora entendendo as grades nas janelas e até mesmo ao seu redor.

Jongdae também estava em uma cela, preso logo à sua frente, separados pelo que aparentava ser um longo corredor.

Baekhyun sabia que a Red Force estava por aí, é claro que sabia, tinha visto um grupo deles andando naquela manhã, mas ainda assim... como puderam ser tão rápidos em capturá-lo? Mesmo com sua empolgação para encontrar Junmyeon, o Byun tinha sido cuidadoso. Depois de cinco anos sobrevivendo por conta própria, ele aprendera a ser.

Ele olhou para Jongdae, que aparentava estar calmo, sentado com as pernas cruzadas, quase como se estivesse meditando. Já tinha sido estranho o suficiente Baekhyun ter sido capturado, mesmo tendo aprendido a tomar todas as precauções, mas Jongdae? Ele era o cérebro de sua equipe, se tinha alguém que Baekhyun nunca pensou que veria como prisioneiro da Red Force era ele.

— Isso não faz sentido — murmurou, olhando para o amigo, mas o Kim não disse nada, virando o rosto para o lado da grade quando ouviu passos em direção a eles.

— Baekhyun, fico feliz por ter se juntado a nós — O Byun se virou então para ouvir aquela voz dolorosamente familiar que o tinha feito sair de seu abrigo mais cedo.

Seu coração se acelerou ao reconhecer Junmyeon bem a frente da cela, de pé no corredor, o encarando com uma expressão diferente, quase irreconhecível.

Foi aí que Baekhyun soube que aquele, de alguma forma, não era o seu Junmyeon. Mesmo depois de anos sem se ver, era notável como aquela expressão, quase como divertimento por vê-lo ali, não combinava com o líder Suho que tanto conhecia.

Parecia uma expressão quase cruel.

— O que está acontecendo? — Baekhyun perguntou, sentindo seu coração ainda agitado, mas não de felicidade. Ele estava alarmado, algo estava errado.

— Vejo que você recebeu bem o sinal de rádio que mandamos — O líder falou, se virando então para outra pessoa que se aproximava — Você tinha razão.

— Eu sempre tenho — Então outro Jongdae apareceu e Baekhyun olhou dele para o que estava na cela à frente, percebendo como eles eram completamente iguais. Exceto, talvez, pelo olhar sério e voz fria que saía do homem de pé a sua frente, que por sinal chegava rodeado por dois pequenos drones.

Ele fitou Baekhyun e o Byun quase podia ouvir as engrenagens de seu cérebro girando conforme o analisava.

— Ele provavelmente não sabe da localização dos outros, mas acredito que vai ser útil para nós. — Se virou então para o Jongdae que estava dentro da cela e os observava, ainda sentado, em completo silêncio — Vocês dois serão.

Quando saíram de perto, sem dar qualquer tipo de resposta para Baekhyun, ele encarou Jongdae, surpreso demais para conseguir formular as perguntas diante da cena que tinha acabado de acontecer.

Mas não foi preciso, pois Jongdae de repente parecia mais motivado, ele se levantou do chão com rapidez, colocando as mãos na grade e olhando em volta — pelo limitado espaço que tinha para olhar, pelo menos.

— Certo, o que você precisa saber primeiro: aqueles eram as cópias que a Red Force criou, eles possuem os mesmos poderes que nós e você foi enganado pelo Suhø através da transmissão de rádio que ele fez.

Aquilo foi como um balde de água fria para o Byun, que tornou a se sentar no chão, perdido.

— Então, o Junmyeon hyung está…

— Ai, para de imaginar coisa! Ele está vivo e procurando por você, todos nós estamos, mas ele está particularmente irritante.  — Jongdae exclamou enquanto parecia concentrado em algo em suas mãos. — Aliás, é por isso que estou aqui.

Baekhyun levantou a cabeça, observando-o. De onde ele estava não conseguia identificar o que era o estranho e pequeno objeto oculto pelas mãos do Kim, só sabia que seus dedos trabalhavam rápido, como se estivessem montando algum mecanismo ou algo similar.

— O que?

— Eu sei que está sem seus poderes, é por isso que deixamos que me capturassem. Eu sempre tenho um plano, não tenho? — Sorriu.

— Mas como você sabe? E como sabia que eu seria capturado?

— Chën não é o único que tem sua rede de informações, estávamos te rastreando há anos, eu falei. — Jongdae ergueu a cabeça, fitando-o e voltando a sorrir — Eu posso ter tido influência em sua captura, mas fique tranquilo. Vamos dar um jeito em seus poderes e em te tirar daqui.

Ele então se levantou, com o objeto agora em só uma das mãos.

— Se prepare.

— Pra quê?

Mas Baekhyun nunca teve a resposta para sua pergunta, ao menos não verbalmente, pois logo após isso ouviu uma enorme explosão vinda de algum lugar próximo naquele corredor. Uma corrente elétrica passando em torno da sua cela e da de Jongdae indicou que o plano, seja lá qual fosse, já estava em andamento e ele não poderia mais ficar ali sentado pensando.

Perdido, mas seguindo a liderança de Jongdae, Baekhyun foi passando pelos destroços e desviando ao máximo de pessoas que surgiam prontas para atacá-los.

Seja lá onde estivessem, aquela realmente era uma das bases da Red Force, e a segurança estava bem reforçada. Não seria fácil.

Mas Jongdae não parecia encarar como um grande problema, pois o guiava como se soubesse exatamente para onde deveriam ir. E um estalar alto ao seu lado indicou que ele não era o único causando uma confusão naquele lugar.

— Jongin, tire ele daqui!

Baekhyun não teve tempo de olhar direito para Kai que apareceu ao seu lado, pois o mesmo o puxou e juntos teleportaram para outro ponto, ainda dentro da base inimiga. Ele olhou em volta, se sentindo tonto, recordando daquela antiga sensação nauseante de ser teleportado pelo amigo.

— Não para, vamos! — Jongin exclamou com urgência e Baekhyun logo se viu correndo por outra série de corredores enquanto o outro teleportava de lá para cá, detendo os inimigos da Red Force que apareciam.

Outro estalar de teleporte deteve Jongin e Baekhyun não parou para olhar, mas imaginou que se tratava de um dos tais clones que a Red Force criou, como tinha visto mais cedo.

— Baekhyun! — Antes que pudesse assimilar a voz que o chamava agora, o Byun sentiu um corpo colidir com o seu, e o fato de seu coração voltar a bater descompassado fez com que ele entendesse antes mesmo de ver o rosto do homem à sua frente.

— Junmye-

— Depois! — Junmyeon exclamou, segurando a sua mão com força e Baekhyun entendeu.

Aquele não era nem de longe o melhor momento para comemorarem um reencontro e matar a saudade.

Baekhyun olhou em volta, para o que sem dúvida se tratava do prédio da Red Force sendo aos poucos destruído e lutas acontecendo por todo o seu redor. Fogo, gelo e correntes elétricas se misturavam em vendavais, deixando claro que todos estavam utilizando o máximo de seus poderes, dando tudo de si. 

Seus olhos então foram para sua mão agora entrelaçada na de Junmyeon, que o segurava firmemente enquanto o guiava em meio ao caos, usando seu poder quando necessário para protegê-los.

Sim, aquele não era o momento, mas Baekhyun não se importava de esperar.

Não agora quando finalmente se reencontraram depois de tantos anos e não planejavam se separar tão cedo de novo.


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