Hope escrita por Beah


Capítulo 2
Hope


Notas iniciais do capítulo

Bem, depois de tanto tempo ausente do Nyah!, eu decidi quebrar meu hiatus e trazer essa fanfic que eu já posto tem um tempinho na rede social laranjinha aqui do lado hehe. Hope é meu xodozinho e eu espero do fundo do coração que vocês gostem de acompanhá-la, tanto quanto eu gosto de escrever por mais que tenha alguns empecilhos as vezes.
Inicialmente ela seria uma one-shot, mas por pedido de algumas leitoras eu decidi aumentar e o resultado vocês vão acompanhar.
Sem mais delongas, boa leitura a todos! Vejo vocês no próximo capítulo!



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Depois do que aconteceu, a última coisa que Bella possuía era esperança.

Esperança de que algum dia as coisas fossem melhorar. Esperança de que os dias nublados clareassem e a sua vida melhorasse.

Edward a deixou sem nem pensar duas vezes. Usando o maldito acidente como desculpa, partiu, deixando-a com um coração quebrado para trás.

E Jacob? Bem, Jacob a deixou também, exceto que ela ainda era obrigada a ver a maldita cara do Quileute cada vez que Billy ia jantar em sua casa.

E cada vez que o via, lembrava-se de seus olhos castanho-escuros analisando-a de cima a baixo, enquanto os cabelos, tão escuros quanto, bagunçavam-se por conta do vento e sua boca pronunciava as palavras "Eu te avisei" como se sua vida dependesse daquilo.

Sua vida passou a se resumir em: acordar e ir à escola para aguentar as piadas de mal gosto da parte de Jéssica e Lauren. Então ir para o trabalho, na loja dos pais de Mike e finalmente voltar para casa, para cozinhar para Charlie e ir dormir, rezando para que aquela maldita rotina não se repetisse.

Mas, para sua infelicidade, ela se repetia.

Depois de alguns meses, mandou o pingo de esperança que lhe restava para lugares desconhecidos e passou a desejar que sua vida acabasse logo, que aquele inferno acabasse logo.

Contudo, não importava o quanto ela tentasse, todos os dias, ao acordar, tudo o que a Swan queria era que alguém a estendesse uma mão e a puxasse para fora do abismo no qual caíra.

Aparentemente, a vida, irmã mais velha da esperança, decidira dar-lhe um pequeno empurrão para que ela e sua irmã mais nova voltassem a se falar e assim, Isabella pudesse deixar seu 'inferno-astral'.

Foi numa tarde de Dezembro, a neve preenchia todas as ruas de Forks e aquilo dificultava o tráfego da cidade. Contudo, lá estava ela. Isabella Swan. Dentro de um carro, com as janelas fechadas e o aquecedor no máximo, enquanto tentava lidar com uma dor excruciante no tornozelo direito.

Tudo isso por que, aparentemente, ela havia desaprendido a descer escadas.

Charlie fora extremamente atencioso em pular algumas horas de serviço para levar a filha para o hospital. Bella achou que ele estava "fazendo uma tempestade num copo d'água", mas não importava, para o Chefe Swan, ele não fazia mais que sua obrigação.

Ao adentrarem na recepção do hospital de Forks, vermelha era a cor que recobria as bochechas de Isabella ao reparar que todas as enfermeiras do local pareciam conhecê-la.

"Eu acho que as enfermeiras daqui te conhecem melhor do que eu, Bells" Charlie brincou, enquanto terminava de preencher as fichas e a garota posicionava-se melhor ao seu lado.

Bella deixou uma risada fraca escapar de seus lábios rosados e levemente doloridos por causa de sua irritante mania de mordê-los.

Quando as fichas foram preenchidas, pai e filha deixaram a recepção e começaram a andar pelos corredores, até chegarem na sala de espera.

Devido ao tornozelo, Isabella acabou ficando levemente para trás. Mas isso não a incomodou, uma vez que até virou para seu pai e pediu para que ele continuasse normalmente.

E foi então que ela o viu.

Estava apoiado próximo a porta da sala de doação de sangue. O pé dobrado encostava na parede, enquanto olhava para baixo, fazendo com que os fios de cabelos pretos caíssem na frente de seu rosto.

Provavelmente estava esperando alguém.

A Swan deixou a cabeça pender para o lado levemente, enquanto continuava a analisá-lo... Ela só não esperava que ele fosse levantar a cabeça também.

A primeira coisa que ela viu foram olhos extremamente azuis encarando-a intensamente. Azuis quase da cor do céu em um de seus melhores dias, sem nenhuma núvem atrapalhando sua glória. Sentiu-se como se eles fossem capazes de ler até o fundo de sua alma e isso a fez engolir em seco.

Foi então que sua ficha caiu. Ela havia sido pega no flagra. Prendeu a respiração e arregalou os olhos. Seu primeiro instinto foi dar um passo para trás, para afastar-se e ao menos tentar disfarçar.

E ela teria sucedido, não fosse seu maldito tornozelo.

A dor que ela não sentia mais desde quando saíra de casa retornou com tudo e então, ao perceber que o impacto com o chão seria inevitável, devido a pisada em falso, fechou os olhos.

Seu psicológico preparava-se para mais um mico que iria pagar naquele mesmo hospital.

Contudo, espantou-se quando seu corpo não se chocou contra o piso frio de cerâmica, mas sim com algo macio.

Abriu os olhos instantaneamente e não sabia se deveria arrepender-se, ou não, por tê-lo feito.

Lá estava ela, sendo segurada pelo dono dos olhos azuis. Suas mãos nos ombros do rapaz, enquanto ele segurava-a pela cintura.

Soltou a respiração que nem sabia que estava segurando e olhou para baixo, enquanto murmurava um desajeitado "obrigada". O máximo que seu cérebro conseguiu formar naquele instante.

"Por nada" ele respondeu, rindo nasalmente enquanto um sorriso torto tomava conta de seus lábios.

Continuaram a se encarar por mais alguns instantes. Era quase como se não houvesse a necessidade de falarem algo. Infelizmente, alguém acabou quebrando aquele singelo momento.

Já no fim do corredor, Charlie chamava a filha, "Isabella!" gritou, fazendo com que a mesma virasse imediatamente para olhá-lo, "É sua vez, o médico está lhe chamando".

E então o motivo de ter ido até o hospital voltou a sua cabeça, juntamente com a dor.

"Hm, eu... eu preciso ir" conseguiu falar, enquanto arrumava a postura e retirava as mãos dos ombros do rapaz. "Mais uma vez, obrigada" sorriu fraco, encarando os pés.

"Por nada..." propositalmente, não terminou a frase, esperando que ela compreendesse a deixa.

"Isabella... me chamo Isabella" o sorriso permaneceu em seu rosto, contudo, desta vez ela ergueu a cabeça para encará-lo.

"Damon" foi tudo o que ele respondeu, com um sorriso sincero no rosto, enquanto levava a mão esquerda da garota aos seus lábios e a beijava ternamente.

Desta vez, ela deixou uma risada anasalada escapar-lhe. "É um prazer" cumprimentou-o, durante o riso. "Obrigada novamente, Damon" e com isso, ela afastou-se, indo em direção a Charlie.

Enquanto andava pelos corredores do hospital, Bella se sentiu estranha.

Não sabia exatamente distinguir aquela sensação, muito menos explicá-la, só sabia que ela era boa. Muito boa.

Nada tinha haver com borboletas em seu estômago, ou coisas do gênero. Era simplesmente um sentimento bom que preenchia-a vagarosamente. Como se algo estivesse certo. Embora ela não entendesse direito o quê.

O que a intrigava era que ela conseguia facilmente atribuir aquele sentimento ao rapaz que acabara de conhecer. Damon.

Por outro lado, surpreendeu-se ao perceber que se assustara ao pensar que as chances de vê-lo novamente eram extremamente nulas.

Pensou que as chances de sentir-se daquela forma novamente eram nulas. E então reparou, curiosamente, que ela queria sentir aquilo novamente.

Algo dentro de si animou-se, a famosa adrenalina pareceu correr de volta em seu corpo e Deus, como ela havia sentido falta daquilo.

Um sorriso abriu-se em seu rosto, enquanto prometia algo para si mesma. Não importava ao certo o que aquilo iria custar: ela veria Damon novamente.


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