Minha Vida Começa Contigo escrita por Senhora Bracho


Capítulo 10
O Jantar




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...

 

Duas Semanas Depois 


    Carlos Daniel fazia o possível para tentar se aproximar de Paulina mais a mesma não parecia nem um pouco disposta a tentar uma aproximação, sempre se afastava, pra ela aquilo tudo era uma tortura sem fim, e tudo só piorava quando ela se lembrava que após a "lua de mel" ela teria que se mudar para capital com seu marido e a família dele.

— Não vejo a hora de chegarmos logo na mansão, você vai adorar morar na capital. - diz Carlos Daniel empolgado tentando puxar assunto enquanto arrumavam a mala para poderem ir ao aeroporto.

— Eu não teria tanta certeza, por mim não sairia de San Cristóbal de las Casas, eu amo aquele lugar e não queria ter que sair de lá nunca! . - rebate Paulina com desgosto, ela era uma menina do campo e temia não se acostumar com a cidade grande.

— Eu sei. - diz Carlos Daniel triste, não queria ter que separar Paulina de seus pais, sabia que ela era muito apegada a mãe mais não havia outra saída.— Mais temos que ir, meu trabalho fica na capital, mais te levarei na fazenda sempre que quiser. - propõe Carlos Daniel  tentando animá-la.

— E quanto a minha faculdade? . - pergunta Paulina.

Fazia pouco tempo que Paulina havia terminado o ensino médio e seu  sonho era ingressar na universidade, queria muito cursar medicina veterinária pois amava os animais, aliás morava em uma fazenda e desde pequena convivia com eles, volta e meia fugia de sua mãe para andar de cavalo ou ajudar os peões a alimentar o gado, o que deixava sua mãe de cabelos em pé.

— Na capital se encontram as melhores universidades, poderá escolher a que mais te agradar. - responde Carlos Daniel fechando uma das malas.

— Preciso arrumar um emprego também. - diz Paulina com naturalidade.

— Pra quê? . - pergunta Carlos Daniel incrédulo como se ela tivesse dito algo absurdo, ele para o que estava fazendo e a encara.

— Como pra quê? . - pergunta Paulina já se exaltando sem entender a surpresa de Carlos Daniel. _Para pagar minha faculdade, minhas contas, enfim, para me sustentar. - explica  também o encarando.

— Não tem que se preocupar com isso, a partir de hoje você é minha responsabilidade, tenho o dever de te sustentar e te dar tudo do bom e do melhor. Não precisa ter vergonha, não de mim, agora somos casados e o que você precisar basta me pedir que terei o maior prazer em satisfazê-la. - diz Carlos Daniel em tom carinhoso.

— Não quero ser sustentada por você! . - retruca Paulina ríspida.

— Por quê? - pergunta Carlos Daniel confuso. 

—  Eu já sou maior de idade e quero ser independente pra não ter que depender de homem nenhum! - explica ela decidida, cresceu vendo seu pai jogando coisas na cara de sua mãe e não queria o mesmo para sua vida, pra ela Carlos Daniel havia soado machista no que disse.

— Eu sou seu marido mesmo que não me veja assim, e me desculpe se me expressei mal, você vai poder sim trabalhar, eu jamais mandaria em você até por que não é minha propriedade, mais no momento prefiro que você foque somente nos estudos, e eu não vejo mal algum em te sustentar, aliás tudo o que tenho agora também é seu. - explica Carlos Daniel paciente.

— Tenho que pegar minhas coisas que ficaram em minha casa em San Cristóbal. - diz Paulina ignorando tudo o que ele havia dito, não queria prolongar aquele assunto pois acabaria falando o que não devia.

    San Cristóbal de las Casas era a cidade onde se localizava a Fazenda de seu pai, Paulina havia nascido e crescido lá junto com seus pais e sua irmã Paola que odiava o lugar e na primeira oportunidade saiu de lá. A Fazenda ficava a alguns quilômetros da cidade, mais especificamente ao lado da Fazenda Bracho que pertencia aos pais de Carlos Daniel, e foi a li que Paulina viu Carlos Daniel pela primeira vez.

— Claro, quando você quiser. - diz Carlos Daniel sorrindo.

— Pode ser no próximo final de semana? . - pergunta Paulina organizando seus cremes e maquiagens na necessaire.

— Podemos sim minha princesa. - diz Carlos Daniel  a olha sorrindo com cara de bobo, jamais se cansaria de admirá-la.

— O que foi? . - pergunta Paulina já se incomodando com os constantes olhares.

— Você é tão linda! . - elogia Carlos Daniel  apaixonado.

— Obrigada! . - agradece Paulina ficando vermelha, não havia se acostumado com tantos elogios vindos dele.

— Eu te amo tanto! . - declara Carlos Daniel a pegando de surpresa.

Paulina não diz nada.

— Se você fizesse idéia do que sinto por você, me trataria com menos frieza. - diz Carlos Daniel pegando na mão dela e a olhando nos olhos profundamente.

Paulina retira sua mão, não sabia como agir diante dele, pra ela era tudo novo, ele não era o monstro que ela pensava que ele seria, as duas semanas que conviveram juntos a mostraram isso, mais vivia desconfiada, tinha medo daquilo tudo não passar de fingimento.

— Eu quero e irei te conquistar, vou te mostrar que você pode sim chegar a me amar. - diz Carlos Daniel  a olhando decepcionado por sua atitude.

— Eu duvido muito, caso não saiba amor não se compra! . - dispara Paulina sem pensar.

— Mais eu não quero comprar, você logo verá que está completamente enganada em relação a mim.

— Pois eu digo e repito que não irá conseguir! - insiste Paulina com convicção.

— Ora, ora, você está me desafiando? . - pergunta Carlos Daniel  rindo, tentando quebrar a tensão.

— Chega de conversa fiada e vamos arrumar logo tudo isso. - finaliza Paulina perdendo a paciência, enquanto fechava sua mala.

— Você quem manda senhora Bracho! - brinca Carlos Daniel levantando as mãos em sinal de rendição.

...

Horas Depois - Mansão Bracho 

 

Paulina e Carlos Daniel finalmente chegam na mansão, logo que entraram se depararam com toda a família que estava ali no hall para recepcioná-los.

Helena logo se aproxima dos dois e dá um abraço apertado no filho e seguida em Paulina, a abraçou com carinho não se conheciam direito mais já sabiam que se dariam super bem, Helena agora havia ganhado mais uma filha e faria de tudo para que ela se sentisse bem em seu novo lar, pois se seu filho estava feliz ela também estava.

— Seja bem vinda minha filha! . - diz Helena com um lindo sorriso.

— Obrigada senhora. - agradece Paulina com timidez.

— Nada de senhora, apenas Helena. - pede Helena com gentileza.

— Como quiser. - diz Paulina esboçando um leve sorriso.

Carlos Daniel a observava radiante, seu coração estava a mil, não via a hora de levar sua esposa para casa.

    Patrícia e Rodrigo também se aproximam e cumprimentam Paulina e Carlos Daniel e os felicitam mais uma vez pelo recente casamento, e em seguida é a vez de Luís, pai de Carlos Daniel.

— Fico feliz que tenham chegado bem, e você Paulina será um prazer recebê-la em nossa casa, quero que se sinta a vontade, aliás você agora faz parte da família, e se precisar de qualquer coisa não hesite em nos falar. -  recepciona Luís com sinceridade.

— Obrigada de coração, vocês são muito amáveis. - agradece Paulina corada.

— Bom filha, acredito que esteja cansada tiveram uma longa viagem, se quiser pode subir para descansar um pouco, o Pedro já deixou as malas no quarto do Carlos Daniel. - convida Helena.

— Se quiser posso te acompanhar até o quarto Paulina, até por que você não sabe onde fica. - se oferece Patrícia com gentileza.

— Realmente estou exausta, me acompanha Patrícia? . - diz Paulina estava tímida, não queria permanecer ali, seu maior desejo era tomar um banho e relaxar um pouco.

— Claro Paulina, vamos é por aqui. - diz Patrícia subindo as escadas.

Paulina pede licença a todos e segue os paços de Patrícia. Carlos Daniel, Rodrigo e Luís estavam um pouco mais afastados conversando.

— Carlos Daniel, seu pai e eu precisamos conversar com você. - chama Helena convocando o filho, enquanto se aproximava deles.

— Claro mãe, pode falar. - diz Carlos Daniel.

— Nos acompanhe até a biblioteca. - exige Luís tomando frente, queria esclarecer muitas coisas com o filho.

...

Quarto de Carlos Daniel e Paulina 

 

Patrícia apresentou todo o quarto para Paulina, ele era enorme e muito luxuoso ela ficou encantada com cada detalhe.

— Então o que achou? . - pergunta Patrícia tentando puxar assunto.

— É muito bonito. - responde Paulina enquanto olhava o enorme jardim através da porta que dava acesso a sacada.

— Quer conversar um pouco? . - pergunta Patrícia tentando fazer com que ela se sinta a vontade.

— Claro. - responde Paulina se sentando na enorme cama e fazendo sinal para que Patrícia se sente também.

— E então como está sendo ser esposa de Carlos Daniel? E a lua de mel? Gostou? . - dispara Patrícia eufórica, estava muito curiosa e queria saber de tudo.

Paulina suspira desanimada, não queria ter que falar sobre isso não a uma estranha, ela precisava sim desabafar mais queria alguém de confiança, ela encosta a cabeça na cabeceira da cama enquanto olha para o nada.

— Foi legal. - responde Paulina finalmente quebrando o silêncio.

— Legal como? Se divertiu? . - pergunta Patrícia não convencida da resposta de Paulina.

— Sim, Carlos Daniel me levou a muitos lugares. - responde Paulina sem prolongar muito.

— E a noite de núpcias? Foi boa? . - pergunta Patrícia em tom malicioso, queria arrancar tudo o que conseguisse de Paulina.

— Humrum . - resmunga Paulina sem nem um pouco de entusiasmo.

Patrícia a olhou desconfiada, percebeu a falta de interesse em Paulina, pensou que poderia ser timidez mais logo percebeu que não se tratava disso, havia algo errado, Patrícia havia se casado a pouco tempo com Rodrigo e para eles a lua de mel não havia acabado, era como se o amor e desejo ente os dois só aumentasse, já Paulina que havia se casado há duas semanas estava visivelmente infeliz.

— Paulina pode confiar em mim eu quero ser sua amiga, e fique tranquila que eu sei guardar segredos. O que está acontecendo?. - pergunta Patrícia um tanto preocupada.

Paulina a olhou por alguns segundos pensativa, ela realmente precisava de alguém com quem pudesse contar, agora estava sozinha e precisava de uma amiga, não aguentava mais guardar as coisas para si e resolveu dar uma chance a Patrícia.

— Posso mesmo confiar em você Patrícia? Me promete que não irá falar nada pra ninguém! - diz Paulina apreensiva.

— O que você me contar, não sairá daqui! . - diz Patrícia pegando na mão dela tentando transmitir confiança.

— Não houve noite de núpcias, muito menos lua de mel e pra ser bem sincera eu não queria ter me casado! - confessa Paulina de uma vez deixando Patrícia de boca aberta.

...

  Escritório

 

Carlos Daniel já imaginava o assunto que seus pais tinham para tratar com ele, sabia que havia agido mal em se casar de repente sem avisar a família antes, e agora devia uma explicação.

— Pelo amor de Deus meu filho, isso é loucura, como você marca um casamento sem nos consultar? Eu sei que você já é um adulto e responde por seus atos, mas eu como mãe esperava um mínimo de consideração...Não que eu não tenha gostado da Paulina, muito pelo contrário, ela é encantadora, uma moça muito gentil e educada, mais poxa não custava nada nos previnir antes! - adverte Helena magoada com o filho.

— Eu amo a Paulina e esse é o motivo. - diz Carlos Daniel calmamente olhando os pais que estavam a sua frente. _ Sei que fiz errado e peço desculpas se decepcionei vocês, mais eu sabia que se eu falasse que tinha acabado de conhecer alguém, e que ia me casar vocês não aprovariam, e iriam me fazer esperar. - explica Carlos Daniel selecionando bem as palavras para não ofender os pais. — E sinceramente eu não me arrependo. - finaliza com sinceridade.

— Mais por que a pressa Carlos Daniel? Vocês ainda são tão jovens, eu não o entendo. Você não engravidou aquela menina não né?. - questiona Luís com medo da resposta, mais não sabia mais o que pensar.

— Eu vou ser avó? . - indaga Helena incrédula com os olhos arregalados. — Por favor menino me diz que você não fez isso por que ela ainda é uma criança. - diz Helena com desespero.

— Calma mãe, não tirem conclusões precipitadas. Não, eu não engravidei ela fiquem tranquilos. - diz Carlos Daniel rindo, e pensando na possibilidade. — Adoraria mais por enquanto Paulina não está grávida. - explica Carlos Daniel sorrindo.

— Ainda bem! . _ diz Helena aliviada. _ Sou muito nova pra ser avó.

— Pois eu continuo sem entender o por que do casamento repentino. - insiste Luís se ajeitando na enorme poltrona em que estava sentado.

— Ai gente vão ficar batendo na mesma tecla até quando? Ele se casou por que quis, ele está feliz e é isso que importa. - intervém Rodrigo na defesa do irmão.

— Mais olhe só quem está falando, Rodrigo você não tem moral para falar nada por que você é outro apressado. - diz Helena para o filho mais velho.

— E você Rodrigo, como sempre tentando justificar as irresponsabilidades do irmão!. - diz Luís encarando o filho.

— Não tento justificar nada pai, é que vocês são sempre muito injustos com ele. - justifica Rodrigo como o bom irmão que era.

— Você é o único que me entende irmão, desde sempre aliás. - diz Carlos Daniel dando leves tapas nas costas de Rodrigo.

— Te entende por que é doido igual você. - rebate Luís a Carlos Daniel. — Meus parabéns Helena, você só me deu filhos malucos e sem consciência. - diz Luís olhando a esposa, que o olhava de volta querendo rir.

— Se não fossem malucos não seriam seus!. - debocha Helena rindo da cara dele.

— Isso é pai, puxamos o senhor quanto a isso. - diz Rodrigo entrando na brincadeira da mãe.

— Menino insolente! - diz Luís jogando uma bolinha de papel no filho.

— Bom já esclareceram suas dúvidas? Já posso me retirar?. - pergunta Carlos Daniel mudando de assunto e querendo se livrar de explicações.

— Não, não pode! Sente-se aí e fique quieto. - repreende Helena brava fazendo com que Rodrigo e Luís deem risada de Carlos Daniel.

—Credo, que  Grossa! - reclama Carlos Daniel 

— Mais e os pais dela? Como reagiram a tudo isso? . - questiona Luís.

— Melhor do que vocês! - diz Carlos Daniel dando de ombros.

— Como assim? E o pai dessa garota? Será que ele não vê que ela é só uma menina? Ele no mínimo não se importa com ela. - pergunta Helena achando um absurdo.

— Ela deve ter pais liberais. - concluí Luís tentando achar uma justificativa para essa história mal contada.

— E aí que vocês se enganam! O pai de Paulina é um homem muito rígido e rigoroso e se preocupa sim com a filha, mais diferente de vocês o que mais importa pra ele é a felicidade dela! - explica Carlos Daniel para que seus pais não pensem o pior de seus sogros.

— Nós também queremos sua felicidade filho, sua mãe e eu matamos e morremos por vocês e só estamos preocupados, queremos sempre o melhor para você, Rodrigo e Stefanie e é nosso dever guiá-los sempre para o melhor caminho. Mais não se fala mais nisso, você sabe o que faz e se você está bem nós também estamos! . - diz Luís para os filhos enquanto segurava a mão da esposa que o olhava orgulhosa.

— Eu sei pai, e me desculpem, sei que só estão preocupados e lhes dou razão mais eu posso assegurar a vocês que eu estou bem, eu amo muito a Paulina, ela é a mulher da minha vida e tudo o que mais quero é ser feliz com ela a meu lado. - diz Carlos Daniel com os olhos brilhantes.

— Isso nós já percebemos, e cuide bem dela, ela me parece assustada. - observa Luís.

— Ela é só uma menina e você já é um homem formado e terá que agir como tal. - adverte Helena.

— Ele é um biscateiro, isso sim! . - diz Luís já conhecendo bem o filho.

— Nossa pai me respeita tá? Eu era sim mais agora eu sou um homem sério, e muito em breve serei um pai de família, se tudo ocorrer bem. - diz Carlos Daniel se fingindo de ofendido.

— Vamos com calma senhor! Acabou de se casar e já está pensando em filhos? Eu vou te dizer só uma vez, você se casou e o mínimo que pode fazer é amá-la e respeitá-la acima de tudo, não quero saber de safadeza, eu criei um homem não um moleque. - ameaça Helena o olhando fixamente.

— Eu serei o melhor dos maridos, vocês vão ver só, e quanto aos filhos, quando vocês menos esperarem a casa estará cheia de crianças, eu sou novo e tenho muita disposição. - conta Carlos Daniel rindo e imaginando a cena.

— Que Deus proteja essa menina! . - diz Helena desistindo de ter uma conversa séria com o filho.

— Vamos com calma garanhão, senão vai assustar a moça. Ela sabe desses seus planos? - pergunta Luís rindo.

— Olha agora chega, eu realmente preciso subir, Paulina está sozinha eu eu vou fazer companhia a ela. - diz Carlos Daniel se levantando querendo se juntar logo a esposa.

— Tudo bem, já pode subir eu também tenho que ir para a fábrica. - explica Luís já se levantando. - Vai com calma tá? Deixa e menina respirar. - diz ele com malícia fazendo todos ali caírem na gargalhada.

— Pode deixar . - concorda Carlos Daniel saindo da biblioteca.

...

Quarto de Carlos Daniel e Paulina 

Patrícia ficou surpresa com o que ouviu de Paulina.

— Como assim? Você não queria se casar? Por que se casou então?. - pergunta Patricia  confusa

— Me casei por que fui obrigada, meu pai tinha muitas dívidas perdeu tudo o que tínhamos em jogos e Carlos Daniel se ofereceu em pagar. - explica Paulina olhando para Patrícia com tristeza no olhar.

— E em troca você teve que se casar com ele. - diz Patrícia tirando suas próprias conclusões.

— Pelo o que eu entendi sim, eles fizeram um acordo e eu fui a única prejudicada.

— Que absurdo Paulina, aqui ninguém sabe nada sobre isso. - diz Patrícia horrorizada.

— Imaginei que não, mais é por isso que eu não consigo me sentir bem ao lado dele, ele me comprou por puro capricho. - diz Paulina se ajeitando na cama.

        — Eu não acredito que seja por isso, ele está apaixonado por você, os olhos dele o entregam eu percebi isso no casamento e hoje também. - diz Patrícia tentando fazer Paulina mudar de idéia.

— Mais eu não sinto o mesmo, eu o odiava, hoje nem tanto, nessas duas semanas de lua de mel ele me pareceu ser um cara bom. Mais por favor Patrícia, não conte nada do que te disse aqui pra ninguém. - diz Paulina com medo.

— Eu já disse que você pode confiar em mim Paulina! Eu não vou dizer nada a ninguém, quero muito sua amizade, eu também me sinto sozinha aqui nessa mansão enorme. - explica Patrícia com sinceridade.

— Você e Rodrigo moram aqui?

— Sim, moramos!- responde Patricia.

— Que bom, assim poderemos conversar sempre.

— Sim é mesmo, mais olha deixa eu te dizer, hoje teremos que nos arrumar para um grande evento. - diz Patrícia misteriosa.

— Que evento? . - pergunta Paulina curiosa, não estava afim de sair hoje.

— Helena dará um jantar de boas vindas a você e Carlos Daniel, e Leda comparecerá. - diz Patrícia.

— E quem é Leda? . - pergunta Paulina sem entender.

— É a prima de nossos maridos, é uma vagabunda oferecida, e não querendo te preocupar mais ela arrasta um quarteirão pelo  Carlos Daniel. - adverte Patrícia mesmo sabendo que Paulina não estava nem aí para Carlos Daniel.

— Mais e ele? A corresponde? - pergunta Paulina interessada.

— Ele não está nem aí pra ela, mais não é bom descuidar né. Mais enfim eu já vou indo tenho que me arrumar, se precisar de ajuda é só me chamar estarei no quarto ao lado. - diz Patrícia a deixando sozinha refletindo.

Assim que Patrícia sai do quarto Paulina dorme um pouco, teria tempo para se arrumar até o jantar,

Carlos Daniel chega no quarto e a encontra dormindo, então opta por deixá-la descansar um pouco.

Paulina dorme até às 19:00 horas, Carlos Daniel tomava banho, ela espera ele desocupar o banheiro para poder tomar um banho também, após alguns minutos ele sai e ela entra, fica lá durante 40 minutos e sai já pronta para o jantar, ela estava maravilhosa, usava um vestido preto e justo acima dos joelhos, um salto da mesma cor, usava uma maquiagem leve, pois não gostava muito de se maquiar e também não precisava pois tinha uma beleza natural, seus cabelos estavam soltos e seu perfume se espalhou rapidamente pelo quarto.

Assim que sai dá de cara com Carlos Daniel já vestido, ele estava lindo, trajava um terno preto alinhado e uma gravata vermelha, seus cabelos estavam perfeitamente penteados e usava seu perfume de sempre, Paulina não admitia mais amava o cheiro dele, a acalmava e ficava sempre impregnado em suas roupas quando ele se aproximava.

Carlos Daniel assim que a viu fixou seus olhos em seu corpo, ele enlouquecia só de a olhar e não podia deixar de pensar em quantas coisas poderiam estar fazendo naquele exato momento, a detalhou de cima a baixo enquanto se levantava parando em sua frente morrendo de vontade de tocá-la.

— Está linda! . - elogiou Carlos Daniel.

— Obrigada!. - agradece Paulina tímida.

— Podemos descer? . - pergunta Carlos Daniel circulando os braços na cintura da esposa, ele tinha certeza que ela se afastaria mais ela não o fez, muito pelo contrário o olhou em seus olhos e acenou a cabeça em concordância fazendo o coração de Carlos Daniel ficar acelerado, ele pensa em beijá-la mais não queria a afastar então a conduz calmamente até o andar de baixo, onde ocorreria o jantar.

...

Sala

Carlos Daniel e Paulina chegam na sala e para surpresa de Paulina haviam muitas pessoas ali, ela não conhecia ninguém, então Carlos Daniel a apresenta a todos, ela como sempre trata todos com gentileza e educação

 estava ocorrendo tudo bem até que Paulina se sente incomodada com a presença de um dos convidados, tratava-se de uma mulher, ela era bonita, tinha cabelos pretos e olhos azuis, a mulher a olhava sempre com com indiferença, inveja, Paulina  como Carlos Daniel já havia a apresentado a todos ela logo imaginou que aquela poderia se tratar da tal Leda.

— Sua esposa é muito bonita, meu sobrinho. - diz Mário, tio de Carlos Daniel. 

— É sim tio, a mulher mais linda que eu já vi - concorda Carlos Daniel todo bobo.

— Obrigada! - agradeceu Paulina visivelmente tímida.

Quando menos se espera Leda sem aviso prévio se aproxima de Carlos Daniel com um sorriso sedutor, e em seguida o beija na frente de todos sem se importar com a presença de Paulina.

 

 

 


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