Minha Vida Começa Contigo escrita por Senhora Bracho


Capítulo 1
Tiro Na Cara


Notas iniciais do capítulo

Vocês irão amar ou odiar essa história!



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          •Fazenda Bracho •


    Era mais um típico dia de trabalho, por volta das 11:30 quando Carlos Daniel chega em casa, estava um pouco alterado, aliás sempre estava, e sua expressão sempre séria. Sua fama pelo povoado não era das melhores, todos por ali o descreviam como um homem muito duro, e que apesar de discreto tinha lá suas aventuras... Por ali ele era muito temido, sequer tinha amigos e todos fingiam gostar de sua presença talvez por ser um homem muito poderoso e influente na região.

    Carlos Daniel era um homem muito bonito, estava no auge dos seus 27 anos e tinha uma beleza invejável, era alto, moreno, com um peitoral másculo, sorriso perfeito e olhos castanhos, estava sempre impecável e apesar de trabalhar no campo andava sempre bem vestido, era motivo de inveja para qualquer homem que por ali habitava, porém apesar de tamanha beleza era um homem grosseiro e arrogante, eram poucas as pessoas que conseguiam ficar ao seu lado.
   

Todos achavam muito estranho, pois ele não era assim, muito pelo contrário, quando chegou na fazenda anos atrás ele era bom, educado e muito gentil mais com o tempo, sem explicação nenhuma ele mudou da água para o vinho.


                             Sala •


    — Papai, papai, você já chegou! .- diz Carlinhos todo eufórico, ele estende os braços para que o pai o pegue no colo.

    — Cheguei, não está vendo? .- diz Carlos Daniel grosseiro e ignorando o pedido do menino.

    — Estava morrendo de saudades de você! .- diz Carlinhos amoroso como sempre.

    — E sua mãe, onde está? .- pergunta Carlos Daniel dando pouca importância ao que seu filho tinha falado.

    — Mamãe está no quarto tomando banho para almoçarmos.- responde o garotinho.

    Carlos Daniel logo se animou deixando de lado toda sua irritação e em sua mente só vinha a imagem de Paulina  embaixo do chuveiro e claro que cheio de segundas intenções queria se juntar logo a ela.

    Paulina era sua perdição, ele tinha sim muitas amantes era um cafajeste de primeira, vivia cercado de várias mulheres mais nenhuma como Paulina, sua esposa e mãe de seu filho, ele era louco por ela e não resistia a seus marcantes olhos verdes que com o tempo foram ficando cada vez mais tristes...

    — Papai brinca comigo? .- pede Carlinhos com os olhinhos brilhantes.

    — Não tenho tempo, tenho que falar com sua mãe. - responde Carlos Daniel indo em direção as escadas.

    — Por favor, papai só um pouquinho? .- suplica o menino com a voz embargada e com um choro preso na garganta.

    — Já disse que não! Talvez mais tarde. - diz Carlos Daniel sem olhar pra trás.

    Era sempre assim, Carlinhos fazia de tudo para chamar atenção do pai mais ele nunca ligava, a verdade é que Carlos Daniel nunca se importou com o filho, desde que o menino nasceu eram poucas as vezes que brincava com o menino ou o pegava no colo, o que é uma pena pois o garotinho o amava muito.

    Carlinhos tinha 4 aninhos e era a cópia fiel do pai com pouquíssimos traços de sua mãe, na verdade a única coisa que puxou de Paulina foram os cabelos claros por que todo o resto era de seu pai. Carlinhos era um menino muito carinhoso e também muito apegado a sua mãe que o amava incondicionalmente, diferente do pai que só o rejeitava e quase nunca demonstrava seu amor por sua família, o que fez com que o garotinho ficasse cada dia mais carente de sua atenção.

    — Então vamos brincar nós dois Maiado - diz Carlinhos pegando novamente seu cavalinho.

...

 

        Quarto do Casal •

 

*Banheiro*


    Paulina estava no banho, se preparava para mais um dia, aquele era o horário que Carlos Daniel chegava para o almoço e todos os dias ela e Carlinhos o esperavam para almoçarem juntos. Enquanto tomava banho pensava em como sua vida era triste e em como queria simplesmente sumir levando somente seu filho e assim deixando pra trás todo o sofrimento que seu marido a fazia passar todos os dias. 

 

                Quarto •

 

Carlos Daniel entra feito um furacão no quarto mais Paulina não estava ali, ele vai em direção a porta do banheiro e tenta abri- lá mais estava trancada fazendo com que ele se irrite ainda mais.

    — Abra essa maldita porta Paulina! .- grita Carlos Daniel com sangue nos olhos.

    Paulina estava presa em seus pensamentos quando de repente ouve batidas frenéticas na porta, ela de imediato se assusta e logo ouve os gritos estridentes de Carlos Daniel, a ira era nítida em seu tom de voz, Paulina fica ainda mais assustada e só consegue pensar que seu tormento iria começar.

    Carlos Daniel era bipolar, tinha mudanças de humor repentinas e para o azar de Paulina ele costumava a ser muito bruto e as vezes até a machucava sem ao menos se der conta. Paulina rapidamente desliga o chuveiro e veste seu roupão para abrir a porta.

    — Já chegou.- diz Paulina o vendo em sua frente com uma cara nada boa.

    Carlos Daniel estava impaciente e andava de um lado para o outro enquanto a olhava fixamente.

    — Por que trancou a porta? .- pergunta Carlos Daniel indo pra cima de Paulina e agarrando seus braços com força.

    — Carlos Daniel me solta! .- pede Paulina com medo e sem saber o porquê do marido estar estressado logo cedo.

    — Eu te fiz uma pergunta, por que trancou essa merda dessa porta? .- perguntou Carlos Daniel novamente.

    — Eu tranquei por que o Carlinhos poderia entrar. - responde Paulina tentando se soltar.

    — Você gosta de me ver assim né? .- diz Carlos Daniel em tom ameaçador.

   — Para Carlos Daniel! O que você tem? .- pergunta Paulina com lágrimas escorrendo por seus olhos.

    — O que eu tenho? Você realmente quer saber o que eu tenho? Quantas vezes eu vou ter que repetir que não quero te ver perto dele! .- ele grita com ainda mais ódio.

    — Eu não o entendo, de quem está falando? .- ela pergunta confusa.

    — Não se faça de desentendida! .- diz ele a pegando pela cintura e segurando seus cabelos.

    — Carlos Daniel você está me machucando! .- reclama Paulina com os olhos fechados pela dor.

    — É pra machucar mesmo, quem sabe assim você entende, eu já te disse um milhão de vezes que não quero você perto do Osvaldo, e hoje me disseram que ele esteve aqui e você o atendeu.- diz Carlos Daniel a apertando cada vez mais.

    — A então é por isso! Sim ele veio aqui hoje mais cedo e eu apenas disse que você não estava... - explica Paulina ainda tentando se afastar.

    Carlos Daniel e Osvaldo eram primos e não se davam nada bem, ele o odiava e sempre percebeu o interesse que seu primo tinha por sua mulher, e por ser um homem muito ciumento e com uma mente doentia ele via coisas onde não existiam e pensava que Paulina dava esperanças para Osvaldo.


    — Ele que não seja louco de por os pés aqui novamente por que sairá num caixão , eu não quero ele perto de você e espero que coloque isso na sua cabeça.- ameaça Carlos Daniel.

    — Está bem Carlos Daniel, agora por favor me solte! .- pediu Paulina mais uma vez.

    Carlos Daniel a olhou por alguns segundos e devagar a soltou, ela massageou seus seus cabelos onde ele havia puxado e se afastou dele indo em direção a cama aos prantos.

    E assim eram seus dias, ele a cada dia piorava mais sem ela sequer dar motivos para tamanha mudança.

    Carlos Daniel a observava e sentia uma enorme culpa por ser o causador de sua dor, mais era mais forte que ele, odiava a ver chorando mais sempre o fazia, aos poucos ele vai se acalmando e assim vai dando espaço a mais uma de suas várias personalidades, antes rude e agora mais calmo e doce, e a vendo ali em sua frente chorando, tão frágil e acanhada ele se aproxima.
 
    — Vem vamos tomar banho. - convida Carlos Daniel a estendendo a mão.

    — Vai você eu já tomei. - diz Paulina secando seu rosto, ela conhecia bem as mudanças bruscas do marido e sabia bem o que ele queria.

    Carlos Daniel vai até a cama e com cautela se aproxima passando a mão por sua coxa e acariciando seu rosto com a outra, Paulina o olha confusa enquanto ele segura firme seu maxilar juntando seus rostos.

    — Você vai comigo, eu quero a sua companhia! .- diz Carlos Daniel autoritário em mais uma mudança de humor.

    — Carlinhos está me esperando. - explica Paulina sabendo quais eram suas reais intenções.

    — Não dificulte as coisas Paulina! . - diz ele já sem paciência a arrastando para o banheiro.

       — Eu não... - ela tenta dizer.

—Você nada, vamos logo! . - ele diz a puxando.


    Ela vai mesmo contra sua vontade, nunca era respeitada e era tratada somente como um objeto sexual, não tinha a opção de escolha, se sentia a pior das mulheres por se deixar usar daquela forma, mais não tinha outra saída às circunstâncias a obrigavam a aguentar tudo calada.



                        Banheiro •



    Carlos Daniel tira sua roupa enquanto mantém seus olhos fixos em Paulina que fica encolhida no canto olhando para o chão e completamente desconfortável com sua presença.

    — Vai tirar o roupão ou quer eu mesmo o tire? .- pergunta Carlos Daniel dentro do box.

    Paulina olha pra ele, sentia tanta raiva e rancor que sua maior vontade era de ir embora dali, mais sabia que nunca conseguiria e logo se conformava com seu destino.
   

Ela odiava quando ele a forçava a fazer amor por que ele não se importava nem um pouco com seu bem estar, em dar prazer a ela, ele a tratava como uma vagabunda, fazia tudo na marra do seu jeito, às vezes Paulina cedia e tentava fazer do jeito do marido para que quem sabe assim ela não sinta dor e até mesmo tentar uma reconciliação, mais toda a vez era a mesma coisa, ela se entregava de todas as formas e no outro dia Carlos Daniel ficava ainda mais frio e possessivo.
 
    O que mais doía nela era pensar que ele poderia ser uma pessoa melhor, um homem carinhoso e fiel como era no começo do casamento e não esse ogro em que se tornou, ela se perguntava todos os dias o que o fez mudar tanto.

    Paulina volta para realidade e tira seu roupão sob o olhar predador do marido que já estava excitado, ele ficava louco em apenas vê-la nua em sua frente, ela era tão linda, com curvas perfeitas, sua cintura fina e seu quadril largo o tiravam de órbita, seus olhos verdes e hipnotizantes o atraíam a cada mirada e com longos cabelos castanhos que se destacavam na pele clara, ela era um verdadeiro anjo.

    — Você é meu vício! . - diz ele após ela parar em sua frente, ele a agarra pela cintura e a encosta na parede fria fazendo com que ela se arrepie por inteiro, então ele a ergue em seu colo e a beija, com força, vontade, desejo.

    Ela tenta se afastar mais ele a impede e a segura firme pela cintura, era sempre assim se ele a quisesse ele a teria e não aceitava um não como resposta, Paulina o olhava com desprezo enquanto sentia seu membro já duro roçando em sua intimidade, não se sentiu excitada nem mesmo com vontade de prosseguir ao ato mais ele a forçaria até que se sentisse satisfeito. E foi quando sem nem mesmo avisar Carlos Daniel a penetrou com força fazendo com que um gemido de dor saísse da garganta de Paulina.

    — Devagar, Carlos Daniel! . - pediu Paulina sentindo tudo em si arder.

    — Eu gosto assim! . - diz Carlos Daniel fazendo movimentos fortes e rápidos enquanto a olhava nos olhos.

    Paulina fechou seus olhos e rezava para que o marido acabasse logo com tudo aquilo, jamais sentiria prazer daquela forma, era sempre uma tortura sem fim , se sentia um lixo, uma qualquer. Já para Carlos Daniel não fazia diferença nenhuma se sua mulher estava gostando ou não e seguia firme com seus movimentos e tinha uma expressão de total agrado, metia fundo enquanto a encarava e falava palavra sujas, ele sabia que ela não gostava mais ainda assim dizia pois sentia ainda mais tesão.

    — Você é tão gostosa! . - diz Carlos Daniel com a voz rouca de desejo.

    Ele suga um dos seios dela, era um ato prazeroso mais não para Paulina, ela sentia dor e não estava nenhum pouco disposta a ceder, Carlos Daniel por outro lado estava no céu, fazia estocadas cada vez mais profundas, era um homem voraz e incansável e para o desespero de Paulina não tinha o costume de gozar rápido.

    — Acaba logo com isso. - suplica Paulina apertando firme em seu braço.

    Carlos Daniel por um momento para com seus movimentos e a encara firme.

    — Você só sai daqui quando eu deixar!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Então gente, o que acharam?
Comentem muitooo!



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