A linha tênue entre o amor e o ódio escrita por GomesKaline


Capítulo 3
Capítulo 03




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Aaron parou na porta do bar quando viu a figura dela, estava um pouco longe, mas por algum motivo agora ele é hiperconsciente da presença dela. Ela estava sentada no lugar de sempre e estava tomando sua bebida com a cabeça baixa. A entrevista ao vivo foi há três dias e vazaram a notícia hoje ao meio dia de hoje. Então ela resolveu vir para seu lugar preferido onde ninguém parecia conhecê-la.

Alguns dias atrás ele sentaria no banco ao lado dela, trocariam alguns comentários idiotas um com o outro e seguiriam a noite bebendo. Mas como ele sabia que ela não queria vê-lo, ele optou por uma mesa solitária no fundo do bar, ele poderia simplesmente sentar lá para irritá-la, como fez a vida toda, mas não era hora para isso, ele já fez demais por ela.

Ele poderia simplesmente ir embora, mas ele sabia que assim como ele, ela dispensava os seguranças quando vinha para o bar, então ele resolveu ficar e observá-la. Ela não iria gostar e ele sabia. Ele sentiu dentro de si, era o certo a fazer, o mínimo que ele pode fazer é livrá-la de tarados bêbados.

Ele ficou a ficou observando por um tempo e todos os homens que encostaram ela consegui livrar-se sem problemas. Então ele olhou para porta e viu um grupo de pessoas parados correndo os olhos pelo bar, eles pareciam raivosos. Ele viu olhos de um parar em Emily e algo alertou nele e quando eles começaram a caminhar em direção à ela Aaron levantou.

— Vadia assassina!- um deles gritou e Emily virou.

— Você vai queimar no inferno!- outro gritou. Emily apenas ficou para, ela congelou.

— Você vai queimar, vadia!- começaram a gritar.

Os olhos de Emily começaram a lacrimejar, ela só queria sair dali, mas suas pernas não se moviam. Ela sabia que não devia dar crédito para palavras ofensivas de fanáticos religiosos levemente perturbados. Um deles avançou para machucá-la então Aaron interveio se colocando entre o agressor e ela. Foi um instituto protetor primitivo, tipo homem das cavernas. Ele virou para o barman.

— Você tem um lugar seguro aqui?- Aaron gritou para PJ, ele assentiu.

Ele podia ver que ela não estava em condições de agir para sua própria segurança. Ele precisava agir por ela, antes que a pequena multidão se descontrolasse.

— Emily, você precisa vir comigo.

Ela resistiu. Ela chorava e Aaron quis arrancar o próprio coração por ser responsável pelos seus sofrimentos.

— Emily...- ele implorou.

Ela repeliu mais um pouco antes de sair do banco. Os seguranças do bar tentavam conter o alvoroço, Aaron e Emily seguiam PJ. O choro dela aumentou e agora Aaron podia ouvir seus soluços. Quando eles chegaram na sala segura, ele a sentou. Ele tentou falar com ela, mas ela lhe deu as costas. Em outras circunstâncias ele a deixaria em paz, mais tinha bastante nessa soma para ele considerar e a segurança de Emily era uma delas.

— Emily, precisamos te levar para um lugar seguro. Você está com seus segurança esta noite?- ela não respondeu, apenas continuou chorando.

Ela não vai responder, pensa Aaron, pensa. Okay, ele pode ligar para os dele. Ele pode lançar uma isca para as pessoas revoltadas lá fora, mandando uma mulher qualquer para a multidão, enquanto eles saiem pelos fundos. Mas para onde ele a levaria?

— Para onde você quer ir?- ele perguntou e ela não respondeu novamente, ela apenas se levantou da cadeira e se afastou dele. Ele a seguiu e estendeu o lenço que ele sempre carrega no bolso interno no casaco.

Ela pegou relutante. Ela julgou a situação mentalmente, que homem neste século ainda carrega um lenço por aí? Ela fez uma nota mental para questioná-lo sobre isso despois, isso, claro, depois que ela não quisesse matar mais ele.

Julgando agora até parecia fofo e cavalheresco. Ela balançou a cabeça e empurrou isso para longe. Que cavalheiro faria esse tipo de coisa com sua vida só para alimentar seu ego?

— Se você não me disser para onde quer ir, vou ter que te levar para uma propriedade minha.- ele atirou para ver a reação, ela não negou, nem concordou, mas ele tomou o silêncio como sim.

Ele puxou o telefone e ligou para seus seguranças. Ele chamou PJ e pediu para ele encontrar uma mulher no bar que se parecesse com Emily na altura e peso, ele pagaria uma quantia para que ela fosse para aquela multidão faminta com duas pessoas acompanhando-a para fora com o rosto coberto por um casaco ou algo assim.

...

Eles conseguiram sair do bar sem serem vistos. A isca que Aaron mandou foi mordida. Coitada da moça, foi jogada aos leões, mas - ele sabia que era um pensamento egoísta - melhor ela do que Emily. E também, a moça receberia uma bela quantia pelo serviço. De alguma forma todos ganharam. Não. Não. Ninguém ganhou, a vida de Emily ainda estava um merda e a culpa ainda era dele.

— Chegamos.- Ele disse jogando as chaves na mesinha- Aqui é meu esconderijo, ninguém vai nos achar aqui.

— Isso não torna as coisas melhores.- foi a primeira vez que ela falou e ela não estava mais chorando.

Ela estava salva daquelas pessoas raivosas, mas ela estava presa no que parecia ser uma floresta com Aaron Hotchner, poderia ser pior? Bem, claro que poderia, mas também poderia ser muito melhor.

Ela se afastou dele e foi para uma janela observar nada mais do que uma floresta escura. Aaron a deixou se afastar, ele não a trouxe para serem amigos, foi apenas para mantê-la segura, era o mínimo que ele poderia fazer. Então ele foi preparar algo para eles comerem.

Desistindo de olhar pela janela, ela optou por sentar no sofá e olhou ao redor, parecia mais uma cabana de férias do que um esconderijo político. Era aconchegante, ela tinha que admitir. Tinha bastante coisa para um lugar que era para ser usado só quando estivessem sob ameaça, tinha muito objetos pessoais, quadros, livros, materiais didático, etc. Ele parecia vir muito aqui.

Ela ouviu um farfalhar vindo do que parecia ser a cozinha. Ele provavelmente estava preparando algo para o jantar. Ela bufou. Jantar. Ela achou essa palavra íntima demais para usar com eles.

Ela levantou e foi até a estante que tinha alguns livros, ela passou a mão por alguns deles e teve que admitir, ele tem bom gosto para livros. Ela foi até uma mesinha que estava coberto de papéis, alguns estavam escritos, mas a maioria eram esboços de desenhos. Ela pegou um nas mãos e olhou atentamente. Era um rosto, ela não sabia dizer se era feminino ou masculino, ela só sabia que representava angústia e tristeza. Era tão profundo. Mas era lindo, ela tinha que admitir.

Ela teve que admitir muitas coisas desde que chegou aqui.

Além de rascunhos de desenho, alguns esboços de escrita, tinha uma câmera digital e uma câmera analógica. Havia três fotos na mesa, e não era uma impressão, era uma revelação, então ela imaginou que em algum lugar aqui tinha um quartinho escuro onde ele revelava foto. Ela voltou a olhar os quadros na parede, era a mesma essência das fotografias na mesa. Uau, ela pensou quando a compreensão veio à tona. Os quadros eram dele. Ele realmente sabe capturar o momento, os quadros te cativam, eles prendem seu olhar.

— Você gosta deles?- Aaron perguntou atrás dela.

Ela virou para olhá-lo.

— Você não vai escutar isso de mim.

Ele sorriu. Ele sabia que ela não diria que gostou, mas brincar com ela sempre é divertido, quando é brincadeira leve, é claro. Não quando você revela o seu pior em uma entrevista ao vivo.

— Você quer tomar banho?- ele perguntou em tom de conversar.

Ela olhou para o corpo, é claro que ela queria tomar banho, mas o que ela ia vestir? Ao não ser que Aaron tenha roupas aqui de alguma namorada. Porque ela com certeza não vai ficar só de roupão.

— E o que eu vestiria?

Ele coçou a cabeça. Ele estava avaliando se devia falar ou não o que ele tinha em mente.

— Você pode vestir uma roupa minha.- ela arqueou uma sobrancelha- Você pode usá-las, então posso lavar suas roupas e depois as colocar na secadora. Você pode pegar uma camiseta e um short ou uma calça moletom minha. Eu só não posso te oferecer, você sabe...- ele coçou a cabeça mais uma vez.

— Uma calcinha?- ela perguntou com um arqueado divertido de sobrancelha.

— Sim.- ele disse timidamente.

Ela tem que admitir que é fofo o desconforto de um homem, até mesmo se esse homem for Aaron Hotchner.

— Eu realmente gostaria de um banho.

Ele disse que ela que ela poderia ficar no segundo quarto, lá tem um pequeno banheiro e ela pode usá-lo.

Quando ela foi tomar banho, Aaron foi terminar de fazer o que estava fazendo na cozinha.

Depois que ele terminou de preparar a refeição da noite, ele escutou Emily gritando perguntando onde estava suas roupas.

Merda! Ele esqueceu de colocá-las na cama quando ela estava no banho. Ele correu para o quarto para procurar algo para ela. Não tinha muita opções, apenas roupas casuais e desbotadas. Então ele pegou uma camisa preta e uma calça de moletom cinza.

Quando chegou à porta do quarto que ela estava, inicialmente em um ato inconsciente ela quase entrou de uma vez, mas aí ele lembrou que Emily poderia está nua e ele não queria acrescentar isso na lista de idiotices dele com ela. Então ele bateu.

— Emily?

Ela colocou a cabeça na brecha da porta.

— As roupas.- ele falou e viu seu olhar baixar para as roupas em suas mãos. Então ela pegou e bateu a porta.

Ele ficou parado olhando para a porta, depois ele escutou um 'obrigada' nada sincero. Então ele foi para cozinha preparar a mesa para sua refeição noturna, porque jantar não parecia a palavra certa a usar.

Quando Emily estava vestida nas roupas de Aaron ela parou por um momento. Ela pegou a parte superior da camiseta dele e levou ao nariz. Tinha cheiro de Aaron. O cheiro que ela repugnou durante toda a sua vida e agora ela estava abraçada por ele. Mas de alguma forma esta noite esse cheiro tornou-se agradável ao seu olfato, ela até sentiu alguns de seus musculosos tensos relaxar. Claro que ela nunca ia admitir isso em voz alta.

Tem algo que aquece seu coração quando você ver uma mulher usando suas roupas e com Aaron não foi diferente. Há uma emoção que faz seu coração bater mais forte, é como se ela te pertencesse quando usa suas roupas, é um sentimento primitivo de posse. Foi momentâneo, mas esteve lá. Ele sentiu por ela, sentiu por Emily.

— O que foi?- ela perguntou quando o viu observando-a.

— Nada.- ele disse finalmente tirando o olhar dela.

Ela estava com o cabelo molhado, sem qualquer uso de maquiagem, estava natural. Olhando de outro ângulo, eles até poderiam parecer íntimos. Ela usando as roupas dele, estava de rosto lavado e iriam comer juntos, parecia algo rotineiro, mas não era. Eles nunca estiveram em uma situação assim antes, nunca ficaram muito tempo em um mesmo cômodo sem está em um evento formal.

— Eu só tinha batata e frango aqui, então temos frango assado e purê de batatas. Sinto muito, eu geralmente trago comida pronta, sabe, eu não recebo visitas e...

— Aaron.- ela chamou e ele parou - Está tudo bem, eu nem esperava comer nada esta noite.

De alguma forma a expressão dele suavizou.

— Que tipo de cara acha que eu sou?- ele disse com um sorriso - Achou que eu não iria te dar comida?

Ela riu.

— Eu não tenho muitas coisas boas para  pensar de você.

Eles perceberam que estavam rindo espontaneamente juntos e então pararam. É estranho para eles, mesmo fazendo o que sempre fizeram, brincar um com o outro, porque realmente parecia algo íntimos, pareciam amigos. Na verdade, estranho é eufemismo, é muito mais bizarro que isso. E por mais que Aaron quisesse concertar as coisas, da última vez que ele verificou, ele ainda odiava Emily.

— Tudo bem, vamos comer.- Aaron declarou.

Eles se serviram. Emily colocou porções poucas no seu prato, duvidando do talento gastronômico de Aaron. Ela encarou a comida por um momento, ela sabia que era loucura desconfiar dele em algo tão simples como uma refeição, mas ele ainda é um Hotchner, mesmo lhe oferecendo uma fuga e comida. E ela ainda é uma Prentiss, ela ainda não confia nele.

Ela mandou a voz da sua cabeça e calar a boca, era só comida. Depois da discussão dela contra ela mesma, ela decidiu que estava com fome e precisava se alimentar, ela não comeu nada o dia todo.

Quando ela mordeu um pedaço de frango, ela teve que reunir todo seu autocontrole para não fechar os olhos de apreciação. Uau. Ele tem um tempero muito bom. E ela tem certeza que se o céu fosse comestível, ele teria esse sabor. Mas ela não estava prestes a admitir isso.

— O que foi?- ele perguntou quando ela paralisou com um pedaço de frango na mão- Algo de errado com a comida?

— Não, não. A comida está...- ótima? Maravilhosa? Divina? - comestível.- foi o que ela disse e claro que ele sabia que ela não ia admitir mais que isso.

Eles trocaram mais alguns risos durante o jantar. Era algo espasmódico, e era bom sorrir com alguém além de seus irmãos e os seus únicos amigos, faz se sentir mais humano e menos como um robô político. Novamente, eles não estavam prestes a revelar isso.

— Por que seu esconderijo não é feito de concreto e não é no subsolo?- ela perguntou depois que ele ficaram um tempo em silêncio no sofá.

— Esse não meu esconderijo político, esse não me protege se eu estiver sob ameaça ou se tiver um ataque nuclear. Isto é o que eu considero um lar. Eu venho aqui para me esconder do resto do mundo, das minhas responsabilidades, principalmente as da política. Aqui eu posso ser eu mesmo.- percebendo que ele revelou muito, resolveu parar de falar.

Mas saiu tão facilmente, parecia um feitiço. Isso confirma suas suspeitas, ele sempre achou que Emily era uma bruxa.

— O verdadeiro Aaron?- ela riu - É aqui você que você planeja como arruinar a vida de outras pessoas? Esse é seu verdadeiro 'eu' para mim.

— Não, esse é o Aaron político, eu não trago isso.- ele explicou, mesmo sabendo que ela não iria acreditar que aquele Aaron que destruiu sua vida é diferente desse Aaron com que ela estava agora. - Aquelas fotos que você estava olhando, eu fiz a pós-produção e a revelação delas quando estava aqui. Aqui é o único lugar que consigo trabalhar, ler e até mesmo cozinhar.- ele parou novamente e olhou para cima.

Por que ele está sendo tão transparente com ela?

— Além de Spencer, meu irmão mais novo, você é a única pessoa que eu trouxe aqui.- ele disse suavemente olhando para ela.

Ela sentiu as borboletas do seu estômago voarem, e uma queimação estranha no peito. Era bom escutar que você é a única em algumas coisas, ela não escuta isso com muita frequência, principalmente de homens.

— E porque me trouxe?- ela disse no mesmo tom.

— Você precisava fugir do mundo lá fora também, e esse é o único jeito que conheço de fugir. E era o mínimo que eu podia fazer, afinal fui eu que causou tudo isso para começar.

Por um momento ela quase esqueceu o que ele tinha feito.

Quase.

Pensando na explicação dele sobre o seu esconderijo, ela considerou a ideia de ter um lugar só para ela também. Quando ela queria fugir, ela fugia para parque com Penelope e JJ, ou ia para casa de uma delas. Mas ela não tem para onde fugir quando quer ficar só, ela ainda morava com sua mãe, o que era estranho para uma mulher da sua idade. Mas seus irmãos também moram com com sua mãe, e Ted (Theodore, seu irmão do meio) tem até um filho.

Não querendo entrar nesse assunto de que ele é razão pela qual a vida dela está uma merda, ela resolveu continuar por outra linha.

— Quando você começou a gostar de fotografia?- era uma pergunta muito pessoal, ela se arrependeu no momento em que terminou de falar.

Mas felizmente ele respondeu.

— No colégio.

— Sério?- ele assentiu - É difícil acreditar que aquele idiota do colégio valorizava algo tão lindo como fotografia.

— Idiota? Eu? Fala a pessoa que colocou tinha verde no meu shampoo e você sabia que eu odiva verde.

Ela riu lembrando. Ela lembra como se fosse ontem como Aaron ficou irritado com a tintura verde e a satisfação dela quando ela o ouviu gritar seu nome no corredor, dizendo que ele iria se vingar.

— Oh, por favor, você conseguiu três ou quatro garotas com aquele cabelo ridículo.

— E uma delas era sua melhor amiga.- ele sorriu orgulhoso, ele lembra da fúria dela, foi tão satisfatório.

— Você era péssimo quando estávamos no colégio. Acho que não precisaria ter uma rixa entre nossas famílias para te odiar, você me daria material suficiente.- ela declarou.

Aaron analisou a fala dela. Ele foi ensinado a odiar a família dela. Ele sempre escutou "Aaron, não faça amizade com essa gente", "Aaron, eles são pessoas sujas e trapaceiras", "Aaron, eles não se importam com ninguém, além deles mesmos", etc.

— Você acha?- ele perguntou.

— O que?

— Que se nossas famílias não se odiassem, nos odiaríamos ou teria um impacto diferente?

A pergunta que não quer calar. Por que eles ainda continuavam tocando em assuntos extremamente pessoais que eles não tratavam nem com seus melhores amigos?

Ela pensou na pergunta dele. Por que ela odeia Aaron Hotchner? Primeiro, porque a família disse para odiar um Hotchner. O resto era porque ele era presunçoso, mesquinho, mulherengo, festeiro e etc. Mas como ela mesmo respondeu, a família dela disse que era para ela odiar.

— Com certeza eu te odiaria no colégio, você me dava motivos suficiente para isso, mas quanto nossa relação depois disso, eu não sei Aaron, poderíamos simplesmente ter seguido nossas vidas sem nunca ter nos encontrados novamente ou poderíamos ser simplesmente grandes amigos. Não há resposta exata para essa pergunta.

— Okay, okay. Estamos vagando por lugares obscuros. Vamos para cama, está tarde e você teve um dia longo.

Ela arqueou uma sobrancelha e o encarou. Então ele percebeu o que disse.

— Não, não. Eu não estou chamando você para minha cama, eu estou dizendo que deveríamos ir para cama. Separados. Cada para camas diferentes.

Emily começou a gargalhar.

— Eu sei, Aaron, eu estava brincando, mas sua cara tão tem preço. Eu nunca te vi perder a cor assim.- ela continuou rindo histericamente.

— Isso não é engraçado, Emily. Eu sei onde você vai durmir, você pode acabar sem sobrancelhas.- ele disse conspiratoriamente.

— Não se atreva, Aaron Nicholas Hotchner!

— Você sabe meu nome do meio?- ele disse incrédulos- Como?! Nem minha namorada de dois anos sabia.

— Ah, por favor, somos arquinimigos, é a relação mais longa de nossas vidas, sabemos mais coisas um do outro do que qualquer um dos nossos namorados. E parece que você esqueceu que parte nosso trabalho é pesquisar a vida um do outro. Seu nome completo apareceu pelo caminho em algum momento.

— Você está certa, Emily Catherine Prentiss.- ele brincou de volta.

— Você acabou de dizer que eu estou certa?- Ela disse divertida.

— Cale-se!

Aaron a deixou na porta do quarto em que ela ia durmir. E caminhou até seu quarto deixando um...

— Boa noite, Emily.

— Boa noite, Aaron.

Ele parou e ela também.

Ele acabou de desejar boa noite para Emily? E ela respondeu de volta?

Que diabos!


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