Um ano de histórias escrita por Annabel Evers


Capítulo 1
Quebrando o hábito


Notas iniciais do capítulo

E vamos começar com o primogênito dos Potter!
Enjoy it!



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J A N E I R O

 

James Sirius Potter

 

1° de Janeiro - Dia Mundial da Paz

 

James sempre achou que o pior antes de ser castigado, quando criança, era o suspense. Antes do grito, do castigo, das punições, sua mãe o olhava de forma tão cortante que o fazia suar em bicas. Aos 7 anos, sua mãe poderia ser mais assustadora que as histórias que o tio Jorge contava. Agora, 10 anos depois, poderia não temer a mãe, mas aquela aflição ainda estava lá. 

Ah, Gina Potter estava puta com ele. 

E com o irmão. 

E com a irmã. 

Nem seu pai escapara. 

— Eu me pergunto como eu criei três filhos tão, tão egoístas. Não. Harry, eu não vou medir palavras! Olha o que eles fizeram, em pleno natal! — a ruiva parara de andar em círculos e virou-se para o marido, dando as costas para os filhos, sentados no balcão da cozinha. — Eu não digo por mim, mas pelos meus pais. Fazia anos que não conseguíamos reunir todos nA Toca e olha o que eles fazem. Meus dois filhos rolando no chão, aos socos!

Maldita hora que James ensinou Alvo a bater tão bem. 

— E Lily, o que você tinha na cabeça para falar com sua prima daquele jeito? 

— Dominique mereceu, mãe — respondeu Lily, não se intimidando. — Você não sabe o que aconteceu, não pode falar. 

— É, pelo visto, eu não sei de nada mesmo. — Gina respirou fundo antes de continuar. — Alvo, vá pegar a mochila de Scorpius. Ele vai dormir no Ron e na Mione. Você está oficialmente de castigo, o que inclui ficar sem ver os amigos. Depois se desculpe com seu amigo. 

Alvo foi inteligente o suficiente para sair da cozinha sem falar mais nada. 

— Eles quem brigaram, eu não tenho porque ficar de castigo — argumentou Lily. Ela olhou para o pai, buscando apoio, mas Harry apenas balançou a cabeça. 

— Lily Luna, eu não nasci ontem. Seja lá o que aconteceu, começou com você xingando sua prima. Agora vá para seu quarto; sem Hugo e suas amigas até sua volta para Hogwarts. E se você me desobedecer, vou retirar sua permissão para visitar Hogsmeade!

Lily saiu pisando duro, mas Gina não parecia incomodada com a raiva da sua caçula. Seus olhos estavam fixos no seu primogênito, que brincava com os arranjos da bancada. Impaciente com a postura do filho, Harry petrificou os bonequinhos natalinos. James revirou os olhos, mas ergueu o olhar para os pais. 

— Sou maior de idade, sabem? Eu não preciso da rede de flú para sair, posso aparatar. E não ia morrer por não ver o Fred ou outros amigos por algumas semanas. 

Gina passou por James, como se ele nem estivesse ali, e abriu a geladeira, retirando um vinho branco. Contornando James, foi pegar duas taças. A tensão era tão forte que poderia ser cortada. Gina riu de leve, servindo-se do vinho favorito. 

— Maior de idade — mais uma risadinha. —  Legal como isso soa. Com sua idade, seu pai estava lutando uma batalha e eu tentando ajustar os destroços da nossa família. Mas hey, foi por isso que batalhamos, certo? Para que vocês tivessem apenas problemas normais de adolescentes nessa idade. Quer um pouco de vinho, senhor adulto?

— Gina…

— Harry, para com isso. Sirius não é mais criança, lembra? Ele mesmo disse, adulto. Que seja tratado como tal. 

— Eu ia dizer apenas para você ir se deitar. Eu cuido dele e dos outros. 

Gina suspirou e James achou que os pais iam brigar na sua frente, mas concordou com Harry e saiu da cozinha. James não ficou mais relaxado; seu pai também estava muito irritado. 

Harry guardou o vinho e colocou a taça quase vazia de Gina na pia. Assim como ela, Harry estava agindo como se James não estivesse ali. O jovem já estava farto daquele joguinho e estava pegando fôlego para falar quando uma pergunta do pai o fez parar automaticamente. 

— É tão ruim assim ter irmãos?

James piscou. — Onde o senhor presente chegar com isso? Como assim?

— É uma pergunta simples, James. É tão ruim assim ter irmãos?

Ele odiava psicologia reversa e ia acabar com o discurso do pai, mas não conseguiu. Alvo podia ser irritante, mas ainda era o garoto que o seguia para todos os cantos, que nunca escolhia o sabor do sorvete sem antes ver o dele, para quem James juntou uma vez sua mesada para presentear com as HQs que ele desejava. E Lily… podia até ter uma língua gigante agora, mas o defendia sempre, mesmo sem querer, como se já fosse seu instinto. 

Mesmo sabendo que o levaria a um papo zen, James respondeu: — Não. 

— Então por que diabos você e Al ficaram esmurrando a cara do outro? Eu não via vocês dois assim desde que brigavam pela vassoura de brinquedo. 

— Tinha uma garota no meio. 

Harry soltou uma risada. — Nunca tive irmãos, mas Ron sempre se aproximou disso para mim. Quando eu comecei a sair com sua mãe, ele não me esmurrou. Nem quando ele pensava que eu tinha algo com a sua madrinha. Desculpa, mas eu continuo sem entender. 

— Pai, eu não quero falar sobre isso. 

— Ok — disse Harry, suspirando. — Sua mãe não teve muita paciência para explicar, mas vocês três estão proibidos de sair de casa para que convivam uns com os outros. — Harry deu um tapinha no ombro do filho antes de levantar. — E me dê sua varinha, por favor.

— Quê?!

— Você estava certo, você não está limitado à rede de flú. 

Com ódio, James entregou sua varinha para o pai. 

E ele estava com mais raiva de si, por não argumentar. No fundo, achou que merecia a punição. 

*

Já era tarde quando a movimentação na casa acabou. James ainda pode ouvir o irmão se despedindo do Malfoy, o pai resumindo a história para a sua madrinha. Até mesmo os barulhos no quarto de Lily haviam cessado.

No escuro, James refletiu sobre os acontecimentos da noite. Ele já estava irritado por Dominique, sua anterior ficante, ter levado aquele almofadinhas do amigo dela. Ele tinha certeza que ela fizera aquilo para provocá-lo. A família estava reunindo-se na sala para o amigo secreto (porque presentear cada membro da família sairia muito caro) quando James foi atrás da irmã… que estava xingando Dominique, por estar brincando com seus irmãos. 

Dominique e Alvo.

Ele não pensou muito, apenas cruzou a sala e partiu para cima de Alvo, socando-o com todo o ódio que sentia no momento. Não que ele tivesse sentimentos profundos por Dominique, mas saber que ela tinha ficado com o irmão mais novo dele… como eles se atreveram?!

James revirou na cama, tentando esquecer a cena. Ele agira errado, ponto. Não importava como as ações dos outros o enfureceu, ele não tinha direito de bater no próprio irmão. James estava se sentindo culpado, mas nada o faria pedir desculpas a Alvo, até mesmo porque ele também pisara feio na bola. 

Inferno. 

A manhã de natal estava cinza, não só pelo inverno em si, mas pela frieza entre os Potter. Gina saíra cedo, avisando que ia visitar os pais e dar notícias. Harry, após o café da manhã, saiu para encontrar-se com Ron e avisou que não tardava a voltar. Quando ficaram sozinhos, Lily puxou os irmãos em direção às escadas. 

— Natal e sem presentes. Eu tô com ódio de vocês dois, mas podemos aproveitar que os dois saíram e escaparmos. Jay, você pode aparatar com a gente?

— Não — respondeu o garoto secamente. 

Alvo bufou. — Deixa de ser um c-

— Eu não posso, papai pegou minha varinha. Pra prevenir algo do tipo. — Alvo o olhou, desconfiado e James explodiu. — Quê, tá achando que eu ia mentir?

— É uma possibilidade — brincou Lily. 

— Que ótimo, presos em casa no feriado. — disse Al. — Realmente bacana. 

James distanciou-se dos dois, notando algo estranho na árvore de natal. Vendo para onde o irmão ia, Alvo resmungou:

— A não ser que estejam invisíveis, mamãe e papai retiraram nossos presentes. 

— Retiraram não — disse James, arrancando um bilhete. — Eles esconderam. 

Quando Lily já tinha idade o suficiente para correr, Gina e Harry fizeram uma páscoa diferente, escondendo ovos pela casa. Naquele mesmo ano, como não poderam ir para A Toca por um motivo que James não lembra, fizeram uma caça ao tesouro com os presentes dele. Foi divertido; para um menino de seis anos, a vassoura de brinquedo foi o presente mais legal da vida justamente pela aventura de procurá-lo. 

Ele riu, descrente. Essa era a ideia dos pais, para eles se unirem? Ele passou o bilhete para os irmãos — Lily ficou mais indignada que eles. 

— Mas não é uma caça ao tesouro, é um conjunto de solicitações ultrajantes e chantagistas!

James ficava a cada dia mais impressionado com os discursos da irmã. 

— Dia 1, arrumem um os quartos dos outros. Dia 2, limpem os banheiros. Dia 3, preparem o jantar. Dia 4, separem coisas para doação que estão no sótão. Dia 5, desgomizem o jardim. Dia 6, preparem o almoço. Dia 7, preparem a festa familiar de ano novo. 

— Não precisava ler tudo em voz alta de novo, Alvo. 

— Podem parar aí — exclamou Lily, vendo que os irmãos iriam discutir novamente. — Eu quero ganhar meus presentes, então vamos lá! James, você arruma o quarto de Al, que fica com o meu e eu ajeito o do Jay. 

James não queria participar daquele plano, mas Lily não deixou muitas escolhas. O quarto de Alvo era relativamente mais organizado que o seu. Lembrando a metodologia que o irmão usava para organizar as HQs, começou a trabalhar. Já tinha terminado com as roupas e os cds quando um caderno aberto ao lado da cama chamou sua atenção. Não resistindo ao impulso, James começou a folhear. 

“— Entendo que é possível olhar nos olhos de alguém — ouvi-me dizendo — e de súbito saber que a vida será impossível sem eles. Saber que a voz da pessoa pode fazer seu coração falhar, e que a companhia dessa pessoa é tudo que sua felicidade pode desejar, e que a ausência dela deixará sua alma solitária, desolada e perdida”.

— O que você tá fazendo?!

James largou o caderno no ato. Alvo estava na porta, assustado. Tomou o caderno da mão do irmão, jogando-o para trás da cama. James ergueu as mãos, desculpando-se. Queria dizer o quão achou talentoso aquele trecho, mas não achou que Alvo ficaria contente — não com o elogio vindo dele. 

Quando entrou no seu quarto, Lily estava terminando de limpar as suas vassouras em miniaturas. 

— Eu estou morta, você é muito bagunceiro, Jay. 

— Então por que escolheu o meu quarto, Lils? — perguntou James, deitando na cama agora feita. 

— Porque queria ver o que eu descobria sobre você, claro. 

O próximo dia não teve muitas descobertas, para nenhum dos dois. Limpar banheiros não era uma atividade divertida, principalmente sem magia. O único momento que James riu foi quando Lily escorregou; a menina tentava esfregar o chão do banheiro e acabou colocando sabão demais no chão. O dia seguinte foi ainda pior, pois nenhum dos três sabia realmente cozinhar. O resultado foi um macarrão meio pegajoso, com pedaços bem irregulares de bacon. 

Sabe-se lá o motivo, mas Harry e Gina ficaram muito satisfeitos comendo aquela gororoba. 

Eles já estavam se acostumando uns com os outros e ainda bem, pois o quarto dia foi literalmente o dia inteiro. Separar coisas velhas que não se usam mais não é exatamente difícil; impossível é não se distrair com o que encontram. James e Alvo brincaram de espadas, Lily se fantasiou com seus acessórios de fada, Al achou uma lousa mágica e os três ficaram brincando de imagem e ação…

Quando Harry e Gina chegaram em casa, os três estavam fazendo campeonato de guittar hero. Naquela noite, a família jantou bem tarde, pois a competição ganhou mais duas pessoas. 

*

Se James fosse honesto, ele conseguia compreender a lógica do plano dos pais. Às vezes, é preciso voltar um pouco ao passado, à infância e relembrar os momentos importantes. Era fácil irritar-se com Alvo e Lily se ele não lembrasse de todos os bons momentos ao lado deles. Ele queria conversar com Alvo, pedir desculpas, mas não sabia como seria recebido. 

Naquele dia, a atividade deles era desgomizar o jardim. Não era algo ruim, não exatamente, mas era cansativo. Alvo e James fizeram uma espécie de aliança para Lily não jogar a desculpa de ser caçula e escapar do trabalho. 

— Cara, fala logo — disse Alvo, jogando o mais longe possível um gnomo. — Você tá aí, me encarando a tarde toda. 

— Talvez a gente deveria falar sobre aquele dia, não?

— Não precisa — suspirou Al. — Você achou que eu fiquei com a Dominique. 

Não tinha porquê negar. 

— É, rolou um quase — admitiu Al. — Eu sempre tive uma queda por ela. E tinha um boato rolando, que ela gostava de um primo… sei lá, isso me deu coragem de tentar. 

— E o que aconteceu? — perguntou James, descontando sua frustração no gnomo. 

— Foi uma ficada maravilhosa, sabe, Eu já fui rejeitado umas vezes, mas nunca de forma tão educada. 

James soltou a respiração, se dando conta apenas naquele momento que havia prendido. Eles não falaram mais nada, apenas continuaram lançando gnomos no céu da tarde. 

*

— Você é uma criaturazinha demoníaca. 

Lily ignorou a fala de James, entregando a ele uma xícara de café. 

— Hoje eu não podia deixar você dormir até tarde, nossa missão é fazer o almoço. 

James sentou-se ao lado que Al, que estava lendo um livro de receitas. Ele comprimentou o irmão, mas logo voltou à leitura. Era ainda mais estranho agora, não estando mais brigados. Talvez, pensou James, fosse porque Alvo agora sabia uma parte bem relevante de si. Ele sentia-se estranhamente vulnerável. 

Al acabou por escolher um almoço tipicamente inglês, peixe e batatas. Vendo que alguém precisava assumir esse trabalho, o moreno separou tarefas. Ao fim daquela manhã regrada de trocadilhos e xingamentos, eles tinham uma refeição comestível. Quando Gina saiu do escritório, guiada pelo cheiro, quase não acreditou. 

— Eu nunca mais vou cozinhar nessa casa — brincou ela. 

Gina pediu desculpas por não continuar com eles após o almoço, mas precisava revisar uma edição especial para o Profeta Diário. “Seu pai e eu teremos férias logo após o ano novo e vamos compensar”, prometeu a ruiva. 

Eles não precisavam passar o resto do dia juntos, pois a missão era o almoço, mas uma festa de ano-novo não se prepara sozinha. Lily encarregou-se da decoração, Al e James da preparação para a ceia (ao menos teoricamente; precisariam da ajuda materna). 

— Eu voto de nós fazermos aqueles dois pagarem um mico — disse Alvo quando os três terminaram. Os irmãos concordaram. — Ok. Vocês lembram que achamos o velho…

*

31 de dezembro. Os Potter estavam na sala, trocando os presentes que deveriam ter feito no natal. Harry e Gina não tinham certeza se a ideia deles funcionaria — ou os filhos se resolviam ou explodiriam uns anos outros. 

Estavam agradecidos pela primeira opção ter dado certo. 

A família sempre se dispersava na data. Naquele ano, as famílias de Jorge e Ron e Mione juntaram-se a eles. Pela amizade dos filhos (James e Fred, Alvo e Rose, Lily e Hugo), eles geralmente passavam o ano novo juntos. 

— Papai e mamãe viajaram para ver Carlinhos e Percy foi junto. Eu espero que você tenha uma ótima surpresa para mim, Potter, porque deixei de ir para a França com Gui e a Fleur para ficar com vocês. 

Obviamente, Jorge estava brincando. 

Não exatamente. 

Quando Harry questionou a tal surpresa, James interveio. — Pai, lembra quando você e a Lily fizeram uma aposta? Se ela perdesse no guittar hero, iria abrir mão dos presentes. Se vocês perdessem, iam dever algo a ela. 

— Para um auror, Harry, você sempre deixa a Lily te dobrar com esse “algo/alguma coisa” — resmungou Gina, prevendo que os filhos iam aprontar uma com eles. — Qual é o desafio?

Alvo diminuiu a intensidade das luzes, chamando a atenção de todos. James fez com que a mesa de centro na sala virasse um pequeno palanque, ao mesmo tempo que Lily ajeitava o equipamento trouxa. Gina riu, pois aquela era uma vingança digna de seus filhos. 

Sem opção, a ruiva subiu no palanque, puxando o seu muito relutante marido. Eles pegaram os microfones e fizeram o pior e mais desafinado dueto de Living on Prayer.

James queria manter aquela sensação boa no peito. Ali, cercado por risadas e deboche dos familiares, ele se deu ao luxo de imaginar como seria viver todos os dias assim. 

Mas isso não existe. 

Como ele saberia aproveitar um momento daquele se todos fossem justamente iguais? Os Potter eram assim, meio explosivos e de falas fortes. Irritantes. Teimosos. Até mesmo insuportáveis. E ele não fugia à regra. Ainda havia muita, muita coisa ferrada nele, na sua cabeça, no seu coração. 

No fim, James ainda precisava crescer muito. 

Quando bateu meia-noite, eles uniram-se para soltar fogos de suas varinhas. 

Paz, pensou James, após dar um hive five com Fred por terem conseguido molhar Rose de champanhe, por hora, estou em paz.   


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Notas finais do capítulo

Eu tenho irmãos, então sei bem que brigar é normal. Às vezes, as brigas tomam proporções gigantescas por uma besteira e depois as coisas se acalmam, e os pedidos de desculpa nunca são tão claros ou com todas as letras. Quis passar essa dose de "realidade" para Al e Jay.

Ah, e o trechinho que James lê no caderno de Alvo foi tirado do livro O rei do inverno.

Anyway, espero que tenham gostado! Em breve sai o próximo conto :)



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