O que dizem de nós. escrita por Jupiter vas Normandy


Capítulo 5
Separados


Notas iniciais do capítulo

Uma última atualização em 2020, para nos despedirmos desse ano do jeito certo XD
Música da vez é The 5th Flower Dance of Night (coloquem em loop, plis): https://www.youtube.com/watch?v=aMhZh8Hydf0



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O acampamento estava montado em meio às árvores. Agora que tinham desacelerado a jornada, as notícias de que eles tinham sobrevivido deixavam Ryioniss e Prusvart em todas as direções, e vez ou outra avistavam grupos de escolta aos mensageiros, enquanto se escondiam nas florestas. Não sabiam o que os outros reinos e cidades independentes achariam da possibilidade de ter um feiticeiro em suas imediações, portanto evitavam chamar atenção.

Localizado no norte do continente, muito chão separava Yhriam de Ryioniss. A viagem para a terra natal de Arcaent seria lenta nesse ritmo, mas não era algo de todo ruim. Veriam boa parte de Teris, de forma um pouco apressada, é verdade, mas ainda proveitosa, e daria a Arcaent o tempo necessário para compreender o que encontraria. Ele, que pensava não se importar mais com seu passado, percebeu que as expectativas eram maiores do que o recomendável. Não deveria ficar tão ansioso por retornar. Primeiro, Yhriam era um grande território que ele não conhecia, e não sabia onde sua família costumava viver, e, mesmo que soubesse, nada garantia que ainda estivessem lá. Elyn apenas observava suas preocupações com um sorriso gentil no rosto.

— Vamos pensar nisso depois, o primeiro problema é chegar lá! – Ela argumentava, rindo.

Quase dois meses haviam passado desde que tiveram de deixar a torre e o reino de Ryioniss para trás, e agora tanto os ferimentos de Elyn quanto as queimaduras de Arcaent haviam desaparecido, e com elas os receios do passado. Pouco restara da culpa e do medo que sentiram pelos eventos precedentes à fuga; um dia ruim que eles não permitiriam que corrompesse o tempo que tinham juntos.

Felizmente, tempo era algo que tinham em abundância. Raros eram os momentos passados sem a companhia um do outro, a ponto de estranharem o silêncio quando isso acontecia. Elyn folheava seu livro à luz do entardecer, mas por mais interessante que fosse aquele capítulo sobre ervas usadas em poções, não conseguia se concentrar como gostaria. Era estranho como a ausência de Arcaent lhe desconcentrava mais do que ter ele a seu lado, quando podia fazer comentários ou perguntas, ou apenas apoiar a cabeça no ombro dele enquanto lia em silêncio. E ele nem estava longe há tanto tempo assim.

Elyn suspirou, entediada. Tudo por causa de um descuido. Uma cobra escondida nas folhagens assustou os cavalos. Elyn conseguiu acalmar um deles, mas o outro já estava longe da vista quando Arcaent matou a cobra. Após conferir que não haviam outras, Arcaent foi atrás do cavalo enquanto Elyn recolhia os objetos derrubados da sela e acendia uma fogueira. O outono estava quase no fim e ficava mais frio a cada dia, não podiam mais esperar a noite chegar para se preocupar com o fogo. O frio também trazia outra preocupação: se iriam manter aquela vida nômade, deveriam arranjar acessórios melhores para fazerem acampamentos de verdade. Logo o fogo e os mantos não seriam suficientes, e eles não poderiam dormir ao relento quando o inverno chegasse. As chuvas já eram um empecilho, e a neve chegaria impiedosa.

— Finalmente… – murmurou, sorrindo, ao ouvir o som de folhas secas e galhos sob passos talvez um pouco pesados demais.

Elyn se levantou, virando-se, e o sorriso desapareceu tão rápido quanto surgiu.

Um grupo de cinco soldados caminhava, não exatamente em sua direção, mas agora que a tinham visto, com certeza se aproximariam. Não deveria ter acontecido. Estavam longe das estradas justamente para evitar esse risco. Temendo causar alguma desconfiança, Elyn logo disfarçou a preocupação e, aproveitando a distância que ainda tinha entre eles, escondeu o pingente do colar por dentro da roupa. Uma coisa era exibi-lo com pessoas comuns, que no máximo lançariam olhares hostis ao ver uma pedra canalizadora de magia, mas com soldados ela não iria arriscar.

— Olá, senhores. Vocês me assustaram – cumprimentou, com um riso um tanto ansioso, quando eles se aproximaram.

— Senhora. – O mais jovem a cumprimentou. Avaliou-os rapidamente, pensando que ele não parecia ameaçador, mas enquanto ele falava, os outros andavam ao seu redor, com olhares predatórios analisando suas coisas e o acampamento improvisado. Segurou o impulso de perguntar o que faziam ali, pois um comportamento defensivo seria suspeito. Ela não era mais uma princesa, e gente comum nem sempre tem o direito de questionar pessoas armadas. – Somos soldados de Prusvart, não há o que temer. Desculpe se a assustamos.

— Aqui é um pouco longe de Prusvart…

— Escoltamos uma mensagem da Rainha Scylla para o reino de Yaz.

— Lachin – Aquele que parecia liderar o grupo, chamou a atenção do mais jovem, com desaprovação. O olhar do líder caiu sobre ela, pouco gentil, e ele tomou o lugar de Lachin na conversa. – Está viajando sozinha, senhora?

— Devem ser mensagens urgentes, lembro de ter visto outros grupos de Prusvart nas estradas…

— Deve ter ouvido falar, as notícias já se espalharam.

— Notícias? – perguntou, compreendendo. Eles estavam informando os reinos próximos da fuga do Feiticeiro após o assassinato de Oizus. E se haviam confirmado que Arcaent não tinha morrido na torre, sabiam que ela também não. Estavam procurando duas pessoas, o feiticeiro e a princesa. – Sim, estou viajando sozinha.

— E viaja por qual motivo?

— Sou uma livreira ambulante, vendo livros de um reino para outro. Ei, não mexa aí! – reclamou com um dos soldados que não se contentou apenas em analisar seus pertences, começando a vasculhar as sacolas, despejando os livros no chão úmido. Sua preocupação era mais pela língua em que os livros estavam escritos do que a falta de cuidado do soldado. Se ele reconhecesse a língua dos feiticeiros naquelas páginas…

— Você não tem nenhum dinheiro? Disse que era uma vendedora.

— Se os livros ainda estão aqui, é porque não consegui vendê-los.

Ele ainda insistiu, chegando a folhear os livros para ver se continham algo de valor escondido nas páginas. Nesse ponto, Elyn não podia apenas esperar. Uma lembrança surgiu como uma vela na escuridão, algo que ela ouviu Arcaent falar ao invocar uma de suas ilusões.

Khosan aravishno— murmurou baixinho, cobrindo a boca com as mãos e disfarçando com uma tosse forçada, fingindo incômodo com o clima frio. Se algum deles lhe ouviu, não demonstrou.

Arcaent raramente precisava de feitiços pronunciáveis para criar ilusões, mas quando as ilusões eram exigentes ou quando estava cansado, recorria à língua ancestral como apoio. Se um ilusionista usava aquelas palavras para grandes feitiços, talvez ela pudesse usá-las para um pequeno truque, mesmo não sendo sua inclinação. E quando o soldado passou pelas páginas, viu apenas textos perfeitamente “não-mágicos”, desde receitas inofensivas à histórias de ficção. Elyn sentia o repuxo da energia sob sua pele, agitando-se, esforçando-se para manter algo para o qual não foi criada. Sustentou essa sensação, sabendo que no momento que relaxasse, o truque desapareceria como fumaça. Finalmente, ele deixou os livros de lado, desinteressado, e Elyn deixou escapar um suspiro aliviado.

— Estamos indo em direção a Nordalius. Acompanhamos também alguns civis que encontramos no caminho para que não corram o risco de encontrar com o feiticeiro fugitivo. Quer se juntar a nós?

Quando o mesmo soldado que inspecionara os livros agarrou a rédea do cavalo, Elyn soube que não tinha outra resposta. Sem encontrar dinheiro, eles levariam o cavalo, e seria suspeito se ela preferisse ficar sozinha e à pé no meio da floresta. Só tinha uma resposta certa, e ela precisou apenas de um segundo encarando o líder para saber qual seria.

— É claro. Obrigada – forçou-se a dizer. – Vou pegar minhas coisas.

— Não temos tempo para isso, livreira.

— Mas espere, eu… – O líder agarrou seu braço, intransigente, sem lhe dar chance de recolher os livros ou deixar alguma informação para Arcaent sobre o que tinha acontecido e onde a encontraria.

— Já desperdiçamos demais e queremos chegar ainda durante a manhã.

Seu coração apertou imaginando o que Arcaent pensaria ao encontrar o lugar revirado e sem ela. Ainda assim, escondeu os receios. Arcaent entenderia o que aconteceu e eles se encontrariam na cidade de Nordalius.

Havia mais soldados, mas não passavam de dez. Elyn reconheceu uma insígnia de mensageiro em um jovem lorde, o que lhe causou estranhamento. Apenas mensagens importantes eram confiadas a nobres. Além deles, uma carroça com algumas pessoas acompanhava a comitiva. Pôde perceber que aquelas pessoas não faziam parte do mesmo grupo, então era verdade o que o soldado disse sobre estarem acompanhando civis que encontraram pelo caminho. Sentindo-se mais segura, Elyn tomou um lugar na carroça, mas permaneceu tensa quando o soldado Lachin sentou ao seu lado. Mesmo confiscando seu cavalo, nem todos estavam montados. Talvez algo tivesse acontecido, mas não importava. Elyn sentia o olhar atento dele sobre ela. Esperava que o caminho até Nordalius não fosse longo.

— Ah, senhora! – Um choro agudo lhe chamou, a garota na sua frente, mas Elyn mal levantou a cabeça, a atenção atraída pelos pulsos algemados da jovem. – Senhora, por favor, tem que dizer a eles que isso é um engano! Por favor, senhores, ela me conhece! Ela me conhece, diga a eles, senhora, diga que eu não sou uma feiticeira!

O desespero em sua voz não impediu que Elyn a reconhecesse. Era a jovem no festival de Sircell, aquela que tentara lhe vender alguns colares. Lachin ralhou com ela, fazendo-a se calar. Elyn não conseguiu fazer nada além de observar a garota chorar, o corpo inteiro tremendo entre os soluços, assustada. Havia um hematoma em seu rosto que não estava lá na noite do festival.

— A senhora conhece essa feiticeira?

— Só falei com ela uma vez… Em Sircell – respondeu, saindo do torpor. O desconforto em sua garganta fazia sua voz sair como um fio fraco. Mesmo assim, forçou-se a continuar. Os soldados de Prusvart reviraram aquelas terras procurando por ela e Arcaent. Eles trouxeram os soldados até aquela garota, sem querer. – Ela é mesmo uma feiticeira?

— Não sou! Eu juro, eu não sou… – Ela se defendeu, murmurando em meio as lágrimas.

— Pensei que procuravam um homem.

— E procuramos, mas se encontramos outros dessa raça no caminho, não vamos ignorar.

— E como sabem que ela é uma feiticeira? – perguntou, o tom de voz cada vez mais fraco. Lamentava que a garota estivesse passando por aquilo. Ninguém mais parecia se importar, os outros na carroça apenas desviavam o olhar, afastados dela o máximo que podiam.

— Ela tinha uma daquelas joias mágicas com ela.

— É uma esmeralda, não uma pedra dos feiticeiros, precisa entender! Minha mãe recebeu o colar de Lady Yvaine quando trabalhou para ela! – O soldado bufou com desdém, pouco convencido. Para ele, era mais provável que a garota fosse uma feiticeira ou uma ladra do que uma plebeia ter recebido um presente da senhora a quem servia. Elyn pensava em como poderia ajudá-la sem revelar conhecer demais dos feiticeiros, mas seus pensamentos foram interrompidos quando a garota apontou para ela. – É verdade, é só uma esmeralda. Parecia com o colar da senhora!

Elyn congelou, os lábios entreabertos para uma resposta que não veio, e não encarou o soldado quando ele voltou a atenção sobre ela, percebendo o cordão de couro que desaparecia sob o decote quadrado, sustentando o pingente escondido. De repente ele não parecia menos ameaçador do que os outros. Bastou um segundo e uma dúvida plantada para que seu olhar assumisse uma força hostil contida.

— Com licença, senhora – falou, mas, na intenção de pegar o colar para conferir a joia sem esperar resposta, a frase pareceu mais cínica do que cortês.

Elyn o parou antes que conseguisse tocar o cordão.

— Isso não é muito educado, soldado.

Em reação, ele agarrou seu pulso com mais força do que o necessário, a recusa de Elyn em lhe mostrar o colar convencendo-o da verdade sobre a “livreira”.

— Mostre o colar.

Elyn já esperava por isso. No momento que a garota apontou para ela, sabia que seria descoberta, portanto, só uma coisa importava: não permitir que tirassem a joia dela. A magia não fora criada para os humanos. Mesmo que feiticeiros tivessem força o bastante para usá-la, precisavam dos canalizadores para manipular sua energia.

O dia com certeza não saía como planejado, e ainda era apenas a manhã.

— Eu mostro – respondeu Elyn, sentindo a palavra na sua língua queimar antes mesmo de pensar em usá-la, o feitiço que vinha treinando todos os dias desde a fuga da torre. – Feivrn.

O soldado recuou quando o fogo irrompeu entre eles, protegendo o rosto com as mãos. O instinto agiu além do controle, quase atingindo Elyn também, e o fogo logo se espalhou pela carroça, fazendo os outros descerem às pressas. Elyn aproveitou a surpresa, sem perder um segundo. Com os gritos hostis dos soldados em suas costas, correu para a segurança da floresta.

~*~

A agitação do vento não era alento algum, ciente de que o cavalo já corria o máximo que conseguia. Não era suficiente. Encontrar o acampamento vazio naquele estado, com os pertences revirados, o fogo extinto, causaram em Arcaent uma aflição que ele não esperava sentir novamente. Não criou conclusões precipitadas, no entanto. Não era de seu feitio agir por impulso. Com o cajado em mãos, invocou uma ilusão regressiva, para que a magia lhe mostrasse o que acontecera ali, e antes mesmo que os resíduos do feitiço se extinguissem, Arcaent já havia montado no cavalo e alcançado a estrada.

Não demorou muito a encontrar os soldados, mas Elyn não estava lá. A feiticeira havia fugido, responderam quando Arcaent os questionou de forma não muito pacífica. Alguns soldados a seguiram para a floresta, mas ainda não tinham retornado. Disseram que “a outra” também tinha escapado, mas Arcaent não sabia do que estavam falando e não perdeu mais tempo ouvindo.

Com os soldados ali, Elyn não tentaria voltar para o acampamento deles. Era muito arriscado, então Arcaent sabia que ela continuaria em frente. Para a cidade de Nordalius.

~*~

A tarde já tinha chegado quando Elyn alcançou a grande cidade. Não estavam tão distantes do destino quando precisou fugir, então, após despistar seus perseguidores, andou apenas por uma hora antes de ver os portões abertos da cidade, onde pessoas entravam e saíam a pé ou em carroças carregadas de produtos. Levaria o dobro do tempo pela estrada, mas, felizmente, tudo o que ela e Arcaent faziam nos últimos dias era estudar mapas, e algumas rotas ficaram em sua cabeça. Entre as pessoas, Elyn passou despercebida. Só mais uma dos trabalhadores que diariamente voltavam dos campos ou dos ambulantes vindos de reinos vizinhos.

Apesar do cansaço, seguiu em frente, afastando-se dos portões. Os soldados poderiam vir logo atrás e não queria estar tão à vista para eles. Notou uma movimentação em direção à praça central da cidade, onde ficava o mercado. Soldados de Prusvart estavam por toda a parte, mas não eram os que ela tinha provocado. Uma multidão ouvia o cavaleiro no estrado de pedra falar em nome da Rainha Scylla. Sua atenção foi atraída ao ouvir seu nome. Não entendeu de início do que falavam, mas a compreensão logo veio com um misto de revolta e tristeza.

A Rainha Scylla de Prusvart promovia uma chacina aos feiticeiros. Não era apenas a perseguição de Arcaent, o suposto assassino de seu filho, Príncipe Oizus, e de Elyn, que o cavaleiro disse que também tinha morrido na torre. Todos eles.

Porque feiticeiros eram perigosos, perversos e incontroláveis.

Porque nunca teriam paz enquanto feiticeiros andassem entre eles.

Porque precisavam revidar contra aquela arte não natural.

— Não, não, não… – Sua alma ardia com a revolta, com a mágoa. Tudo estava tão errado. A culpabilização de Arcaent, a provocação de uma guerra contra pessoas que nada tinham a ver com a história deles, a convocação de pessoas comuns para enfrentarem feiticeiros. Sangue mágico e não mágico em risco por uma causa falsa. – Parem! – gritou, percebendo os olhares voltarem-se em sua direção, inclusive o dos soldados no estrado. Ela deveria se manter discreta e alheia a tudo aquilo, e até conseguiria se ela e Arcaent fossem as únicas vítimas daqueles boatos, mas isso? Ela não podia deixar que as histórias continuassem. – Isso é mentira!

O cavaleiro não respondeu com mais do que um riso de escárnio e continuou a ler a proclamação da Rainha Scylla, instigando a população que quisesse se juntar à perseguição. Eles seriam treinados, as famílias receberiam apoio durante a ausência dos voluntários. A provocação tinha proporções continentais. Se Prusvart estava convocando pessoas de outros reinos com tanto apoio, era porque os outros reinos apoiavam a caçada de Prusvart aos feiticeiros.

O cavaleiro já não parecia tão bem-humorado quando Elyn o interrompeu outra vez, gritando do meio da multidão.

— Isso é mentira. Isso é uma mentira e vocês sabem! Não houve o assassinato da princesa, muito menos um sequestro.

Ele fez um gesto para os outros, que desceram do estrado, abrindo caminho. Elyn recuou, mas não se calou. As pessoas olhavam para ela com curiosidade, mas nenhum tentou ajudar os soldados. Também não a ajudaram, apenas observavam com atenção.

— Se essa história fosse verdade, seria Ryioniss promovendo a guerra! Se o feiticeiro tivesse feito algo contra a Princesa de Ryioniss, não seria o povo dela a clamar pela vingança? Que rei deixaria livre o algoz de sua filha? – Ela percebeu chegar aos limites da praça, onde já não havia tantas pessoas. Os soldados ainda tentavam alcançá-la, então Elyn andou alguns passos e retornou para a multidão, mantendo-se em movimento, sempre distante deles. – Ryioniss não fez nada, é a Rainha de Prusvart quem está convocando essas pessoas para uma guerra! Ela quer que vocês a auxiliem na vingança pelo filho dela, mas quando vocês choravam por seus filhos, algum nobre apareceu para ajudar?

— Cale a boca, moça, quem é você para acusar Sua Majestade de mentir?! – O cavaleiro alertou, agora com um semblante aborrecido.

— Eu sou a Princesa Elyn de Ryioniss – respondeu, o rosto erguido em determinação fria. Murmúrios espalharam-se feito uma onda ao seu redor. – E tenho certeza de que não estou morta.


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Notas finais do capítulo

Palmas para a participação especial do Arcaent, que mal apareceu kkkkkkk
Obrigada por ler. À todos vocês, um ótimo Ano Novo! ♥ Nos vemos no próximo capítulo :*