Skyrim: Crônicas do Dragonborn. Vol.I escrita por Deino Contador


Capítulo 23
Dragões e Mais Dragões na Cristã dos Ossos Espalhados


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, capítulo novo hoje e..... 6000 PALAVRAS!!! Geralmente, quando isso acontece, eu divido o capítulo em dois, para assim não ficar tão longo e ainda render capítulo extra pra postar posteriormente. Porém no caso do capítulo de hoje não daria. Eu teria que cortar no meio da batalha, o que seria muito anti-climático. Então vai ter que ser assim mesmo. Mas espero que não tenha problema, pois agora terá a finalização do mini-arco do Cruzamento da Água Escura. Espero que gostem...



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Era de manhã, e todos os funcionários estavam reunidos dentro da cabana, olhando atentamente para a mulher deitada na cama. Segundo Derkeethus, seus sinais vitais se mantinham, e ela estava apenas inconsciente. Porém ela ainda era motivo de preocupação para eles, que temiam caso ela não acordasse.

Do lado de fora, o grupo estava meio desanimado. Eles quase deixaram que alguém morresse durante o combate. Se isso ocorresse de fato, eles não saberiam como lidar com isso.

Mas o mais impactado era Derkeethus. O argoniano de chifres trabalhou para ela por bastante tempo, e nutria muito respeito por ela. Ver ela naquelas condições remexia seu estômago.

E então, Sonda saiu da cabana, meio desanimado.

 

— E então, como ela essstá? Ela já acordou?

— Ela tá respirando pelo menos. Mas não sai muito disso.

 

O ladino então suspirou, meio frustrado.

Inigo e Lydia estavam silenciosos, sentados e meio decepcionados com o descuido deles de noite.

Barbas por sua vez se mostrava curioso. Ele realmente não compreendia porque dremoras os mortais estavam nervosos. Afinal, querendo ou não, a mulher ainda estava viva, isso deveria ser motivo de comemoração. Por outro lado, os humanos e não humanos ali presentes pareciam estar praticamente de luto.

O dunmer olha de um lado para o outro e então pergunta.

 

— Onde está seu irmão?

— Ele essstá mexendo nasss nossssasss tralhasss, amarradasss ao meu cavalo. - ele então aponta para o equino na estrada de terra que levava até a ponte. Equino esse que se encontrava com o outro argoniano remexendo nas coisas nas costas dele - O bicho tinha fugido no meio da confusão de ontem a noite. Sssó o recuperamosss porque ele tinha feito o caminho inverssso ao que fizemosss até agora e parou em uma curva a maisss ou menosss quinhentosss metrosss daqui.

— Espera ai, aquele cavalo é seu? Pensei que fosse do seu irmão.

— Nah, é meu messsmo. Eu consssegui ele depoisss de ajudar um cara em Riften e ele… Me deu de bom grado.

— E porque eu nunca te vi com ele antes?

— Ah, isssso porque antesss de eu comessçar a trabalhar aqui eu havia lhe empressstado a um amigo, e sssó pude pedi-lo de volta quando passssamosss por lá a algunsss diasss.

— Entendi.

 

O élfo então caminha até o dragonborn, e vendo que ele tinha dificuldades, pergunta.

 

— Algum problema, Dragonborn.

 

O guerreiro então volta seu rosto para o mineiro e responde.

 

— Ah, sssim. Essstou tentando arrumar asss armasssarmadurasss e osssosss de dragão que tenho aqui, masss essstá bassstante difísscil. Tem coisa demaisss aqui.

O élfo negro anda em volta e examina um pouco a carga. Ele repara algumas armaduras quase caindo, enquanto armas e outras armaduras eram empilhadas uma sobre a outra de forma perigosa.

 

— Pelo que posso ver, o maior problema são as armaduras, estou certo?

— Sssim, essstá. Eu asss mantenho para poder vende-lasss quando chegarmosss em Whiterun, masss é realmente difícil mante-lasss. Tô achando até que vou ter que abandonar algumasss.

— Acho que sei como resolver esse problema.

— Sssério?

— Claro. Pegue algumas e acompanhe-me.

 

Nur então pegou uma armadura de ferro e um par de manoplas de ferro e os carregou nos braços, seguindo Sonda até a fornalha.

Ao se aproximarem da fornalha, o elfo negro se virou para ele e disse.

 

— Muito bem, como vosscê pretende resolver esssse meu problema?

— Simples: iremos transformar as armaduras em lingotes.

— Essspera, o que? - Ao ouvir aquilo, o argoniano puxou para si próprio a armadura de ferro que carregava - Transssformar em lingote? Eu pretendia vender essssasss armadurasss. Valerão menosss ssse fizer isssso.

— Mas se fizermos isso, pesarão menos e ocuparão menos espaço, e então conseguirá carregá-los com mais facilidade. Além do que, assim poderá fazer armaduras novas e melhores.

O guerreiro relutou e pôs um pé para trás, mas depois decidiu aceitar, entregando a armadura para o mineiro.

O homem então coloca a couraça sobre algumas caixas que havia por ali, tira uma adaga da cintura e diz.

 

— Para começar, temos de fazer o processo reverso a construção de uma armadura: vamos remover qualquer tipo de tecido e desmontar as partes de ferro umas das outras.

 

Dito isso, ele cortou as mangas de couro e as tiras de couro que mantinham peças juntas, e terminou puxando os fiapos que sobravam.

 

— Agora nós esquentamos na fornalha e transformamos em ferro derretido.

— Essssa parte eu acho que sssei como funciona. Flinjar, em Shor’s Sstone me ensssinou como a fornalha funssciona.

— Ótimo, menos uma coisa para eu lhe explicar.

 

Ele então abriu o compartimento da fornalha, pôs os pedaços, e então fechou. Nisso, o dunmer pôs uma das mãos dentro da abertura mais abaixo e usou a magia de chama para esquentar as partes de ferro acima.

 

— Essssa posissção não é meio inefissciente? Tipo, tem um montinho de carvão alí do lado. Seria bem melhor.

— Obviamente seria se eu estivesse fazendo sozinho. E eu não estou. PEGA O BALDE ANTES QUE ACABE MINHA MANA!!

— Ah! Sssim!

 

O argoniano de penas então dá a volta no élfo, pega um balde de raso que havia ao lado, abre o compartimento de cima, revelando que as partes já estavam quentes e derretendo, as puxa com uma pinça e as coloca no balde, para então colocar novamente no compartimento.

Sonda então para de jogar fogo para derreter e apenas acende a fogueira ali dentro.

 

— Eu deveria ter feito isso desde o começo.

— Não fezzz porque?

— Ah, eu apenas queria testar se funcionava. Mas pensando melhor era tolisse mesmo. Não sou um mago. Não tenho mana suficiente para manter uma fornalha acesa por muito tempo. - ele falava isso enquanto olhava com um semblante meio sério para sua mão direita, que era a que estava usando até ali, e então volta seu foco novamente para Nur e diz - Vamos usar o carvão mesmo.

 

***

 

Enquanto Nur e Sonda mexiam com a forja, Inigo e Lydia se encontravam sentados escorados na cerca da plantação, voltados para o pantano de gêiseres ao norte. um pouco a frente, Derkeethus havia saído da frente da cabana e se encontrava sentado a frente deles olhando para frente.

 

— Notou que a quantidade de dragões aumentou bastante?

— Você acha?

— Claro. Quando estávamos indo até a Garganta do Mundus, só achamos dois dragões. agora, contando com esses dois que iremos matar em breve, serão cinco até chegarmos em whiterun.

— Nossa. Verrdade, né? cinco drragões. Como serrá que isso está acontecendo?

— Eu imagino que eles estejam se reproduzindo e então crescem rápido.

— Você acha? Serrá que os dois drragões que vamos enfrrentarr são os pais do drragão de ontem a noite?

— É possível. Mas pela descrição da Hrefna, eles são muito diferentes.

— Talvez eles sejam que nem nós, khajiit. Nós somos todos iguais ao nascerr, mas as fases das luas quando nascemos deterrminam nossa aparrência e tamanho na fase adulta. A forma que eu e a maiorria dos khajiit em skyrrim temos, porr exemplo, é chamada de “Cathay”.

— Então você acha que a aparência deles adultos é determinada pelas fases das luas também?

— Ou isso ou alguma outrra coisa. Talvez o tipo de coisa que eles comam, ou então o tipo i que eles aprrendem.

— Essa última possibilidade me parece mais plausível. Como será que se parecem os ovos deles?

— Devem serr bem grrandes. talvez com um forrmato mais arrredondado.

— Será que eles tem listras?

— Ou então manchas. - Inigo então volta sua atenção - E você, Derrky? Como acha que se parrecem os ovos dos drragões?

 

O argoniano não se virou para encará-los, respondendo ao khajiit de forma curta e grossa ainda fitando o horizonte.

 

— Acho que eless ssão melhoresss partidosss ao meio.

 

O cathay se surpreendeu com a resposta do saxhleel e extendeu seus braços para cima, respondendo.

 

— Tudo bem, não discorrdo! - e riu meio nervoso.

 

O ladino então se levanta e se vira, dando uma olhada para o dragonborn logo atrás, ainda trabalhando naquela fornalha, e então diz.

 

— Vosscêsss prometem não contar pro Nur?

— Contar o que?

 

Ele então se volta novamente para o horizonte e responde.

 

— Eu vou atrázzz dessssesss dragõesss.

— O QUE???? - Gritou o arqueiro surpreso

 

Em resposta, o argoniano de chifres pôs a mão direita no focinho, em sinal de silêncio.

 

— Fala baixo. Não é pra ele sssaber.

— Mas Derky, isso é loucura! Se você for sozinho, vai morrer!

— Ssse for o caso, morrerei com honra, masss não deixarei o que elesss fizeram a esssse acampamento passssar impune.

— Mas a gente já vai fazerr isso juntos.

— NÃO É MAISSS APENASSS UMA QUESSSTÃO DE MATAR DRAGÕESSS!! - Ele já estava claramente irritado com o protesto daqueles dois. - É uma quessstão de honra agora. Tenho que fazer issssoSsso-zi-nho. - Ele então põe a mão na base das suas cimitarras - Eu tenho duasss essspadasssSsserão uma para cada cabessça. - ele então saca cada uma de suas espadas curvas na mesma ordem em que diz o nome delas - Foissce de Sssangue, e Rendissção da Alma. - e então volta novamente sua atenção para os dois sentados. - Sssegurem o Nur aqui. Fassçam o que puderem. Sssoltem o Frossst, lhe atrapalhem com osss lingotesss, convidem-no para minerar na mina. O que for. - E então ele finaliza sua sentença proclamando - Para o Oblivion, e voltando!

 

Dito isso, ele correu para o horizonte, em direção à Crista dos Ossos Espalhados, onde foi dito outrora por Tormir que era da onde os dragões vinham. E no meio da correria, gritou.

Os dois se olham, preocupados.

 

— E agora, Inigo, o que a gente faz?

***

Os ventos uivavam naquela manhã na planície de Eastmarch. Um silêncio apaziguador até mesmo para a criatura mais brutal do mundo, apesar dos gêiseres que insistiam em cuspir. O centro da planície era onde se encontrava a Crista dos Ossos Espalhados, uma colina pedregosa um tanto alta, mas nada muito surpreendente, exceto pela ruína que formava o local: um muro de runas em dovahzul junto de dois pilares nórdicos a sua frente.

Mas naquele momento, o que mais chamava atenção na Crista dos Ossos Espalhados, era a criatura sentada acima da muralha. Com escamas mais finas e uma mandíbula mais longa que o resto do crânio e sem chifres, a criatura azulada olhava para o horizonte, como se estivesse pensando.

E então do lado oposto a ele, outra criatura de tamanho quase equivalente surge, voando até uma rocha grande que se estendia para cima do lado de um dos pilares. Ao pousar, o Dragão de Sangue abre a boca e solta alguns corpos de soldados, que caíram no solo abaixo deles.

 

— Ful drey hi bo? — Questionou o dragão serpente.

— Kolos los Yoloskrahbii? Rok ni bo? — Perguntou de volta o dragão de sangue, ignorando a primeira.

— Ni. Ahrk zu'u ni mindol kos bo. zu'u hon rok krif voth fin Dovahkiin laat vulon.

— Dovahkiin? — a criatura verde se volta para a direção que, na noite passada, ele tinha visto o dragão de gelo ir - Zu'u ni mindol rok fen kos aav mu.

— Naal fin, dreh hi mindol mu dreh ni? Wah Gruth Alduin?

— Geh. Saraan ahrk koraav. Mu fen lahvraan ol pogaan dovahs nol fin suleyk, ahrk ruz mu fen oblaan voth daar nol fin zok suleykaar, konahrik Odahviing, erei mu Alduin...

— … Ahrk ruz mu fen ren Nus.

 

As duas bestas se entreolharam com um sorriso maléfico em seus rostos.

E então, os dois ouvem passos, e se viraram para o leste, onde havia uma trilha que descia a colina até o chão normal, e viram uma figura dourada parada à frente. Ao verem melhor, reconheceram que era um argoniano de chifres usando uma armadura dourada que as raças mortais chamam de "élfica" e empunhando duas cimitarras, uma em cada mão, e os encarando com raiva nos olhos.

Derkeethus então moveu o rosto para baixo por um instante, mas acabou fitando a pilha de corpos de soldados, tanto Stormcloaks, que se encontravam em maior quantidade, quanto de Imperiais, que se formava no centro do local, e por um segundo se perguntou se aquela decisão era algo inteligente a se fazer. Mas logo percebeu que já era tarde demais para voltar atrás, e deveria encarar aquela batalha de uma vez ou se juntar a aqueles homens e mulheres caídos.

 

— Wo los rok?

— Nii ni fin Dovahkiin.

 

Para o argoniano de chifres, aquelas duas bestas estavam nada mais que rugindo ameaçadoramente para ele, e estavam funcionando.

E então, em um movimento brusco, ele correu. Correu contra as duas criaturas, decidido a acabar com elas.

 

— Ahrk daar los sahrot? Horvutah nii!

 

Os dois monstros então levantaram voo e logo o verde tomou a liderança, dando um rasante indo em direção ao saxhleel, que subiu a pilha de corpos e saltou no ar, sendo pego pelo rosto da besta.

Ele então começou a bater no rosto do monstro com sua espada na mão esquerda, chegando a atingir perto do olho algumas vezes, mas sem conseguir feri-lo de fato. Até que em um momento o olho é atingido, e o dragão de sangue o larga da boca em pleno ar, sendo então sucedido pelo dragão serpentino, que o agarra de lado pela boca e começa a mordê-lo excessivamente a fim de romper sua armadura.

Porém, naquela posição os golpes eram mais fáceis, e o ladino conseguiu atingi-lo no olho logo no primeiro golpe.

No entanto, a criatura simplesmente não cedia, e continuou mastigando-o pelo quadril. Então, quase em desespero, Derkeethus continuou atingindo-o no olho. Até que a criatura cedeu e o largou em pleno ar, para então ser agarrado pelas patas do dragão de sangue.

Uma vez agarrado pela criatura, ele decidiu que iria tentar escalá-la usando suas espadas curvas para isso. Ele então tentou cravá-las na perna direita da besta, o que a fez urrar terrivelmente e soltá-lo, o fazendo ficar pendurado no ar.

Conforme o dragão voava, o ladino era jogado para trás pelo vento batendo nele e só se mantinha por se segurar nas suas armas. E então, quando o monstro parecia desacelerar, ele tentou aproveitar a chance e tirou a cimitarra na mão esquerda da perna dele, a fim de pôr mais acima. Porém o dragão sentiu aquilo chacoalhou de dor no ar, fazendo o argoniano de chifres cair com uma das espadas na mão e a outra ainda cravada.

Agora o saxhleel se encontrava caindo em direção ao chão a uma altura que ele não imaginava que as bestas alcançavam. Com o vento atingindo-lhe nas costas. E agora os dois dragões pareciam querer deixá-lo cair e ver em quantos pedaços ele ficaria.

Para sorte de Derkeethus, ele seria mantido inteiro.

 

— WULD!!!! (REDEMOINHO!!!!)

 

No último momento, um grito foi ouvido. E logo depois, antes que ele atingisse o chão, um vulto o agarrou com uma enorme velocidade. Ao olhar melhor, ele vê os ombros de uma armadura feita de couraça de chaurus.

 

— Ideia genial, heim, Derky? - Comentou Nur, meio irônico.

 

Ainda agarrado ao irmão ele então olha pelas costas dele e vê Lydia e Inigo logo atrás. Ambos armados, e vigiando os dragões.

 

— Okay, cara. Já pode me sssoltar.

 

Ao ouvir aquilo, ele se tocou e rapidamente largou o dragonborn.

 

— OH! Sscerto!! - Ele então volta sua atenção ao kajiit e a nórdica - Eu disssse pra vosscêsss dissstrairem ele!

— E elesss tentaram fazer issssoMasss acho que doisss dragõesss atacando o messsmo alvo bem quando vosscê sssome chama basstante atenssção, não? - agora foi a vez dele de se virar para os outros dois - Dissstraiam osss dragõesss. Ssse conssseguirem matar um delesss, melhor. Eu e o Derky vamosss até aquela elevassção rochosa e conversssar a sssósss.

— Essspera, o que? Agora, no meio da batalha?

— SSSIM! A-GO-RA! - O guerreiro parecia, aos olhos do ladino, bastante irritado, enquanto para a guerreira e o arqueiro apenas o tom de voz e os olhos exprimidos podiam ser percebidos e já era o bastante para eles.

 

Os dois saxhleels então foram até a tal elevação rochosa, que ficava ao sul, de frente para uma ruína pequena ruína de torre. Lá, o dragonborn indagou seu irmão, irritado.

 

— O que deu em vosscê? enfrentar doisss dragõesss sssózinho? Eu não morri por pouco quando fizzz isssso na minha primeira vezzz contra apenasss um, e vosscê age sssem pensssar dessssa forma?

 

O mais claro estava ficando irritado por levar sermão do congênito, por mais que fosse justo.

 

— Eu não te devo explicassção.

— AH, VOSSCÊ DEVE, SSSIM! A gente já tinha resolvido com a Tormir que iriamosss enfrentar essssesss carasss. Não havia motivo pra vosscê fazer isssso.

— ATÉ ELA SSSOFRER POR UM ATAQUE DELESSS!! Apartir daquele momento, deixou de ssser apenasss uma quessstão de matar dragõesss. Eu trabalhei para aquela mulher por maisss de um ano, e nesssse meio tempo ela ssse tornou alguém muito importante para mim. Passssou a ssser uma quessstão de honra.

— Honra? HONRA? Eu estou realmente falando com o messsmo argoniano que roubava para alimentar osss irmãosss sssem ssse importar com quessstõesss como essssa?

 

Os dois ficaram se encarando, com os sentimentos de raiva à flor das escamas. O primeiro a ceder foi Nur, que respirou fundo e disse.

 

— Olha, foi mal. Não quisss dizer que vosscê não tem honra. Masss deu pra ver que o sssentimento de amizade entre vosscê e Tormir é recíproco. Como vosscê acha que ela ficaria ssse acordasssse e dessscobrisssse que vosscê morreu tentando vingá-la?

 

Ao ouvir aquilo, Derkeethus ficou em silêncio ao perceber que aquilo era verdade, e que ele havia agido sem pensar.

— Tá sscérto… E agora?

— Agora a gente faz o que ela pediu pra nósssorasss: Matar essssesss dragõesss.

— Masss a Foissce de Sssangue ficou em uma dasss pernasss do dragão de sssangue.

— Quem? - perguntou o dragonborn, confuso.

— Minha outra sscimitarra.

— Vosscê ainda tem a outra, não? O que te impede de usá-la?

— Osss encantamentosss.

— Elasss são encantadasss? - O argoniano mais escuro ficou surpreso.

— Sssim, a Foissce de Sssangue sssuga a sssaude, o que regenera meusss ferimentosss, enquanto a Rendissção da Alma absssorve magika. Masss ambosss osss encantamentosss só funsscionam ssse eu tiver asss duasss em mãosss.

 

O dovahkiin coçou a cabeça por um instante, até olhar para as próprias costas e ver seu arco e flecha.

Ele então tira o arco e sua aljava de suas costas e pergunta.

 

— Vossscê ainda sssabe usar o arco?

 

O saxhleel mais claro olhou para ele, “sorriu” e respondeu, pegando o arco.

 

— Passssa isssso pra cá.

 

Ele então toma o arco, põem a aljava nas costas, e ambos saem de trás da rocha armados e se juntam ao grupo.

 

— Mirem no Dragão de Sssangue! - Ordenou Nur - Ele essstá com uma dasss essspadasss do Derky!

— Esperra, então como ele... - ao olhar para o lado, Inigo vê Derkeethus atirando algumas flechas com o arco dwarven do amigo - Oh! Esquece.

 

Os dois que estavam armados de arcos começaram a atirar nos dragões, a fim de chamá-los a atenção, enquanto Nur e Lydia se mantinham com suas espadas em mãos.

 

— Ei Inigo. - chamou o argoniano - Eu tive uma ideia. Vamosss andar em zigue-zague em diressçõesss opossstasss, cada um atirando em um dragão, e nosss encontrando de vez em quando.

— Não sei o que prretende. Mas tudo bem. Façamos isso.

 

Eles então fizeram isso. O ladino atirava contra o Dragão Serpente, enquanto o arqueiro contra o Dragão de Sangue, andando de um lado pro outro, um em direção ao leste e o outro ao oeste. E eles acertavam tantas flechas que começava a irritar. Eles então começaram a descer contra eles, visando pegá-los. Mas quando estavam perto do chão, eles acabaram acertando um ao outro e por consequência caindo no chão em direções opostas um do outro.

O argoniano de chifres correu até a besta verde para pegar sua arma, mas ela moveu as asas e o jogou longe

As duas criaturas então arrumaram suas posturas e se voltaram para os mortais. O saxhleel mais claro foi junto da nórdica contra o monstro de franja, enquanto o khajiit e o saxhleel mais escuro foram para a criatura azulada.

O guerreiro então golpeava o dragão serpente com fúria, o impedindo de gritar, enquanto o arqueiro atirava rapidamente contra o olho dele, contribuindo para que não conseguisse mover direito sua cabeça para acertar um golpe naquele afrente dele. Uma hora ele ficou claramente irritado, e abriu bruscamente suas asas, jogando-os para longe, e alçou voo.

Enquanto isso, o ladino acertava as flechas no focinho do dragão de sangue, o fazendo não conseguir revidar os golpes da guerreira, que lhe atacava em círculos ao redor do corpo dele. Porém, na segunda volta dela, a besta moveu a cauda com força, a jogando contra ele e fazendo ambos caírem no chão.

O réptil voador então começou a se preparar para um grito.

 

— Yol... (Fogo...)

 

Ao ver aquilo, Derkeethus girou para o lado, puxando Lydia junto e a deixando pro lado dele.

 

— TOOR SHUL!!! (INFERNO SOL!!!)

 

O bafo de fogo foi expelido na hora em que eles escaparam do alcance dele, as chamas marcaram de preto o chão de terra em que estavam. Até que o monstro fechou suas mandíbulas e as chamas cessaram.

 

— Obrigada... - Disse a nórdica, respirando cansadamente.

— Disssponha... - Respondeu o argoniano de chifres, também ofegante.

 

Os dois então se levantaram na hora em que o dragão levantou voo. Ao olhar para onde o dragão estava, o ladino viu sua outra cimitarra caída no chão.

Ele então põe o arco nas costas, corre até ela e a pega, sacando sua outra logo em seguida.

 

— Aí! Agora sssim.

 

Os dragões então começaram a sobrevoar sobre as cabeças da caravana. Os olhos atentos de Nur acompanhavam as duas bestas, que começavam a descer o nível do voo. Ele então olha em volta e repara em uma coisa, um tanto distante dali, meio escondido por um ponto de árvores na frente, ele pode ver algo, que lhe fez ter uma ideia.

 

— Raan MIR!!! (Animal LEALDADE!!!)

 

O grito ecoou por toda a planície, alguns animais ao redor ouviram e correram até o dragonborn, ficando em volta dele em alerta. A maioria eram roedores pequenos, como coelhos, skeevers e esquilos, e havia também uns dois lobos.

Os dois monstros então pararam paralelamente à frente deles, e a criatura verde diz.

 

— Daar sivaas ni fen spaan hi, Dovahkiin. Yol...

 

De repente, um som de trompa chamou a atenção da criatura e a interrompeu, e ao olhar para o lado, ele se assustou.

Trotando a toda velocidade e com uma expressão de fúria nos olhos, uma enorme criatura de pelagem marrom se aproximava. A característica que mais se destacava, além de suas enormes e longas presas, era seu focinho, formado por um nariz tão longo quanto suas presas, e que aparentava ter mais músculos do que um braço.

A besta escamosa então tentou voar mais para cima, mas foi “enlaçado” pela trompa do mamute, que havia o alcançado e agora a puxava para o chão enquanto ela tentava desesperadamente subir.

Enquanto o khajiit atirava suas flechas desenfreadamente, o saxhleel mais claro correu até a besta peluda e a escalou se agarrando nos pelos. Ao mesmo tempo, o monstro azulado começou a descer o nível do voo e pôs as garras das patas traseiras para frente.

Quando já estava nas costas do mamífero gigante, o ladino correu até o topo da cabeça dele, e quando o dragão serpente estava próximo de agarrar a besta marrom, Ele pulou, com as cimitarras erguidas.

Então, ao mesmo tempo que o dragão serpente fincava suas garras no traseiro do mamute, o fazendo largar a cauda do dragão de sangue, esse foi acertado na nuca por Derkeethus, cujas espadas curvas atravessaram o crânio.

Quando solto pela besta marrom, a verde planou por uns dois segundo e caiu no chão, já desacordada.

Ao mesmo tempo, o monstro azul se mantinha agarrado ao animal gigante e lhe atacava de trás, mordendo seu pescoço e sua cabeça. o animal até tentava alcançá-lo com a tromba, se movendo e cambaleando de um lado para o outro, com cada passo de suas patas fazendo o chão tremer. mas suas tentativas eram em vão.

Inigo até se mantinha atirando, acertando principalmente o tronco e as pernas da criatura. E quando Lydia tentou se aproximar para atacar o dragão pela cauda, Nur, ainda envolto de vários animais, interrompeu pondo a mão na frente dela.

 

— Aguarde. - ordenou ele.

 

Então, enquanto Derkeethus saia de cima do corpo do dragão de sangue, em dado momento o dragão serpente gritou.

 

— Gaan LAH HAAS!!! (Estamina MAGIKA SAUDE!!!)

 

Com o grito, o animal ficava cada vez mais fraco, ao passo que os ferimentos do monstro alado se regeneravam rapidamente, até que finalmente o terrestre caiu no chão, respirando ofegantemente.

O dragão então abriu a boca, se preparando para finalizá-lo. Mas quando ia dar o bote, ele foi acertado por algo vindo de longe, da mesma direção do mamote, e o fazendo cair de lado, levantando poeira consigo.

Ao olharem para a direção para onde o objeto caiu, puderam ver um enorme fêmur, aparentemente de mamute, seco e com uma pedra amarrada em sua ponta, formando uma clava. E ao olharem para a direção de onde a arma veio, viram uma figura humanoide, com mais ou menos 3 metros de altura, vestindo apenas uma saia e um par de meias furadas nos dedos, ambos feitos de pele de mamute e ossos.

O gigante urrou de raiva pelo seu mamute gravemente ferido e correu contra o dragão a passos largos, fazendo a terra tremer a cada passo. Em  sete passadas, o gigante já havia alcançado o réptil voador, que na mesma hora em que conseguiu se reerguer, levou um chute em baixo da mandíbula, fazendo a cabeça dele ir para trás.

 

— Agora sssim! VÃO!!!

 

Com a ordem, os animais em volta do argoniano correram até a criatura, e começaram a atacar e morder suas asas e suas patas. Logo depois, a housecarl e o thane correram até o lado do gigante, atacando o peito da criatura inimiga, enquanto o arqueiro se mantinha em uma distância razoável, atirando no lombo dela.

O ladino, por outro lado, correu dando a volta no confronto, chegando até a cauda, onde ele escalou o lombo da besta azul e saltou com as espadas nas mãos, pousando na cabeça e fazendo as cimitarras atravessarem o olho dela. Ao mesmo tempo, o irmão dele fez sua katana atravessar a parte de baixo da mandíbula.  E então, finalizando o monstro, o humanoide de três metros deu um soco dele que o fez cair para o chão próximo do ponto de árvores ali perto, levando junto o saxhleel mais claro.

A caravana se aproximou da cabeça, se preocupando com a saúde do companheiro. Porém foram aliviados ao verem a mão dele saindo de baixo do corpo da criatura. E então, enquanto Nur e Lydia tentavam tirá-lo de baixo, o puxando, o cadáver começou a entrar em combustão. E quando conseguiram tirá-lo de baixo, apenas os ossos do corpo morto sobraram e as cinzas correram no ar até o dovahkiin.

Enquanto as cinzas atravessavam o ar até a pele dele e impregnavam seus ossos, o mau cheiro delas afugentou os animais que ele havia chamado, e que já não estavam mais sob total controle dele.

 

— Vou dizer, pessssoal - Comentou Derkeethus - Essssa foi difícil.

— Pois é, e ainda foi com uma rraça nova de drragão. Qual vocês acham que é o nome dela?

— Vithdovah - respondeu o dragonborn a seu amigo.

 

O grupo olhou pra ele, estranhando.

 

— Senhor Nur, como você sabe?

 

Ao perceber que, de fato, ele não conhecia o significado daquela palavra, ele deu de ombro.

 

— Não ssseiSssó sssei que eu sssei… Agora.

— Aliás - interrompeu Inigo - E aquele outrro drragão? - ele então apontou para alguns metros ao longe, onde estava o corpo do dragão de sangue - Porrque não sugou ele também?

 

Novamente o dovahkiin deu de ombros

 

— Não fassço ideia. Talvez o fato de eu não ter nem enconssstado nele tenha feito com que eu não tenha sssugado a alma dele.

— Bem, acho que agora deveríamos ir até a tal crista dos ossos espalhados, ver se achamos algum ovo de dragão.

 

Concordando com a guerreira, o grupo então se moveu para nordeste, até pararem próximo do gigante, vendo ele agachado em frente a seu mamute.

Ele conferia todos os sinais vitais do animal, temendo pelo pior. Quando constatou que ele ainda estava vivo, o ser se levantou e esfregou a mão direita na testa, em sinal de alivio.

Ele então põe sua clava em cima do animal, e suas mãos embaixo dele, o erguendo com toda força para cima de sua cabeça e bufando. com o peso da besta marrom acima, ele se vira para o grupo, e os encara.

Inigo cogita sacar sua espada, mas Nur põe a mão a sua frente, em sinal para que não fizesse isso.

O argoniano mais escuro encara o humanoide no olho, que o encara de volta, num silêncio angustiante para todos os outros. O ser mais alto então move a cabeça para baixo e para cima de leve, e toma seu rumo até seu acampamento.

 

— Okay, vamosss. - com a ordem, ambos continuaram seu caminho, aliviados de ter finalmente acabado.

 

***

 

O grupo agora voltava para a mina. Já era de tarde, e eles estavam cansados., e carregavam alguns ossos, escamas, e armaduras dos soldados mortos da Crista.

— Ainda não acredito que não havia nenhuma casca de ovo sequer por lá.

— Eu também! Eu rrealmente jurrava que aquele erra um ninho de drragões.

— Olha o lado bom, pessssoal: Não era um ninho de dragõesss, aprendi um novo grito naquele muro, e ainda por sscima conssseguimosss uma bota dwemer para a armadura da Lydia.

— Tem razão senhor Nur. Tomara que a Adrianne ou o Eorlund tenham uma armadura dwemer feminina. Aí terei uma armadura dwemer completa.

 

Eles então finalmente chegam na mina. Lá, são recebidos pelos mineradores, que se aproximam, aliviados.

 

— Oh, finalmente vocês voltaram. Ficamos preocupados. Tormir principalmente.

— O QUE?! - Derkeethus questionou Sonda, surpreso - Ela já acordou?

— Ela despertou 1 hora atrás, mas já voltou a descansar. - respondeu Annekke.

 

O argoniano mais claro cambaleou um pouco, em uma mistura de alívio e felicidade.

 

— Beleza - disse o argoniano mais escuro - Onde essstão Berbsss e o Sssenhor Dragonfly?

— Eles ainda estão onde deixaram. - Verner responde apontando para um canto próximo da saída da mina.

 

Enquanto o saxhleel de chifres e a nórdica conversavam sobre sua batalha com os antigos colegas de trabalho dele, o saxhleel de penas e o cathay se aproximaram deles, mas viram que Barbas aparentava estar bastante rabugento. E o arqueiro conseguia dizer o mesmo de Mr. Dragonfly, que estava voando com os braços cruzados perto da parede de vidro do pote voltada para eles.

 

— Er… Eu primeiro, Inigo. - o dovahkiin então se aproxima e estende os braços amigavelmente. - BERBSSS!! Ainda bem que vosscê ainda essstá aqui.

 

O cão, em resposta, vira o rosto pro lado, fazendo birra.

 

— Ah, qual é? Não fazzz asssim. Já falamosss sssobre isssso antesssVosscê sssabe que não poderia ir. Era perigoso demaisssVosscê não é um sssuper cão resissstente, né? - ele então estende a mão direita para frente, esperando que ele dê a pata.

 

O daedra hesita por um momento. sentia vontade de xingar aquele cara de lagarto com todos os palavrões daedricos que conhecia pela humilhação que estava sendo obrigado a passar toda vez que estavam em meio a civilização. Porém ele respira fundo, fecha os olhos com o rosto virado pro lado, e lentamente coloca sua pata direita na mão dele.

 

— Ah! que ótimo! fico felizzz que entenda - o guerreiro começa a fazer carinho na cabeça do aliado canino. Em resposta, o que recebe é uma mordida dele no dedão. Disfarçando a dor, ele responde - hihi… Bom garoto… hihi.... agora vai pra perto do Frossst, vai…

 

Dito isso, o cão seguiu a ordem e foi até o cavalo. Nur também foi até o cavalo, carregando alguns ossos e escamas dos dragões, para amarrá-los ao animal.

Logo depois foi a vez de Inigo conversar com a libélula no pote. Ele pega o fraco e cumprimenta o amigo.

 

— Oi Senhorr Drragonfly. - O inseto virou para o lado, ainda com os braços cruzados. - Orra, não faz assim comigo.

 

O inseto começou a zunir furiosamente, voando de um lado do outro, chacoalhando as patas freneticamente.

 

— E VOCÊ QUERRIA QUE EU FIZESSE O QUE???

 

Em resposta, o invertebrado zuniu mais um pouco.

 

— Ah, clarro, como se isso quase não tivesse dado errrado no Cume Norrthwind, né? Como se você não tivesse quase caído do alto da montanha, né? Agora vamos ajudar o Nurr.

 

Ele então pôs o pote com o invertebrado na sua cintura. Logo, o ladino e a guerreira se juntaram a eles e ajudaram a amarrar as coisas. Em dado momento, foram chamados os funcionários da mina para ajudar. Após terminarem, o argoniano de penas se vira para o resto do grupo e diz.

 

— Sscerto, galera. Essstão todosss prontosssVamosss partir agora.

— Vocês já vão? - perguntou Sonda, surpreso.

— SssimNosss temosss um lugar para ir. Então não quero perder tempo. Agradessço a vosscêsss pela hossspitalidade. E o resssto da caravana também, sscérto pessssoal?

 

Eles então responderam positivamente.

 

— Bem, se é assim. Nós desejamos a vocês boa viagem. - respondeu Annekke.

— E somos profundamente gratos por terem nos ajudado ajudado. - Completou Verner.

 

— Disssponham. - o dragonborn então se vira para a estrada e toma a frente, dizendo. - Vamosss pessssoal.

 

Nur, Lydia, Inigo e Barbas caminham mais ou menos um metro, até perceberem algo e se virarem para trás, vendo que Derkeethus se mantinha parado atrás deles, com as rédeas de seu cavalo à mão.

 

— Derky? O que foi?

 

O irmão hesitou em responder por um instante. Mas então respondeu.

 

— Eu… Não vou…

 

Ouvir aquilo foi uma surpresa para todos ali, tanto pra caravana quanto para os mineiros. Mas principalmente Nur.

 

— Essspera, o que? Porque?

— Bem, Nur. Entenda, depoisss de tudo o que rolou aqui, vi que não posssso sssimplesssmente largar o pessssoal aqui. Sssão meusss amigosss, e diferente de mim sssão pessssoas comunsss. Eu ficaria muito mal ssse partisssse e maisss tarde dessscobrisssse que um delesss morreu porque eu não essstava aqui para protegê-losss.

 

Ouvir aquilo foi um cheque para o argoniano mais escuro, que estava adorando a presença do irmão na jornada. Ele então pergunta, com a cabeça para baixo, meio desanimado.

 

— É sssua desscisão final?

— É sssimMasss nem sssão essspinhosss. irei te empressstar meu cavalo. Ele ssserá maisss util a vosscê nosss proximosss mesesss do que a mim. hehe. - ele diz isso estendendo a mão com as rédeas, às oferecendo.

 

O saxhleel ergue a cabeça e, em seu tom de voz, demonstra não estar tão acometido, e diz.

 

— Entendo. Ssse é sssua desscisão, então essstá tudo bem. Não há porque protesstar.

— Obrigado irmão.

— Obrigado digo eu pelo cavalo. hehe - ele responde estendendo o braço, a fim de pegar as rédeas.

 

De repente, um estrondo é ouvido de trás dos mineradores, e ao olharem para trás, viram a porta da cabana aberta, e nela havia uma figura humanoide reconhecida.

 

— EU protesto. - disse Thormir.

— THORMIR??!! - Disseram todos em unissono, surpresos.

— Derkeethus, eu não permitirei que desperdice o resto de sua vida aqui. - ela dizia isso mancando até o argoniano.

 

Logo em seguida Hrefna sai de dentro da cabana, e chama a atenção de sua mãe, preocupada.

 

— Mamãe! não saia assim. Você ainda tá mancando.

— Eu estou bem, querida. Não se preocupe.

— Thormir. Não é tão dramático assssim. - o ladino diz isso respondendo ao que a mulher tinha dito anteriormente.

— Não, é assim sim! Derky, eu ouvi a conversa que você e sua amiga tiveram sobre a luta. E eu te digo: você é um herói, Derkeethus. E um herói não pode ficar preso a um lugar como esse. Tem que ir a outros lugares e salvar outras pessoas. Você já nos salvou, agora tem que salvar os outro dos dragões junto do seu irmão dragonborn. Por isso, eu não permitirei que fique aqui. Me entendeu?

 

Ao ouvir o sermão de sua chefe, o ladino pôde entender o que ela dizia, e depois de pôr a mão no queixo e pensar um pouco, se vira para seu irmão e diz.

 

— Bem, ssse a chefa que dizzz, quem sssou eu pra contrariar né. - ele então caminha em direção ao grupo, puxando frost pelas rédeas, e diz - O cavalo ainda é meu! Vamosss ssseusss bundõesss!

 

O dragonborn então se vira para a mulher e diz a  ela meio baixo.

 

— Muito obrigado. Eu não sssei o que eu faria sssem a asssissstensscia dele. hehe

 

Ele então volta até o grupo e toma a liderança novamente, agora com o irmão o acompanhando ao lado. Enquanto os mineiros do Cruzamento das Águas Escuras ficam para trás, vendo eles partirem pela estrada. A mulher então diz, meio silenciosa.

 

— Boa sorte... Derkeethus.


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