My blood thristy girlfriend escrita por Calpúrnia


Capítulo 7
We belong together, my love




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7.

Os meses passaram rápido. Hinata e Naruto sempre se encontravam e tentavam esconder de suas famílias os rastros. De um lado, Kushina já sabia que as saídas de Naruto só poderiam envolver uma mulher. Depois de um pouco de insistência, ele confirmou, mas não deu detalhes. Já para Hinata, o pai começava a desconfiar, e Neji não largava de seu pé. Tentou segui-la uma vez, mas ela foi mais esperta e desviou de caminho até que ele perdesse seu rastro. 

Em meados de janeiro, perto do Dia dos Namorados, eles decidiram que estava na hora. As famílias ficariam loucas, mas pelo menos o assunto estaria encerrado. Quanto à transformação, Naruto não havia se decidido. O que ficou certo era que dariam um tempo até que acalmassem as famílias e então pudessem soltar mais uma bomba. 

Quando Hinata anunciou a notícia de um namorado e um futuro jantar, em breve, para apresentá-lo à família, as reações foram as piores possíveis. Hiashi quase desmaiou, Neji se enfureceu, Hanabi gargalhou e quis saber todos os detalhes e Harumi apenas sorriu e tentou confortar a filha e o marido ao mesmo tempo. 

ㅡ Um namorado? Desde quando? ㅡ questionou o irmão.

ㅡ Alguns meses. Halloween, para ser mais precisa. Por favor, eu imploro, tenham calma e paciência. ㅡ fez uma pausa após um longo suspiro. ㅡ Eu realmente gosto dele e pretendo levar essa relação adiante. Sejam razoáveis. 

ㅡ Desde que ele seja razoável… ㅡ comentou Neji. 

ㅡ Ele é ótimo. ㅡ ela sorriu. ㅡ Está tudo bem. Apenas tenham paciência. 

Durante o resto da semana ela correu por toda a casa para que o jantar fosse perfeito e Naruto gostasse da comida. Hanabi a ajudou com a roupa e a decoração da casa e a mãe se encarregou de cozinhar, mesmo que não fosse comer durante o jantar. Hiashi não resmungou, mas também não ficou feliz com a história de namorado. Ele, por enquanto, aguardava o encontro para então poder julgar. Isso surpreendeu Hinata e ela esperava que ele continuasse razoável mesmo depois de saber toda a verdade. 

Na noite do jantar, todos estavam ansiosos. Até o momento em que Naruto ainda estava do lado de fora, ela não detectou nenhum problema. Foi quando ele entrou no salão, com seus belos cabelos dourados e os olhos azuis, e um sangue quente e humano, que as coisas saíram do controle. Neji, de repente, estava rosnando como ela nunca tinha visto, e Harumi tentava proteger Hanabi. E Hiashi tinha os olhos vermelhos, preparado para o ataque. Ela esperava coisas ruins, mas nem de longe pensou que fosse tão ruim. E isso a magoou bastante. 

ㅡ Por favor, eu pedi paciência. ㅡ choramingou. 

ㅡ Bom, acho que a sua família não gostou de mim. ㅡ brincou Naruto.

Hinata suspirou e se colocou à frente do loiro. Montando sua defesa e agindo como escudo, a família pareceu recuar um pouco. Com calma, ela apresentou Naruto e, inevitavelmente, que ele era um caçador. Não que isso que tenha melhorado o clima, porque teve o efeito contrário, mas quando o abraçou e mostrou como estava controlada e confortável com o corpo humano, houve mais um recuo. 

Depois da estranha e tensa recepção, os Hyuuga acompanharam o casal até a sala de jantar. Todos estavam em absoluto silêncio e Hinata preferiu assim, já que a possibilidade de criarem uma briga e um eventual ataque era ainda muito forte. E ela queria evitar aquilo a qualquer custo. Naruto, no entanto, elogiou a comida e admirou todos os cantos da enorme casa, assim como a decoração que estava impecável. Mesmo sendo humano, ele conseguiu deixar o clima um pouco mais leve com tanta observação e adoração pela família.

Hinata não queria deixá-lo sozinho, mas a mãe insistiu para buscarem juntas a sobremesa. Antes de sair, ela fez questão de enviar uma mensagem telepática para que ninguém encostasse em Naruto. Do contrário, ela mesma começaria uma nova guerra. Na cozinha, a mãe não falou nada por vários minutos, apenas andando de um lado para o outro, arrumando as coisas. Mesmo assim ela esperou até que a mãe decidisse falar. 

ㅡ Eu não esperava isso de você, Hinata. Não de novo. 

Ela apenas suspirou. Não estava esperando aquele tom forte de decepção. ㅡ Kaa-san, eu sei que não é exatamente o que a família gostaria de mim, mas…

ㅡ Hinata, você gosta dele?

ㅡ Sim. ㅡ sorriu corada. ㅡ Eu gosto muito dele. 

Harumi suspirou e aproximou-se da filha. Com as mãos dela entre as suas, ficou pensando no que poderia dizer ou fazer pela filha. Não havia muito, percebeu, além de tentar ajudá-la e apoiá-la. Era um pouco óbvio demais que eles se gostavam profundamente e seria necessário mais do que uma guerra para separá-los. E ainda assim, os tempos eram outros, diferentes do que há 1000 anos. Tudo funcionava diferente e ela e a família teria de aceitar isso.

ㅡ E eu sei sobre laços, kaa-san. ㅡ fez uma pausa. ㅡ Eu sei o que é e sei também que com Naruto é assim. Eu não quero e não posso me separar dele. 

ㅡ Você pretende transformá-lo, Hinata? ㅡ perguntou assustada. ㅡ Filha, você sabe…

ㅡ Não decidimos nada ainda. Uma coisa de cada vez. Precisamos acostumar papai e Neji com a ideia de um humano entre nós. Depois pensamos nisso. Talvez Naruto nem queira. E tem a família dele… eles são caçadores, kaa-san, e precisamos manter os nervos bem baixos para não envolver nenhum conselho nisso. 

Harumi assentiu e abraçou a filha. Naquele momento ela decidiu confiar na filha e deixar que ela tomasse suas próprias decisões, porque do contrário seria ridículo interferir na vida de Hinata a essa altura do campeonato. O que ela exigiria, sim, da filha era discrição e planejamento em cada passo que desse. Para que o conselho do clã se envolvesse era rápido e isso poderia ser mais perigoso do que simplesmente uma vampira namorando um humano. 

Na sala de jantar apenas Hanabi conversava com Naruto. Ela queria saber tudo sobre ser caçador e como conheceu Hinata. Ele tentou não dar muitos detalhes, porque afinal de contas o patriarca estava lá e o irmão mais velho não parecia nem um pouco confortável com ele ali. No entanto, Hanabi parecia estar tendo o melhor momento de sua vida durante a conversa. Ela já gostava de Naruto. Ele parecia iluminar qualquer lugar que chegasse e ajudava a tirar aquela escuridão e tédio eternos de casa. Por isso ela achava que Hinata tinha um excelente gosto.

ㅡ Minha irmãzinha é realmente muito esperta. ㅡ riu. ㅡ Um caçador… Bom, não que seja ruim. Estou surpresa apenas. 

ㅡ Eu também fiquei surpreso com Hinata, mas ela é encantadora. ㅡ sorriu.ㅡ Como escapar de uma mulher como ela?

ㅡ Temos um apaixonado aqui. ㅡ disse alto para que o pai e o irmão ouvissem. ㅡ E dos grandes, pelo jeito. Sua família já sabe, nii-san?

ㅡ Ainda não, mas vai saber em breve. ㅡ baixou a voz para a sussurrar a próxima parte. ㅡ E eu sei que vai ser tão difícil quanto hoje. Não que vá me impedir. 

Hanabi riu baixinho, sabendo que o pai e o irmão estavam escutando, mas gostou mesmo da determinação de Naruto. Tanto ele quanto Hinata pareciam dispostos a seguir com a relação, mesmo com esses pequenos problemas de percurso. Por parte dela, estaria feliz se a irmã estivesse feliz e a salvo que era o caso, pelo menos por enquanto. 

Harumi e Hinata logo retornaram. Ver que Naruto estava vivo e conversando com Hanabi a deixou mais aliviada, mas esperava um pouco mais do pai e do irmão. Eles realmente eram muito cabeça dura com tudo, especialmente se a envolvesse. De qualquer forma ela daria um tempo para que eles pudessem absorver a informação. Não adiantaria empurrar Naruto goela abaixo e esperar que eles ficassem muito felizes. O passado ainda rondava a família e não seria esquecido tão cedo. 

ㅡ Como está a sobremesa, Naruto-san? ㅡ questionou Harumi. 

ㅡ Perfeita, Hyuuga-san. Eu adoro tiramisu. Na verdade, me lembra a minha infância na Itália com otou-san.

ㅡ Oh, você viveu na Itália? ㅡ perguntou Hanabi eufórica.

ㅡ Hai. Foi por pouco tempo, mas foi um período bem aproveitado. 

Hanabi prolongou o tema e praticamente o obrigou a contar tudo sobre a Itália. Ela nunca havia saído do Japão, então tinha curiosidade natural por outros lugares pelo mundo. Naruto contou tudo que pôde, ocultando, é claro, o fato de que viveu lá para treinar a caça. O tema “caça” estava proibido naquele jantar e ele prometeu que não deixaria nada escapar para evitar o desconforto.

A comida logo acabou e eles voltaram apenas à conversa. Naruto já havia avisado Hinata que era melhor ir embora, mas Hiashi o chamou para a varanda na sala de estar. Por estar visível, Hinata não ficou tão apreensiva, mas esperava que seu pai não jogasse Naruto de cima a baixo. Não naquele momento, pelo menos. 

ㅡ Eu me pergunto o que o fez se aproximar da minha filha. ㅡ fez uma pausa. ㅡ Para um caçador, você é bem burro, Naruto-san. 

O loiro sorriu e esperou um pouco para responder, pensando em como dizer que adorava Hinata sem soar indecente como estava sendo dentro de sua cabeça. 

ㅡ Digamos que foi amor à primeira vista, Hyuuga-san. Hinata é encantadora e eu sou apenas um mero mortal. Não poderia negá-la nada.

ㅡ Eu espero sinceramente que se arrependa e fuja disso. Este universo não é para você. 

ㅡ Talvez não seja, mas eu não estou disposto a desistir. Eu realmente gosto de Hinata. E, Hyuuga-san, eu não desisto fácil do que eu quero. 

A frase não poderia ter desagradado Hiashi mais do que aquilo, mas ele preferiu não protestar mais. Pelo jeito eles estavam dispostos a seguir naquela história de namoro. E para a infelicidade do patriarca, a relação entre os dois era mais forte do que uma simples atração ou paixão. Ele sabia que era normal isso acontecer entre vampiros e humanos, e não via problemas nisso, desde que não chegasse a níveis muito avançados. O que o preocupava era o laço

ㅡ Ninguém vai gostar de saber sobre esse namoro, Naruto-san. 

ㅡ Eu sei. ㅡ suspirou e virou-se para o então sogro. ㅡ E mesmo assim estou disposto a seguir com isso. Não me assusta o mundo. O que realmente me preocupa é que machuquem Hinata ou qualquer um de vocês por causa da nossa relação. Nós apenas queremos ficar perto um do outro. É um crime, Hyuuga-san?

Hiashi suspirou. Yumi havia dito algo assim há muitos anos, quase que na mesma situação, mas ela não sabia que Hinata era uma vampira e estava mais preocupada com o escândalo sáfico do que com a diferença entre espécies. Ele não gostava de ver ciclos se repetindo tão facilmente daquele jeito, mas ele sabia que Naruto não era um garoto tão idiota assim e Hinata havia evoluído de muitos jeitos enquanto vampira. O problema não eram os dois, e sim o resto do mundo e como reagiriam. Todo mundo iria querer colocar as mãos naquele namoro. 

ㅡ Espero que você saiba que todo esse país vai mostrar as garras. 

ㅡ Eu já enfrentei monstros muito piores. 

ㅡ Vampiros? ㅡ zombou Hiashi. 

ㅡ Nem de perto. ㅡ sorriu. ㅡ Humanos podem ser mais monstruosos do que uma aldeia cheia de vampiros, Hyuuga-san. Eu não estou preocupado com vampiros nesse momento. 

Hiashi decidiu encerrar a conversa e deixou Naruto na varanda. Em seguida, Hinata apareceu e o abraçou. Ficaram parados um pouco, apenas observando o céu e cada um pensando no que fariam dali em diante. 

ㅡ Muito difícil?

ㅡ Seu pai? Que nada. Eu tenho os meus charmes. ㅡ riram. 

ㅡ Não vai ser fácil, Naruto-kun. 

Ele assentiu e virou-se para abraçá-la por completo. O que começou com uma noite louca virou um namoro com potencial atômico. Por outro lado, ele gostava de estar com Hinata e se tivesse que enfrentar meio mundo para isso, então que fosse assim. Beijou-a com paixão, sob o olhar reprovador de Neji, e esqueceu-se completamente da bobagem que era esse circo por causa duas pessoas que se gostam ㅡ duas espécies, no caso. Ele não abriria mão de Hinata, não agora, nem nunca. 

Naruto a olhou enquanto prendia um pedaço do cabelo escuro atrás da orelha de Hinata e pensou que, sim, ele era um grande sortudo. Ela ser uma vampira era só parte do pacote. 

ㅡ Eu sou caçador, ‘Nata. Não conheço nada que seja fácil.


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