Destinados escrita por SouumPanda


Capítulo 11
Martina Cornell D' Fiori




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/796569/chapter/11

 

 

 

Era estranha a sensações de ir do céu ao inferno várias vezes por segundos, a jovem que trabalhava para meus pais me ajudava apertando o corpete do vestido enquanto eu olhava meu reflexo no espelho, a sensação de não encontrar o ar era muito mais pelo corpete, era por não me reconhecer no meu próprio reflexo, eu estava feliz com o rumo que toda a minha vida tomou, mas nunca estive tão perdida. Christian e Margot já estavam prontos quando adentraram no quarto, me olharam terminando agora de vestir o vestido e seus olhos brilhavam me vendo ali com aquela saia bufante. A festa era de gala, obviamente mais pessoas estariam assim, sentia meu coração saltar conforme escutava vozes exaltadas e músicas no terraço. Tinha uma banda tocando músicas alternadas, do Pop ao meu tão amado Rock e Blues, quando Gianne me viu ali pronta paralisada primeiramente me abraçou como se estivesse orgulhosa do bom trabalho feito, era como meus 16 anos, tirando o fato que não tive festa de 16 anos. Meu cabelo todo jogado de lado ondulado, minha maquiagem mesmo leve meus olhos bem marcados, assim como a boca, queria me sentir pronta para isso, mas não conseguia me mover.

— Você está maravilhosa. – Ela estava radiante e sorri em agradecimento. – Todos chegaram, Bart vai amar você. – Ela dizia com convicção olhando para Margot e Christian. – Crianças se quiserem podem irem, ela vai logo. – Gianne era extremamente educada e carinhosa em suas palavras, Margot consentiu e saiu de braços dado com Christian nos deixando sozinhas. – Querida, quero que aproveite, não se sinta pressionada, pense que é por todo tempo perdido.

— Não acha exagerado? – Disse sem graça e ela sorriu carinhosa entrelaçando nossas mãos.

— Ainda acho pouco para você, Bart chegou acompanhado dos pais e uma amiga que ele disse que você sabia da vinda. – Ela fez uma careta. – Mas está ansioso para te conhecer, vocês têm tanto em comum que será uma bela amizade. – Ela dizia convicta que poderia vir algo a mais disso. – Vamos? – Ela disse me dando o braço e eu suspirei balançando a cabeça.

— Vamos.  – Era mais um sussurro, conforme saímos do quarto e seguimos para o elevador, ficava nítido o tanto de pessoa que tinha no terraço, que comportava um bom número, a banda fez um silencio enquanto entramos no elevador, quando o mesmo parou no terraço antes da porta abrir minha mãe me olhou orgulhosa, como uma mãe deve olhar a seu filho e meu coração se aqueceu. O toque da música começou era alguma música conhecida, Still Don't Know My Name de Labrinth os flashes me cegavam, todos me olhavam, vi Lidya a nossa frente quando seu filho alto, com as costas largas e um tanto familiar se virou, nos olhávamos o ar esvaio-o do meu pulmão, minhas vistas já cega pelos flashes ficou ainda mais embaçada, apertei o braço de Gianne como se aquilo aliviasse o desconforto, não conseguia sorrir, ele me encarava, olhei Christian que estava com olhar triste, Margot que estava tão perdida quanto eu. – Não posso fazer isso. – O olhar de Joseph em mim me matava, estava preste a chorar, quando dei meia volta e entrei no elevador descendo para o apartamento, pude escutar sua voz me chamando.

Adentrei no quarto batendo a porta e andando de um lado para o outro, afrouxei o corpete tentando me recompor, quando a porta se abriu e ele me olhava com espanto. Neguei com a cabeça me afastando a cada passo que ele dava em minha direção, não conseguia acreditar que o destino seria tão cruel, tão maldoso e ao mesmo tempo tão contraditório.

— Você. – Ele disse baixo. – Porque não me disse. – Ele tentava se aproximar quando parei diante da janela abrindo a mesma para ventilar o ambiente.

— Eu não te devo explicação nenhuma, você é Bartolomeu? – Minha voz afobada. – Porque Bartolomeu e não Joseph? – Eu não estava conseguindo quando as lagrimas rolaram lentamente pelo meu rosto.

— É meu segundo nome, apenas os familiares e os mais próximos me chamam assim, em homenagem ao meu avô. – Ele dizia com a testa franzida e conseguindo ficar próximo de mim. – Não vê como isso é maravilhoso? – Ele pegou minha mão que no mesmo instante recuei.

— Não vejo nada de maravilhoso aqui Joseph, Bartolomeu já não sei mais do que te chamar. – Eu já me encontrava perdida, agora é pior. – Suspirei o vendo se aproximar. – Significa que se ficarmos juntos é porque nos amamos ou porque eles querem?

— Não pode ser um pouco dos dois? – Ele abriu um sorriso que me fez sorrir e soltar um longo suspiro. – Vamos apenas aproveitar sua festa da forma que eles querem que aproveitamos. – Joseph me virou para fechar novamente o vestido apertando o mesmo tão forte que me fez pular, senti seu beijo em meu pescoço e uma descarga elétrica percorrer o mesmo. – Você sente o mesmo que eu? – Ele questionou dando mais um suave beijo atrás da minha orelha enquanto puxava o ar com a boca cerrada. – A descarga que o corpo dar ao te tocar? – Me virei o olhando com cara de espanto. – Foi por isso que quis você, desde que te vi parecia que algo percorria meu corpo. – Seus dedos deslizavam pelos meus braços me fazendo fechar os olhos e apenas sentir o seu toque. – Quanto te toquei, era como se os céus tivessem te enviado especialmente para mim. – Sua voz era baixa, rouca e grave aos meus ouvidos. – E mandou. – Nos olhamos e sorri sentindo meu rosto queimar.

— Querida? Aconteceu algo? – Gianne estava espantada e por instante esqueci da festa, sorri para ela negando e ela abriu um sorriso vendo Joseph ali. – Oi meu querido. – Ela se aproximou beijando carinhosamente o rosto de Joseph. – Agradeço por vir ao encontro dela. Mas preciso de vocês dois lá em cima. – Ela disse sorrindo.

— Estamos indo, só um segundo. – Joseph era extremamente educado, cordial, a vimos sair e ele me olhou com carinho sorrindo. – Vamos acabar logo com sua festa, porque quero muito depois tirar esse vestido de você e fazer amor com você lentamente na sua cama nova. – Ele disse em bom humor olhando a cama, revirei os olhos pelo comentário. Quando voltamos ao terraço novamente os flashes, mas seguido de aplausos e acenos, Joseph me puxou para ele passando seu braço em torno da minha cintura, sentia calafrios pelo corpo e sabia que estava suando pelo nervosismo, ver Lidya e Gianne animadas com nós ali era fantástico era como se fosse final de copa do mundo, meu coração batia tão forte que poderia enfartar a qualquer instante. Sabiamos que quando contássemos a elas iam rir, mas a sensação que tivemos até chegar esse momento foi de puro pânico e incerteza, ter me apaixonado por alguém tão inacessível e agora ele ser meu prometido marido é quase surreal de se acreditar. Joseph me conduziu e parou comigo no meio da pista de dança, todos nos olhavam, franzi a testa revirando os olhos. – Me dê a honra de dançar comigo Martina?

— Claro Bartolomeu. – Meu tom bem-humorado o fez rir, ele me girou me puxando para ele, a banda começou a tocar a música I Was Made For Loving You de Tori Kelly e Ed Sheeran e revirei os olhos para ele que sorriu da música. - Que música sugestiva.

— Agradeça a sua mãe, que escolheu. – Ele disse com o rosto próximo ao meu ouvido, quando beijou carinhosamente minha testa me afastando, girando e puxando, sorrimos, era como se todos tinham sumido da minha volta, era ele que estava ali, ele era destinado a mim, não posso mais fugir do que eu queria para minha vida, não podia fugir do que foi planejado por algo superior aos nossos pais. Quando a música parou ficamos por instante nos olhando, até escutar os aplausos me afastando dele. Gianne me puxou para me apresentar a mais pessoas nos afastando.

— Te disse que ia amar ele. – Ela comentou animada, dei risada pensando na sua reação quando contar tudo, após longas apresentações ela parou sorrindo satisfeita e relaxei os ombros já cansada. – Então, você vai cantar? – Ela perguntou animada. – Estamos ansiosos para te ver, sabia que eu tinha também esse talento, tenho na verdade, queria muito ser cantora. – Ela estava empolgada contando quando virei minha taça de champanhe, vi a acompanhante de Joseph o puxar para dançar e nos encaramos quando os lábios da mesma selaram no dele, engoli seco e Gianne me olhou com decepção. – Bom você sabia né. Mas vá cantar que sei que ele prefere você. – Ela queria de toda forma me levar ao palco, pelo caminho peguei um duplo de whisky virando e sentindo aquecer a garganta quando subi e todos aplaudiram gentilmente minha tentativa de cantar algo, pedi para me acompanharem na música de Bonnie Raitt I Can’t Make You Love Me, quando vi vários casais se unindo na pista, até Christian e Tomás, fechei os olhos me embalando na música, Joseph dançava com sua namorada, mas me olhava incansavelmente, quando engatei a cantar Adele Turning Tables ele foi a largando a mesma e parando diante do palco enquanto estava envolvida na música, meus olhos fechados tentava tirar a imagem dela o beijando, egoísmo meu o querer apenas para mim, sabendo que por minha causa não estamos juntos, eu não conseguia traduzir o que sentia, só queria desabafar naquele momento, quando a música foi acabando todos aplaudiam, abri os olhos lentamente o vendo ali, meu coração se comprimia, quando ele negava com a cabeça, desci do palco o ignorando, Gianne e Lidya se olhavam como se começassem a perceber que tinha mais coisa por trás. A música deu continuidade com a banda, puxei Tomás para dançar e ele foi tropeçando.

— Não deixe esse doido chegar próximo de mim. – Falei rudemente e ele deu risada.

— Eu deveria ter contado. – Ele disse em bom humor. - Mas sabia que ia ser épico. – Parei a dança o olhando e franzindo a testa. – Desculpe Kat.

— Você realmente deveria ter me contado. – Me afastei deixando Tomás ali, assim como deixei minha própria festa, mas todos estavam tão absortos em suas conversas paralelas que não conseguiam perceber até eu conseguir ter saído dali. 

Fui tirando toda a roupa e jogando a sandália de canto quando batidas na porta me fizeram pular, respirei fundo me negando em abrir, mas cedendo as batidas, Joseph estava ali já com a gravata afrouxada me encarando com semblante cansado e decepcionado. Dei espaço para que ele passasse ele suspirou quando passou por mim.

— Não precisava sumir assim da sua festa. – Ele disse baixo e rouco.

— Já fiz minha parte, esse mundo não é para mim Joseph, eu estou farta disso - Comecei a descer o zíper do vestido vendo o olhar dele atento em esperar que o mesmo caísse, mas fui andando segurando até o closet e colocando a camisola sobre o mesmo enquanto ele caia no chão se esparramando. Nos encarávamos, um silencio constrangedor tomava conta do ambiente enquanto ele apenas me encarava. – Então o que posso fazer por você?

— Eu apenas queria saber se você estava bem. – Sua voz era falha. – Você pareceu irritada.

— Irritada? – Meu coração se comprimiu, não me sentia irritada, me sentia perdida e com ciúmes. – Não fiquei irritada, pelo amor de Deus Joseph. – Meu tom era de nervoso com deboche. – Somos adultos, está tudo bem, estamos se superando e isso é ótimo. – Caminhei para o banheiro prendendo o cabelo em um rabo desajeitado enquanto percebia seu olhar em mim, me virei o vendo próximo e me assustando com a aproximação. – Está tudo bem. – Minha voz era baixa e seca, mordi o lábio sentindo o cheiro amadeirado dele.

— Estamos nos superando, mas entende que se ficássemos juntos seria a felicidade de todos e a nossa? – Ele disse com um riso no rosto, franzi a testa tentando entender o que ele queria. – Quero ficar com você, quero muito ficar com você. – Ele fez uma breve pausa e mordi o lábio. – Nem que seja apenas agora.

— Joseph ... – O sussurro que saiu me fez tremer ao sentir seus lábios quentes com gosto de whisky caro, sua língua invadia minha boca e brincava com a minha, quando sentia seus dentes mordicando meu lábio e seu corpo prendendo o meu pela passagem da porta, sua mão logo se colocou a explorar cada parte do meu corpo, sentia seu quadril, junto com seu volume pressionar minha virilha, seus beijos quentes desciam calmamente pelo meu pescoço, meu corpo virava pelo seus toques, minha garganta secava enquanto sentia minha lubrificação entre as pernas aumentar, com um movimento ele me pegou no colo e minhas pernas entrelaçaram sua cintura sem desgrudar nossos lábios. Quando colocada na cama, Joseph debruçou seu corpo sobre o meu, meus dedos institivamente passaram sobre os músculos de seu braço o desenhando, enquanto ele beijava meu pescoço e descia para os peitos com a ponta da língua rígida, logo ele tirou a gravata prendendo minha mão sobre a cabeça, prendi a respiração não conseguindo mais ter controle em toca-lo. Meu coração saltava do peito era como se pudesse ser visível meus batimentos, Joseph era delicado com os beijos que percorriam seu corpo junto com sua mão que explorava e apertava cada parte do mesmo, um gemido rouco saiu da minha garganta seca e vi um riso torto em seus lábios. Ele dobrou meus joelhos entrando no meio das minhas pernas e me olhou como se me condenasse em pensamentos, passando a língua rapidamente entre meus grandes lábios e o me fazendo dançar na cama.

— Não goze. – Ele sussurrou com os dentes cerrados e eu tremi sentindo ele se afundar em mim, sua língua percorria minha virilha e eu queria gritar, gemer o mais alto que podia, mesmo sabendo que ninguém escutaria. – Não grite. – Ele disse com os dentes trincados marcando seu maxilar, quando sugou meu clitóris e brincou com o mesmo com sua língua rígida, pressionei os lábios contendo a excitação que percorria por todo meu corpo, meu quadril institivamente ia de encontro com sua boca, seus lábios quentes não eram delicados comigo, ele me fazia querer gozar, quando sua língua começou a me foder ouvi um grunhido sair dos lábios ocupados dele. – Céus como seu sabor é maravilhoso. – E tornou a me devorar, eu queria gozar e ele sabia, meu corpo entrava em um colapso e ele apertou minhas coxas reprovando o gozo, mas não parava, seus dedos se afundavam em minha pele enquanto ele continuava a me chupar deliciosamente.

— Joseph, por favor. – Minha voz era uma suplica quando ele parou, e nos encaramos por instantes que pareciam horas. – Não para, quero gozar para você. – Eu disse com um choro na garganta e excitação pelo corpo, ele sorriu perversamente se levantando e indo até mim, como queria tocar a pele quente dele, seus lábios devoraram os meus, enquanto com as mãos ele descia a calça e revelando seu belo pau, meus lábios tremeram o querendo. – Eu quero você. – Eu dizia com a voz pesada, no mesmo instante ele adentrou em mim, me rasgando prazerosamente, um grito baixo e rouco saiu da minha boca, ele se apoiou sobre suas mãos e não era gentil com seus movimentos, ele me fodia e eu amava a sensação de sentir ele me rasgando por dentro, me preenchendo, seu corpo caia sobre o meu enquanto uma de suas mãos desciam até minha coxa e batia e apertava a mesma, minha pele queimava no mesmo instante. Meu coração não aguentava mais, meu clitóris pulsava ao sentir a pele dele contra a minha e raspar sobre a pele quente dele, nos olhávamos imersos um no outro quando em um movimento ele me virou me colocando de quatro para ele e senti novamente o tapa em minha bunda, meu rosto estava sobre os braços amarrados que eu lutava em soltar, sentia meus punhos queimarem e ele rir disso, enquanto seu pau novamente adentrava em mim me preenchendo com movimentos fortes, sentindo ele bater no fundo da minha vagina, minha pele queimava, sentia o suor dele pingar sobre mim, meu corpo clamava por ele, quando não aguentei, suas mãos adentraram no meio da minhas pernas, seu dedo achou meu clitóris, enquanto me fodia, fazia movimentos delicados sobre o mesmo que fazia meu corpo tremer e gemer baixo. – Joseph ...

— Amo quando fala meu nome. – Ele sussurrou mordiscando minha orelha sem parar os movimentos, então sucumbi a ele, minhas pernas cederam, meu corpo não aguentou os espasmos, senti as paredes da minha vagina abraçar o pau dele que ao sentir o gozo, não parou os movimentos apenas intensificou e alguns instantes depois me preencher com seu gozo. – Kat ... – Ele desmoronou do meu lado desamarrando minhas mãos e me puxando contra seu peito quente.

Podia escutar um celular tocando, parecia que eu tinha dormido por horas, ainda escutava uma música ao fundo da festa, tocava Here I Go Again do Whitesnake e apoiei sobre meu cotovelo vendo Joseph em pé procurando o celular e colocando a roupa, quando me olhou surpreso e pisquei algumas vezes me situando.

— Desculpe não quis te acordar, meus pais estavam ligando. – Ele dizia terminando de abotoar a calça e colocando a camisa.

— Ou sua namorada. – Eu disse em tom de humor e engolindo seco puxando o lençol e me cobrindo. – Não precisa mentir para mim, está tudo bem.

— Eu não ... – Ele parou de falar e suspirou. – É complicado, não é?

— Seria estranho se não fosse, vou colocar uma roupa qualquer e ver o que resta lá em cima, pode ir. – Pressionei os lábios o vendo sair dali com o cabelo bagunçado era engraçado, mas não parava de sorrir pelo momento vivido, quando pulei da cama e me troquei indo para a festa que já não tinha ninguém a não ser Margot, Christian, Tomás e Gianne e Luigi dançando.

— Ela retornou. – Margot gritava visivelmente alterada, Tomás me olhou constrangido pelo desentendimento que tivemos e sorri para ele mostrando que estava tudo bem. – Vem vamos beber, porque essa bebida é cara e isso não acontece com frequência. – Ela me puxou e dei risada e começamos a cantarolar a música e me coloquei aproveitar a festa da melhor forma possível, com as pessoas que eu conhecia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Destinados" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.