A New Order escrita por TiiaMeddy


Capítulo 12
Primeiro Desafio


Notas iniciais do capítulo

FELIZ ANO NOVO, CAMBADA!!
Obrigada por acompanhar a história até aqui, A New Order ainda tem bastante para continuar, então espero que continuem acompanhando o caminho de Erin, Oliver, Erwin e todos eles~
Nesse capítulo temos uns personagens surpresa, pensei que ia aparecer mais tarde mas consegui encaixar eles aqui--
Espero que gostem~



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Atendendo ao pedido de Masamune, a garota albina e Oliver o seguem, sendo acompanhados pelos demais membros da família Star, Ártemis, Kise, Aya e seu parceiro, esta última dupla apenas para se certificar de que a cena de duas semanas não se repita novamente. Não que não confiasse em Masamune, crescera junto a ele devido a amizade dos “deuses” que ambos chamam de pais. Não confiava na garota. Após seu irmão a notificar que retornaria para a NOT por ordem de seu pai, a morena ficou mais alerta sobre os acontecimentos da divisão que era responsável. Ainda era apenas uma aluna, mas respondia por toda a classe NOT na nova ordem da Shibusen. Se aquela garota era perigosa, ajudaria Nathan nesta missão.

Ao pararem em frente a uma sala, Masamune empurra a porta dupla para uma das salas de dança da Shibusen, salas em que eram realizados os treinos de combate (ou seja, tem nem sentido chamá-las assim). Aya e Oliver já imaginavam onde aquilo iria dar, o moreno quase fugindo se não fosse um Kise segurando seu ombro e o puxando animado até Masamune, perdendo sua única chance de fugir.

—Masamune Star, você sabe muito bem que o que está pensando em fazer só seria permitido com a presença de um professor ou membro já formado da Shibusen, correto?

—Eu estou resolvendo isso agora mesmo, Aya. – O moreno sorria despreocupado, erguendo um espelho de bolso e falando com o pai da mesma. Achar um professor naquele labirinto em que estudavam seria impossível a esta hora, então teve de recorrer ao seu diretor. Por sorte, ele não estava só na Death Room, esta outra pessoa se dirigindo neste momento até a sala em questão. – Logo ela vai chegar.

—Ela quem, Masamune? – A respiração da garota podia claramente ser sentida em seu braço, os olhos bem abertos tentando ver pelo espelho. Logo, Oliver a puxou pela gola do uniforme, dando espaço para um Masamune repentinamente assustado respirar um pouco.

—Um professor... não... um membro da elite da Shibusen virá nos assistir para que nada dê errado. Sinceramente, pensei que Aya seria o suficiente, mas sempre é bom prevenir.

—Mesmo? Um membro do Spartoi? – A garota dava pulinhos animados. – Quem? Quem? Espera... assistir? – O moreno sorri, curvando-se para encarar mais de perto os olhos dourados da baixinha.

—Um presente de recuperação. Pelo que soube, vocês ainda não tiveram aulas de combate por boa parte das armas ainda não se transformarem completamente. – Oliver sentia que ele não havia falado citando seu nome, não sentiu nenhuma maldade nas palavras de Masamune, mas aquilo havia doído nele. Precisava forçar-se a melhorar, pela sua parceira. – Então... o que acha de enfrentar um EAT?

—MESMO?! – Os olhos dela brilhavam, quase podia se ver um sutil movimento em um par de mechas de seus cabelos.

—Eu não mentiria. Ah, vocês também podem tentar.

—Passo. – Erwin e Akira o respondem.

—Acho que Tsuki gostaria de tentar, mas ainda não me sinto muito confiante se podemos nos envolver em um combate real... – Ártemis em seguida.

—Só estou aqui para impedir um desastre, não me inclua nisso de “enfrentar um EAT”. – E finalmente Aya. Seu parceiro apenas acena, os cabelos vermelhos balançando levemente. – Então, favor se controlar, Erin G. Riddle.

—Ahaha, você pegou mesmo a mania da Azusa-san de falar nomes completos. – Aya apenas cora emburrada e envergonhada, arrumando os óculos. – Bem... ao que parece, seremos apenas nós, baixinha.

—Não me chame de...! – Antes de Erin terminar sua frase, Erin se cala repentinamente, encarando a porta e se surpreendendo com o que aproximava. – C-Como...?

—Hm? Ah, você vê almas? Então, nosso responsável está perto.

—Masamune, entre tantas pessoas, por que você chamou logo ela quando vai lutar contra essa bomba relógio de curiosidade?

—Bem, Aya... eu não pude escolher, a maioria dos professores já saiu. E ela já estava na Death Room. – Vendo a reação de Aya e Masamune, Oliver teme o tipo de ser que viria assistir a provavelmente rápida batalha de ambos, seja albina ou moreno o vitorioso. Por mais que nunca o tenha visto lutar, sabia que Masamune era terrivelmente forte. Além dele ser um EAT e um Star, sentia isso só de estar perto dele.

À medida que os segundos passavam, os leitores de alma presentes naquela sala tinham reações opostas. Na mesma medida que Aya ficava mais preocupada pelos resultados do breve encontro, Erin analisava o que se aproximava, a seriedade em seu rosto fazendo a jovem shinigami crer que o perigo logo viria. E por fim, as portas abriram-se, revelando que os membros da elite da Shibusen que possuía aquelas almas esmagadoras...

Era apenas uma única pessoa. Uma rosada de sorriso entristecido.

Os curtos cabelos cortados a anos de forma assimétrica caiam até pouco abaixo do ombro, ao menos a mecha mais comprida, a maior parte parando pouco antes deste. Os olhos escuros viam um a um os alunos presentes, não esperando aquela quantidade. A magra figura trajada de preto com uma estranha abertura nas costas marcada por uma cicatriz¹ caminha até Masamune e Aya, trocando algumas poucas palavras com ambos. Oliver estranhara a reação de sua parceira, era apenas uma mulher comum, ao menos sob seus olhos. Mas era muito estranho, não haviam pessoas comuns naquela cidade. Com este pensamento, retornou a olhar para Erin.

Ela estava estática, encarando-a. Como se cada segundo dividindo a sala com aquela mulher existisse unicamente para registrar o possível dela. Por algum milagre, a garota ainda não voara nela e a encheu de perguntas, causando um enorme pânico interno tanto em Oliver como em Erwin. Na verdade, ela nem se movera desde que sentiu sua alma.

—Erin? – Tsuki a cutuca, despertando-a e fazendo a garota soltar um alto “nyah!” de susto, chamando a atenção dos demais.

—Crona, aquela pirralha tá te encarando desde que entrou. Posso comê-la? – Uma outra voz, além das presentes na sala, ecoa, fazendo as suspeitas de Oliver sobre a chamada “Crona” ser uma pessoa comum irem ralo abaixo. Nem sabia porque ainda tinha esperanças, Death City nunca atrairia pessoas comuns.

—Ragnarok... faz quase vinte anos que paramos de fazer isso, pode parar com as piadas...?

—Não. – As costas da rosada “explodem” em um líquido tão negro quanto seu vestido, assumindo uma forma humanoide. – Mas essa pirralha não parece familiar, Crona?

—Você acha? – Os grandes olhos dourados dela a encaravam de cima a baixo, Crona sendo obrigada a concordar com Ragnarok. Ela, de fato, lhe era familiar de alguma forma. Mas não deixaria aquilo a distrair no momento. – Bem, não ligue pra isso agora.

—Vamos, Erin! Tia Crona vai nos observar, então pegue seu parceiro!

—Bem... – Oliver iria dizer que na verdade não era capaz de se transformar, porém o braço da garota parece em sua visão, um olhar determinado em sua face.

—Eu serei o suficiente, se não se importar de lutar armado. – Nesse momento, Oliver começou a suspeitar que poderia ser parceiro de uma louca masoquista.

—Ahaha, você é mesmo engraçada. Tudo bem, venha Mason.

Atendendo ao pedido de seu parceiro, o albino emana um forte brilho, assumindo sua forma completa e indo para as mãos do moreno. Um longo cabo se estendia pelas mãos de Masamune, sua parte superior sendo a de uma grande lâmina em um ziguezague de azul e preto, do outro lado possuindo uma rose cross igualmente prateada como adorno, logo abaixo uma única asa encostada no cabo. Erin aumenta seu sorriso, encarando o, assim como ela, artesão de foice. Vendo Mason ir para as mãos de seu parceiro, Aya os pede para afastar-se, sentando-se encostados na parede ansiosos pelo resultado do combate.

Erin curva-se para trás, apoiando o peso do próprio corpo em uma das pernas enquanto a outra permanece esticada, as mãos em frente ao corpo em posição de combate, os dedos assumindo o formato de “garra”. Aya sussurra para a mãe iniciar a batalha, Crona se assustando com a fala repentina da garota, já que nunca teve que assistir uma batalha de alunos antes. Ao menos não sozinha. Dado o sinal, Erin voa na direção do moreno, ele defendendo com o cabo a mão da garota. A outra mão, mais abaixo, projeta sua alma na direção de Masamune, ele a chutando antes que o acerte.

—Ela pode não estar armada, mas a velocidade é preocupante. E agora, Masa? – Mason o diz em pensamento, seu parceiro apenas a encarando com um sorriso no rosto.

—Simples. Não podemos nos segurar, Mason.

Masamune gira o cabo de sua foice, mirando a garota com a lâmina. Aya já o vira lutar várias vezes, estando na mesma sala e crescendo junto com ambos, então sabia que ele estava lutando a sério. Sério demais para seu adversário. Sussurrou para Charles para ficar alerta, interromperiam a luta quando fosse necessário. Porém, para a surpresa de Aya, a albina se saia bem desviando das investidas do aluno mais experiente. Tinha a agilidade de um gato e a velocidade de uma serpente pronta para dar o bote, apenas aguardando a oportunidade perfeita.

Mas, infelizmente, a oportunidade não vinha. Masamune, mesmo usuário de uma arma longa, conseguia mantê-la longe, e quando perto, também possuía um bom conhecimento de combate corpo a corpo. Pela primeira vez ela tinha um bom oponente além de seus pais, então tentaria durar mais de cinco minutos. Não estar armada dificultava e muito o combate, mas toda experiência é bem-vinda, e por mais que não pudesse se aproximar, seus olhos ágeis memorizavam os movimentos de seu senpai. Então, assim que era a classe EAT. Não apenas Erin, mas Ártemis e Oliver também estavam admirados. Era a primeira vez que viam a classe combatente em ação, além da demonstração na aula de Hito.

Porém, infelizmente para a garota, ela havia sido derrubada pelo cabo de Mason, a lâmina na base do pescoço da menor a impedindo de se levantar. Sua mão faiscando mirava a perna de Masamune, porém o pé do artesão empurra seu pulso de volta para o chão, indicando o fim da batalha. A garota rosna insatisfeita com o resultado, bufando enquanto encara os companheiros enquanto esperava Crona indicar o fim do combate. O que logo veio, seu parceiro indo ajudá-la e vendo se estava ferida, já que com o incidente da escada, tinha certeza de que ela não ligava para o próprio corpo. Por sorte, estava bem.

—Você se saiu bem, baixinha. – Masamune agrada os cabelos dela, a pequena bufando novamente. – Você é mesmo uma novata?

—Meus pais me ensinaram bem. – Erin se levanta, voltando a encarar Crona. Aquela mulher a intrigava.

—Da forma que luta, então tem como objetivo a classe combatente? – Oliver sente sua alma sair do corpo. Caçar monstros e lutar com bruxas definitivamente não era pra ele. Mas a resposta que ele mais temia saiu da louca teimosa que ele chamava de parceira.

—Claro!


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Notas finais do capítulo

1 – É apenas um headcanon. Como Ragnarok é a materialização de seu próprio sangue, ao rever o episódio 7, é claramente perceptível que ao sair do corpo de Crona, ela sente uma dor horrível, como se ele rasgasse sua pele. Quando Ragnarok ta na forma chibi, não é a mesma reação, supondo ser por conta de seu tamanho. Então, sim, eu acho que ela tem uma cicatriz nas costas por conta disso, em “A New Order” isso não ocorrendo por agora Crona se acostumar aos poucos com seu tamanho, já que não devoravam mais tantas almas seguidas como seguindo as ordens de Medusa. Porém, nessa fanfic Crona não teria uma cicatriz causada pela Vector Blade de Medusa (ep. 45) por conta de acontecimentos de Dancing on Insanity (a fic antecessora a ela, porém não há necessidade de lê-la, é apenas uma curiosidade. Mas aos que desejarem, eis o link: https://www.spiritfanfiction.com/historia/dancing-on-insanity-5244907).

O que acharam? uwu
Novamente, feliz ano novo!~



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