Virou o rosto para observar o salão de festa. Havia muita gente, mas poucas eram conhecidas, notou. Menos mau, pensou. Mas mesmo assim, será que ela não estava em seu juízo perfeito para fazer aquilo? Suspirou com a possível resposta que poderia dar àquela pergunta. Retornou sua atenção a ela. 

Lá estava a mulher. Sorridente e alegre! Ele soltou uma risada nasal, levando o copo de uísque que segurava em direção a sua boca. Seu coração lhe corroía o peito vendo a cena. Por que tinha que aguentar tudo isso? Vê-la nos braços de outro senão ele? Ah, sim! Por que amava aquela infeliz!

E o pior, sabia que ela nunca iria correspondê-lo da mesma forma. Droga! refletiu, ficando inquieto. Por que tinha se apaixonado por ela? Justo por Hinata?

Olhou-a mais uma vez, observando-a melhor. Os olhos perolados, destacados pelo risco negro ao redor do lápis de olho, chamavam atenção pela doçura. No entanto, ele sabia como se transformavam quando estavam perdidos de prazer entre quatro paredes. A pele sedosa que tantas vezes acariciou nos momentos mais íntimos. Os lábios tingidos de vermelho. O desejo de tê-los cresceu mais e mais. Quantas vezes havia se perdido em sensações ao saboreá-los. E pensar que ele não era o único a saber de tudo isso. Tal ideia já o deixava, no mínimo, irado.

Deixou o recipiente de vidro com resto de bebida em cima do balcão quando percebeu que Hinata se desvencilhou dos braços do rapaz ao qual acompanhava. Então, viu o momento certo de agir. Seguiu-a com cuidado para que não fosse notado. A alguns metros depois, enxergou-a ir em direção a uma parte mais afastada do salão. Parou em frente a uma porta, abrindo-a e adentrando o ambiente.

Não esperou muito para ir até àquela mesma porta e entrar. Quando o fez, procurou pela chave e trancou a fechadura. O cômodo estava escuro. Procurou o interruptor e ao encontrá-lo o apertou, iluminando a suas vistas da escuridão.

"Pensei que iria demorar mais, Itachi." Ela tinha a voz em tom divertido enquanto, em seus lábios, exibia-se um sorriso.

Itachi preferiu caminhar em direção a ela. Não tinha escutado uma única palavra que ela havia dito. Só conseguia vê-la. Ao se encontrar a poucos centímetros em frente a ela, ele a agarrou em seus braços e selou seus lábios nos dela com o desejo e a raiva que estavam contidos durante toda aquela noite enquanto a via na festa. Logo, o gosto de mel dominou sua boca. Deliciosa! Sua mão esquerda foi a cintura dela. Itachi a puxou para si com força. Queria possui-la ali mesmo, não se importaria se o marido dela os visse ali. Estava pouco se lixando com isso. Desprendeu-se dos lábios dela e seguiu lhe dando beijos pelo rosto até que chegasse ao seu ouvido, beijando-a ali.

"Quando você vai ser minha?" Itachi sussurrou perto do ouvido de Hinata.

"Eu já sou sua." Ela respondeu colocando as mãos em seus cabelos negros, puxando-os para mostrar onde deveria beijá-la.

"Mas não do jeito que eu quero." Itachi continuou, deixando-se ser dominado por ela. Não queria parar de lhe dar prazer. Gostava de sentir que, com ele, ela era feliz de alguma forma. Amava-a demais.

"Itachi." Gemeu seu nome quando ele lambeu-lhe o lóbulo da orelha com a ponta de sua língua.

"Venha comigo, Hinata. Deixe-o e venha comigo." Sussurrou.

"Eu já te expliquei." Itachi pode imaginar, pela forma como ela havia falado, um lindo sorriso sedutor em seus lábios. Aquele que só ela sabia dar.

"Por que você resiste?" Puxou-a para si e ouviu-a arfar.

"Por que você insiste com isso?" As mãos femininas se espalmaram pelo peitoral dele, demonstrando a intenção de se afastar. Itachi afroxou o abraço e Hinata esquivou-se do corpo másculo de seu amante.

"Hinata, eu te quero. Te quero só para mim." Ele virou o corpo para olhar Hinata.

"Você já me tem, meu bem. Sou toda sua!" Hinata falou em tom de voz rouco.

"Você não sabe a raiva que eu sinto quando te vejo perto dele!" Itachi falou depois que sorriu de forma incrédula, demonstrando que não acreditava nela.

"Itachi " Hinata falou manhosa, aproximando-se dele. ", você me conheceu casada, meu bem." Levou suas mãos até o peitoral dele e o acariciou, sentindo, mesmo coberto pelo tecido, o quão forte Itachi era. "Aliás, o sobrenome Uzumaki fica tão bem em mim!"

No mesmo instante, Itachi fez com que Hinata afastasse suas mãos do corpo dele. Seu interior em fúria por aquele maldito comentário feito por ela. Deu-lhe as costas e enquanto isso, ouviu-a gargalhar. Aquela infeliz achava graça em fazê-lo sofrer!

"Ah, meu bem! Não fique irritado comigo." Hinata sorriu e rodeou Itachi até ficar de frente para ele de novo. "Você sabe que só você me satisfaz, não é?" Ela o abraçou e grudou os seus lábios nos dele.

Itachi não pôde resistir a ela. Seu corpo respondeu a seus instintos e a agarrou. Precisava senti-la em seu corpo. Precisava dela. Sentiu Hinata desabotoar seu terno e ele passou a procurar pelo zíper do vestido. Todavia, Hinata parou de beijá-lo para dizer:

"Querido, não posso aparecer muito desarrumada na festa." Então, ela levantou a saia de seu vestido e rodeou a cintura de Itachi com uma das pernas.

Itachi apertou-a em seus braços e a levantou, fazendo-a rodear a outra perna em sua cintura. O Uchiha caminhou com ela até um pequeno aparador e a colocou sentada no móvel. Suas mãos tiveram mais liberdade para percorrer por todo o corpo dela. Cada curva, cada pedaço de seu corpo ele desejava para si. Os sussurros dela o deixava mais e mais instigado. A voz e o gemido dela era o som que ele mais gostava de ouvir. Ele estava louco por ela.

Ele desceu sua atenção da boca de sua amante para o interior de suas coxas. Ele retirou a peça de roupa íntima, libertando-a para ele. Largou a calçinha e fez com que sua boca a procurasse. Ele queria que ela gritasse e implorasse por ele como uma forma de castigá-la pelo mal de fazê-lo se apaixonar por ela. Itachi sentiu os dedos dela agarrarem seu cabelo, segurando-se nele. Itachi imaginava-a mordendo os lábios e depois abrindo a boca para soltar os gemidos os quais ele escutava naquele momento.

Ele parou e se ergueu até ela. Contemplou-a com a respiração forte e uma das mãos segurando o seio por debaixo do tecido do vestido enquanto mantinha as pernas abertas. Ele guardaria aquela imagem para sempre em sua memória. 

Ele retirou as calças e sua cueca. Colocou seus braços um a cada lado do corpo dela e grudou os corpos de uma só vez. Ele ouviu um suspiro alto dos lábios dela ao mesmo tempo em que as mãos pousaram em suas costas másculas. Itachi se mexeu sobre ela, iniciando as sensações de prazer no corpo de ambos.

Itachi sabia que ela só o usava. Sabia que ela não deixaria o seu marido por ele, mesmo Itachi tendo um sobrenome de mais prestígio. Ele sabia que Hinata não o amava tanto quanto a seu marido. Para ela, ele era uma diversão apenas. Mas não importava. Enquanto ela estivesse disposta a estar com ele, aceitaria. Porque desde o primeiro dia em que a viu. Ele havia se apaixonado.

O corpo dele tremeu quando a sentiu apertar-se nele. Soltou um gemido rouco enquanto ela lhe dizia profanidades em seu ouvido. Ela sabia dizer as coisas certas no momento certo. Gruniu para mostrá-la o quanto ela lhe dava prazer. Levantou a cabeça para poder olhá-la. Vê-la xingar e ao mesmo tempo dizer que o queria, fezia com que ele perdesse o controle. E, assisti-la lamber os lábios lenta e pecaminosamente, fez seu corpo pegar fogo.

As sensações em seu corpo explodiram quando Itachi fez seu último movimento. As unhas de Hinata intensificaram a sensação de prazer que percorria seu corpo naquele momento. Suas mãos grandes e fortes apertavam os quadris largos da mulher. Seus lábios buscaram os dela para intensificar as sensações. Permaneceu por mais alguns instantes preso a ela, distribuindo curtos beijos pelo rosto e pescoço de Hinata.

Por fim, soltou-se dela e sentou-se ao chão, tentando recuperar as forças que ela havia levado dele. Já sentado, Itachi passou a observar Hinata. Ela tinha uma das mãos tocando a sua intimidade, lentamente, alisando os resquício de prazer que ele havia deixado nela. Ela tremeu, gemendo quando acariciou sua intimidade. Retirou a mão de lá e levou dois dedos até a boca. Itachi ficou vidrado com naquela cena.

Depois disso, Hinata se ajeitou, descendo do móvel. A saia do vestido desceu junto, cobrindo-a até a metade das pernas. Hinata andou um pouco até encontrar sua roupa íntima e a colocar de volta em seu corpo. Itachi já sabia o que aconteceria agora. Hinata ajeitou a parte superior do vestido e os seus cabelos. O que não foi tão difícil pois ela tinha vindo de cabelos soltos e sem qualquer adorno.

Itachi, já recuperado, levantou-se e foi até as suas roupas. Ao colocar a primeira perna da calça social, Itachi sentiu os braços de Hinata o apertarem em um abraço. Mas Itachi não quis retribuir e preferiu continuar a vestir a sua roupa.

"Eu te espero na segunda, às sete da noite. No lugar de sempre." Hinata disse ao soltá-lo do abraço.

Itachi continuou calado, agora, abotoando a parte do terno em que Hinata havia aberto. Itachi sabia que ala o observava, mas não quis olhá-la de volta. Sentia que se a olhasse, ele podia até matá-la com toda raiva que sentia.

Ela estava indo embora. Era sempre assim, ela aparecia tirava dele o que ela bem queria e depois ia embora como se nada tivesse acontecido. Eram nesses momentos em que ele se achava um tolo. Notou as mãos dela tocaram em seu rosto, então Itachi fechou os olhos. Os lábios dela tocaram os seus e pediram passagem para aprofundar o beijo, mas Itachi não permitiu. No fim, ela afastou-se e ele pôde ouvir o som da porta bater. Só depois disso, Itachi abriu os olhos.

Esse era o pior momento depois de tê-la consigo. O vazio. Itachi ficou parado, pensando em tudo o que havia feito, outra vez. Era um imbecil! Passou as mãos pelos cabelos escuros e os puxou com força. Queria quebrar tudo ali dentro e transmitir a raiva que sentia para todos. Andou até uma das paredes mais próximas e a socou. Por que tinha que se apaixonar por Hinata Uzumaki?