Together By Chance 1 Temporada REBOOT escrita por M F Morningstar, Shiryu de dragão


Capítulo 8
Festa Do Pijama!!!


Notas iniciais do capítulo

Olá!! Mais um capítulo.
Espero que gostem.

Boa Leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/796123/chapter/8

P.O.V Magali Lima

Quim havia me mandado uma mensagem pedindo para que eu fosse me encontrar com ele no parque do Limoeiro. Eu, é claro que topei. Confesso que meu namoro com o Quim não anda uns dos melhores. Não me leve a mal, ele é ótimo, uma pessoa muito legal e atenciosa, mas as vezes, passar muito tempo da sua vida, crescer namorando alguém desde a infância, faz com que as coisas esfriem. Afinal, quando crianças, não tínhamos esses desejos de adolescentes que se referem a “fazer amor”, sendo assim, quando crescemos até dá uma vontadezinha, mas não é aquele amor intenso como todos desejamos ter.

Nunca comentei sobre isso com o Quim, pois não quero magoa-lo. Eu o adoro, mas dizer que o amo como o amava na infância é muito complicado... Mudamos, tomamos rumos diferentes e por mais que nossa idade não seja muito distante, ainda assim, ele já está entrando na fase adulta e eu sou só uma adolescente. Eu não sou imatura para a minha idade como muitos adolescentes são, mas eu percebo como é difícil eu querer sair com meus amigos e tudo o mais, e o Quim simplesmente resolver ficar em casa, porque ele quer focar nos estudos dele, focar na faculdade. Não o culpo por isso, até sou compreensiva com ele, assim como ele comigo, já que ele não cria caso quando saio com meus amigos.

É só que... sinto falta da companhia dele para sair, não apenas sozinhos, mas com a turma. Sinto falta daquele friozinho na barriga, aquela luta para agradar o outro, demonstrar o que sente. Quando está muito tempo com a pessoa, meio que ela “acha” que não precisa mais fazer coisas diferentes para conquistar o outro..., mas é aí que eu penso que deveria existir mais esforço para conquistar, a fim de não deixar a “chama” apagar.

— Oi, Maga. – Diz Quim assim que eu chego no parque e vou até ele. O mesmo me dá um beijo na testa, isso me faz estranhar um pouco, mas resolvo não dizer nada sobre. Não preciso criar um caso desnecessário.

— Oi, Quinzinho! – Digo com um sorriso. Ele me retribui dando um sorriso cansado, o que me deixa preocupada. – Aconteceu alguma coisa, amor?

— Aconteceu e não aconteceu. – Começa ele se sentando no banco, eu me sento ao seu lado.

— Como assim? – Pergunto preocupada e confusa.

— Acho que você vai concordar comigo em relação ao que irei dizer, afinal, nos conhecemos a tanto tempo que é meio difícil não termos percebido isso. – Diz ele dando uma risadinha.

— Verdade! Nos conhecemos tão bem. – Sorrio.

Mesmo que nosso namoro vem de anos, e não são todos os namoros de anos que acontecem disso de ambos conhecerem um ao outro muito bem, de perceber cada coisa “diferente”. Só tenho a me orgulhar de que nosso relacionamento tem essa sorte, tanto Quim quanto eu, sempre nos esforçamos para sermos atenciosos e compreensivos um com o outro.

— Eu ando percebendo que nosso relacionamento está... – Percebo que ele estava tomando cuidado com cada palavra que dizia.

— Está? – Incentivo ele a continuar.

— Estagnado. – Diz ele finalmente olhando profundamente nos meus olhos.

— Como assim, Quinzinho? – Pergunto querendo entender onde ele estava querendo chegar.

— Vou ser direto, Maga. Não quero rodear o assunto, ainda mais que você me conhece ao ponto de saber que eu nunca gostaria de falar algo para te magoar. – Concordo com a cabeça para que ele continuasse. – Passamos por muitos momentos bons, apoiamos um ao outro por várias dificuldades, temos muito respeito e admiração um pelo outro, sendo assim, vou ser franco.

— Tudo bem, pode dizer. – Digo encarando seus olhos sinceros.

— Percebo que tanto você quanto eu estamos juntos mais por admiração do que por amor. – Confesso que fiquei surpresa com sua franqueza, mas não me magoou, pois no fundo eu também sentia aquilo. – Estamos em fases “diferentes” da nossa vida. Nosso relacionamento e o amor que sentimos um pelo outro foi algo incrível, mas eu sinto que é melhor nos separarmos agora, antes que um magoe o outro, entende?

— Sim... – Sussurro séria, tentando pensar no que dizer. – Gostaria de negar, mas assim como você, também ando percebendo isso. – Dou uma risada fraca. Quim acaricia meu rosto com sua mão.

— Eu sei. Isso é algo que eu sempre vou me orgulhar, a nossa compreensão e observação com tudo. – Diz ele com um sorriso que eu logo retribuo.

— Amigos? – Pergunto e ele aumenta seu sorriso.

— Com toda a certeza. Por mais que nosso amor tenha enfraquecido, sempre terei uma tremenda admiração e adoração por você. – Confessa ele e eu sorrio.

— Digo o mesmo, Quinzinho. – Ele me dá um beijo na testa.

— Espero que encontre alguém que te ame o quanto você merece ser amada, e principalmente, que batalhe por você, te respeite e te compreenda.

— Te desejo o mesmo. Quero que você seja muito feliz, que encontre uma mulher incrível como você é incrível. Saiba que vou estar sempre aqui para você! – Digo e ele me dá um abraço, que eu retribuo.

— O melhor disso tudo, é saber que mesmo que tenhamos terminado, não é um término triste e que alguém vai sair machucado.

— Concordo, fico feliz que nosso término como namorados, vire uma amizade inquebrável. Odiaria ter “inimizade” com alguém que foi tão importante para mim e que ainda é, alguém que passou inúmeros dias ao meu lado e que eu tenho a honra de ter conhecido. – Digo sorrindo a ele.

— Qualquer coisa, pode me chamar. Vou ser seu ombro amigo para qualquer coisa, e nem pense em deixar de frequentar a padaria, beleza? – Diz ele rindo.

— Claro. – Rio também.

— Até mais, Magali. – Se despede ele me dando um beijo na bochecha.

— Até mais, Quim. – Vejo-o partir do parque ainda sentada no banco.

Fico feliz que meu término com o Quim não foi algo turbulento e que no final, ainda somos amigos. O melhor término de namoro que pode existir é aquele que ambos percebem que não dá mais para continuar e que o respeito permanece acima de tudo. Passamos momentos bons e ruins, temos várias lembranças/memórias, nossa admiração e adoração um com o outro continua, e o melhor, é que não precisamos odiar nada, pois foi um término maduro e tranquilo.

Qualquer que seja seu futuro Quim, te desejo o melhor.

P.O.V Rosalya Price

— Assim está bom? – Pergunto para Denise logo que termino de arrumar os colchões no chão de meu quarto.

Ainda não acredito que a maioria das meninas haviam votado em fazer a festa de pijama na minha casa e não na casa da metida da Carmem. Provável que esse fato se dá porque a maioria que já vinha de uma amizade com a turma “original”, tinham outros planos.

A verdade é que tanto a Monique, quanto eu, não teríamos paciência para passar a noite com a patricinha se gabando pela “perfeita” mansão que possui.

— Está ótimo, gata! – Responde animada.

— Mal posso esperar para a noite! – Confesso e ela sorri.

— E eu mal posso esperar para postar no meu blog sobre essa hiper mega festa de pijama com as gatas do bairro! – Após o comentário da garota mais multimidia da turma, acabo rindo.

— Você não tem jeito. – Digo ainda rindo.

— Claro que tenho! Um jeito maravilhoso de ser! – Alega ela rindo comigo.

— Realmente nos superamos! – Confesso olhando o resultado do quarto.

Uau, como está fantástico! Meu quarto de paredes roxas está com algumas luzes fluorescentes penduradas e alguns balões também fluorescentes flutuando no teto. Os lençóis de cama são de cores diferentes, há uma mesinha em um canto com um aparelho de som, próximo a mesa, vários travesseiros de penas empilhados no chão, e os pufes fazem um círculo para que nenhuma garota fique excluída a noite.

— Os salgadinhos já foram encomendados, e as bebidas estão na geladeira. Acho que está tudo pronto para hoje à noite. – Digo animada e Denise concorda com a cabeça.

— Acho melhor eu ir, tenho coisas para fazer. – Diz Denise depois de olhar o relógio. Acompanho a mesma até a porta de entrada/saída de minha casa.

— Até de noite. E obrigada pela ajuda!

— De nada, gatz, foi divertido. Beijinhos e até. – Despede-se de mim com um beijo no rosto e logo vai embora.

Que canseira! Sorte que havia a Denise, ou estaria morta. Ela havia me mandado mensagem ontem, pedindo se eu não precisaria de uma ajuda, eu claro que aceitei. Conseguiria fazer tudo sozinha, mas é muito melhor com alguém para dar opinião.

Ando até meu quarto e pego meu celular para ver que horas eram, mas acabo por retornar a chamada do meu namorado que havia ligado há alguns minutos atrás.

— Amor? – Chamo após ele me atender.

Olá, minha linda.— Responde Leigh formal e fofo como sempre. Ele é tão perfeito!

— Queria falar algo importante? – Pergunto e ele solta uma risada descontraída.

Não. Apenas senti saudades de você e queria ouvir sua voz.— Responde e eu coro.

Mesmo namorando alguém tão fofo como o Leigh, sempre acabo ficando surpresa com seu jeito perfeito de ser.

— Bobo.

Como foi seu dia, bebê?— Pergunta curioso e atencioso. Eu duvido existir namorado melhor que ele!

— Foi ótimo, amor. – Respondo e começo a contar a ele: – Hoje...

P.O.V Monique Lockwood

*~~Flashback On~~*

— Olá, Monique, e… Diz o chefe da máfia, Rick, assim que Castiel e eu entramos em sua sala.

— Castiel. – Diz o ruivo com ódio, eu logo aperto a mão do rockeiro para acalmá-lo.

— Acho que você sabe o porquê de tê-la chamado. – Alega Rick me encarando e ignorando totalmente o Castiel.

— Sei. Já vou falando que não me arrependo. Foi por defesa! – Lanço as palavras assim que me sento em uma das cadeiras de frente para Rick, Castiel senta na cadeira ao meu lado.

— Não espero que se arrependa. Apenas quero lhe agradecer, e também, estou em dívida com você. – Admite e eu juro que se estivesse tomando algo, engasgaria.

— Como assim? – Cast e eu exclamamos ao mesmo tempo.

— Há meses um dos meus capangas estava roubando meu dinheiro e arruinando as coisas com alguns de meus clientes. Eu já havia suspeitado de vários de meus capangas, mas como eram muitos, nunca consegui ter certeza de quem era. Então quando Geremias foi encontrado morto, e eu soube que ele havia ficado responsável por te levar a sua casa. Tudo se encaixou. – Faz uma pequena pausa. – Se você não tivesse o matado, eu nunca teria descoberto e recuperado meu dinheiro. Por isso, só posso lhe agradecer. Desse modo, como forma de meu reconhecimento pela sua autodefesa e pela sua ajuda involuntária, prometo que não vou deixar mais que seu irmão vá para esse caminho suicida. Você não precisará ter que cuidar dos assuntos dele, nunca mais.

— Como podemos acreditar em sua promessa? – Exclama irônico Castiel, e Rick ri.

— A Monique sabe que minhas promessas sempre são cumpridas. – Responde, e eu concordo com a cabeça.

— Como cuidará de meu irmão? – Pergunto perdida, ele sorri amistosamente.

— Não se preocupe. Ele ficará bem, e não será mais esse garoto perdido. Vou ajudá-lo a ter um pouco de “juízo”.

— Está bem..., agora podemos ir? – Pergunto, e Rick concorda.

— Claro. E espero que sua vida melhore. – Confessa Rick, e eu o encaro surpresa. – Você é uma boa garota, Monique. Por que acha que sempre perdoei suas demoras? A culpa nunca foi sua, mas eu precisava de alguém que pudesse pagar o que o seu irmão consumia. Já que agora não precisa mais se preocupar com coisas assim, espero mesmo que você encontre a felicidade. Sei que esse rapaz vai lhe ajudar, afinal, rebater de frente com um chefe de uma grande máfia é para poucos. – Fala rindo, e eu sorrio fracamente.

— Adeus, Rick. – Digo logo puxando Castiel para fora do lugar para enfim, poder apagar todos esses anos horríveis da minha vida, mas ainda, antes de sair completamente do local, eu escuto um: “Adeus, little girl”.

*~~Flashback Off~~*

Eu ainda não acredito que tudo está resolvido! Talvez matar aquele cara não foi tão ruim... Droga, Monique! Você está escutando suas palavras? Matar é errado! Quer dizer, é errado, mas... Esquece, estou parecendo uma maluca psicopata.

— Se eu fosse você, iria tomar um banho e deixar de pensar no passado. – Diz Castiel me dando um beijo no pescoço.

Estávamos na cama, (sem pensar besteira, povo), Castiel havia dormido a tarde inteira, enquanto eu tocava em sua guitarra, dando algumas pausas por causa de pensamentos aleatórios que me surgiam.

— Verdade! Não posso me atrasar para a festa das meninas. – Concordo, e ele ri.

— Pena que eu não posso ir. Queria brincar de seis minutos no paraíso com você. – Diz ele malicioso, eu lhe dou um tapa fraco em seu ombro.

— Não vamos brincar disso, seu tarado! E são sete, não seis minutos. – Digo rindo e ele me encara emburrado.

— Que droga! Não vai dar de dormirmos juntos. – Diz fingindo tristeza, e eu lhe mostro meu dedo do meio.

— Só pensa em me comer, puta que pariu ein. – Digo rindo e me levanto para ir até o banheiro.

— Não penso só nisso. – Diz revoltado me fazendo rir.

— Acabou de confessar que quer. – Rio e entro no banheiro trancando a porta, mas antes pude escutar um: “Droga, me entreguei!”.

Minha relação com o Cast é muito confusa. Somos amigos, somos namorados, somos amantes, somos tudo e ao mesmo tempo nada. Porque uma hora estamos juntos, e na outra, cada um para o seu lado.

É uma relação boa, afinal, sem grudes, mas sempre com carinho e zoação/brincadeira. Sei que muitos não gostariam deste tipo de relação, mas para mim, é esse tipo que dá certo, é esse tipo que preciso.

P.O.V Carmem Frufru

Já estava na casa da tal de Rosalya, esperando a Monique e a Mônica, já que são as únicas que ainda não chegaram. A casa da Rosalya até é grande e o quarto dela também, mas nunca superará a minha casa e o meu quarto!

— Que demora! – Reclamo e a Rosa ri olhando para o celular dela.

— A Monique já vem, aconteceu um probleminha, mas nada grave. – Diz Rosa e as meninas lhe encaram curiosas.

— O que foi que aconteceu? Conta o babado, gatz! – Pergunta Denise super curiosa, Rosa a encara com uma expressão divertida.

— Olha!

— Eu não A-C-R-E-D-I-T-O! Estou chocadíssima!!!! – Exclama Denise rindo após ler o que estava no celular da Rosa.

Depois dela, todas as meninas começam a ler e rir, mas eu nem dou bola, vindo da Monique aposto que é coisa sem noção, e nem ligo para o probleminha dela. Queria mais é que ela não viesse!

A campainha toca e eu me ofereço para ir atender, já que todas estavam entretidas com sei lá o que, e eu não estava com a mínima vontade de ficar parada lá. Saio do quarto da Rosalya e vou até a sala que dá acesso a porta da frente.

— Oi, Carmem! – Me cumprimenta Mônica assim que abro a porta.

— Oi, Mônica. – Retribuo o cumprimento.

Mônica entra na casa e eu fecho a porta.

— As meninas já estão no quarto? – Pergunta ela e eu concordo.

Assim que vamos subir a escada para ir em direção ao quarto da Rosalya, a campainha toca novamente.

— Já volto. – Digo e abro a porta sem animo, mas assim que abro dou um sorriso enorme por ver o Castiel parado a minha frente. – Olá, Cast!

— Ah, oi Carmem. – Diz ele sem animo algum.

Que homem rústico!

— Pronto, consegui achar a sacola. – Diz Monique agora atrás do Castiel.

— Eu já vou. É bom amanhã não estar de ressaca! – Brinca Castiel e Monique ri.

Que ódio!!!

Ótimo!!! Agora me deu um ódio duplo com esse beijo que ele dá nela.

Escuto uma risada atrás de mim e vejo que todas as meninas estavam olhando para aquela ceninha ridícula. Saio dali ligeiro, fingindo não me importar em ter presenciado aquele momento repugnante.

P.O.V Melissa Chieses

Depois da Carmem subir para o quarto e do Castiel ir embora, a Monique entra e cumprimenta todas nós, muito animada por sinal. Ela parecia realmente estar de bom humor. O que é diferente do normal, ela sempre foi “animadinha”, mas agora, ela está... tipo... bem mais.

— Rosa, aqui está o pedido especial. – Diz ela entregando a Rosa uma sacola plástica com um litro dentro.

— Ótimo, vou preparar agora minhas gelatinas alcoólicas. – Fala Rosa rindo e corre para a cozinha.

— O que tinha na sacola? – Pergunto rindo e a Monique dá um sorriso cúmplice.

— Apenas uma garrafa de vodca, que o Castiel me ajudou a comprar. – Responde e todas as meninas riem.

— Dá para ver que essa festa vai ser ótima! – Confessa Denise e todas concordam.

Depois da Rosa preparar as gelatinas, e nós conversarmos um pouco lá nos pufes do quarto da Rosa, resolvemos brincar de Verdade Ou Consequência, ou como eu gosto de falar: “Interrogatório ou Sacanagem”.

— Quais vão ser as regras? – Pergunto assim que a Rosa coloca a garrafa no meio da nossa rodinha.

— Que tal assim: cada garota tem direito a pular duas perguntas, mas terá que pagar um mico, como ter que correr seminua fora da casa até a esquina, algo assim. E os desafios não podem ser tão pesados, pensem se fosse você realizando o desafio, se você faria, então pode desafiar, caso não, não desafie, pois se desafiar é você que terá que provar que faria, aí se você fazer, a desafiada que não realizou o desafio terá que fazer algo pior que a consequência. – Explica Mônica e todas nós concordamos com as regras.

— Vamos começar. – Diz Magali animada e gira a garrafa.

— Verdade ou consequência? – Pergunta Maria para Magali.

— Verdade. – Fala Magali, e Maria sorri maliciosa.

— Você é virgem?

— Não. – Responde completamente corada.

— Eita! Mal começou e já vêm perguntas comprometedoras. – Exclama Denise e eu rio.

Mais e mais rodadas passam, não havia alguma menina que não tinha pagado consequências ou falado a verdade. A Mônica teve que dançar macarena na frente da casa, Jessica teve que ligar para o corpo de bombeiros e falar: “eu estou pegando fogo, tem uma mangueira para me emprestar?”. Foi cada coisa sem noção e algumas com noções, as perguntas ou interrogatórios, foram as melhores. De você fez essa tatuagem onde, até você pegou onde tanto em um homem, ou até coisas piores. É divertido e confesso que a maioria está meio bêbada pelas gelatinas da Rosa e alguns copos, mas continua sendo uma das melhores festas que já fui.

— Eu te desafio a dar um selinho na Jessica. – Fala Denise para a Monique, a mesma fica surpresa e olha para a Jessica que estava corada.

— Eu topo o desafio, mas não depende só de mim, tudo bem para você, Jessica? – Pergunta Monique e Jessica concorda.

— Não é nada demais. – Fala e logo Monique está de frente com ela, lhe dando um selinho que confesso ter sido fofo. – Se você dá selinhos no Castiel assim, dá de perceber o porquê dele te amar. – Brinca Jessica para descontrair e todas riem, menos a Carmem que sussurra algo mais ou menos como: “Agora a santinha do pau-oco é bi, e a gamer gosta, dá para acreditar?” e depois ri.

Pelo o que percebi a maioria escutou, mas as únicas afetadas foram a Monique e a Jessica, pois elas ficaram com raiva. Depois de mais algumas rodadas, para na Jessica e na Carmem.

— Consequência. – Diz Carmem convencida que vai passar na consequência.

— Desafio você a dar um selinho na Denise. – Fala Jessica com um sorriso malicioso e Carmem parece surpresa.

— O que? – Exclama ela e Monique ri.

— Está com medo do desafio, ou é preconceito? – Pergunta Monique e Carmem parece ficar com ódio.

— Não. É o desafio mais fácil do mundo! – Responde com um sorriso irônico e depois ela dá um selinho demorado na Denise.

Foi só eu que achei que ela quis bater concorrência com a Monique?

~~~~~*~~~~~

Mais algumas rodadas depois, que levaram em desafios mais complicados, resolvemos parar, pois já estávamos bêbadas e havíamos pagado muitos micos.

Fomos até a cozinha e comemos os salgadinhos e docinhos que a Rosa encomendou. Por último, fomos até a sala e começamos a assistir a um filme de terror, pois a maioria votou nesse gênero.

— Ai, que bicho mais feio! – Exclama Carmem após ver uma cena de A Morte Do Demônio que continha uma pessoa estilo demoníaco.

— Acho isto tão bobo. Demônios nem são assim. – Ri Monique e Rosa concorda.

— Verdade, afinal se demônios são anjos caídos, eles devem ser lindos, não é? – Alega Rosa e a Mônica encara elas com uma cara de: “É sério isso?”.

— Demônios são feios, nojentos e malvados. – Diz Mônica e a Monique solta a maior gargalhada.

— Nem todos são assim. O ser humano tem tanto o mal, quanto o bem no corpo, assim como anjos tem sua perversidade, os demônios possuem algum tipo de amor dentro de si. – Confessa Monique e algo nela me fez acreditar que era verdade.

Ela parecia saber muito dessas coisas, mas não por pesquisar. Algo no que ela disse pareceu ser sincero e de uma sabedoria antiga, ela me fez sentir como se tivesse uma alma poderosa, assim como quando eu chego perto do meu irmão.

— É melhor pararmos com estas discussões. – Fala Laura na calma. – Eles nem existem, vamos só voltar a assistir.

Depois disso, voltamos a assistir, mas ainda assim, escutei a Monique sussurrar algo como “eles existem e estão entre nós”, mas não sei se foi realmente isso que entendi, então deixei para lá.

~~~~~*~~~~~

Admito que a cada dia que passo no bairro do Limoeiro, vou me enturmando mais com o pessoal (em especial, a Monique e a Rosalya, aquelas divas), e gostando mais do bairro. O único defeito por aqui é que acho tudo muito tranquilo, sem festas, agitação, nada. Tudo muito monótono.

A única coisa realmente legal que houve nesses dias foi o jogo de futebol da Sexta-Feira, que eu joguei e fiz três gols em cima do time do Bairro das Pitangueiras. Porém, o mais difícil não foi fazer os gols, mas sim, entrar no time.

Ô pessoalzinho machista e ultrapassado que acha que mulher não sabe jogar futebol. Foi tanto trabalho que tive de chamar a Mônica para dar umas prensas nos garotos para que eu pudesse jogar. E o mais engraçado foi o final, quando todos (menos o João, que só estava assistindo) ficaram boquiabertos com meu desempenho. Aquilo sim foi legal!

Vi que ainda era quatro e meia da tarde, e podia fazer o que eu bem quisesse. Resolvi pegar minha bike e ver se tinha algo de interessante no bairro, mas todos pareciam estar em suas casas, pois tudo estava bem quieto.

— Mas que coisa chata. Não tem nada de legal nesse bairro? Ah, quer saber. Vou para o outro bairro ver se está tendo alguma coisa. – Digo a mim mesma.

Saio com minha bike rapidamente indo ao bairro do Abacateiro, que era o mais próximo (fala sério, o nome dos bairros daqui nascem em árvores, literalmente). De tanto correr, acabo derrapando para o lado e machuco meu joelho. Eu devia ter colocado joelheiras como meu irmão e meus pais dizem. Realmente não estava a pior dor do mundo, mas estava realmente difícil para andar.

— Posso lhe ajudar?

Olho para cima e vejo um homem de cabelos longos que chegam até a cintura, sendo eles castanhos. Seus olhos são vermelhos escuros e ele usa roupas bem antigas. Lembrava um pouco as roupas do Lysandre, mas eram em cores mais envelhecidas que as do Lys que eram mais fortes.

— Vou aceitar sua proposta. – Estendo minha mão e ele me puxa. Me encosto em um muro que havia ali perto. – Obrigada por me ajudar.

— Não foi nada. O que ocorreu?

— Estava andando de bicicleta, mas acabei caindo no chão de tão estabanada que sou.

Ele solta uma risada tímida, e eu só reviro os olhos.

— Me diz, você consegue ir pra casa sozinha? Se quiser posso lhe levar.

— Tá tranquilo. Só preciso descansar um pouco que volto para casa sozinha.

— Quer vir até a minha casa? É melhor do que ficar aqui fora, até porque já está escurecendo.

— Desculpa, mas eu mal lhe conheço. Não sou de aceitar propostas de estranhos.

— Pode ficar tranquila, é só por alguns minutos. Você mesmo disse que era preciso apenas descansar para voltar para seu lar. E olhando ao redor, aqui não tem nenhum lugar que você possa se sentar.

— Hum... – Murmuro pensativa, mas acabo dando um suspiro, rendida. – Está bem, mas estou de olho em você!

— Vem, pode entrar. – Ele me guia até uma mansão.

— Pera aí! Sua casa é essa mansão aí?

— Sim.

Entro mancando para a casa dele e, apesar de bonita, tanto interiormente quanto exteriormente, haviam alguns móveis (apesar de poucos) tão empoeirados que pareciam não serem limpados a anos.

— Muito bonita a sua casa. – Afirmo "quebrando" o gelo.

— Toma! Para se hidratar um pouco. – Ele me oferece um copo de água que eu pego com formalidade.

— Obrigada. – Bebo a água com tanta pressa que por pouco não engasgo. – Se me permite perguntar..., qual seu nome?

— O meu nome é... Dimitry.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?
Até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Together By Chance 1 Temporada REBOOT" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.