Robb e Mynisa ficaram felizes em receber Jon no castelo, mas chocados com o que ele trazia.

—Eu trago notícias negras. -ele fala, com um tom de voz sério e solene.

—Você quer dizer sobre essas criaturas que estão se levantando cada vez mais?

—Está ficando pior! -Jon diz, com os olhos arregalados de medo. 

—Jon? -Robb pergunta, preocupado.

—Essas coisas vão atacar de vez! Eu sinto isso irmão! É um ataque final de mortos contra vivos!

Jon faz um sinal para os seus companheiros e eles jogam três dos Caminhantes Brancos na frente da família.

Catelyn chega a gritar de horror.

—Por favor. Prepare o reino! Se nós não nos unirmos vamos morrer!

Robb gritou ordens aos homens e Mynisa mandou corvos com mensagens.

—Parece até que os deuses escolheram isso. Daenerys Targaryen e seus dragões estão em Westeros. Essa é a nossa chance! A chance de lutarmos e salvar as nossas vidas!

Mynisa mandou uma mensagem para Stannis Baratheon e então decidiu por um plano urgente em prática.

—Precisamos ir para Pedra Do Dragão e levar um desses mortos! -fala Mynisa.

—Eu vou. -diz Jon.

—E eu também. -decide Robb.

—Não! Eu vou! -Mynisa rebate, ainda mais decidida.

—Mas você está grávida! -Jon fala, horrorizado.

—Exatamente! Se vocês dois forem ela pode até atacar. Eu estou grávida. Ela não pode me atacar nem me manter como uma refém. 

Mynisa não permitiria que ninguém dissesse não, havia muita coisa em jogo para batalhas de egos.

—Me desculpem dizer isso mas vocês são homens. Vocês são muito levados pela vontade de lutar ou se impor. Eu quem entendo da política sulista. Então eu quem vou, para impedir que as coisas descambem para onde não precisam ir nesse momento delicado por causa do seu desespero.

Ela mandou uma mensagem para a última mulher dragão e torcia para que houvesse um bom senso nela, mais do que em seu pai ou irmãos.

Em Pedra Do Dragão...

Daenerys ficou curiosa desde que recebeu o corvo com a mensagem da filha de Jon Arryn.

—Mortos vivos? Sinceramente, parecem contos para assustar criancinhas.

—Alerto que Mynisa Arryn não parece ser do tipo que acredita em coisas tão Improváveis.

—Então esses snarks são verdade?

—Acho que ela deve ter visto algo que parece corroborar sua opinião. Não me parece que a esposa de Robb Stark seja do tipo leviana.

Daenerys aceitou a palavra de Olenna e esperou.

Então finalmente a suposta rainha e sua comitiva entraram no salão principal.

Ela se sentou no lugar mais elevado, para demonstrar poder.

—Você está diante de Daenerys Targaryen, Nascida da Tormenta, a Não Queimada, Mãe de Dragões, Rainha de Mereen, Rainha dos Ândalos e dos Primeiros Homens, Quebradora de Correntes, Senhora dos Sete Reinos, Khaleesi dos Dothraki, a Primeira de Seu Nome.

Jon deu um passo à frente.

—Você está diante de Mynisa Arryn, O Falcão Do Norte, Rainha Falcão, Rainha Do Norte, do Vale e das Terras Fluviais, a Fundadora do Reino Nortenho. 

—Com licença? Que eu me lembre, não há reis no Norte, nas Terras Fluviais ou no Vale desde que as casas Stark, Arryn e Tully dobraram os joelhos. Não é verdade?

—Sim. Era verdade. -respondeu Mynisa com calma.

—Então vocês não fizeram um juramento de vassalagem para a Casa Targaryen?

—Sim. Fizemos.

—E no entanto, vocês não estão cumprindo seu juramento?

Mynisa reuniu toda a sua paciência com a mulher a sua frente.

Céus era até triste, Daenerys era mais velha do que ela mas não entendia nada sobre Westeros, as leis, ou qualquer obrigação ou diplomacia.

—Elbert Arryn. Rickard Stark. Brandon Stark. Kyle Royce. Jeffory Mallister. Esses nomes soam familiares?

Ela olhou para Olenna Tyrell.

—Você explicou para ela sobre a Rebelião? Por que ela aconteceu e quais são os motivos? 

—Eu disse. -Olenna brada, em um tom defensivo.

—Eu vou explicar passo a passo para relembrar. Rickard Stark era avô do meu marido. Brandon Stark era o tio do meu marido. Ah, e Kyle Royce? Ele era neto de Jocelyn Stark, a tia de Rickard Stark. Oh, e Jeffory Mallister? Ele era filho de tia Celia, a tia do meu avô. A mesma que era noiva de seu avô Jaehaerys antes dele quebrar o noivado com ela. E Elbert Arryn. Lady Olenna, o que Elbert Arryn era meu?

—Seu primo. -ela responde, seca.

—Oh, é isso mesmo! Agora me diga. Qual é a coisa em comum sobre eles? Quem os assassinou?

Mynisa ergueu a sobrancelha, esperando a resposta.

—O rei Aerys.

—Correto. E por que eles foram até a capital? O que um certo princípe fez?

—Rhaegar Targaryen levou Lyanna e desapareceu com ela.

—Oh, deixe me ver. Um príncipe adulto e casado levou uma menina de 15 anos. Estou errada?

—Não. -fala Mace Tyrell, já irritado.

—Existe alguma lei que permita que um príncipe leve a filha menor de idade de seu vassalo sem que a família saiba ou dê permissão?

—Não.

—Agora, vamos ver. Segundo o acordo de vassalagem, o suserano manda e o vassalo obedece. Em troca o vassalo tem direito a proteção de seu suserano, que é obrigado a proteger os direitos legais de seu vassalo. Então revendo isso, eu digo... A Rebelião estava errada? A Casa Targaryen garantiu os direitos de seus vassalos? A Casa Targaryen protegeu seus vassalos?

Daenerys estava em pura fúria.

—Então como podemos ver, nós cumprimos a nossa parte. Foi quando feriram nossos direitos que demos as costas a quem devia ser nosso suserano. Nossa posição é totalmente legalizada.

Mynisa sorriu, sabendo que seu argumento não poderia ser rebatido.

—Mas se nossos vassalos decidirem que vão dobrar os joelhos para você, eu e meu marido dobraremos.

Todos começaram a fazer um burburinho.

—Você desistiria de sua corôa?

—Minha senhora, eu não preciso de uma corôa. Eu sou rainha por que me deram a corôa. Eles imploraram para se ajoelhar para mim. Eu não precisei pedir ou querer. Me deram.

Ela fez sinal para Jon, que trouxe um caixote.

—Mas temos uma guerra muito maior e pior para lidar que a Jogo Dos Tronos.