Invisible Play - Checkpoint escrita por Douglastks52


Capítulo 5
Teste e Conflito


Notas iniciais do capítulo

Passaram-se 6 meses AHAHAHAHAH mas está tudo bem! Agora estou de férias! Terminei o primeiro ano de faculdade e só perdi 60% da minha sanidade mental (▼∀▼) Eu diria que estamos indo bem. Esses meses vou tentar manter as postagens mais constantes.



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Kurokawa dispara sem pensar duas vezes. Ele disfere um soco com sua mão direita e em seguida outro com sua esquerda. Takeda reage rápido o suficiente para bloqueá-los, mas é pego de surpresa pelo chute dado logo em seguida. Jogado para longe com o impacto, Takeda de alguma forma consegue retornar ao solo sem machucar-se: 

—Você ficou bem mais forte desde a nossa primeira luta. -Comenta Takeda. -E você vai continuar a ficar mais forte, Kurokawa.  

—Isso é óbvio, o que você está tentando dizer? -Responde Kurokawa. 

—Pessoas fortes tem responsabilidades, Kurokawa. 

—Takeda, vá direto ao ponto não estou afim de falar sobre moralidade com você. 

—Você é burro demais para perceber, mas por causa da tua luta contra a Marwolaeth várias guilds sabem que você é um novato promissor. É normal que pessoas tentem te recrutar ou até mesmo tentem te matar por vingança. 

—Ahn? Deixe-os virem. Quero ver quem consegue me derrubar. 

Takeda suspira: 

—Esse é o problema, entende? A tua mentalidade. Eu não estou pedindo para você virar um herói da justiça nem nada do gênero. Eu só quero que você entenda que a forma como você trata a vida humana como insignificante gera rancor. E nada motiva mais um ser um humano do que vingança. Por enquanto estamos bem, já que vai demorar algum tempo até eles descobrirem que você lutou no lugar de outra pessoa. Mas você tem que se preparar para as consequências que isso trará. 

Kurokawa percebe que Takeda tinha terminado de falar e arremessa-o para longe com um chute. 

—Ahhhnm?? Foi um bom discurso motivacional, seu pedaço de merda. Obrigado por desperdiçar o meu tempo.  

Takeda recupera o seu equilíbrio com alguma dificuldade. 

—Takeda, acho que está na hora de pararmos de brincar. -Diz Kurokawa manifestando suas garras de energia. 

—Tudo bem, vou ficar um pouco mais sério. 

Kurokawa avança desferindo um ataque com as suas garras. Takeda esquiva-se e acerta-o com um soco. O impacto parecia muito mais pesado do que antes. Kurokawa é atingido mais uma vez e recua. Ele consegue sentir dor ecoando por todo o seu corpo. Os ataques de Takeda carregavam uma grande quantidade de energia. Kurokawa abre o seu inventário e tira Eclipse. 

—Yami! Hikari! Venham! 

A espada divide-se em duas enquanto tatuagens brancas e pretas lentamente se alastram até os cotovelos de Kurokawa. 

—Acho que seria justo eu também ter uma arma. -Diz Takeda materializando uma espada de energia. 

Kurokawa tenta disparar um ataque de energia com sua espada branca, mas Takeda aproxima-se num instante. Kurokawa tenta atacá-lo com sua espada negra, mas Takeda esquiva-se e acerta-o com um soco. Kurokawa ignora a dor e tenta perfurá-lo com sua espada branca. Takeda deflete o ataque usando sua espada. Ele desfere outro soco. Dessa vez projetando Kurokawa para longe. Os ataques de Takeda pareciam fazer seu corpo vibrar. Kurokawa entende que precisa fazer algo para evitar a derrota. Ele imediatamente foca sua atenção em Eclipse: 

—Preciso de mais poder! Hika- 

Antes de terminar sua frase, Kurokawa tem sua garganta atingida por um ataque: 

—Esse é o problema, Kurokawa. -Diz Takeda. -Você precisa ter calma.  

Takeda agarra os ombros de Kurokawa e força suas cabeças a colidirem. 

—Você vai se tornar forte com o tempo. Mas você tem que entender que lutar nem sempre é a resposta para os teus problemas. 

Kurokawa sentindo o seu corpo inteiro vibrar, enquanto a sua mente oscila entre consciente e inconsciente, pergunta: 

—Porque?  

—”Porque” o que?  -Pergunta Takeda 

—Porque os teus ataques vibram? 

—Não é bem vibração, eu estou simplesmente colocando uma grande concentração de mana em meus ataques, então a minha mana persiste por um tempo depois de deixar o meu corpo. Não é tão difícil assim, apesar que eu tenho bastante mana então eu consigo atingir concentrações bem grandes. Nem todas as pessoas teriam esse nível de ataque. Isso é uma das várias coisas que Lyonel nos ensinou...  

Após uma longa pausa, Kurokawa diz: 

—Takeda.... 

—Sim, Kurokawa? 

—Eu vou ficar mais forte...E descer a porrada em você... 

Algo dentro de Takeda morreu. Como era possível alguém ser tão teimoso? Ao mesmo tempo, vindo de Kurokawa talvez isso fosse o normal. Ele respirou fundo: 

—Espero que um dia você entenda. 

As cabeças dos dois colidiram novamente e Kurokawa perdeu a consciência. Takeda colocou-o em seus ombros e começou a andar na direção de casa. Nesse momento, Sasesu e Lizzy continuavam explorando o lar da Bruxa da Floresta. Eles já haviam derrotados três monstros, mas nenhum deles tinha uma gota de sangue mágico. 

—Esses sapos são super irritantes! Mas nós estamos fazendo um ótimo trabalho. -Comenta Sasesu. 

—Bastante velocidade e ataques poderosos, mas morrem facilmente. -Diz Lizzy. -Minha precisão com as kunais está aumentando. Inimigos estão começando a ficar escassos e o chefão pode morrer a qualquer momento. Acho que está na hora adentrarmos um pouco mais a floresta, Sasesu. 

Ele abre seu inventário e retira seu martelo: 

—Tudo bem. 

Enquanto caminham com cuidado, eles começam a notar diferenças na vegetação. O que antes parecia uma ordinária floresta repleta de tons verdes lentamente assume tons mais frios. As árvores que surgem parecem estar secas e sem vida, enquanto um fraco aroma doce e intoxicante paira no ar: 

—Acho que estamos entrando noutra zona do calabouço, os monstros aqui devem ser mais fortes, mas a probabilidade de eles deixarem o cair o item que estamos a procura é maior. -Comenta Lizzy. 

—Essa área tem uma aura sinistra...Não gosto nem um pouco disso... 

Subitamente, o som de algo pesado a amassar folhas secas é ouvido. Os dois percebem que o ruído veio de trás de uma árvore a alguns metros de distância. Lizzy segura suas kunais com mais força e começa a circular a árvore mantendo a distância. Dando passos lentos e se preparando para atacar, ela finalmente anda o suficiente para conseguir enxergar o outro lado da árvore: 

—Estranho...não estou vendo nada... -Diz ela ainda não abaixando sua guarda. 

Por precaução, ela arremessa uma de suas kunais naquela direção, mas apenas a árvore é atingida: 

—Achei que talvez os monstros dessa área pudessem ficar invisíveis, mas não parece ser isso... -Continua ela ainda sem entender o que está acontecendo. 

Ela ouve a voz de Sasesu chamar seu nome num tom abafado como se estivesse muito longe. Mas ao virar-se em sua direção, vê Sasesu ao seu lado: 

—Lizzy, tudo bem com você? -Pergunta ele. -Você parece estranha. 

Ela sente um desconforto em sua cabeça e suas pernas fraquejam. Antes que seu corpo toque o chão, Sasesu segura-a em seus braços. Parece haver uma leve névoa a frente de seus olhos, mas seu corpo está inexplicavelmente confortável: 

—Lizzy? -Pergunta Sasesu novamente. 

—Está tudo bem, só estou um pouco tonta. 

Sasesu sorri: 

—Ainda bem que eu estou aqui com você. 

—Sim, ainda bem que você está aqui... -Repete ela como se estivesse se deixando ser levada por aquela sensação agradável. 

Eles encaram-se e mantêm-se calados por alguns segundos. Como se fosse natural, seus rostos lentamente se aproximam. Lizzy fecha seus olhos até que novamente ouve a voz de Sasesu chamar seu nome. Ela abre seus olhos e olha a sua volta procurando de onde vem o som: 

—O que está te incomodando Lizzy? -Pergunta Sasesu. 

Ela respira fundo e pergunta: 

—Sasesu, você me ama? 

—Claro que sim, Lizzy. -Responde ele sem hesitar. -Eu faria tudo por você. 

Ela finalmente entende o que está acontecendo. O seu coração começa a bater mais rápido enquanto os seus olhos queimam com ódio. Ela arremessa Sasesu para longe com o soco mais forte que consegue desferir enquanto grita: 

—Você não é o Sasesu!! Quem está brincando com os meus sentimentos?? 

Sem saber onde o inimigo está e procurando um alvo para a sua raiva, ela corre na direção da árvore e atravessa-a com o seu punho. O impacto é forte o suficiente para fazer sua mão sangrar e dor pulsa pelo seu corpo. No instante seguinte, ela percebe estar parada observando o céu: 

—Lizzy!!!! -Grita Sasesu protegendo-a de um ataque. 

Os dois são arremessados para longe, mas Lizzy sofre poucos danos. Ela observa o corpo de Sasesu e vê várias feridas profundas: 

—Que bom, você acordou... -Suspira ele. 

—O que aconteceu?  

—Não sei, estávamos nos aproximando da árvore quando você foi atingida por um feitiço e entrou em transe.  

Ela levanta-se e retira outras kunais de seu inventário enquanto observa aquele ser de pele verde, um nariz longo e face deformada caminhar em sua direção: 

—O cajado dela é mágico, os impactos são muito mais poderosos do que parecem. -Explica Sasesu. -Ela também consegue usar magia de fogo e controlar a natureza.  

—Obrigado, Sasesu. -Responde ela. -Pode deixar o resto comigo. 

Ela respira fundo e se acalma. A ira descontrolada em seu corpo é moldada numa arma de destruição precisa: 

—Arte Ninja - Manipulação de fios. Arte Ninja – Passos Ocultos.  

Lizzy desaparece da visão de seu oponente enquanto espalha fios entre as árvores a volta. A bruxa, vendo Sasesu indefeso no chão, começa a conjurar uma bola de fogo. Lizzy pega impulso em dos fios e atravessa de um lado ao outro. Sem entender o que aconteceu, a bruxa vê a sua mão que carregava o cajado cair no chão. Sangue escorre e ela grita em dor. A bruxa dá alguns passos para trás enquanto tenta manipular a vegetação a sua volta para formar uma defesa.  

Lizzy pega impulso em outro fio e voa de um lado ao outro muito mais rápido do que olhos conseguem acompanhar. Os galhos bloqueiam seu ataque e o corte na pele de seu inimigo é superficial. Mas sua velocidade apenas continua a aumentar. Outro corte é desferido. Antes dos galhos tocarem o chão, Lizzy atinge outro fio e impulsiona-se numa direção diferente. Mais um ataque. Outro. Ainda mais rápido do que antes. Em questões de segundos já não há nada que a bruxa possa usar para defender-se. 

Lizzy decapita seu oponente na velocidade de um raio e retorna ao chão. O corpo daquele monstro começa a desfazer-se em partículas brilhantes, deixando para trás apenas uma pequena joia carmesim. Ela aproxima-se e confere o item: 

—Isso é uma gota de sangue mágico! 

—Bom...trabalho! -Sorri Sasesu quase inconsciente. 

Lizzy rapidamente aproxima-se: 

—Desculpa...é culpa minha você estar nesse estado... 

—Está tudo bem, eu sabia que era perigoso vir aqui, mas eu escolhi vir mesmo assim. 

Ela ajuda-o a levantar-se: 

—Muito obrigada... 

—De nada. -Responde ele. -Já agora, porque você ficou tão irritada depois de ter sido atingida com o feitiço dela? 

—Ela estava me torturando numa ilusão... -Disse Lizzy com um olhar zangado. 

—Bastante medonho. Mas isso é um pouco estranho, faria mais sentido ela te mostrar uma ilusão agradável para você não querer sair de lá. 

Lizzy cora e atinge Sasesu com leve soco: 

—Não gaste energia falando à toa...você está machucado... 

—Acho meio contraditório você dizer isso depois de me socar... -Responde Sasesu. 

Lizzy levanta sua mão novamente na forma de uma ameaça e Sasesu entende que está na hora de ficar quieto.   


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Notas finais do capítulo

Gostei bastante de escrever esse capítulo, estou conseguindo deixar a relação do Sasesu e Lizzy bem fofa ♥(ˆ⌣ˆԅ)



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