Coisas escrita por Fanfictioner


Capítulo 1
You've got that one thing


Notas iniciais do capítulo

Apenas uma One Jily, super clichê, fluffy e docinha, aproveitando o mês do nosso casal favorito para exaltá-los.

Usei como headcanon a ideia de que James e Lily se aproximaram no sétimo ano, sem todo aquele drama de se odiarem e tal... por aqui enemies to friends to lovers é o que há (embora essa one seja especificamente friends to lovers), e me inspirei na letra de One Thing, da perfeita e saudosa 1D.
Espero que gostem!
Vejo vocês nos comentários!❤



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— Preparado para o jogo então, Potter? – provocou Lily, cumprimentando-o quando ele chegava para tomar café da manhã.

Os dois distintivos brilhavam sobre o uniforme dele, e a vassoura de corrida que carregava parecia ter sido polida para o jogo daquela manhã.

Tornar-se monitor-chefe no último ano tivera suas vantagens. Apesar do acúmulo colossal de funções e deveres, e da dificuldade que era conciliar treinos de quadribol, revisões para os NIEMs e patrulhas de corredores, James gostava do cargo que recebera.

Claro, o banheiro dos monitores era bom demais para não ser considerado um atrativo à função, e ser útil aos calouros era algo que realmente aquecia o coração. Mas o benefício maior era, na percepção de James, a aproximação inevitável, e muito agradável, que vinha tendo com Lily Evans.

— Nasci pronto, Evans... – devolveu ele, dando uma piscadinha ao se sentar à mesa. – Vai assistir ao jogo hoje?

Tudo naquele cumprimento era uma provocação amigável. Já fazia um tempo, desde antes das férias de verão, que eles tinham se tornado amigos o suficiente para se chamarem pelo primeiro nome. E James sabia bem que Lily Evans não era do tipo que assistia jogos de quadribol, à exceção de quando Marlene Mckinnon, sua grande amiga, fizera parte do time, dois anos atrás, e talvez algumas outras raras vezes.

— Quem sabe?

Ela piscou de volta, dando um sorrisinho de lado e direcionando, em seguida, sua atenção a uma conversa com Remus e Mary Macdonald. James deu um risinho do jeito dela. Não eram grandes amigos, como ela era com Remus, e certamente não eram apenas colegas de casa, como James agia com Mary, por exemplo.

Era algum lugar no meio disso, que envolvia, sem se limitar a isso, conversas próximas e interações que não tinham coisa alguma a ver com a monitoria, Lily rir absurdamente das piadas ruins dele e sessões conjuntas de estudo. E, mais recentemente, incluíra também Lily estar sempre provocando ele com brincadeirinhas, ou tocando-o no braço quando conversavam.

Não era como se James ignorasse aquilo, já que aqueles sentimentos que tinha por ela não haviam mudado nos dois últimos anos. Ele só tentava não criar expectativas demais, porque Lily já tinha deixado bem claro que não estava interessada, e ele não gostaria de ser grosseiro, nem de se decepcionar com algo que não aconteceria.

Embora, é claro, seu estômago desse gostosos solavancos quando Lily gargalhava perto dele, e seu coração acelerasse quando ela caminhava em sua direção, às segundas pela manhã, com o cabelo sacudindo como fogo atrás de si e lhe estendia um papel, dizendo “Bom dia, James. Aqui está a pauta da reunião de hoje.”, e saía com um sorriso, largando um traço perfumado no ar.

Mas provocar não matava ninguém, e James gostava desse tom deles. Como uma piadinha interna.

A primeira partida de quadribol do ano era entre grifinória e lufa lufa, no meio de outubro, e James tinha uma particular sensação de que ganhariam com facilidade. Era disso, ao menos, que ele, como capitão, tentava convencer sua equipe cerca de uma hora depois, no vestiário do time.

— Não precisamos de nervosismo agora, precisamos de habilidade. Habilidade de cada um de vocês. Então quando pegarem suas vassouras e entrarem em campo, quero que lembrem que temos chances reais de ganhar, e façam sua parte da melhor forma! – os sorrisos de admiração eram o bastante, e James trancou o maxilar para esconder a tensão.

Estavam todos enfileirados para entrar em campo, alguns batendo nos músculos para se aquecerem, e outros murmurando coisas ininteligíveis. Sirius, imediatamente atrás de James na fila, segurando o bastão de batedor, sussurrou no ouvido do amigo.

— Boatos de que Lily veio assistir você. – disse ele com uma malícia incontida.

Houve um arrepio perpassando a espinha dele, seguido de uma revirada no estômago.

— Boa tentativa, Almofadinhas. Lily não gosta de quadribol. – respondeu, tentando ignorar as sensações físicas, ao que Sirius deu um risinho debochado.

— Mas gosta de você, imbecil.

James poderia, de fato, ter ignorado completamente o comentário de Sirius, mas sua curiosidade foi maior, e durante a primeira volta que deu com a vassoura concentrou-se em procurar Lily nas arquibancadas. Talvez perto de Aluado... não. Não havia sombra de Lily, ele sabia.

Ao assumir sua posição no campo, nos segundos que faltavam ao início da partida, sua visão periférica percebera um movimento incomum na arquibancada ao seu lado. Completamente caracterizada, com cachecol do time e o rosto todo pintado de vermelho e dourado estava Lily Evans, berrando em apoio.

— Boa sorte, James! – ele ouviu, e jurou por Merlin que fora ela.

— Caralho, Pontas! Concentra! – berrou Sirius a seu lado.

O jogo já começara e ele tinha ficado ali, parado e com o coração acelerado demais. Lily definitivamente tinha alguma coisa que mexia com ele. Era como uma espécie de imã que desestabilizava, momentaneamente, todos seus sentidos.

A simples presença dela ali fizera com que James colocasse duzentos por cento de si em jogo, numa inconsciente tentativa de se exibir a ela, afinal, Lily Evans não assistia jogos de quadribol, e seria muito papelão a grifinória perder justo naquele dia, com uma espectadora especial presente.

Quando Emmeline Vance, a mais nova jogadora do time, apanhou o pomo de ouro, foi imediata a reação de procurar Lily na arquibancada e dar um sorriso enorme e vitorioso na direção dela, que vibrava com as amigas.

Havia aquela balbúrdia gostosa e muito agitada no vestiário, todo o time estava com a moral nas nuvens, orgulhoso da primeira vitória do ano ter sido dos leões, e James nem mesmo conseguia parabenizar seus atletas pelo desempenho.

— Alguém achou a Lily, no final das contas. – provocou Sirius, dando um risinho zombeteiro enquanto se trocava.

— Ah, é. Ela veio, afinal.

O sorriso de James devia doer de tão largo, e ele estava meio corado, com o peito estufado demais.

— Você podia adiantar as coisas com ela, Pontas. Eu não estou nem um pouco a fim de ter que pagar dois galeões ao Aluado.

— Pagar ao Aluado?

— Apostamos quanto tempo ia demorar para vocês dois finalmente se pegarem, como está na cara que querem. Eu disse que antes do Halloween, mas Aluado insistiu que Lily enrolaria você mais... – disse ele, vestindo o casaco.

— Não está nada na cara. – protestou James, arrepiando os cabelos. – Lily já disse que não quer nada comigo, Almofadinhas.

— É claro. E eu sou virgem, Pontas.

**

A sala comunal estava bastante tumultuada, e alguém tinha colocado música das Esquisitonas num volume que Mcgonagal com certeza não aprovaria, mas James não estava ligando nem um pouco. Tinham ganhado a partida!

— Grande jogo, Pontas! – cumprimentou Remus, estendendo-lhe um copo de cerveja amanteigada.

— Você viu?! Fomos incríveis! Pete sumiu?

— Ele e Mary estão... ocupados. – e indicou com a cabeça uma poltrona que estava ocupada pelos dois, num amasso intenso. – Você viu que Lily assistiu ao jogo hoje?

— Vi. Almofadinhas me contou.

James estava fazendo um grande esforço para não deixar na cara que estava procurando Lily pelo salão, embora estivesse realmente interessado em conversar com os amigos.

— Pontas é um emocionado, você não viu a cara de paspalhão dele quando a viu? Estava todo eriçado, quanto de hormônio você está retendo aí?

Sirius chegara, com uma dose de uísque de fogo servida em um copinho de papelão, dera um tapinha no peito de James e sentara-se no apoio de braço do sofá que havia do lado, lançando uma piscadinha a uma aluna do sexto ano.

— Ah, vai a merd-

— Jogou muito bem, Potter.

De repente, foi como se houvessem apertado um botão em James, porque ele ficou alerta e deu logo seu sorriso mais galante, de modo quase inconsciente, brincando com a provocação de Lily e atrapalhando os cabelos.

— Olha só se não é a mais nova apreciadora de quadribol.

— Nah. Quadribol continua sendo péssimo, eu só tive meus motivos hoje mesmo. – respondeu ela, com um sorrisinho quase maldoso brincando na boca.

O corpo de James se esquentara de maneira imediata, e não havia qualquer relação com o esforço do jogo. Não. As mãos foram ao cabelo no mesmo segundo, e a postura ficou relaxada e mais inclinada na direção de Lily, enquanto Lily morderia um cantinho da boca e colocaria o peso do corpo todo uma perna só, aquela mais perto de James.

“Uma manifestação corporal clara de interesse” comentaria Remus a Sirius, baixinho, ali ao lado.

— Pode admitir que foi me ver, Lily.

— Eu não diria nem se fosse verdade, James. – ela devolveu, dando um aperto suave no ombro dele enquanto saia, a provocação clara. – Vou falar com Lene, com licença.

Era como se James pudesse subir pelas paredes, seu corpo ardendo com aquela excitação boa que eram essas brincadeiras sutis dele e de Lily.

— Lily sabe ser má quando quer, não é? – disse Remus, rindo-se.

— Alguém vai precisar de um banho frio se não quiser problemas. – implicou Sirius, ao que James mostrou-lhe o dedo do meio e apenas bebeu seu copo de cerveja, acompanhando Lily com o olhar.

— Vocês acham que ela faz a sério? Essas provocações, eu digo.

— Ah, pelo amor de Merlin! Sua cabeça de baixo está atrapalhando mesmo a de cima, Pontas!

— Ela faltou puxá-lo pelo pescoço! E só não fez porque eu e Sirius estamos aqui.

Mas James ainda achava que era só brincadeira de Lily, que ela fazia aqueles comentários e dava aqueles sorrisos pela provocação amigável que tinham estabelecido como alicerce da relação deles. Quer dizer, ele tinha aquela queda absurda nela há tanto tempo, que parecia quase um roteiro de ficção que agora ela resolvesse retribuir o interesse.

Os cabelos dela estavam tão bonitos naquele dia, e as tintas vermelha e dourada ainda estavam formando duas listras em cada uma de suas bochechas, fazendo seus olhos se destacarem mais do que o normal. James poderia facilmente ficar admirando Lily à distância, cobiçando-a, desejando-a em um segredo não tão secreto.

Mas como capitão do time que vencera o jogo, ele tinha o dever de comandar a diversão, por isso conversou com todo mundo que pode, serviu cerveja amanteigada e até mesmo jogou xadrez de bruxo com primeiranistas. Dançou com Sirius, e colocou uma gravata da casa amarrada na testa enquanto se esbaldava na diversão que era a comemoração pós quadribol de sua casa.

— Cansado? – alguém perguntou, sentando-se ao seu lado no sofá.

James estava deitado torto, com as pernas dobradas sobre o encosto e o tronco esparramado no assento, de olhos fechados, ouvindo os barulhos variados que o fim da confraternização provocava. Fora o perfume, somado à voz melodiosa, que o fizera reconhecer ser Lily, permitindo que ele desse um sorriso antes de abrir os olhos para encará-la, de cabeça para baixo.

— Relaxando a vista apenas. – os óculos redondos estavam descansando sobre seu peito, e Lily tomou-os para experimentar. – Curtindo a festa pós-quadribol?

— Ah, nem tanto. Mary foi se agarrar com Peter, e Marlene e Alice estão bebendo com seus amigos. – indicou a rodinha formada por Sirius, Remus, Frank Longbottom, dois alunos do sexto ano e as amigas, que bebiam uísque de fogo. – Aí meu Merlin, você é cego!

James riu da reação dela, que logo esfregou os olhos e tirou os óculos, entregando-os ao dono.

— A vantagem é que agora você tem o privilégio da exclusividade da minha companhia. – disse ele, piscando em provocação, sem se preocupar em levantar-se.

— Eu chamaria de azar, sabe.

Não que ele fosse admitir em voz alta, mas essa língua ferina de Lily era uma coisa que ele gostava. Esse humor ácido, geralmente direcionado a ele, escondido sob a aparência doce e solícita dela, era uma das coisas que James mais gostava em Lily. Por isso fazia sempre um esforço para que esse traço de personalidade viesse à tona. Lily, no fundo, era tão marota quanto ele ou Sirius.

— Afinal, foi um jogo tão importante assim? – perguntou ela algum tempo depois. – Quer dizer, foi só o primeiro da temporada... por que essa festa toda?

— Abrimos o maior score de pontos dos últimos três anos, Lily. É quase impossível que alguém nos alcance, basicamente ganhamos a taça hoje.

— Como sua vassoura levanta você e o seu ego juntos?

Ele não conteve uma gargalhada.

— Certo, essa foi boa. – ele mexeu no cabelo, e Lily tinha um sorriso espontâneo tão bonito que houve uma queimação nas entranhas de James.

— Você joga há bastante tempo, não é?

— No time, desde o quarto ano. Que nem Emmeline.

Ele indicou a menina que comia bolo, jogando com os amigos, e em seguida pegou o velho pomo de ouro, que afanara do material da escola quase dois anos atrás e ficou jogando para cima, atraindo ainda mais a atenção de Lily.

— Mas aprendeu a jogar cedo. Sirius me disse que jogava desde criança...

— Crianças bruxas gostam de duas coisas, Lily. Varinhas de alcaçuz, e quadribol. Procure uma exceção, e falhe.

— Remus. – disse ela em tom de desafio, tentando roubar o pomo antes que James o agarrasse no ar.

— Aluado é maluco, já disse isso muitas vezes.

Lily revirou os olhos em nítida satisfação quando conseguiu pegar a bolinha antes de James. As asinhas metálicas estavam enferrujadas e já mal batiam, de maneira que Lily ficou girando o objeto na mão com um vivo interesse.

— Mas, uhm... falando sério. Meu pai era jogador no tempo dele de escola, um excelente jogador. Era apanhador. Acho que ele esperava que eu fosse tão bom quanto, e fico orgulhoso de ser capitão. – Lily achou bonitinha a forma como James sentia orgulho do legado do pai.

— Bem, mas afinal... se você joga há tanto tempo, e se é tão bom assim, Potter, — James abriu um sorriso à menção provocativa do sobrenome dele. – por que estava tão avoado hoje?

Ela arremessou a bolinha de volta para James, que se atrapalhou todo quando o pomo de ouro escorregou por sobre ele em direção ao chão. Claro, a pergunta indiscreta e bastante cheia de malícia de Lily também ajudava nessa paspalhada.

— Não estava avoado! – protestou, mexendo nos cabelos. – Eu fiz oito gols!

— Se você diz.

— Em minha defesa, Evans, você podia ser uma grande pé-frio, eu estava preocupado.

— Eu?! Pé-frio?

— Você nunca assiste aos jogos, e nós sempre ganhamos. Se você simplesmente aparece para me-, para nos assistir, então estraga o ritual de jogo. Podia ter saído tudo errado hoje.

Lily gargalhou, e James apreciou toda a graça do riso solto dela. A boca beijável demais para estar tão perto da dele, ainda que vista de cabeça para baixo.

— Então a culpa seria minha?! – ele assentiu e ela riu mais. - Ah, por favor! Admita que sou sua kriptonita, James!

— Minha kripto-o-quê? – perguntou confuso.

— Kriptonita. É o ponto fraco de um super herói trouxa. É um cristal verde, com propriedades mágicas ou coisa assim. Ele afeta o herói e o deixa fraco, sem poderes, algo do tipo.

— Ah! Tipo seus olhos, ruiva?

Fosse pela intensidade com que James a olhava, fosse pelo sorriso malicioso que ele exibia, Lily corou um bocado, dando um risinho constrangido e levemente maldoso.

— Está dizendo que eu afeto você, Potter?

— Ah, quem você não afeta, ruiva? Meu coração está acelerado só de pensar que você está pertinho assim. – não era mentira.

— Você parece normal para mim. – ela riu.

— Anos de prática em parecer tranquilo do seu lado. Qual é, não posso deixar você saber que me deixa todo idiota, você implicaria comigo até o fim dos tempos.

Era difícil dizer quem estava gostando mais do rumo daquela conversa. James soltava as verdades do que sentia sobre Lily em um tom de piada e provocação, embora soubesse que ela era sutil o bastante para notar que ele estava sendo sincero. E Lily, bem, o jeito como ela se inclinava levemente na direção de James, ainda deitado torto no sofá, não dava a menor impressão de ela estar achando ruim aquela clara confissão de interesse da parte dele.

— Eu deixo você idiota?! Achei que você fosse um idiota, Potter.

— Eu me esforço mais quando estou perto de você, Evans. É uma dedicação especial para conquistar seu coração.

— E você acha que está funcionando? – ela perguntou, dando um sorriso e mordiscando o lábio.

— Você ainda está aqui... tem algum motivo, não é? Que nem ir ao jogo, e me deixar todo distraído. Você e seu pé-frio não me saiam da cabeça.

— Prometo não ir mais, para sair logo da sua cabeça.

Será que Lily sabia que ficava especialmente sexy com aquela mecha de cabelo caindo pela testa? E com a tinta pintada no rosto quase toda desbotada, dando aquela mordida no lábio e com os olhos verdes brilhando como aquela tal kriptonita... tudo nela era sexy e atraente!

— Só saia da minha cabeça se for para cair nos meus braços, por favor!

Essa devia ser a pior cantada da história! James sabia que fora muito idiota, mas ele tinha bebido cervejas amanteigadas demais, e Lily estava muito perto, perfumada demais, bonita demais vestida para torcer para o time de quadribol de sua casa, ele merecia um desconto.

— Sair da sua cabeça para cair nos seus braços?! – insistiu ela, rindo.

— Horrível, não é?- respondeu, rindo também, embaraçado.

— Foi uma boa tentativa.

Então, contrariando todas as expectativas, Lily se inclinou sobre ele e beijou-o. O ângulo não era, nem de longe, o melhor, mas a boca de Lily encaixou-se tão bem na dele naquele selinho repentino, e foi uma decisão boa demais para ter sido tão impulsiva, para ser um beijo com tanta cara de experimentação.

Era tipo de experimentação que deixava um gostinho de “quero mais”, porque a boca de James era macia e extremamente beijável, e o gosto adocicado da cerveja amanteigada fazia Lily querer se afundar completamente nos lábios do monitor-chefe.

James quase rolou para fora do sofá tentando se sentar apropriadamente, abobalhado, atrapalhado e chocado. Lily tinha acabado de beijá-lo? Ou ele tinha enlouquecido de vez?

— Acabei de me lembrar. Eu e você temos patrulha dos corredores hoje à noite, Potter. – disse ela casualmente. – Não se atrase, nem beba demais.

Ela levantou-se, deu um tapinha suave na perna dele e saiu em direção ao grupinho de jogos etílicos das amigas, dando um sorrisinho malicioso de satisfação. James não era idiota nem irresponsável, sabia os horários da monitoria de cor! Eles não tinham patrulha coisa alguma, era dia dos monitores-chefes da corvinal! A compreensão o fez sorrir abobado, umedecendo os lábios para sentir o gosto da boca de Lily outra vez.


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