O Segredo de Pendragon escrita por Dandy Brandão


Capítulo 11
Capítulo 10 - Visões


Notas iniciais do capítulo

♥ Na imagem de hoje, nosso novo personagem, o Sig, discípulo de Zayin.

Recapitulando o capítulo anterior:

Valkyon chegou ao seu novo destino... Nosso rei e suas companheiras de Pendragon são recebidos alegremente pelo discípulo de Zayin, Sig.
Entrando no castelo, uma estranha criatura parece o ameaçar, mas logo descobrem que é apenas a totem de Sig, Sisi, que traz notícias importantes para o rei
Ahriman vai visitar o seu antigo guarda preso por tentativa de roubo e lhe faz uma proposta em troca de tirar-lhe da prisão....


♥ Boa leitura!



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Capítulo 10 - Visões

Reino de Corbeau, Ducado de Cohen, se aproxima o crepúsculo…

2º dia de viagem

“Temos ótimas notícias vindas do norte de Cohen.”

Assim que o discípulo de Zayin encerrou a sua frase, de forma instantânea, todas as moças de Pendragon se viraram para ele, esperando sua reação extraordinária. Entretanto, contrariando suas expectativas, Valkyon apenas piscou os olhos, sem transparecer qualquer ansiedade no rosto e apenas lhe perguntou:

— Que tipo de notícias? — a verdade era que Valkyon estava ansioso, porém, naquele território, mesmo com toda sua proteção, ele não poderia ser descuidado. Todos já acreditavam que sua partida para Cohen foi muito apressada e quase um ato desesperado, mas , tinha plena consciência de que tudo aquilo envolviam riscos… Em algum grau.

Sig se aproximou, segurando ainda em seu colo sua totem, Sisi.

— Vossa majestade permite que Sisi empreste seus olhos? — ele estendeu o animal à frente de Valkyon, que observou os olhos verdes brilhantes da pequena criatura. Sisi esticou seu corpo para se aproximar dele, esperando algum sinal de abertura dele para agir. — Só precisa estender a mão e fechar os olhos.

Todos os encaravam com atenção, aquela parecia uma pequena prova de confiança por parte do rei de Pendragon aos anfitriões. Ou era assim que todos compreendiam. Valkyon estendeu a mão, sem dizer uma palavra sequer e esperou o que viria em seguida. Aguçando os sentidos, o passo de uma das Valquírias vacilou ao seu lado, ele só não pode perceber quem era. Aisha quis intervir, dando um passo à frente, mas sabia que já era tarde demais. A gata prontamente encostou sua cabeça sobre a palma firme do jovem rei, os pelos negros acinzentados dela roçaram sobre a pele dele, de forma gentil, preservando o respeito por sua autoridade.

Entretanto, aquela pequena criatura preta transformou-se ao redor da palma de Valkyon em uma forma sem definição de sombra… Pura sombra.

As Valquírias deram um passo à frente, sem entender o que acontecia. Olhavam fixas para aquela “coisa” ao redor do braço do rei. Enquanto Valkyon permaneceu quieto, ainda aguardando os próximos passos do totem. No meio daquela sombra, surgiram dois grandes olhos verdes incandescentes e, somente assim, os olhos de Valkyon embaçaram, porém seu corpo permaneceu de pé, como se estivesse em um transe profundo.

Em uma floresta, fumaça branca espalhava-se ao redor, turvando a visão de qualquer observador. Porém, os olhos brilhantes e bem-adaptados de um gato conseguiam se acostumar com aquela bruma. O sol aos poucos despontava no horizonte, mas as copas frondosas das árvores ofuscavam a luz tímida. Viajantes caminhavam na pequena trilha pouco coberta por folhas secas e os passos rápidos do pequeno animal logo os alcançaram, preservando uma curta distância, para talvez ouvir os rumores daqueles que traziam notícias de outras terras…

“Um dos nossos se foi para Pendragon, com aquele colar…” o mais velho do grupo falou em um tom baixo.

“Eles não voltarão para nós? “ uma criancinha perguntou, a voz cabisbaixa.

“Creio que não.” respondeu o senhor, um pouco mais sério.

“Por que eles não procuraram pelo dono do colar aqui? Por que foram pra tão longe…?”os passos da criança alcançaram o senhor, seus pézinhos quebravam as folhas em pequenos pedaços.

“Eles procuraram o dono… Mas ninguém soube do paradeiro dele…” respondeu um homem ao lado do senhor. Ele carregava uma grande sacola, onde os poucos pertences da família eram alocados.

“Na verdade, não. As pessoas aqui sabiam bem onde o homem estava, mas não ousaram dizer.” a voz do senhor estava ainda mais grave. “Depois que eles se foram, eu ouvi os múrmurios… Dizem que ele está para o leste, nos arrozais de Cohen. Ele…” de repente, a família inteira parou com o barulho de um baque sobre as folhas da floresta. Como estavam acostumados a viajar pelas florestas, a procura de um local para se estabelecer, eles já espreitavam, de olhos arregalados, esperando um ataque. Porém, era a própria Sisi que deixara sua forma de sombras e pulou do galho de uma árvore, para ouvir melhor. Pretendia ser o mais silenciosa o possível, mas seu plano falhou.

“É melhor deixar este assunto de lado. Certos assuntos é melhor deixar no escuro…”

Valkyon piscou bem os olhos, saindo daquele pequeno período de transe. “Nos arrozais… Uma pista.” Ele não se importou quando Sisi se desenrolou de seus braços e deslizou, ainda como uma pequena sombra, para o colo de Sig. Depois de algumas perguntas, Valkyon explicou detalhadamente o que ele viu e Sig ratificou, dizendo em seguida:

— Ela pede desculpas, majestade, por seu erro. — o discípulo se curvou — Nós sabemos como localizar essas pessoas, seu ritmo deve ser lento, elas não estão longe daqui. Sisi os encontrou por acaso, Kiky está os acompanhando. Eu posso ir agora mesmo e buscá-los e…

— Amanhã. — Valkyon interrompeu. — Se você pode localizar essas pessoas, iremos até elas amanhã. Estamos todos cansados de viagem… Obrigado pelo seu trabalho duro.

Sig piscou muito os olhos antes de se curvar novamente, pedir licença, e sair com Sisi andando ao seu lado. Talvez ele não teve a sua resposta esperada. E, provavelmente, todas as moças de Pendragon também não. Elas encararam Valkyon com certa descrença, em especial Aisha… Ela pensou que o rei se mobilizaria para sair em retirada naquele momento.

A atitude do jovem rei mudou, repentinamente e nada a deixou mais intrigada.

— Tudo bem, a estada dos senhores aqui é curta e devemos aproveitar o tempo o máximo possível. Não se preocupe — o duque se aproximou de Valkyon, mais cortês impossível. Sua mão enluvada pousou sobre o ombro do rei — Sig cuidará disso até amanhã, quando nós vamos assumir a liderança nessa busca.

 

Final da noite, ducado de Cohen

 

Valkyon não teve muito tempo para pensar, ocupou-se com seus cuidados pessoais e planejamentos para o próximo dia durante o resto da noite e, perto de se recolher, já um pouco sonolento, sentiu falta de algo. Não, não estava pensando em seu irmão — que o era sua maior saudade naqueles últimos meses — era outra coisa… que estava em algum lugar por ali, mas naquele dia não esteve por perto. Quando se deu conta, estava na porta dos aposentos de Aisha e, somente lá, lembrou-se: era o fragmento encontrado na Vila das flores. A energia dele parecia rondar todo o seu corpo e sentiu falta de ver aquele objeto perto de si de novo.

Assim que bateu à porta, a resposta veio rápida.

— Não é hora de vir à porta de uma dama, majestade. — Aisha apareceu numa fresta da porta, de sobrancelhas levantadas.

— É bem rápido. Eu só preciso te pedir uma coisa. — ele deu um passo à frente, observando os olhos escuros dela medirem sua figura de cima a baixo. Poderia parecer estranho, mas Valkyon pouco se importava. Aquele fragmento tomou uma importância para si que não sabia dimensionar.

A moça não deixou de evitar arregalar os olhos e a porta se abriu, lenta e silenciosa, revelando o belo aposento onde ela foi alocada. Uma brisa adentrava pela varanda, balançando as cortinas vermelhas e apenas a luz da lua cheia, quase minguando, iluminava o ambiente. Assim como Valkyon, a princesa usava roupas de dormir, apenas vestiu um roupão para receber seu visitante. De certo estava pronta para se recolher. Ela pensou em sondar o jovem sobre sua mudança de atitude mais cedo, porém estava tão cansada que não conseguiu reunir forças para ter uma conversa deste nível com ele. Outra hora, talvez, pudesse compreender os seus motivos.

Porém, não esperava que Valkyon surgisse no meio da noite para procurá-la, suas expectativas subiram em um nível estrondoso. Ela estreitou os olhos, observando os passos dele.

O rei adentrou no quarto e seus olhares ansiosos percorram o quarto até parar na penteadeira onde a pequena bolsa aveludada de um azul-escuro como o início da noite estava repousada.

Aisha acompanhou o olhar dele e soltou um suspiro longo, seus ombros até mesmo baixaram, pondo uma mecha de seus cabelos cacheados para trás.

— Valky… Você veio aqui para ver aquilo? — ela relaxou a postura e também os seus modos, já que estavam sozinhos.

— Sim. — ele se virou, o tom frustrado da moça passou desapercebido — Na verdade, eu queria que você me entregasse ele. — Valkyon foi direto ao assunto, pensando ser tarde demais para algumas delongas sobre os seus motivos. Apesar de que o temperamento de Aisha já lhe era velho conhecido, estava ciente que algumas perguntas seriam feitas.

A princesa piscou muito os olhos, sem esconder a sua surpresa pelo pedido dele. O próprio tinha deixado em seus cuidados aquele objeto estranho e potencialmente perigoso para a segurança dele e, agora, pedia-lhe de volta?

— Posso saber pra quê? — uma mão se alocou em seus quadris, as sobrancelhas se levantaram, tal como uma mãe questionando os desejos infantis de um filho.

— Eu sinto que preciso tê-lo por perto. Tive uma sensação estranha… diferente quando… — o sonho invadiu a sua mente novamente e Valkyon balançou a cabeça tentado esquecer aqueles sentimentos amargos que as imagens traziam. Aisha não deixou de perceber aquela movimentação dele e se aproximou encarando os olhos amarelo-ouro do rapaz.

— Você está bem?

— Sim, eu só preciso estar com o fragmento.

Ela respirou fundo e foi até a penteadeira. Quando voltou, Valkyon estava acomodado em uma banqueta acolchoada ao lado da cama. O brilho da lua banhava seu corpo inteiro, fazendo-o parecer um ser iluminado, seus olhos atentos cintilavam, esperando por aquele momento, como uma criança espera um doce a muito tempo prometido.

A princesa se acomodou ao seu lado e abriu a bolsinha, logo entregando-lhe o fragmento. Valkyon abraçou-o com ambas as mãos e permitiu que o feixe lunar também banhasse aquele objeto. Ao seu toque, o pequeno pedaço de cauda se encheu de luz, tornando-se quase uma lamparina de tão brilhante. O jovem rei estava hipnotizado com aquele brilho, Aisha observava curiosa aquela cena, perguntando-se o porquê aquele objeto sempre acendia quando estava com ele. Seria possível que eles tivessem alguma relação desconhecida? Ambos estavam perdidos em contemplação, quando o objeto os surpreendeu estremecendo nas mãos de Valkyon e foi ao chão. Ambos se inclinaram para pegá-lo, porém o brilho da cauda se esvaiu pelo ar dançando acima da superfície de transparente do fragmento.

Como uma feiticeira, Aisha podia sentir a energia mágica do objeto se libertando e a figura da cabeça de um dragão começava a se formar. A figura tremulava sobre os olhos encantados de Valkyon que estava sem palavras para o que via. Ele se agachou ao chão, observando-o, sem tocar.

Algo estranho em sua garganta também parecia tremular, não conseguia explicar o que era. Apenas sentia subir, subir em seu corpo uma quentura um pouco incômoda.

— Eu suprimi ele tem poucas horas… Isso… Isso não deveria acontecer. — ela disse, um pouco atordoada. O objeto estava a desafiar suas capacidades como feiticeira.

— Ele parece… Mais forte. — a energia estava subindo por sua garganta, seguindo pelos seus braços e a cabeça, os pelos do corpo de Valkyon se eriçaram. Ele podia sentir. A cabeça do dragão de chifres encurvados, pequena pairando no ar, virou-se para o lado da lua e rugiu, o fogo saindo de suas narinas e boca. “Ele está… Apontado para aquele lado?” pensou Valkyon, tentando decifrar aquela imagem.

Aisha, no entanto, parecia tentar decifrar outra coisa. Ela olhava apenas para ele, sem entender.

— Como você… Sente isso, Valkyon? Você não… — em tese, o rei não deveria sentir nada, já que seu corpo não tinha magia. E isso a estava incomodando.

— Eu não sei. Só sinto.

— Isso é possível? Como... — ela murmurou, mais para si mesmo do que para ele, deslizando pela banqueta para se ajoelhar junto ao rei.

— Veja! — ele exclamou — tenho certeza que está apontado para algum lugar.

Finalmente Aisha prestou atenção no fragmento e fagulhas de fogo apontavam para a lua cheia. Valkyon levantou-se, pegando o fragmento em suas mãos, ele andou para a varanda, segurando entre as palmas abertas e, aos seus olhos, um mar de fogo e sangue se formava em um ponto no horizonte.

 

Reino de Pendragon, à noite, 2º dia de viagem

O capuz e a capa preta cobriam os cabelos azuis cobalto do elfo que cavalgava na noite tranquila de Draig. Atrás dele, seguia a valquíria Claire. Ambos vinham calados em seus cavalos, perdidos em seus pensamentos. Ezarel repassava a mensagem que Claire tinha trazido mais cedo: “Ahriman foi até a prisão hoje à tarde. Visitou o seu antigo guarda. Eles passaram um tempo conversando na sala de visitas”. A informação surpreendeu Ezarel um pouco, afinal de contas, no dia anterior Ahriman não parecia disposto a ouvir quaisquer desculpas por parte do homem. Claire não conseguiu escutar o conteúdo da conversa, já que a sala de visitas era muito bem fechada. Porém, de algo eles estavam corretos, era preciso cautela em relação àqueles dois, pois…

Pouco depois, já no início da noite, surgiu um pedido de soltura do homem, sob o pretexto de fiança. Não houve um representante, o pedido foi feito de forma anônima para ser analisado por Ezarel, quem respondia pelo rei atualmente. Porém, era bem óbvio quem fez aquele pedido.

Para pagar a soltura daquele homem, obviamente o príncipe pediu algo em troca e… Era por isso que Ezarel quis ser ainda mais vigilante em relação a ele.

Redobraria seus trabalhos.

Sair à noite sempre foi um de seus hábitos. Como um elfo alquimista, por vezes tinha flores e outros ingredientes que ele só conseguiria à noite, então não era estranho a ninguém que ele saísse. Entretanto, desta vez, ele levava uma guarda consigo, o que também não deveria ser incomum aos olhos de ninguém do castelo, já que, por enquanto, ele respondia pelo rei de Pendragon. Assim mesmo, Ahriman ainda o observou de cima enquanto partia, mas não ousou perguntar qual era o seu destino.

Eles passaram pelas praças de Draig, onde sempre havia algum atrativo, seja uma fonte para descansar, jardins ou um pequeno palco para apresentação de artistas. Em uma delas, em especial, exibia uma estátua do novo rei de Pendragon e seu irmão, Valkyon e Valarian, lado a lado, de mármore em tamanho real, no ombro de cada irmão pousava um pequeno dragão imponente. Era uma singela homenagem aos irmãos pelos grupos nobres da cidade. Ezarel se demorou um pouco observando aquelas estátuas a luz da lua, esperando que Sowa aparecesse a qualquer momento para lhe trazer notícias sobre Valkyon. Agora que a lente dela foi arruinada, precisaria de alguns dias para consertar aquele estrago feito pelos totens de Zayin, além de que as notícias chegariam com certo atraso.

Observou também o semblante de Valarian e, por um instante, sentiu falta do seu amigo.

— Essas estátuas são tão bonitas… — disse Claire, divagando um pouco.

Ela não esperava que seu comentário chegasse aos ouvidos do elfo.

— Hm… Está cobiçando a beleza dos reis, hein, Claire? — ele soltou um sorriso de orelha a orelha para ela, que parecia assustador iluminado parcialmente pela lua. Claire estremeceu por inteiro e seu rosto amarelado tornou-se ruivo.

— Não é nada disso, senhor! Eu só…! — ela puxou as rédeas de seu cavalo e o animal bufou, assustado.

— Não precisa disfarçar… Os dois sempre foram muito cobiçados, só não mais do que eu.— ele voltou ao seu caminho, apressando o trote do cavalo ao balançar as rédeas.

Claire apertou os lábios para não rir e sua faceta envergonhada sumiu em poucos instantes. Ela continuou atrás dele, curiosa para saber onde estavam indo. Ele sequer tinha lhe passado qualquer instrução antes de sair, apenas pediu que o acompanhasse, entregando uma capa escura.

Eles enfim adentraram em um beco afastado e muito escuro, pessoas passavam também trajando capas escuras, nesse beco haviam muitas entradas que levavam a locais de negócios obscuros de Pendragon. Claire respirou fundo, quase perdendo o ritmo da respiração ao pensar que teria de entrar em um lugar como aqueles, tal qual uma criminosa, mas enfim eles passaram pelo longo beco e desembocaram em uma estrada de terra que levava à floresta.

Ezarel seguia calado, o que não era de seu costume, o que deixou Claire ainda mais tensa. O que era de tão importante que ela precisava acompanhá-lo e ainda tão longe do castelo…

Ele parou de repente e Claire estacou, fazendo sua montaria parar também.

— Claire, você tem medo de escuro?— disse ele, descendo de seu cavalo.

— Não, senhor. — ela balançou a cabeça, enfática.

— Bom, bom…! — ele sorriu, arrumando seu capuz sobre o rosto — Pois vamos entrar em um local bem… Escuro.

Ele andou em direção a uma árvore de tronco muito robusto, na qual facilmente 5 ou mais pessoas poderiam abracá-la, juntas. Seus passos eram cautelosos, produzindo um leve farfalhar de folhas secas quebradas no chão. Seguiam tendo apenas a luz da lua como guia, que trespassava por entre a copa frondosa da árvore.

— O que há com essa árvore…? — a visão da moça tornava-se cada vez mais obscura à medida que caminhavam, porém, ela podia distinguir uma abertura, como uma grande porta em formato oval… Um ponto mais escuro do que o normal em meio ao tronco da árvore anciã.

Ezarel colocou uma das mãos sobre a lateral da abertura e olhou para trás. Seu sorriso de meia-lua e os olhos verdes ciano estavam cintilantes:

— Você tem certeza que não tem medo de escuro? Há algumas coisas aqui que podem assustar…— a voz dele era de puro divertimento.

Claire apertou os olhos, sentindo-se desafiada pelo comentário divertido do elfo.

— Senhor Ezarel, se eu tivesse medo de algo tão incerto e simples como a escuridão, eu não poderia ser chamada de guerreira Valquíria. Agora, vamos, huh?

Ela deu um passo à frente, entrando primeiro na abertura da árvore e o sorriso de meia-lua de Ezarel transformou-se em uma crescente, quase cheia de satisfação ao ouvir aquela frase.


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