Forever Unchanging escrita por Kamui Nishimura
Notas iniciais do capítulo
Depois de quase três anos, retorno aqui, e primeiramente, me desculpem; Estava (e ainda estou) com um bloqueio criativo terrível para escrever.
Esse ainda não é o fim da história, mas hoje eu queria escrever um capítulo especial, para um personagem especial.
Espero que gostem.
[E perdoem alguns erros, não pude revisar profundamente]
Índigo & Kouyou
A madrugada avançava, estava sem sono. Cansado, mas não sentia vontade de adormecer. Com dificuldade, ajeitou-se na cama, encarando a grandiosa janela.
Queria tanto sair, percorrer e conhecer o mundo, mas era tão fraco, suscetível. Respirou pesadamente, tossindo em seguida, e logo ouviu passos no corredor. Provavelmente, seu pai estava vindo verificar sua situação.
Fechou os olhos, assim que ouviu a porta sendo aberta.
— Filho… - ouviu a voz rouca do pai, e reabriu os olhos. - Estás sentindo-se melhor?
— Consigo respirar. - respondeu brevemente.
O homem se aproximou, tocando o rosto do filho, sorrindo levemente.
— Volte a dormir… precisas descansar. - beijou sua fronte, e afastou-se, sendo seguido pelo olhar do filho. Assim que a porta fora fechada novamente, e os passos foram afastando-se da porta do quarto, o garoto sentou-se com dificuldade em sua suntuosa cama.
Passou as mãos calmamente pelos cabelos ouriçados, voltando a encarar a grandiosa janela, virada em direção ao caminho para o vilarejo mais próximo.
— Só desejo que minha saúde melhore. Eu quero ser livre… - murmurou, notando uma movimentação no lado de fora, um pouco mais adentro do jardim lateral.
Não poderia gritar pelo pai ou por empregados para verificarem o que se tratava, e nem sabia se isto mesmo era uma ilusão. Tentou se levantar para ver melhor a situação, mas não conseguiu forças, então manteve-se ali.
Ouviu novamente os passos, passando direto por seu quarto, seu pai provavelmente notara a movimentação.
Com mais esforço, tentou se levantar, queria ver o que estava ocorrendo. Depois de longos segundos, conseguiu manter-se de pé, e dar os poucos passos até a janela.
apoiou-se trêmulo no batente, encostando o rosto no vidro, vendo o pai, com um empregado procurando por o que quer que fosse naquele lugar.
Viu surgir do meio das árvores um rapaz, de longos cabelos e com roupas maltrapilhas. Não conseguia identificar mais do que isso.
Parecia conversar com seu pai, e depois de alguns minutos, retornaram para casa. Incerto, voltou para sua cama, ajeitando-se, e respirando descompassado pelo esforço, logo voltando a tossir.
Não conseguia parar de tossir, e somente ouviu os passos apressados em sua direção, antes de ficar desacordado.
[...]
Abriu os olhos, vendo a claridade tomando seu quarto. Ao seu lado, seu pai sentado em uma poltrona, parecendo adormecido.
Não queria despertá-lo, mas ajeitou-se na cama, e sua movimentação chamou a atenção do homem, que prontamente se levantou indo até ele.
— Filho, assustou-me. - disse em tom baixo tocando seu rosto. - Ficaste dois dias dormindo. Fico feliz que tenha despertado.
— Desculpe-me… - sussurrou, lembrando-se da cena dos dias anteriores. - Pai… quem estava lá fora?
O homem pareceu não entender a pergunta, mas logo se deu conta de que o filho devia ter notado a movimentação da madrugada.
— Ah, viste o visitante? - falou pensativo. - Ele pediu abrigo, é um andarilho. Me passou uma imagem inofensiva, então o abriguei como um ajudante da casa.
— Ah… eu fiquei curioso, fiquei vendo pela janela. - disse segurando as mãos do pai.
— Levantaste da cama para isso? - questionou, vendo levemente as bochechas do filho ruborizar levemente.
— Irei pedir que levem sua cama para mais próxima da janela, para que não precise se esforçar para ver o lado de fora.
— Obrigado meu pai… - o garoto sussurrou, sentindo o homem lhe fazer um carinho.
— Preciso voltar às minhas atividades, pedirei que alguém traga-lhe algum alimento. - beijou a fronte do filho, e seguiu para fora do quarto.
Índigo continuou ali, pensativo, não conseguia entender por que o pai abrigou um estranho tão facilmente. Tentou parar de pensar sobre isso, olhando novamente para a janela.
Não queria permanecer deitado ali, vendo o mundo por ela. E mesmo que achasse a ideia do pai, confortante por assim dizer, não queria que ele minasse suas tentativas de conseguir caminhar sozinho. Continuou ali, longos minutos, sentindo o sol o alcançar aos poucos, desviando o olhar para a porta, ao ouvir passos pesados no corredor, juntamente com mais pessoas ali. Sabia que um deles poderia ser seu pai novamente, mas não reconheceu os outros sons.
A porta foi aberta, revelando novamente seu pai, e uma das empregadas lhe trazendo algo para que se alimentasse.
Foi então que viu pela primeira vez, o rapaz alto ao lado de seu pai, de longos cabelos castanhos escuros, e olhos brilhantes. Estava vestido como um dos criados, mas Índigo podia perceber que era o estrangeiro recém abrigado por seu pai.
A empregada, ainda em silêncio, apenas deixou a bandeja sob a cômoda na lateral de sua cama, e se retirou rapidamente. Parecia incomodada com a presença do estranho.
— Índigo, meu filho, este é Kouyou. - o homem apontou para ele, que prontamente fez uma reverência, parecendo não saber muito lidar com cumprimentos.
Continuou o encarando por longos minutos, havia algo chamativo nele, e não sabia explicar.
— Kouyou se ofereceu para arrumar sua cama mais próxima a janela. - disse o homem, e antes que notasse, o rapaz já estava perto o suficiente para fazer o que lhe fora pedido. - Ah, conseguirá com Índigo deitado.
— Não se preocupe, Lord Lilac. - respondeu em tom baixo, Índigo ainda olhava para o rapaz, e espantou-se ao vê-lo fazer a mudança sem esforço algum.
— Como… como fizeste isso tão facilmente? - o homem o indagou, vendo o rapaz o olhar por alguns segundos, e afastar-se de ambos.
O garoto continuava o olhando surpreso.
— Milord… - sussurrou, parecendo temeroso. - Eu lhe disse que não era como vocês quando aceitou abrigar-me… Mas, se isso for um grande empecilho, irei embora…
— Diga-me o que és? Um demônio? - o homem imediatamente afastou-se, e seguiu até o filho o abraçando.
— Não sou um demônio… - disse - Não sou algo que vocês humanos conheçam.
O homem arregalou os olhos, talvez estivesse se arrependendo amargamente de ter abrigado o estrangeiro.
— Pai… - Índigo afastou-se cuidadosamente do homem. - Se ele fosse perigoso, já teria feito algo… disseste que ele está aqui há dois dias. - murmurou, fazendo com que o pai o olhasse longamente.
— Irei resolver isto. - o homem se levantou, entregando ao filho a bandeja, e indo até o rapaz, que continuava encolhido próximo a porta. - Irá me dizer o que és… - o levou para fora do quarto, sem muito esforço.
Índigo sabia que o pai o levaria à biblioteca. Estava intrigado, e encantado com o outro, queria ser como ele.
Sorriu com o pensamento.
Acabara de conhecê-lo, não sabia o que ele era, mas era como se lá no fundo de sua alma soubesse.
Começou a alimentar-se, tentando prestar atenção nos sons ao redor, se falassem alto o suficiente, poderia ouvi-los?
[...]
Terminou sua refeição, talvez o pai realmente tenha expulsado o estranho da casa, e antes que se movimentasse para afastar a bandeja. Seu pai novamente entrou no quarto, agora sozinho. O homem parecia apavorado.
— Pai… estás bem? Mandaste ele embora?- soou preocupado.
— Filho… Em todas as minhas andanças pelo mundo, nunca imaginei conhecer tal criatura… - murmurou;
— O que ele é? - perguntou temeroso.
— Diferente de tudo o que nós meros mortais, podemos imaginar. - sorriu.
— Ele… ficará?
— Permanecerá sob minha vigilância. Até que eu sinta que ele realmente é confiável. Não preocupe-se, você continuará seguro.
— Fiquei curioso com ele, meu pai… Queria conversar com ele.
— Não, neste momento não. - o homem o advertiu. - Ainda não confio em você próximo a ele.
— Mas…
— Não insista, meu filho. Estou fazendo isso para sua proteção. - disse pegando a bandeja. - Volte a descansar.
O garoto observou seu pai sair sem nem ao menos esperar uma resposta. Cruzou os braços, irritado, e voltou o olhar para a janela, agora bem próxima a si, a cama só estava a dois passos da mesma.
— O que você é… Kouyou?… - murmurou pra si mesmo.
[...]
Índigo passara a tarde inteira, olhando pela janela, os empregados cuidando do jardim, e algumas vezes via Kouyou ali, ajudando no trabalho pesado, sendo observado atentamente por seu pai.
Sua tediosa rotina de passar o dia no quarto, parecia ter sido menos maçante naquele dia, ajeitou-se, na cama, ao ver a escuridão tomar aos poucos o quarto.
Uma das empregadas entrou no quarto silenciosamente, acendendo todas as lamparinas e fechando as cortinas.
— Por favor, não feche as cortinas… quero continuar olhando lá fora. - pediu.
— Milord, Lord Lilac ficaria furioso, precisamos protegê-lo da friagem. - disse temerosa.
— Eu… vá … tudo bem. - fez sinal, e a moça saiu do quarto rapidamente.
Encarou as cortinas pesadas, estava sem sono.
Percebeu a casa cada vez mais silenciosa, conforme as horas iam passando. Ouviu novamente os passos pesados, provavelmente Kouyou passava de um lado ao outro, explorando a casa.
ouviu a porta ser minimamente aberta, e o mesmo, espiando pela fresta.
Não sentia medo dele, só uma extrema curiosidade. Mas sabia que seria problemático convidá-lo para entrar, seu pai com certeza expulsaria ele sem cerimônias.
— Desculpe-me, o acordei? - sussurrou, mantendo-se ainda olhando pela fresta.
— Não… Já estava acordado… - respondeu em tom baixo.
— O que tens? Porque fica somente no quarto? - perguntou inocentemente, fazendo com que Índigo sorriu levemente, nunca lhe foi perguntado por ninguém sobre isso, já que seu contato era mínimo com outras pessoas.
— Sou fraco demais… - respondeu - Vivo desse jeito desde tenra idade.
— É ruim? - Questionou, e Índigo apenas assentiu. - Nunca saiu daqui?
— Não… nunca saí, se o fiz, não me recordo. - disse, esperando que o outro entrasse no quarto.
— Acho melhor voltar para os aposentos dos empregados. - murmurou. - Nos vemos em outro momento, Índigo. - fechou a porta.
— Não… por favor… fique… estou curioso - disse em voz alta, começando a tossir.
Kouyou reabriu a porta, mas não entrou, afastou-se, provavelmente buscando pelo pai do garoto, não demorando a voltar com o mesmo.
— Índigo meu filho, novamente se esforçando, pedi que descansasse - o homem entrou no quarto, e seguiu até o filho o abraçando, em meio a crise de tosse.
— Ele ficará bem? - Kouyou perguntou.
— Só precisa descansar. Vamos deixá-lo descansar- o homem se afastou, do filho, o ajudando a deitar, e ele pareceu diminuir a crise de tosse.
— Pai… - murmurou entre as tosses. - Deixe-o aqui… Só um pouco… quero conversar.
O homem olhou para Kouyou, depois voltou a olhar o filho. E mesmo contrariado, assentiu.
— Mantenha-se longe de meu filho, estarei atento a qualquer som. - apontou para Kouyou e saiu do quarto. O rapaz continuou próximo a porta, observando atentamente Índigo, que se ajeitava, ainda tossindo, para sentar-se na cama.
— De onde vieste? - perguntou depois de longos minutos, até que sua tosse cessasse por completo.
— De um lugar distante, muito distante daqui. - respondeu brevemente.
— Por que veio para cá? - olhou atentamente o rapaz, o vendo ajeitar as mechas de cabelo para trás da orelha.
— Me senti mais acolhido por humanos, do que com os da minha própria espécie.
— Hum… o que mais faz de diferente, além de aparentemente ter muita força. - continuou perguntando, empolgado que o outro lhe respondia sem pestanejar.
— Algumas coisas, mas acho melhor não assustá-lo com elas… Quando estiver melhor, lhe mostrarei.
Contrariado, Índigo assentiu.
— O que mais deseja saber? - Kouyou continuou parado ali, tentando-se manter ainda fora do quarto. O garoto parou alguns segundos, parecia pensar no que dizer. Os olhos castanhos esverdeados iam de um lado ao outro, e isso de certa forma fez Kouyou sorrir.
— Hum… Posso te ver mais de perto? - manteve o tom baixo.
— Seu pai disse para não me aproximar. - respondeu imediatamente.
— Mas eu estou chamando você até aqui, porque eu não posso levantar. - murmurou descontente..
Vagarosamente Kouyou se aproximou, entrando no quarto, e parando um pouco distante da cama do garoto, que o encarou milimetricamente, como se tentasse ver algum sinal de que ele tinha algo diferente em si, na aparência, que desse para diferenciá-lo.
Mas Kouyou era perfeitamente normal, como um humano normal. E isso de certo modo o fez rir.
— Pensei que havia algum sinal de que não é como um humano… mas você é exatamente como alguém normal.
— É um dos meus truques… - segredou, olhando diretamente nos olhos do garoto, que se surpreendeu ao ver o brilho avermelhado no olhar. Por alguns segundos, temeu, mas logo percebeu que Kouyou se afastava novamente, e voltara a porta.
— Kouyou é seu nome mesmo?.
— Sim, Índigo. Esse é o nome que me foi dado quando surgi. - respondeu, o vendo sorrir.
— É um nome bonito, não sei o que significa, mas soa de forma bela. O meu nome é porque minha mãe achava muito bela a cor Índigo. Meu pai a presenteou com belos vestidos dessa cor, que trouxe a ela, de uma viagem. E o seu nome? Foi dado por algum motivo?
— Não sei. Foi a criatura que cuidou de mim que me nomeou.- respondeu. - Seu nome é bonito também. Seu pai parece ter conhecido todo o mundo, me contou algumas histórias.
Índigo sorriu, desviando o olhar para as cortinas fechadas.
— Sabe, quando penso nas viagens do meu pai, e leio os diários dele, fico imaginando a vida fora desse quarto. E você Kouyou, conhece muitos lugares?
— Não muito, passei algum tempo conhecendo seu mundo, e o meu não é um lugar grandioso. Se o seu pai permitir, posso levá-lo para fora, conhecer o jardim. Mesmo que não possa ir longe é um passo, certo.
Índigo sorriu mais uma vez, mesmo que não tivesse tanta esperança que seu pai, ou melhor, sua doença, permitisse que saísse dali.
— Espero que um dia, isso possa acontecer, Kouyou.
[...]
Alguns meses se passaram, e Kouyou aos poucos conquistou a confiança de Lord Lilac, e pode se aproximar de Índigo, que passou a tratá-lo como um irmão mais velho.
O mais novo, sentia-se muito animado em contar histórias dos livros que seu pai possuía, e ver o outro tão atento na narrativa.
Preparava-se para mais uma noite de leitura, quando ao observar a lua cheia iluminando todo o jardim. Sentiu uma súbita vontade de ir até o lado de fora. Talvez arrumasse problemas, mas o céu estava tão belo para continuar olhando ele pela janela de seu quarto, que não custaria nada pedir um favor a Kouyou.
O mais alto entrou no quarto, e imediatamente percebeu o sorriso leve no rosto do menor, que ainda encarava a janela.
— O que tanto olha para o jardim, Índigo? - disse se aproximando e sentando-se à beira da cama.
— Kou… eu desejo ir lá fora… - respirou profundamente. - Só olhar o céu sem ser por uma janela. Sentir o ar puro, e o vento em meu cabelo. Eu quero saber o que é sentir-se vivo.
— Teu pai ficaria furioso se eu o levasse assim. - respondeu prontamente.
— Por favor… ele não saberá… Já deve estar adormecido… Eu não quero mais passar todos os meus dias aqui numa cama. - o olhou, mostrando os olhos já repletos de lágrimas.
— Só um pouquinho… - disse. - Mas antes… precisa agasalhar-se, seu pai disse que precisa sempre estar aquecido. - lembrou, fazendo o menor agitar as mãos.
Kouyou seguiu até os armários, pegando peças aleatórias de roupas, e levando até a cama. O garoto escolheu as melhores, e vestiu-se com certa dificuldade. Ainda preocupado, Kouyou o enrolou em alguns lençóis, o fazendo rir, enquanto era pego no colo.
— Assim não é desconfortável? - perguntou, ao ver o menor se ajeitando.
— Já estou melhor… vamos? - soou animado, vendo o outro assentir, e seguir para fora do quarto, o levando silenciosamente para fora.
Assim que sentiu o ar fresco em seu rosto, emocionou-se. Deixando as lágrimas caírem. Kouyou apressou os passos, o levando para o jardim lateral, e seguindo para entre as árvores, onde havia uma pequena clareira, e com vista para o vilarejo. Ajudou o garoto a sentar, e sentou-se ao seu lado, secando suas lágrimas.
— A lua é tão linda…. - deixou mais lágrimas cairem. - O céu é imenso… nunca imaginei que fosse tão grandioso assim, mesmo lendo nos livros.
— O céu daqui, realmente é bonito.
— Eu poderia passar o resto dos meus dias encarando o céu… - continuou. - Todos os meus poucos dias.
— Índigo…
— Obrigado Kouyou… - disse voltando o olhar para o mais velho. - Obrigado por realizar meu desejo.
— Farei tudo para vê-lo feliz, Índigo… você é meu irmãozinho. - disse, sentindo o encostar o rosto em seu ombro.
— Sabe Kouyou… quando o vi pela primeira vez… queria ser como você…
— Como eu?
— Saúdavel…. - murmurou. - Mas também, o que você é… essa criatura que nunca terá medo de morrer… que poderá ver o mundo inteiro.
— Você ficará saudável… está melhor nas últimas semanas… Não deseje ser como eu… me vejo como um amaldiçoado que sente demais.
Índigo pareceu pensativo por alguns instantes.
— Nossa sina é sentir-se amaldiçoado… Mas agora temos um ao outro, não é mesmo. Somos uma família.
Kouyou o encarou por alguns segundos, vendo o menor sorrir minimamente.
Permaneceram em silêncio pelo resto da madrugada ali, admirando a paisagem.
E Índigo guardaria para sempre em suas memórias aquele dia.
A lua
O céu
A brisa noturna
E a vida que sentiu em seu rosto.
[...]
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Bem, eu venho planejando esse capítulo desde janeiro, mas ainda não me sentia bem em postá-lo, porque achava que não fazia jus, que estava incompleto de alguma forma.
Como já disse antes, Índigo foi criado inspirado no Yune. E hoje eu queria fazer uma homenagem póstuma á ele, porque no dia da notícia do seu falecimento, eu fiquei em choque, e passei o dia inteiro chorando.
Eu ainda me sinto triste de lembrar que ele se foi, parece que perdi alguém próximo, é estranho, eu sei, mas não posso explicar isso para vocês... E hoje seria seu aniversário, e queria de alguma forma, agradecer ele, por ter sido a inspiração do meu personagem favorito. Mesmo que ele não tenha sido o foco da história, foi importante.
Mais uma vez, peço desculpas por tanto tempo sem aparecer por aqui. Talvez ninguém mais leia, mas é isso. Nos vemos em breve, obrigada por acompanharem essa fic, e espero que possa reencontrá-los em futuros projetos.
Até mais.
FELIZ ANIVERSÁRIO YUNE.