Forever Unchanging escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 30
Thirty - Rubro


Notas iniciais do capítulo

Ai gente, vim um pouquinho mais tarde hoje, desculpe-me
Eu sei que o capítulo anterior foi pesado, então me desculpem por isso também.
Se quiserem ouvir uma canção enquanto leem, eu recomendo "Kagayaku Sora no Shinjima ni Wa" do KALAFINA, eu escrevi esse capítulo ouvindo ela, então acho que passa a energia do momento pra vocês.
Então, boa leitura XD



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— Yuu...  – Kouyou tentou afasta-lo da briga, mas o homem acertou o garoto com a espada, jogando próximo a cama.

Furioso com o feito do soldado, Kouyou se aproximou do homem, o sufocando com as próprias mãos.

— NUNCA TOQUE NO YUU! – gritou, jogando o corpo na direção da janela a estilhaçando imediatamente.

— Kou... – ouviu a voz fraca de Yuu, e virou o olhar na direção do garoto.

A espada havia atravessado seu corpo, tamanha a força que o soldado utilizou para ataca-lo.

— YUU... – gritou indo na direção do garoto. As lágrimas encheram seus olhos. Yuu estava ferido gravemente, e a culpa fora sua que não o protegera como prometeu ao mesmo. – Yuu... aguente firme... vou lhe ajudar...

— Dói... d... – Sussurrou, sua boca estava cheia de sangue, o ferimento havia sido em seu estomago, a cada respiração, a espada movia-se, o fazendo gemer de dor.

— Shhhhh....Respira bem devagar... eu... vou tentar tirar isso de você... – ajeitou o mais novo em seu colo, e segurou a espada firmemente.

Yuu segurou suas mãos, impedindo-o de continuar o ato. Só o fato do mais velho encostar as mãos na lâmina, sua dor aumentara.

— Não... eu vou sangrar mais se fizerdes isto... – disse. – Não tira...

— Yuu preciso fazer algo... não posso deixa-lo nesse estado! – Kouyou estava desesperado não conseguia deixar o garoto com aquela espada fincada em si.

— Eu... eu vou morrer Kouyou.... se tirar, morrerei mais rápido... – disse, com as lágrimas correndo pelo rosto. – Só... só me abraça... estou com medo, quero sentir seu abraço.

Kouyou o abraçou com cuidado, evitando encostar mais uma vez na espada. Não queria ver a dor do menor, não queria vê-lo sofrendo, não queria perde-lo.

Yuu sentia dor e medo, e sentia ainda mais, ao ver as lágrimas de Kouyou. Que o abraçava como se desta forma impedisse que a morte o levasse.

Sabia que não sobreviveria, por mais que quisesse, por mais que Kouyou chorasse.

Mas aquele pressentimento ruim que tivera dias atrás era certeiro, como da vez da morte de sua família. Não duvidava de sua má sorte, não mais.

— VOCÊ NÃO PODE MORRER! – gritou desesperado. – Eu prometi que lhe salvaria... não posso deixa-lo morrer.... Yuu... – chorou.

— Você prometeu, que se algo acontecesse comigo... – deu uma pausa, a dor estava lhe tirando a consciência, mas precisava falar com o mais velho, precisava ouvi-lo até o fim.

Havia visto tantas vezes a morte perto de si, e não queria que fosse como de sua família, em um silencio perturbador.

Queria ir para o paraíso prometido, ouvindo a voz de Kouyou, sentindo a presença dele, o amor dele, o abraço gélido dele.

— Prometeste que não faria o mesmo que fez com o Índigo. Tens que cumprir isto também... – sussurrou, colocando a mão com dificuldade sobre a ferida que o mais alto tinha no ombro, sujando as mãos já pálidas, com o sangue de cor escura que escorria dali.

— Não quero te perder... o que vou fazer sem você? O que eu serei sem você? Eu te amei no segundo que o vi... Yuu... não pode ir... tens que ficar comigo! – Kouyou chorou ainda abraçando com cuidado, para que a espada não movesse ainda mais, e a dor do menor aumentasse.

— Perdoe-me... Kou... – Yuu apenas deixava suas lágrimas caírem, não conseguia dizer mais nada, aquela dor o estava consumindo, sua visão ficava cada vez mais borrada, e o rosto de Kouyou começava a não ser mais definível naquele borrão de luzes, e ao fundo as vozes gritando e vociferando “demônios”, como em seus pesadelos.

— Não pode me deixar.. Yuu... Yuu... fique comigo – Kouyou implorou, aproximando o rosto do rosto do menor.. – Fique.... – selou seus lábios, sentindo o sabor ferroso do sangue de Yuu.

O vozerio encerrou-se, como se o universo quisesse ouvir apenas o choro de Kouyou, a dor de Yuu.

O silencio prolongou-se por alguns minutos, e logo o som de passos apresados fizeram-se audíveis no corredor.

Yutaka e Akira chegaram ao quarto, agitados, e logo seus rostos tornaram-se desesperados como de Kouyou.

— Yuu...  – Akira balbuciou, dando-se por vencido, sentando-se ao chão com o olhar fixo na cena perturbadora do garoto com a espada atravessada em si.

Sentia que a culpa era sua, fora imprudente, e não analisou a situação antes de atacar os homens na floresta. Pela forma que foram atacados na mansão, haviam mais homens que viram sua ação. Se Yuu morresse, Kouyou lhe culparia pelo resto de sua existência.

Yutaka continuou parado, não tinha reação. Sabia que nada poderia ser feito. Yuu não se recuperaria daquele tipo de ferimento. Humanos eram tão frágeis, e isso passava a lhe incomodar a cada dia de convívio.

Índigo manteve-se no corredor. Mesmo saciado pelo sangue dos homens que matara, Yuu era humano, e o cheiro de seu sangue era inebriante.

— Tenho uma solução! – ouviram a voz chamativa e voltaram o olhar para a janela, onde Ruki estava sentado, no vão sem cacos de vidro, estava com o rosto levemente avermelhado, e os olhos brilhando de uma forma diferente, com um ar de surpresa com a situação.

— O que queres aqui? – Akira disse em tom alto, vendo o visitante sorrir levemente.

— Não preciso explicar novamente que vejo tudo através do gato, e tentei vir o quanto antes até vocês ao ver que os humanos invadiram o local. Mas temo que não fui o bastante rápido.

— Se vieste ajudar, chegaste muito, muito tarde. – disse Yutaka, ainda com aquele sentimento de que o ser ali era incompleto, que sugava a energia do lugar.

Ruki sorriu mais uma vez, saindo da janela e indo até Kouyou e Yuu, e o mais alto o seguia com os olhos, até que se sentou ao lado dele, tocando a mão de Yuu, que começava a ficar gelado, e a ofegar.

— Deixe-me salvá-lo, e não sofrerá mais, Kouyou... – disse em tom baixo, sem voltar o olhar para o anfitrião, seus olhos estavam fixos em Yuu, que já estava com o olhar perdido na própria dor.

— Tenho um acordo com ele, não transformá-lo em um vampiro... – avisou Kouyou, mesmo que aquilo lhe doesse, não o transformaria como fizera com Índigo, não queria cometer o mesmo erro com o mais novo também.

Afastou a mão de Ruki, mantendo os olhos em Yuu, que começava a respirar mais desesperadamente.

— Quem disse que o transformarei em uma daquelas criaturas feias?  - avisou. – O que és Kouyou? – disse em tom ameno.

— Não pode transformá-lo em um sugador de pecados, até porque somente o criador pode fazer tal ato, e humanos não são a base. – Akira disse, revoltado com a aparição da criatura – Estás tentando lhe iludir, Kouyou. Não lhe dê ouvidos.  Você, Lúcifer, não disse que não voltaria mais aqui, o que quer novamente? Rir da desgraça alheia?

— Akira pare por um momento... - Yutaka interrompeu. – Lúcifer... o que és? – disse em tom alto, vendo o visitante sorrir levemente mais uma vez.

Índigo aproximou-se mais, observando a criatura que não conhecera, a conversa deixara-lhe mais curioso, e até mesmo esquecera-se do cheiro de sangue que vinha de Yuu e o quão mais claro estava o quarto.

— Yutaka sempre desconfiaste de mim, não é mesmo? O que sentes quando me vê? – Ruki continuou ao lado de Kouyou e Yuu, mas seus olhos agora estavam na direção de Yutaka, o observando dos pés á cabeça;

— És um ser incompleto... não estás totalmente nesse mundo, não é? – disse Yutaka, vendo Akira o olhar por alguns segundos e voltar o olhar para o visitante, que parecia estar de alguma forma segurando o choro. Os olhos cheios de lágrimas.

— Correto. Está falando com apenas uma parte de mim. Não posso vir completamente á este mundo. Seria o caos.

— Ainda não respondeste o que és... – Akira tomou a palavra novamente.

[...]


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Notas finais do capítulo

ps.: A Música, a tradução é sobre alguém que partiu em direção a luz, e seu amado está em luto. (Toca no Kuroshitsuji, na morte do Alois Trancy T.T)

Eu agradeço no fundo do coração cada visualização e comentário, obrigada por estarem lendo isso aqui.
Até amanhã
Beijinhos.



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