Minha "Amiga" Vampira escrita por pedrojonassm


Capítulo 52
Capítulo 52 - O último capítulo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/794973/chapter/52


Meu nome é Melissa, sou mais conhecida como doutora Silva. Aos supostos 18 anos terminei o ensino médio e entrei na faculdade de Medicina afim de salvar as pessoas da mesma forma que o novato encontrou uma maneira para me salvar naquele dia. Tive 2 namorados na faculdade, um deles me traiu aos 5 meses de namoro e o outro terminou comigo após 3 meses. Diz ele que terminou comigo pois sabia que eu gostava de outra pessoa, ele era um bom homem e eu aceitaria passar o resto da vida ao lado dele, mas ele não aceitaria isso sabendo que lá no fundo eu gostava de outro. Ele disse isso meses atrás antes mesmo de eu ter me formado.

— Eu realmente gosto de você doutora, mas se quer que eu aceite ficar com você primeiro você deve se perdoar pelo que aconteceu – Falou certo dia, ambos de nós estávamos praticamente terminando a faculdade e isso me deixava confuso porque faziam mais de 8 meses que havíamos terminado, por isso olhava para ele com uma cara de confusa – Eu havia percebido isso quando me juntei a você. Você era feliz, mas demonstrava uma cara triste por dentro. No nosso primeiro encontro essa cara praticamente saltou para fora não tenho certeza do porquê, mas acredito que tenha sido por conta da roupa. Eu sabia que você não se esqueceria dele e por isso fiquei com você por mais um tempo, tentei analisar seu problema para ajudá-la a resolver, você me odiaria por isso, mas valeria a pena. Entretanto quando descobri o que era soube que não pude ajudar porque ele morreu, não foi? – Perguntou sério, eu o fitei com um olhar de raiva mesmo sabendo que era inútil, Pablo sempre foi um behaviorista de talento. Desisti quando ele devolveu o olhar e respondi com sinceridade acenando com a cabeça – Tem algo que você tem que fazer, posso não ter certeza do que é, mas sei que se precisar de mim basta me ligar – Falou passando do meu lado e batendo nas minhas costas. Eu entrei na faculdade, estava na hora da formatura, passei os próximos anos pensando na frase dele e nunca apaguei o contato do meu celular. Um dia eu precisaria e hoje era esse dia.

— Alô, Pablo falando.

— Pablo, bom dia.

— Doutora, o que ouve?

— Lembra do que você me disse a 2 anos atrás? Pois bem, eu realmente não consigo fazer sozinha, você pode me ajudar?

— Claro, do que precisa?

— Preciso que me leve para a casa dele, na minha cidade natal.

— Você nunca quis aprender a dirigir, muito bem passo aí em 20 minutos, esteja pronta.

— Obrigada – Agradeci, então me arrumei para sair. Apesar de ter ganhado esse presente a alguns anos do meu pai ele ainda se encaixava perfeitamente em mim, eu sempre fui alta desde o segundo ano do ensino médio.

— Filha, vai aonde? – Meu pai perguntou assim que me viu andando para a porta, o sol ainda não havia nascido o que quer dizer que estava cedo. Muito cedo.

— Preciso fazer uma coisa – Falei, minha mãe apareceu atrás dele sorridente.

— Vai lá filha faça o que tem de fazer, eu e sua mãe ficaremos bem – Ele falou, acenei com a cabeça em agradecimento e ouvi a buzina do carro.

— Não se esqueça disso! – Minha mãe falou jogando algo para mim, era o chip. Agradeci e saí de casa. Assim que entrei no carro de Pablo nós fomos para minha cidade natal, a cidade em que o novato morreu.

— Já vai! – Falou assim que toquei a campainha, assim que a porta foi aberta a criança me fitou e arregalou os olhas – Mãe, acho que é pra você – Chamou fitando o lado de dentro.

— Pra mim, quem é? – Falou se aproximando, logo ela abriu a porta e arregalou os olhos ao me ver, eu sorri e a abracei – O que faz aqui, garota? – Ela perguntou depois do abraço.

— Preciso fazer algo importante e acredite ou não, é no seu banheiro – Falei. Ela me fitou e arqueou a sobrancelha quando eu falei que era no banheiro, mas ao ver minha face séria suspirou e deixou.

— Parece que a Encrenqueira voltou, não é mesmo? – Perguntou e eu o fitei surpresa – É, eu também estaria surpreso se fosse você, sou eu, Eduardo – Eu arregalei os olhos, Eduardo era um garoto um pouco baixo e gordo na época, mas agora estava alto, musculoso e rindo da minha face surpresa – Então, como a vida?

— Estou bem, me tornei médica e das boas – Respondi e ele riu de leve.

— Não esperaria menos da garota mais inteligente da sala, muito bem vá fazer o que tem de fazer – Eu acenei com a cabeça e puxei Pablo para o banheiro. Honestamente isso foi algo estranho de se fazer, mas isso não importava agora, assim que cheguei no banheiro coloquei o chip de frente ao local onde se coloca a toalha e a porta se abriu.

— Eu vou primeiro – Falei pulando dentro e Pablo me seguiu. Assim que chegamos na máquina eu me sentei na cadeira e soprei a mesa, o livro estava exatamente no mesmo lugar.

— Eu adoraria saber onde nós estamos – Falou e eu suspirei.

— Eu não faço a menor ideia também. Encontrei esse livro pouco antes de me mudar para lá com minha família, quem morava aqui era o garoto que eu gostava. Esse livro é na verdade um diário dele e contém tudo que ele pensou desde que me conheceu. O que me intrigava era algo aqui no final... – Me calei quando levantei o livro, assim que o levantei notei que havia outro livro em baixo dele, bem menor que o outro, mas ainda é um livro, quando eu comecei a ler arregalei os olhos. Era os meus pensamentos, tudo o que aconteceu desde que encontrei o novato até o dia em que sofri o acidente.

— Parece que encontrou algo bom aí, o que é? – Perguntou sorrindo

— Eu sofri um acidente de carro e por isso até hoje tenho medo de dirigir. Esse garoto possuía um chip na nuca dele que escrevia o que ele pensava, por isso está tudo tão pontual. No dia em que sofri o acidente ele encontrou um chip parecido com o dele na minha nuca e por incrível que pareça tudo o que meu chip escreveu está aqui! – Fitei o livro dele e o meu, então me sentei na cadeira.

— Aqui está, você vai precisar – Falou me entregando um notebook, agradeci a ele e comecei a escrever tudo o que estava escrito no livro do novato e tudo o que estava no meu livro. Entretanto a partir do acidente eu não conseguiria continuar apenas transcrevendo, sorte a minha que eu sempre tive uma memória boa. Comecei a escrever tudo o que acontecia simultaneamente nos capítulos que eu ia lendo de tal forma que a história tivesse um reinicio, mas agora contado por mim. O livro tinha vinte e cinco capítulos, com esse que estou escrevendo agora tem 52. Agora é salvar isso para imprimir depois e colocar o livro no lugar onde peguei, em cima da máquina. Esse pode não ser um livro excepcional, mas merece ser imprimido pelas memórias do novato. Obrigado por tudo garoto, você me trouxe uma felicidade que apenas você e outro homem puderam trazer.

Sinto sua falta, Jacob.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Minha "Amiga" Vampira" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.