Minha "Amiga" Vampira escrita por pedrojonassm


Capítulo 50
Capítulo 50 - Passeio




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Sabe, apesar de isso ter sido há apenas algumas horas ainda sinto que isso foi a muito tempo e que não deveria ter acontecido. Certamente meu aniversário está sendo ótimo.

— Tá esperando o que? – Jacob perguntou pouco depois de termos chegado em frente à casa do novato.

— Acho que esse é o primeiro encontro que eu vou ter com ele, estou um pouco nervosa, sinto que eu não deveria estar aqui – Falei. Ele me fitou com uma sobrancelha arqueada, eu revirei os olhos e toquei a campainha. "O que poderia dar de errado?" eu pensava, muita coisa deu errado.

— Já vai – Ouvi logo depois de tocar a campainha novamente, então o novato abriu a porta e me fitou por um pequeno tempo – Boa tarde – Falou assim que parou de me fitar de baixo para cima.

— Boa, você não vai não? – Perguntei cruzando os braços, ele arqueou uma sobrancelha por algum motivo.

— Como?

— Eu te chamei para sair, você disse que ia, não vai ou esqueceu? – Respondi, ele fitou o lado de dentro e seu robô que apareceu com os braços levantados indicando que não sabia de nada.

— Entre por favor, vou trocar de roupa e a gente sai – Pediu depois de dar um suspiro, eu acenei com a cabeça e entrei. Vi ele subir para o quarto e trocar de roupa.

— Ele parece não ter notado que você ficou vermelha – Jacob falou aparecendo, eu o fitei com cara de brava, ele riu e eu fui me sentar no sofá. Algum tempo depois eu escutei o som de alguém descendo as escadas e fui checar se era o novato que estava descendo.

— O que acha, meio Brega? – Perguntou. Ele estava usando um moleton preto aberto com uma camisa branca por dentro, uma calça jeans azul clara e um sapato branco.

— Está ótimo – Falei e ele riu de leve, o fitei sério perguntando-o o porquê de ele estar rindo.

— Você também está linda – Falou, eu travei e dessa vez tive certeza que fiquei vermelha, bem mais que antes – Vamos? – Chamou abrindo a porta para que eu passasse, agradeci acenando com a cabeça e saí da casa, com ele logo atrás de mim. Só estávamos esquecendo uma coisa...

— Então, para onde vamos? – Perguntei me virando para ele, ele demorou um pouco para pensar provavelmente porque ainda não tinha pensado em um lugar.

— Que tal ir no shopping? Podemos assistir um filme ou ficar na estação de jogos – Comentou. Não era má ideia já que o shopping daqui mesmo pequeno tem seus pontos forte, entretanto será difícil para ele ganhar de algum jogo contra mim.

— Parece uma boa ideia – Respondi. Eu segurei o braço dele para apoiar minha cabeça em seu ombro e nós fomos andando para o ponto de ônibus para irmos para o shopping. Nos passamos perto do lugar onde eu tentei matar aquele homem naquele dia, notei algumas pessoas na frente do lugar um tanto relaxadas e felizes, mas o que mais me estranhou foi Vivi estar do lado do prédio e acenando para o ônibus. Algum tempo depois nós chegamos no shopping

— E então, onde quer ir? – Ele perguntou, eu o fitei sorrindo e ele retribuiu.

— Jogos aí vamos nós – Falei puxando-o para dentro do shopping. Depois dele ter comprado o cartão eu o puxei para o primeiro jogo de mesa. Aero hóquei é um dos melhores na minha opinião. Assim que peguei o disco eu fiz um gol rapidamente usando minha velocidade, não vou jogar limpo aqui. Ele me fitou e eu sorri maliciosamente para ele.

— É assim é? Muito bem – Ele jogou o disco no alto e rebateu antes de tocar no chão. Antes que eu percebesse o disco já havia passado pelo gol.

— Isso é guerra! – Falei em tom brincalhão, acabou que nós passamos pouco mais de 20 minutos jogando e eu acabei ganhando simplesmente pelo fato de ter uma maior resistência, ele conseguia rebater rápido, mas não por muito tempo. Ele fez mais três gols seguidos e se cansou, logo eu ganhei fazendo seis gols seguidos.

— Você não cansa não? – Ele perguntou depois que a partida acabou, o fitei cerrando os olhos e sorrindo – Entendi – Ele sabe que sou vampira assim como sabe do meu poder, então deve ter entendido. Dessa vez ele quem me puxou para um jogo, Pebolim.

— Como assim? – Berrei depois das bolas terem acabado, mesmo com a minha velocidade eu não conseguia me defender das jogadas dele e por isso ele me fitava com um olhar vitorioso. Eu peguei no braço dele e ele me fitou – Minha vez agora! – Falei e o puxei para o local de fliperamas para jogarmos alguns clássicos de luta, tiro, etc. Depois de algumas horas nós saímos para comer e estávamos prontos para ir para casa, ou melhor, ele estava. Alguns minutos antes de irmos comer Jacob me chamou para avisar que está tendo um parque de diversões hoje e que nós passaríamos perto se pegássemos o ônibus, então eu pedi para que ele não comesse tanto.

— Vai me fazer rolar ladeira abaixo de novo? – Ele perguntou assim que entramos no ônibus e eu pedi para que ele colocasse uma venda.

— Coloca logo! – Berrei brincando. Ele riu e colocou a venda para cobrir os olhos, assim que o ônibus parou perto do parque nós saímos e eu retirei a venda dele, esse foi o último ônibus do dia, mas isso valeria a pena – Olha só – Falei apontando para o parque.

— Parece que nosso encontro está longe de acabar – Falou, eu sorri timidamente e ele me puxou para o parque. Ficamos algum tempo lá e depois fomos para casa de taxi, foi aí que tudo começou a ficar ruim.

Quando cheguei em casa eu encontrei meu pai amarrado na cadeira e assim que ele me viu começou a se mexer, eu pensei que ele estava pedindo ajuda, mas assim que retirei a fita que estava o impedindo de falar ele falou palavras que eu não queria ouvir.

— É uma armadilha! – Eu me virei para trás no momento em que um dardo tranquilizante acertou minha coxa esquerda e eu caí no chão.

— Me desculpe amiga, isso é necessário – Falou, arregalei os olhou ao ouvir a voz dela naquele momento e apaguei antes de poder falar qualquer coisa.

— Filha acorda! Filha! – Chamou. Eu saltei de susto quando foi jogado água em cima de mim, olhei para frente e vi um homem abaixado me fitando sorrindo.

— Se não é a garota que atacou o armazém uma vez – Falou batendo no meu ombro, o fitei sério – Deve estar se perguntando como eu te encontrei. Bem, digamos que meu sobrinho foi bastante útil – Eu arregalei os olhos, isso foi capaz de me despedaçar completamente, olhei para um canto e vi o novato segurando um copo, o fitei com raiva na face, mas na verdade estava decepcionada, de coração despedaçado.

— Vamos começar o show – O homem falou. Ele começou a fazer algumas espécies de rituais que existiam sobre lendas de vampiros e nos deu um copo de água por algum motivo. Ele estranhou o fato de não ter acontecido nada comigo ou meu pai, entretanto Jacob estava na minha frente acenou para mim sorrindo e com uma face triste antes de desaparecer. Diferente das outras vezes que ele desaparecia da vista, dessa vez ele simplesmente desapareceu, ele havia ficado invisível.

— Isso não é uma peça, eles estão tentando matar esses dois – Falou. Esse berro me retirou dos meus pensamentos e quando eu percebi vi um homem no chão e o novato a minha frente.

— Seu erro garoto, é pensar que essas pessoas não sabem disso – O homem respondeu, algumas pessoas ali ficaram surpresas, outras nem tanto.

— Todos trabalham conosco, acredite em mim quando eu digo que eles não vão sair dessa vivos – O homem que estava caído falou se levantando, o novato fitou o chão sem saída.

— Saia daqui sobrinho, ou morra – O outro homem falou se aproximando de mim com uma estaca de madeira nas mãos, entretanto no novato estendeu o braço impedindo-o de passar. Reparei um estranho aparelho no seu braço, parecia uma faixa ao redor dele, mas havia uma espécie de chip eletrônico que ficou verde por um momento.

— Eu vou ficar – Falou. O chip em seu braço ficou vermelho e ele empurrou o homem para cima do outro derrubando-os fora do palco, então segurou a corda e a torou com um puxão – Saiam daqui rápido! – Falou acertando o homem que havia caído. Meu pai me puxou e nós corremos dali, escutei um grito do meu nome e me virei para ver o que era, então vi o chip que estava no braço do novato voando e minha direção.

— Pega! – Ouvi e peguei antes que caísse no chão, então vi ele ser derrubado pela quantidade de pessoas que estavam o empurrando.

— Nicky! – Berrei no momento em que vi o machado descer sobre a cabeça dele.

— Filha, temos que ir – Meu pai chamou, eu o levantei e usei minha velocidade para confundir os homens e me escondi na casa do novato – O que estamos fazendo aqui? – Perguntou assim que chegamos no banheiro.

— Você vai ver – Falei, então coloquei o que o novato me deu em frente do local onde ele ativou o scanner do olho e a porta abriu. Só não faço a menor ideia de como ou quando essa porta foi consertada, já que da última vez que estive aqui, ela havia sido quebrada, acho que apenas parecia estar.

 


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