vazamento de feromônio escrita por jack miranda


Capítulo 2
previsível


Notas iniciais do capítulo

Cebola e Cascão estão juntos no vestiário após uma partida de futebol. Eles perderam porque Cebola não acertou o último gol. Eles discutem e Cascão diz que Cebola é previsível e por isso eles perderam. Cebola surta e começa a tentar convencer Cascão de que não é previsível como ele pensa e Cascão continua debochando do rapaz, até que Cebola o prova que realmente é imprevisível.



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Eles estavam no vestiário. E haviam perdido a partida.

— Que dloga, que dloga! — Cebola chiava enquanto tirava a regata do corpo suado e jogava no banquinho em frente aos armários verde escuro do ginásio do colégio do Limoeiro.

O vestiário masculino estava vazio. Todos os rapazes de ambos os times já haviam se dirigido a ala feminina para tomar banho. Estavam com um problema na encanação dos chuveiros do balneário desde que Titi e Jeremias tiveram a brilhante ideia de jogar bola durante o banho após uma partida semanas atrás. Basicamente, quebraram toda a tubulação quando Titi petecou a bola alto demais com o pé direito e agora, ao girar de qualquer torneira, o chuveiro explodia em uma bomba de água fria. Cebola tinha ficado pasmo com a coragem dos dois rapazes de jogar futebol sem nenhuma peça de roupa presente no corpo, debaixo da água e com sabão. No fim das contas, tiveram sorte que os canos foram as únicas coisas danificadas. 

Cascão, que vinha logo por trás dele, se sentou em um dos bancos e começou a tirar suas chuteiras dos pés. Ele e Cebola ficaram para trás porque Cebola estava discutindo com o treinador sobre como o último chute que definiu o jogo não havia sido válido.

O treinador não concordou e disse para ele aceitar a derrota.

— Onde tem drogas, careca? Eu gostaria de uma da boa agora.

— Que dloga que a gente peldeu o jogo, seu bobão! — gesticulou Cebola, um tanto frustado. — E ainda por cima você ainda vem com esse chulé, Cascão.

Cascão franziu as sobrancelhas.

— Ah, não começa. Essa não é sua primeira vez em campo.

— Ainda sim, eu não gosto de perder!

— Tô falando do meu chulé. Não é a primeira vez nem a última que você vai sentir ele.

Cebola parou e ficou encarando o amigo em uma expressão raivosa.

— Por que ainda ando com você?

Cascão soltou um sorriso sacana.

— E era tão óbvio que a gente ia perder, cinco fios —  disse ele, retirando sua regata também e revelando o peitoral delineado. 

Cebola se perdeu por um segundo encarando às axilas de Cascão conforme sua regata subia. O suor no ombro do amigo dele descia e brilhava na superfície do peito avantajado de jogador de futebol. 

— Quê? —  perguntou após um segundo, voltando a se concentrar na conversa. —  Por que é óbvio?

Cascão agora tirava seus shorts de tecido fino verde. Uma cueca preta e apertada que se encolhia nas suas virilhas ficando à vista.

— Porque era o Do Contra chutando versus você no gol. Claro que você ia deixar aquela bola passar no último pênalti. 

— Do que você tá falando seu tlouxa? Eu deixei passar porque o DC é implevisível e nunca dá pra saber onde ele vai chutar. Dloga, por quê eu tô falando elado?

— Porque você troca o “errê” pelo “elê” quando fica nervoso — retrucou Cascão, se levantando e se aproximando do corpo de Cebola no armário. Ele olhou bem no fundo dos olhos do rapaz. — Você deixou passar porque você é previsível e sempre dá pra saber quando você deixa seus sentimentos afetarem sua performance. Você odeia o Do Contra, então claro que fica emocionado para humilhar ele no campo e para de realmente prestar atenção no que ta fazendo e fica olhando pra ele com cara de vilão de filme da Marvel e daí ele vai e chuta a bola com toda a leveza e sossego do mundo e faz o gol enquanto você se esborracha no chão todo dramático com olhos fechados jurando que pegou a bola. Daí você abre os olhos e vê que não pegou. Normal. O de sempre.

Cebola sentiu a respiração de Cascão por conta de quão próximo ele ficou para dizer tudo aquilo. Ele recuou um passo para trás, não sabendo exatamente explicar para si mesmo o que estava acontecendo com seus nervos naquele momento. Uma sensação quente subiu por seu pescoço. 

Olaolaola bolas!

— Bola — brincou Cascão, virando de costas e andando para longe de Cebola, com seu bumbum balançando para cima e para baixo na cueca preta. 

Cebola fungou, frustrado.

— Isso não é verdade. Eu não sou plevisível assim.

— É sim, Cebolinha.

— É Cebola! — os dois gritaram em uníssono. 

Cebola tomou um susto.

— Sim, eu sabia que você ia responder isso — debochou Cascão. — Todo mundo sabia. Você é previsível.

Cebola fungou com raiva. Cascão estava o deixando irritado. Ele queria empurrar ele.

— Não sou não! E eu não tenho culpa se o Do Contra desequilibra todo o jogo quando ele decide participar. Ele é instável! Um dia joga xadrez e no outro ta no futebol com a gente. Ele que é implevisível demais!

— E você só sabe lidar com o previsível, né? Deve assustar mesmo.

Cascão soltou outra risada provocativa, virou de costas e começou a tirar suas trocas de roupa do armário.

— Para de falar que eu sou plevisível! — Cebola insistiu, com os olhos arregalados e a voz estridente. —  Eu não sou plevisível, Cascão!

Cascão fechou a portinha verde laminada do armário e revirou os olhos.

— Meu Deus, eu sabia que você ia dar chilique e continuei, erro meu. Tá tudo bem ser previsível, careca — disse, se aproximando de Cebola e colocando a mão sobre seu ombro. — Pelo menos a gente sabe que pode contar com você agindo da mesma maneira em toda situação e assim ninguém se abala tanto. Por exemplo, hoje eu sabia que a gente ia perder quando tudo dependeu do pênalti do DC e você estava no gol e eu já fiquei em paz com a derrota desde aquele minuto. Obrigado, amigo.

Cebola seguiu o rastro da mão de Cascão em seu ombro voltando por todo o braço dele até chegar nas suas axilas novamente. E o peito. E o mamilo. O abdômen e o pelos que começavam na área do umbigo.

— Você é um otálio.

Ele estava nervoso ainda. E não tinha certeza se ainda era pelo jogo.

— E você é previsível —  Cascão rebateu, tirando a mão do ombro de Cebola. — Vou tomar banho. E agora você vai fazer uma piad…

— Isso ninguém prevê mesmo.

— …inha sobre como é imprevisível que eu vá tomar banho. Tão óbvio.

Cascão realmente conseguia prever tudo que Cebola estava prestes a dizer. Ele odiava o amigo por tão íntimo e o conhecer tão bem. Conhecer sua mente tão bem.

— Vai se foder.

Bom, talvez não tão bem. Cebola pensou sobre aquele dia na praia, na casa do pai de Xaveco.

Cascão não fazia ideia do tipo de coisa que havia acontecido entre eles dois no subconsciente de Cebola. E Cebola também não fazia ideia do porque tinha tido aquele sonho. 

Mas foi meio gostoso para ele.

— Você sempre xinga e manda se fuder quando não tem mais argumentos, careca. Outro traço previsível seu. 

— Fácil falar que eu sou previsível e já sabia tudo que eu iria dizer…

— Depois que você já disse.

— …depois que eu já disse.

— Caraca, mano, será que não tem nada dentro da sua cabeça que eu já não conheça?

Um pensamento perigoso cruzou a cabeça de Cebola. Os batimentos do coração dele aceleraram.

— Senta —  ordenou a Cascão.

— Quê? Por que? Vou tomar banho.

— Senta, Cascão.

— Não, careca, não tô com tempo pra bater papo agora.

— Então fica de pé mesmo.

Cebola se ajoelhou na frente de Cascão.

— O que você tá fazendo? Cebo… Ah! — Cascão parou de falar quando Cebola colocou a mão dentro de sua cueca preta e puxou seu pau para fora.

Cebola olhou para o membro avantajado de Cascão que pulou à frente de seu rosto. Ele esperava que o pênis do menino estivesse mole, mas curiosamente estava parcialmente ereto. 

— Uau, é bem como na minha cabeça. Você realmente deve conhecer muito do que se passa aqui dentro, Cas.

Cebola não fazia ideia do que estava fazendo e podia sentir todo seu corpo tremendo com adrenalina, mas já havia começado e não iria parar.

Cascão estava olhando para Cebola com seus olhos arregalados e boca aberta em choque, contudo, ele não havia se movido nem se afastado de nenhum jeito. Continuava sentado assistindo Cebola com a mão sobre seu pau.

— Que porra é essa, Cebolinha? Tira a mão da minha rola!

Cebola o ignorou e brincou com o escroto de Cascão, passando os dedos pela pele de seu saco.

— Olha só. Essas bolas eu consigo pegar.

Ele olhou para cima e sorriu enquanto o rosto embasbacado de Cascão migrava de choque absurdo para uma expressão de… prazer?

— Cebola… — Cascão sussurrou, parecendo abandonar sua resistência lentamente.

Cebola pode sentir o pau de Cascão crescendo e endurecendo na palma de sua mão, o que o intrigou também… Cascão estava gostando daquela loucura que ele havia iniciado.

Bom, então Cebola continuaria.

— Nossa, ele é tão mais escuro que a pele do seu corpo… — disse, acariciando a superfície do membro de Cascão e o apertando.

— Careca… Para…

Agora, o pau de Cascão estava completamente armado na frente de seu rosto. Veias saltadas e tudo.

— Eita, alguém parece estar acordando… Acho que vou dar um beijinho de bom dia.

Cebola aproximou a boca da glande de Cascão e a beijou. Em seguida, ele passou a língua sobre a região. 

O lábio inferior de Cascão tremeu e ele respirou pesadamente, não parecendo lembrar muito bem onde estava e o que estava realmente ocorrendo naquele momento.

— Meu Deus, você perdeu a cabeça — reagiu Cascão, ainda de olhos fechados e com a cabeça tornada para trás. 

Cebola observava debaixo, ainda ajoelhado, sentindo animação e eletricidade no tesão que estava causando no amigo. Ele queria realizar toda a fantasia que estava fazendo-o de refém desde a tarde na casa de praia do pai de Xaveco. 

— Eu acho que eu encontrei a cabeça Cascão, ela é rosa. E muito gostosa também.

Cascão soltou outro gemido conforme Cebola abocanhou seu membro e sugou toda a extensão dele.

— Meu Deus, meu Deus… 

— O quê? — questionou Cebola, chupando cada vez mais profundamente o pau do amigo e assistindo enquanto ele se contorcia de prazer. 

De repente, Cebola sentiu a mesma força de vontade de vencer que sentiu no campo de futebol uma hora atrás. Ou que sentia quando fazia um plano infalível. Ele iria fazer Cascão ter certeza de que ele não era nada previsível. 

— Cebolinha. Cebola, porra — Cascão gemia como se estivesse tentando resistir ao prazer que Cebola estava o proporcionando e ao mesmo tempo como se desejasse ainda mais. 

— Que foi, Cascão?

Cebola decidiu provocar ele mais um pouco e começou a masturbar ao mesmo tempo que o sugava. 

Então, Cascão pareceu se render totalmente ao momento. Ele colocou a palma da mão esquerda sobre a nuca de Cebola e empurrou sua cabeça para frente, fazendo com que Cebola engolisse toda a extensão de seu pênis.

— Cascão — Cebola chamou, sentindo uma onda de prazer e tesão emergindo em seus shorts também. Não estava mais no controle.

O corpo dele balançava com adrenalina, fogo e desespero enquanto sentia o sexo de Cascão ir e voltar para dentro de sua boca. Cebola desceu seu pulso para dentro da própria cueca e começou a se masturbar também.

Então, Cascão apertou a nuca dele e disse com a voz grave:

— Brinca. Com. Às. Minhas. Bolas.

Cebola se sentiu completamente entregue ao amigo naquele momento. Ele havia perdido no próprio jogo. 

Com nervosismo no corpo, somente respondeu com pressa, sem afastar a boca do pau do amigo:

Blinco.

Cebola dedilhou o saco de Cascão, mexendo carinhosamente em suas bolas enquanto lambia a cabeça do pau dele com vigor. Cascão estava gemendo com cada vez mais volume e frequência e Cebola sabia que estava fazendo um bom trabalho.

Ele podia sentir sua cueca encharcada espalhando semên pelo shorts de futebol que ainda não havia tirado do corpo, mas não queria pensar em mais nada além daquele momento com Cascão.

Quando o membro de Cascão começou a pulsar e oscilar dentro de sua boca, ele soube que iria fazer o amigo gozar e aumentou a intensidade de seus movimentos.

— Cê… — Cascão urrou segundos antes de chegar ao seu ápice.

Cebola tirou a glande de Cascão dos lábios e deixou que todo o gozo do amigo fosse espalhado pela sua face enquanto Cascão revirava os olhos com viço.

Os dois voltaram lentamente a respirar com calma.

Cebola sentiu o semên do amigo escorrendo pela sua bochecha e pausando em cima do desenho de sua boca.

Cascão olhou para baixo, finalmente e encarou o rosto de Cebola, parecendo satisfeito e perplexo.

— Careca… o quê… o que foi isso?

Cebola abriu um sorriso sacana e lambeu a parte superior de seus lábios.

— Você é muito previsível. É fácil te fazer gozar.


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