A maldição da Sucessão escrita por Pms


Capítulo 14
Capítulo 14: O novo paciente de St. Mungus.


Notas iniciais do capítulo

- Mais um capítulo para vocês!

—Comentem!

— Não desistam da história!



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Pansy só pode observar tudo pela janela. Da luta dos curandeiros ao tentar contê-lo na cama enquanto ele gritava em pleno pulmões desesperadamente pela sua vida até o momento que ele se acalmou o suficiente induzido por poções para que ela pudesse entrar.

Ele não parece ser a mesma pessoa que ela havia visto um mês antes, o olhar sedutor e intimidador em seus olhos azuis sumiu dando lugar ao um olhar desnorteado que nem mesmo estavam olhando em sua direção quando ela entrou no quarto. A roupa branca e as tiras amarradas em cada um de seus pulsos o deixaram com aparência pálida e mais alienada possível e se não fosse pelo o vermelho em suas bochechas do esforço para se soltar ela poderia garantir que ele estava morto.

Para não assustá-lo Pansy se aproxima cautelosamente e se senta na beirada da cama.

— Theo? – chama Pansy suavemente na tentativa de conseguir qualquer indicação de reconhecimento por parte dele. – Sou eu, Pansy.

Os marcantes olhos azul profundo de Theo Nott finalmente a encaram, mas nada demonstram além de um olhar perdido.

— Pansy Parkinson. – tenta ela novamente.

Theo não reage a presença dela. Então Pansy segura a mão dele, a mão que um dia esteve tocando seu corpo, a mão que ofereceu ajuda quando ela mais precisava.

— Se você me reconhece aperte a minha mão.

Sem resposta.

Pansy continua a esperar olhando fixamente em seus olhos. A boca dele se abre, mas não produz som algum.

— O que aconteceu com você? – Pansy acaricia a mão dele com o polegar. – Quem fez isso com você?

Pela primeira vez, Pansy sente pena de Theo. Vê-lo nesse estado depois de ter conhecido ele como ela o conheceu a deixa triste, o homem de negócios havia sumido dando lugar ao garoto ferido mais uma vez. O garoto que tinha medo do pai e sentia falta da mãe, o garoto que ele tentou extinguir dentro de si para se tornar o que se tornou.

A porta do quarto é aberta.

—  Senhorita Parkinson, o horário de visitação já vai acabar. – avisa uma curandeira na porta com o lábio curvado em desgosto.

Pansy ignora a curandeira. Ela não havia gostado da forma como a curandeira a tratou quando ela chegou no quarto andar e foi pedir informação sobre Theo após assinar o livro de visitação.

— Você me ouviu? – pergunta a curandeira. – A hora da visitação já vai acabar.

— Eu já entendi. – responde Pansy se virando para curandeira com as sobrancelhas erguidas. – Só não entendi ainda o porquê de você ainda estar aqui. Precisa de ajuda para saber como sair do quarto? Você já deu o aviso, pode ir.

Pansy sorri quando ouve a curandeira xingar após fechar a porta.

— Pansy. – chama Theo fracamente.

  Ela se vira rapidamente para ele com esperança.

— Sim, sou eu. – ela se coloca próximo ao rosto dele apertando sua mão.

 Theo fixa o olhar nela e suas pupilas dilatam em reconhecimento para segundos depois seus olhos mudarem de cor estranhamente e ele arregalar os olhos assustado e começar a se debater.

— NÃO! ELE VOLTOU!! ELE ESTÁ AQUI!

— Theo? – chama ela assustada segurando os ombros deles para que ele não se debatesse na cama. – Calma, está tudo bem!

Pansy sem entender nada é empurrada para fora do quarto pelos curandeiros que desta vez decidem dar um sedativo para que ele durma. Ela assiste com o coração apertado Theo se debater e gritar por ela até ele cair no sono gradualmente.

Pansy não sabia o que havia acontecido com ele até receber uma carta do St. Mungus informando a entrada dele de madrugada, ela nem sabia que ele havia mantido ela como contato para emergência. Tudo aconteceu tão rápido que as únicas informações que ela conseguiu com os curandeiros são que ele foi encontrado no Navalhas Mágicas transtornado e delirando e que suspeitavam de ele ter sido enfeitiçado.

Pansy e Theo não poderiam ser chamados de casal perfeito, as inúmeras discussões inúteis que eles tiveram que sempre acabava com os dois na cama é a prova disso. O relacionamento deles pode ter sido conturbado, mas nenhum desentendimento podia fazer Pansy esquecer o que Theo havia feito por ela, quando ele se comprometeu a ser intermediário no pagamento e negociação das dívidas de seu pai, além disso, ele também foi um grande apoio emocional para ela compartilhando os anseios de ter tido os pais do lado errado da guerra como também a alegria de tudo ter chegado ao fim.

Ter Theo como namorado foi uma das coisas que Pansy não esperava, embora tivessem estudados juntos e compartilhavam Draco e Blásio como amigos em comum eles nunca haviam se aproximado o suficiente para se considerarem amigos ou criar uma relação que criaram, até porque Theo não era do tipo que falava ou tinha amigos e nem muito atraente na época. Quando ela o reencontrou quase não o reconheceu pela mudança de aparência e de personalidade, ele havia passado de um menino misterioso para um arrogante dono de seu próprio negócio.

— Como ele está? – surge Blásio ao lado dela.

— Ele está péssimo. – Pansy responde olhando para a forma adormecido de Theo. – Os curandeiros acham que ele foi enfeitiçado, mas não conseguiram identificar o feitiço ainda e por isso não conseguem reverter.

— Você sabe quem fez isso com ele? – pergunta Blásio.

— Não tenho certeza. Você sabe que a lista de pessoas que querem o Theo morto é extensa. – responde Pansy.

Após começar realmente a conhecer Theo, Pansy se questionou o porquê que ele havia escolhido a vida ilegal já que ele se mostrava ser muito inteligente e capaz de conseguir qualquer emprego até mesmo no Ministério, a resposta para esse questionamento veio logo depois quando ela perdeu o emprego de professora de poções por causa de seu histórico familiar negro. Com isso, ela aprendeu duas coisas, uma é que ela podia não ter uma marca negra no braço, mas ela estaria para sempre marcada com o passado negro e a segunda é que não existia perdão, o perdão era só sinônimo de rancor que poderia se tornar um sinônimo de vingança.

— Como que você ficou sabendo da situação dele? – Pansy olha para Blásio pela primeira vez.

— Do jeito que todos ficaram sabendo. – Blásio estende um jornal dobrado para ela.

Pansy franze a testa para o jornal e o desdobra para dar de cara com a manchete de primeira página.

 

Corrupção no Ministério

Jackson Jones funcionário do Ministério é preso por fazer venda ilegais de poções além de vender poções da Comissão que trabalhava.

A investigação foi feita pelo Auror Harry Potter que também encontrou relação com o contrabandista Theodoro Nott, filho de um Comensal morto na guerra, tinha parceria com a venda e foi um informante nas investigações delatando o local de venda.

A prisão de Jackson Jones e de Theodoro Nott já foram decretadas, só que na madrugada da última semana Theodoro Nott foi enviado ao St. Mungus parecendo estar enfeitiçado.

Para saber o restante a notícia se encontra na página 22.

 

— Eu não acredito! – exclama Pansy batendo o jornal na mão. – Potter delatou o Theo para imprensa e ainda vai prendê-lo.

— Você sabe alguma coisa sobre isso? – questiona Blásio curioso.

— Eu que pedi para o Theo me contar sobre o fornecedor dele. – explica Pansy levantando a mão à testa nervosa para afastar a franja. – Eu estava trabalhando com Potter na investigação do assassinato de Dawlish e isso levou até o Theo. Droga!

Sendo mais específico ela não poderia chamar de pedido o que ela fez para Theo, estava mais para um acordo, um acordo simples, que os dois lados sairiam ganhando ele com o legalização das poções dele e ela com a informação. Porém, a situação toda mudou quando Potter surgiu e assim o acordo inicial se foi, não por falta de insistência dela que persistiu no acordo com algumas alterações, como a entrega de umas receitas de poções proibidas.

Theo aceitou sem pestanejar o que deixou Pansy surpresa, pois não se tratava de uma troca tão justa quanto ter seu comércio inteiro legalizado que daria a ele a venda livre, sendo ele um ótimo negociador ela achou estranho e pensou que ele estivesse levando em consideração o histórico de relacionamento passado deles. A suposição foi confirmada quando Theo pediu um beijo para selar o acordo e outro para despedida não antes de afirmar que mesmo que o relacionamento deles tivesse chegado ao fim eles podiam contar um com o outro sempre que precisassem.

— Essa foi a coisa mais estúpida que você já fez, Pansy! – ralha Blásio a censurando com um aceno negativo com a cabeça. – Levar o Potter até o seu ex- namorado contrabandista e depois fazer ele delatar o seu fornecedor e o local de venda. Você sabe que ser traíra no mundo dos negócios é sentença de morte.

— Eu sei! – rebate Pansy mordendo a unha pintada de uns dos dedos da mão enquanto lia novamente o jornal.

Se Pansy pudesse se bater de forma dolorosa ela estaria fazendo nesse exato momento.

— Agora podemos diminuir a lista de suspeitos que podem ter feito isso com o Theo. – Blásio acena com a cabeça para o Theo fazendo Pansy olhar também. 

Pansy contempla com infelicidade o rosto quadricular que foi motivo de sua irritação, alegria e prazer. O sentimento de tristeza logo é substituído por raiva direcionada ao um bruxo com uma cicatriz na testa.

— Onde você está indo? – pergunta Blásio ao vê-la sair andando.

— Vou falar com Potter. – responde ela andando.

— Pansy, não! – Blásio corre atrás dela e agarra o seu braço. – Está querendo ser presa! Você já viu que não se dá para confiar no Potter ainda mais com o seu passado. Se duvidar ele te prende por ser cúmplice do Theo ou por desacatar a autoridade. 

— Eu também sou funcionária do Ministério.

— E Potter é o salvador do mundo bruxo.  – retruca Blásio. – Quem você acha que ganha?

— Eu estou pouco me importando para quem ele seja, Blásio. – exclama Pansy.

— Pan, me escuta. – acalma Blásio. – Não é um bom momento para sair discutindo com bruxos como Potter ainda mais por você ser famosa pela sua faceta na batalha e seu pai ser fugitivo. Tenta ficar invisível novamente pelo menos por agora. Entendeu?

— Entendi. – Responde Pansy mordendo a boca em ódio.

— Agora. – Blásio olha para os lados antes de puxar Pansy para um canto vazio. – Draco precisa falar com a gente. Ele quer nos encontrar novamente na abadia que nos encontramos da última vez.

— O que ele quer? – bufa ela. Encontrar com Draco era última coisa que ela precisa no momento.

— Não sei, mas parece ser importante. – Blásio espera uma curandeira passar pelo corredor para retornar a falar. – Talvez seja sobre o Ministério e também ele queira saber do Theo.

— Que bonitinho da parte dele. – ironiza Pansy. – Agora o Draco é um amigo preocupado.

— Eu preciso ir. - avisa Blásio olhando para o relógio caro em seu pulso. – Não se esqueça, semana que vem no mesmo dia e o mesmo horário.

 Nas últimas semanas Blásio serviu como intermédio entre Pansy e Draco, porém odeia se intrometer nas brigas dos dois e sendo amigos dos dois há muito tempo sabe que é uma batalha perdida, por essa razão preferiu ignorar o comentário de Pansy e ir embora. 

 

 

 

 

Pansy tentou realmente se concentrar em seu trabalho, mas cada ingrediente que ela cortava e cada poção que ela catalogava ela se recordava de Theo deitado numa cama se debatendo. Seu pé batendo no chão incansavelmente e a força com que ela estava fazendo as coisas chamou até a atenção dos outros funcionários da Comissão.

A imagem de Potter sentado com os outros ao seu redor se regozijando de seu outro feito e recebendo um elogio da sua chefe em frente a todos passa constantemente pela mente de Pansy, o que logo é substituído por uma memória real de Potter sentada na mesa da Grifinória recebendo cem pontos por qualquer coisa que fizesse e tirando o troféu merecido da Sonserina. Atingindo o seu limite ela tira o jaleco cinza e agarra o jornal e com firmeza vai até o Quartel general dos aurores.

Pansy caminha confiante para mesa onde Potter está sentado.

— Potter! – rosna Pansy. -  Como você pode fazer uma coisa dessa!

Harry ergue o olhar do pergaminho em sua mesa confuso. Pansy nota sua aparência desleixada e abatida.

— Do que você está falando? – pergunta ele cansado.

— Você delatou o Theo e decretou prisão! – acusa ela. – Prender ele é uma ótima forma de agradecimento pela a ajuda.

— Parkinson. – começa Harry esfregando a testa. – Por mais que Nott tenha nos ajudado ele vendeu poções ilegais e outras milhares de coisas e precisa responder por isso.

Pansy engasga de indignação.

 - Responder como se ele nem mais se reconhece por sua culpa! – grasna ela.

— Minha culpa!? – exclama chocado.

— Então você não leu a dedicatória para você no jornal. – afirma Pansy agarrando o jornal e quase esfregando na cara dele. - Você e essa sua boca grande revelou para imprensa e para todo o mundo bruxo que Theo é um traidor. E sabe o que acontece com traidores no mundo do contrabando, eles morrem ou ficam como o Theo está!!

Harry puxa com violência o jornal da sua cara para ler a notícia.

— Theo está no St. Mungus berrando e delirando por sua causa! – culpa Pansy cruzando os braços.

Harry abaixa o jornal para passar a mão sobre o cabelo nervoso.

— É meu trabalho relatar tudo sobre a investigação a minha chefe. Não podia deixar de fora o fato que Theo contrabandeava uma poção ilegal só porque ele é seu ex- namorado. – Harry explica. – Além disso, não dei entrevista para jornal nenhum.

— Mas essas informações só podem ter saído dessa sua boca enorme! – Pansy observa ao redor para ver olhos curiosos direcionados em sua direção, porém ignora.

— Olha aqui Parkinson, eu não tenho culpa se seu ex-namorado se meteu em uma confusão maior do que ele. – retruca Harry perdendo a paciência. – Ele é um criminoso e tem que responder pelo seus crimes o que tenha acontecido com ele e com os outros contrabandistas não é problema meu.

— O discurso seria bem diferente se fosse uns de seus amigos inúteis no St. Mungus. – retruca ela.

— Para começo de conversa foi você mesma que colocou o Theo nisso. – Aponta Harry.

Pansy congela com a fala.  Ter Blásio jogando isso na cara dela era uma coisa, agora ter Potter fazendo isso era completamente diferente.

— Foi uma estupidez! – admite Pansy com os dentes cerrados. - Mas foi estupidez ainda maior achar que eu podia confiar em você! Agora que você tem o que quer não vai ser mais preciso me importunar.

Pansy puxa o jornal da mesa bruscamente.

— Tenha uma bom dia, Auror Potter.- ela coloca a maior quantidade de desprezo na voz.

Com as pisadas firmes, Pansy sai do Quartel dos aurores sem olhar para trás.

 

 Em vez de um portão há uma entrada em forma de arco que poderia parecer inofensivo se não estivesse enfeitiçado, a vegetação rodeando todo o ambiente, a grama bem cuidada e o lago com alguns grindylows habitando ao qual ela tinha um medo na infância de se aproximar, pois temia ser puxada por dos um grindylows já que haviam contando para ela que é o que aconteceria se ela fosse desobediente, seria dessa forma que Pansy descreveria a Mansão onde ela passou a maior parte de sua vida se alguém tivesse perguntado anos antes. Atualmente, ela descreveria como um lugar completamente silencioso com a vegetação desregulada e sem qualquer vida no lago e com diversos feitiços ao redor que até uma mosca temeria passar perto da Mansão Parkinson.

Pansy com muito esforço e com olhos fechados consegue ao entrar na sala de estar ver a silhueta de sua mãe com brincos brilhantes sentada no sofá folheando uma revista de moda enquanto escuta alguma música francesa na vitrola e bebe um chá, mais adiante andando até escritório de seu pai ela pode sentir o cheiro do charuto dele e o som da pena em contato com o pergaminho, e ao final de tudo quase imperceptível dentro da cozinha escuta o titilar dos talheres e panelas borbulhando e a voz de Wylla, a elfa da família, que se auto crítica por algum erro cometido. Sobre tudo isso, após a escadaria e o corredor em um dos quartos pintado com flores Pansy consegue ouvir a risada de uma garotinha solitária muita das vezes se divertindo com sua recém habilidade de levitar as coisas.

Pansy adoraria que esse momentos fosse os únicos que ela pudesse visitar em sua mente ou na penseira, porém o espaço maior sempre é cedido para os momentos ruins. Como as discussões de seus pais, suas críticas, a entrada e saída de comensais e seguidores do lorde das trevas da Mansão Parkinson. Ela ainda se recorda constantemente das últimas palavras de sua mãe.

“ – Filha, ainda bem que você tem um belo corpo e um rosto apresentável. Porque se dependesse só da sua inteligência você teria o péssimo futuro pela frente. Seu pai tinha razão em querer um filho homem.”

Pansy amassa o jornal em suas mãos ao se lembrar das palavras de sua mãe. Cada releitura que ela faz do jornal a corroí por dentro, pois a notícia do jornal descreve o resultado de suas recentes ações provando o quanto sua mãe estava certa.

 Não há como negar que o estado de Theo não é sua culpa.

Pansy sentada na janela de seu antigo quarto florido com uma garrafa firewhiskey está brava consigo por suas recentes ações e pela sua irracional atração por Potter, a qual ela não sabe quando começou. No começo, o que se destacava era seu desprezo por ele, por causa da atitude heroica o tempo todo e sua arrogância, porém quando olhado com mais atenção ela notou que essas qualidades caiam bem nele principalmente quando ele estava vestindo suas roupas formais e sua capa de auror e a forma como estufa o peito inconscientemente em momentos de ação certamente começou a deixá-la atraída.

O quarto que ela se encontra foi a confirmação que Pansy estava sentindo- se atraída por ele quando ela percebeu o olhar dele sobre seu corpo e sua respiração tão próxima enquanto ela analisava seu pescoço, ela imaginou como seria tê-lo pressionado contra seu corpo e encarar aqueles olhos cor safira sem os óculos enquanto os dedos dela correria pelo cabelo bagunçado para afastar os fios de sua testa para poder beijar a cicatriz estúpida em forma de raio.

Pansy chacoalha a cabeça para tirar esses pensamentos de sua mente, pois senti-los podia ser inconsciente mais mantê-los é burrice depois de hoje. Ela e Potter nunca irá acontecer, isso é uma realidade, mesmo que ela quisesse buscar apoio nos momentos de interação que tiveram ela só pode chamar de educação e nada mais além disso e Potter só a estava tratando-a bem pelo interesse.

“Depois nós Sonserinos que somos interesseiros.” Pensa ela.

Agora com a investigação finalizada e com a certeza que Potter não irá voltar a procurá-la, ela pode focar sua atenção novamente ao que vem preocupando-a desde da fuga de Azkaban, o paradeiro de seu pai, a qual ela não teve menção alguma. O presente misterioso no Natal trouxe para ela a esperança que fosse ele tentando se comunicar, porém a cova vazia que havia encontrado com o nome dele provou o contrário, o que a deixou mais preocupada se aquilo significava que seu pai estava morto ou era um aviso que ele seria morto, qualquer uma das duas opções a preocupa.

Ela precisa encontrá-lo antes que seja tarde demais, antes que alguém o mate ou o Ministério o pegue, se ela o encontrar ajudará ele a fugir para França onde sua mãe está não importando se é ilegal ou ruim, como nunca se importou realmente. Em seu consciente Pansy sabe que ajudar o Potter a solucionar o caso além da atração era uma tentativa de redenção, não uma tentativa de fazer o certo por ser o certo, ela pensou que talvez oferecendo ajuda pudesse redimir alguma coisa e assim iria limpar sua mente culpada. No entanto, como das outras vezes e para seu azar sua ação bem intencionada só gerou mais complicações para quem ela não tinha intenção de prejudicar.

— Animus Corpus. – Pansy acena com sua varinha dando vida em formato de corvo ao jornal que começa a voar e crocitar ao redor do quarto.

Ela não vai cometer o mesmo erro duas vezes, ela não vai entrar naquela sala novamente e sentar na cadeira do escritório do chefe dos aurores e esperar por ele enquanto enxuga suas mãos suadas na calça e debate mentalmente a sua decisão de ficar ou ir embora, ela não vai dar depoimento e nem fazer acordo, ela não vai envergonhar o nome da sua família novamente. Dessa vez, ela não irá entregar seu pai!  

Pansy bebe o resto da garrafa de Firewhiskey e observa o corvo voar enquanto pensamentos inundam sua mente.

“Você tentou entregar Harry Potter ao Lorde das Trevas e depois tentou se redimir e o Theo pagou o preço, você entregou seu pai para que sua mãe não fosse para a prisão e agora ela se recusa a falar com você e seu pai pode estar morto ou ser morto e mais uma vez você se alia ao Malfoy que não ofereceu ajuda nenhuma. No final das contas, você só quer salvar a si mesmo e talvez traidora e burra sejam realmente adjetivos que se encaixam em você.”

— Reducto! – pronuncia reduzindo o corvo a poeira.

Pansy está respirando profundamente enquanto fita as cinzas do jornal cair no tapete de seu antigo quarto.


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Notas finais do capítulo

- O que acharam da atitude de Harry?
— O que acharam da revelação?



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