Tudo Nela Brilha e Queima escrita por Atlanta Claremont


Capítulo 5
Natal em família


Notas iniciais do capítulo

Oii gente aqui estou eu mais uma vez, como havia prometido. Vou atualizar essa fic todo final de semana sem falta, qualquer imprevisto aviso.
Como tinha dito esse capitulo vai voltar um pouco mais na Roxy, espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/794823/chapter/5


    Roxanne estava frustrada, era véspera de natal e já fazia quase uma semana que ela estava em Londres com a família. Nos primeiros dias tinha sido até divertido, ela havia passado um tempo ótimo com seus avós e reencontrado vários tios que ela considerava incríveis. Toda sua família era composta por grifinorios corajosos que haviam lutado em uma guerra contra um terrível bruxo das trevas, mas Roxanne cresceu longe demais pra compreender bem as marcas que isso haviam deixado em seus parentes, tanto para o mal quanto para o bem. A questão é que seu sobrenome era famoso, muito mais famoso na Inglaterra do que em qualquer outro lugar, e logo todos os jornais e revistas de fofocas queriam saber sobre o retorno dos Weasleys pródigos.
    Falar sobre a mudança pra os tablóides era o que menos a menina tinha em mente no momento, até porque ela não tinha falado sobre isso pra ninguém, e quando digo ninguém isso inclui seu namorado e sua melhor amiga, e essa bomba ainda iria explodir.
   E o previsto aconteceu, na véspera de natal depois de dias e dias sem responder nenhuma mensagem ela rebebeu uma que a partiu um pedaços.


          Tô aqui na porta da sua casa, mas parece não ter ninguém. O que está acontecendo Roxy, falei com a Iaiá e ela disse que também não está conseguindo falar com você. Estou muito preocupado.
                  Amo você e sinto sua falta


   Ele tinha ido vê-la. Tinha ido até a porta da casa dela, ou melhor, a casa que havia sido dela, já que agora estava do outro lado do mundo e nada mais daquilo a pertencia. Roxanne sentiu nojo de si mesma. Quem se muda pra outro continente e não fala nada pra o próprio namorado? Ela era uma covarde, tinha certeza que poderia ir esquecendo essa tal de grifinoria da qual os pais tanto falavam. A realidade é que ela era fraca e medrosa de mais pra isso.
     Essa era com certeza a véspera de Natal mais deprimente da sua vida, pensou em dá uma volta pela casa antes que os tios e primos que finalmente ela reencontraria começassem a chegar. Caminhou pelo quintal da casa, era grande e verdejante e se lembrou de quando era bem pequeninha e corria por aquele lugar, geralmente acompanhada pelo primo James.
As coisas são tão mais fáceis quando se é criança
    Ela pensou no primo e como ele a ignorou completamente da última vez que a viu no casamento da prima Vicki. É claro, depois de tantos anos ela não deveria esperar que ele fosse agir como se ainda tivessem quatro anos. Roxanne não se lembrava de muita coisa, mas sabia que tinham uma ligação especial, ficou um pouco chateada pelo único primo que não parecia ser um completo estranho ter agido de forma tão fria e estranha, mas não ficou pensando nisso por muito tempo, a final tinha pessoas mais importantes no seu pensamento. Foi nessa mesma época que ela começou a entender os sentimentos por Léo, é claro que levaria mais dois anos pra qualquer coisa acontecer, mas como todo castigo era pouco lá estava ela, tentando explicar pra o namorado a bagunça que tinha acontecido na vida deles.

— Leo eu sei que eu deveria ter te falado, mas eu não sabia como. Por favor, me escuta.- Lágrimas incontroláveis escorriam pelo seu rosto, ela odiava ser uma chorona - Não, eu não tinha outra escolha Leonardo minha mãe está MORRENDO.
   – Me desculpa se eu não tive coragem de olhar você nos olhos e dizer que iria embora, me desculpa se eu não tive como dizer adeus, mas eu prometo que vai dá tudo certo ok. Nós vamos superar isso - disse se virando e vendo um garoto parado bem na sua frente.
   – Olha depois a gente conversa - disse rapidamente pra o namorado e desligou o telefone. Ela estava furiosa, mas antes que pudesse falar qualquer coisa sua tia apareceu. De todas as suas tias Gina era a única que era realmente irmã do seu pai, que tinha o mesmo sangue que ela. Isso não deveria ter uma importância tão grande, mas tirando sua avó ela era a Weasley mais velha, o que lhe trazia um certo respeito na família, respeito que se estendia até Roxanne, já que esse era o único motivo que fazia com que ela não surtasse com a mulher. Isso e também o fato da tia a adorar, e ela nem entendia direito o porque.
    Após dizer qualquer baboseira sobre ela e o primo, a mulher saiu os deixando novamente sozinhos.
    Roxanne o observou, ele era bonito, apesar de o achar um pouco branco demais, mas quem ali naquele lugar não era né? Ela com certeza se destacava na família pela cor da pele, que apesar de não ser tão retinta quanto a da mãe, ainda era mais escura do que qualquer outro parente, até mesmo do irmão Fred.
   O primo se descupou por está ouvindo sua conversa, ela sabia que ele tinha entendido nada, duvidava até que ele sabia que idioma se falava no Brasil, mas mesmo assim se sentiu invadida. O primeiro contato com o primo e ela já lá estava em prantos, não queria que pensassem um boba então fez o que fazia de melhor, virou as costas e foi embora.
   Aquilo tudo estava muito errado, não era pra ela está ali. A sensação que tinha era de estar vivendo uma vida que não era dela, o lugar, as pessoas, até o idioma as vezes a confundia, ela sentia falta do bom e velho português.
Mas você não vai desabar agora, dizia a si mesma, não na noite de natal. Talvez a última que passaria ao lado da mãe. No instante em que pensou nisso sentiu um vertigem, como se fosse desmaiar, mas foi acudida por duas meninas ruivas que viam andando em sua direção.
   – Hey você está bem? Perguntou a que parecia ser um pouco mais nova.
  – Vem senta aqui, disse a outra puxando-a para um banco que ficava na varanda da casa.
   – Eu estou bem, é só labirintite, Roxanne mentiu.
  – Ahh posso pegar um pouco de água se você quiser
  – Não precisa, mas antes que ela terminasse de responder a menina que tinha os cabelos mais bonito que ela já tinha visto na vida foi em direção a casa.
  – Ela já volta disse, a pequena. - A propósito sou Lily, você é a Roxanne não é?
    Roxanne assentiu com a cabeça, ainda um pouco tonta. A menina a abraçou dizendo minha mãe fala bastante dela, confessando até um certo cíumes.
   – Não precisa, Roxanne disse sorrindo- tia Gina também fala bastante de você e dos seus irmãos.
   E assim que ela falou isso a ruiva alta dos cabelos brilhantes voltou com um copo de água e mais dois meninos.
   – Roxy disse Lily - esses são Rose, Hugo e Albus, meu irmão.


  Os três falaram oi como em um coral. Roxanne reparou que Albus era incrivelmente parecido com James, tirando por seu um pouco mais baixo e o olhar, alguma coisa no olhar dele era diferente do olhar desafiador do irmão. Ele parecia mais sério e intrigante. O outro parecia o menino mais fofo que Roxanne já tinha visto. Olhos grandes e meigos, cachos ruivos, sorriso bondoso. Daqueles que você tem vontade de colocar no potinho e carregar pra todos os lugares.    
   Roxanne cumprimentou os primos e bebeu sua água bem mais tranquila. Os quatro começaram a conversar quando James apareceu, ao ver a menina ele pareceu um pouco constrangido, Hugo o chamou pra se juntar ao grupo mas ele falou qualquer coisa sobre esperar um amigo, o que deixou Roxanne aliviada. Não queria pensar sobre o que tinha acontecido, não pelo primo em si, mas porque olhar pra ele a lembrava do namorado e da briga que estavam tendo, coisa que ela estava querendo esquecer.
   Conforme o cair da noite mais primos e tios foram chegando, e logo a casa estava cheia.
  Roxanne se pegou rindo na mesa do jantar com as histórias dos tios sobre como seu pai era terrível e aprontava todas, é claro sempre com o maior cuidado de não tocar no nome do gêmeo falecido. No fim toda aquela dinâmica familiar a fez esquecer um pouco dos seus próprios problemas e ela se permitiu ser feliz e comemorar, principalmente quando a prima mais velha, Victorie deu a notícia de que estava grávida fazendo com que a mãe e a vó chorassem de alegria.
   – Eu vou ser bisavó, disse Molly emocionalmente - Merlin foi tão bom por me permitir viver esse momento.
   No final Roxanne abraçou a todos, inclusive o primo James, estava cansada demais pra picuinhas, só queria aproveita aquele grande momento em família.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai leitores o que acharam?
Eu fico com muita pena da Roxy pq já me mudei varias e varias vezes, não pra um lugar tão radicalmente diferente como ela, mas sei o quanto pode ser difícil.
O próximo capitulo vamos pra tão esperada Hogwarts, então não percam
bjs e até mais



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tudo Nela Brilha e Queima" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.