Observada pela Morte escrita por DiegoT


Capítulo 2
CAPÍTulo 2


Notas iniciais do capítulo

Depois de ter sobrevivido ao ataque do assassino aceita a oferta de Vincent para voltar a cena do crime.
"Você nunca achou que as normas da sociedade são um tanto quanto aleatórias, Daniele?" (Vincent).



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Minutos depois Vincent estaciona seu carro esporte a frente do salão, cercado por uma fita de isolamento da polícia. O artista segura seu blazer preso ao corpo (na verdade ele segura algo em seu bolso) e pula a fita de isolamento.

Daniele fica inconformada

É proibido entrar aqui.E?...

A modelo se abaixa, passando por baixo da fita, tomando cuidado com a saia. Os dois entram no salão, Daniele tenta desviar o olhar da marcação do cadáver.

Onde você estava quando ele esbarrou em você?Perto de um quadro com muitos rostos em flores.

Vincent a guia pelo salão até encontrar quadro, ele suspira orgulhoso ao admirar sua obra.

Pensei que seria o primeiro a ser comprado.É horrível.Obrigado.Desculpe…Não se preocupe, não fui irônico. Sei o que minhas pinturas parecem.E o que elas são?São como eu vejo o mundo.Aquela coisa de Nietzsche.

Vincent sorri.

Você se lembra?Por que aquela frase horrível?Horrível é a palavra do dia?Se for me ofender…Desculpe.

Daniele se aproxima do quadro, procura alguma coisa, que não sabe o que é.

Você nunca achou que as normas da sociedade são um tanto quanto aleatórias, Daniele?Como assim?Você se enquadra no mundo? Acha que ele faz sentido?Até ontem a noite achava, mas…Mas?Nunca entendi como o mundo funciona, como as pessoas se encaixam nele, como convivem em harmonia com coisas que não entendem.A resposta é simples: não convivem, elas seguem, obedecem e não pensam.Nietzsche criticava as normas da moral.Exato. Por que algo horrível vale milhões?Esse quadro.Sim?Está diferente?Não está, eu o pintei e ficou assim desde então.Acredite em mim, eu o olhei ontem, foi de relance. Algo está diferente.Muito interessante, quantas vezes vemos algo e complementamos com aquilo que fantasiamos.Tinha algo diferente. Esses rostos, tinha algo que não combinava.Faces da Morte, é quase irônico.

Vincent se afasta e segue até onde o corpo de Rebeca estava, ele olha para o quadro caído, um demônio de olhos em meio a névoa.

Um demônio de olhos vermelhos?Pintei em uma noite de insônia.Como chama?“Mãe”.

O celular dele toca, Vincent olha o número e atende no viva a voz.

Você está no viva a voz.Fiz a primeira das duas pesquisas, as modelos foram selecionadas uma semana atrás.Que quadro Daniele estava designada?“Mãe”.Esse era o quadro da Rebeca?Não.

Vincent a encara, mas a ruiva faz que não com a cabeça.

Muito obrigado, Mako.

Os dois se olham, Daniele parecia surpresa.

Eu não fui informada.Está ficando interessante.Não usaria essa palavra.Você já viu isso?

Vincent tira o Pin do bolso e mostra para Daniele, que tenta identificar o desenho.

Penas?Uma pena de escritor, parece um símbolo, quem me ligou foi a Mako, minha assistente. Pedi para ela pesquisar.Tenho medo de perguntar…Peguei da mão de Rebeca.Adeus.Como assim?Você é um louco.

 

A noite, Daniele está voltando para sua casa após um jantar, ela para na frente de uma banca de jornais, onde vê o rosto de Vincent em uma revista de arte.

O assassino a observa de longe, ele a vê folheando uma revista e pagando o jornaleiro. Espera a moça se afastar e a segue.

Daniele sente alguma coisa, que não entende. Um arrepio percorre seu corpo, ela sente-se impelida a olhar para trás, onde vê a sombra do assassino e corre por entre o beco escuro, o assassino corre atrás dela.

Daniele escorrega e cai, mas levanta-se logo, ela dobra a esquina e entra em um bar.

A ruiva senta-se em uma mesa, ela percebe o assassino sentando em uma mesa nas sombras. Em desespero pega o celular e liga para a polícia.

Enquanto espera a chamada completar ela olha para a revista que comprou, procura pela mensagem que Vincent enviou pela manhã/tarde.

“Ele está atrás de mim”.

“Onde você está?”

“Blue Moon, fica...”

“Eu conheço, estou chegando”.

Só aí que Daniele percebe no uniforme dos garçons e garçonetes: blusa branca e calça ou saia preta. 

O assassino desapareceu.

Daniele está no meio do seu segundo copo quando Vincent entra no bar, junto de dois seguranças.

Daniele o abraça, o artista repete o gesto, os dois saem do bar.

Vincent a leva para seu apartamento e a deixa dormindo no quarto, pouco depois vai para o escritório, dormir no sofá do estúdio.


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Notas finais do capítulo

Conclui no próximo capítulo



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