Esquecera a televisão ligada, talvez uma forma inconsciente de tortura. Deitada, Eurus ainda ouvia as notícias, além das especulações sobre ela.

“As consequências de sua ausência são sua responsabilidade.”

— Cala a boca… – murmurou, ciente de que discutia com uma lembrança. Cobriu os ouvidos com o travesseiro, ineficaz em silenciar sua própria mente. – Se eu estivesse lá, não poderia proteger ninguém.

“Porque você cometeu um erro.”

A febre não baixava. Com aspecto abaulado, dirigiu-se ao chuveiro frio.

Ela gostava de ser Eurus. Porém, pela primeira vez, imaginou-se como alguém comum. Alguém que não se martirizava por levar um tiro ou adoecer.