We Don't Talk Anymore escrita por Julie Kress


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Mais uma Fic inspirada em músicas que gosto!!!

Espero que gostem!!!

Boa leitura a todos!!!

Música: We Don't Talk Anymore - Charlie Puth Feat. Selena Gomez.



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P.O.V Do Freddie

 

Já faz 7 meses que Sam e eu não nos falamos. Terminamos por alguma bobagem que ambos não conseguiam lidar, e desde então, paramos de nos falar. A nossa amizade, se é que eu podia chamar aquela 'relação não muito amigável' de "amizade" foi rompida... Paramos de frequentar os meus lugares e nem mesmo a nossa amiga, Carly, foi capaz de nos reaproximar novamente.

 

Cada um seguiu seu rumo, quando nos encontrávamos por acaso, trocávamos de calçada ou simplesmente íamos embora do lugar que um de nós surgia.

 

Tudo isso porque nunca soubemos como lidar com as coisas. Fugir era sempre a única solução que tínhamos...

 

Foi difícil e continua sendo até hoje, tudo que sei sobre a Sam atualmente,  foi porque me informei através de amigos em comum.

 

"Nós não nos falamos mais
Nós não nos falamos mais
Nós não nos falamos mais
Como costumávamos
Não nos amamos mais
Para quê foi tudo aquilo?
Oh, não nos falamos mais
Como costumávamos"

 

Meses atrás até tentei entrar em contato com a Puckett, e além de me ignorar, a minha ex-namorada me bloqueou em todas as redes sociais.

 

Era um sinal de que estava mesmo seguindo em frente, certo?

 

"Ouvi dizer que você encontrou aquele
Aquele por quem procurava
Gostaria de ter descoberto que não era eu
Mesmo depois desse tempo, ainda me pergunto
Por quê não consigo deixar você para trás
Da mesma maneira que você conseguiu tão facilmente"

 

É claro que tudo isso me chateou, tudo acabou entre nós, nem ao menos tive a chance de tentar reconquistar sua amizade... Sam ao me bloquear em tudo, deixou claro que não queria mais nada comigo, nem mesmo um simples contato.

 

Havia outro... Ela tinha encontrado um novo amor. E por isso não me queria por perto... E por mais que eu quisesse entender o seu lado, isso simplesmente não entrava em minha cabeça.

 

Será que ela nunca me amou?

 

Será que tudo que tivemos foi apenas um joguinho, um passatempo para ela?

 

"Não quero saber
Qual tipo de vestido você está usando essa noite
Se ele está te abraçando fortemente
Como eu costumava
Tive uma overdose
Deveria saber que seu amor é um jogo
Agora não consigo te tirar do meu cérebro
Oh, é uma pena"

 

Sinto raiva... Saber que outro a toma nos braços me deixa louco.

 

No entanto, não posso ser tão hipócrita... Tive outra em minha cama, o que não durou tanto tempo.

 

Eu não a amava... Nunca consegui tirar Samantha Puckett da minha cabeça.

 

"Que não nos falamos mais
Nós não nos falamos mais
Nós não nos falamos mais
Como costumávamos
Não nos falamos mais
Para quê foi tudo aquilo?
Oh, nós não falamos mais
Como costumávamos"

 

Nunca pensei que chegaríamos até esse ponto.

 

Sem nenhum tipo de contato... Cada um em seu rumo, como dois completos desconhecidos...

 

O que tivemos ficou no passado, enterrado.

 

P.O.V Da Sam

 

7 meses sem termos nenhum contato, 7 meses nessa longa tortura, 7 meses fingindo que segui em frente... Que bom que terminei meu relacionamento, eu não o amava, nunca o amei. Em todo esses 3 meses com o Logan, nunca consegui tirar o Benson da cabeça.

 

Uma hora vou acabar enlouquecendo.

 

Sei que ela têm outra, os vi saindo do shopping meses atrás, ele segurando as sacolas de compras dela, os dois sorridentes, caminhando juntinhos como um casal apaixonado e feliz.

 

"Espero só que você esteja deitando ao lado de alguém

Que sabe te amar como eu sei

Deve haver uma boa razão pela qual você se foi
De vez em quando eu ainda penso que você
Talvez queira que eu apareça em sua porta
Mas tenho medo demais de que eu esteja errada"

 

O bloqueei em todas as redes sociais para me manter longe... Me doeu fazer aquilo, mas era necessário... Na época, eu achava que estava fazendo o certo.

 

Eu tive medo... Medo de contar a verdade. Tudo que eu só queria era me esconder.

 

Talvez ele nunca me entenda, mas eu fiz porque eu pensei que não tinha outra escolha... Freddie entrou para a faculdade dos sonhos, e eu sequer tive a mesma chance, apenas me contive com o curso online.

 

O segredo que carrego somente minha melhor amiga sabe.

 

"Não quero saber
Se você está olhando nos olhos dela
Se ela está te abraçando como eu costumava abraçar
Tive uma overdose
Deveria saber que seu amor era um jogo
Agora não consigo te tirar do meu cérebro
Oh, é uma pena"

 

Nunca vou saber o que teria sido se eu revelasse o que me fez manter distância dele...

 

Foi o peso em minha consciência... Estava acabando comigo.

 

Nada de traição... Eu não faria tal coisa.

 

E mesmo assim, Freddie não merecia o que eu fiz...

 

Flashback on...

 

— Por quê você terminou com o Freddie? - Carly tinha ido na minha casa dias depois, querendo saber sobre o nosso término.

 

Eu estava a evitando também.

 

— Ele não merece alguém como eu... Ele merece uma namorada brilhante, que possa dar tudo que eu não sou capaz! - Eu disse lutando contra as lágrimas.

 

— Você vai dar um filho para ele, por quê não pensa nessa criança? O Freddie precisar saber que...

 

— Carly, eu perdi o bebê... A culpa é minha... Eu não devia ter me envolvido numa briga estando grávida... Prometa que nunca vai contar para ele. - Implorei, chorando.

 

— Oh, meu Deus! Amiga, como isso tudo foi acontecer? - Me olhou espantada.

 

Ela não sabia da briga... Eu tinha me envolvido numa grande encrenca, fui inconsequënte e não pensei no bebê que carregava no ventre.

 

Por isso que terminei com o Freddie, e ele nunca soube o real motivo... Nem sonhava que eu havia engravidado e também havia perdido o fruto de nosso amor.

 

Flashback off...

 

P.O.V Do Freddie

 

Decidi tomar uma decisão, eu precisava revê-la, conversar com ela... Dizer tudo que eu estava sentindo, tudo que de fato se encontrava guardado em meu peito, e entalado em minha garganta.

 

A Sam teria que me ouvir. Ela tinha que saber.

 

Foi por isso que saí às 22h:25min da noite naquela sexta-feira, dirigindo meu Volvo preto sob a fraca chuva que caía molhando as ruas de Seattle, o carro foi presente da minha mãe, quando completei 18 anos.

 

Rumei para a casa da Sam, sabendo que ela não estaria dormindo, e pouco me importando se a encontraria com outro... Ele também teria que me ouvir, eu poderia até apanhar, mas eu não estava dando a mínima.

 

"Que não nos falamos mais

(Nós não, nós não)

Nós não nos falamos mais
(Nós não, nós não)
Nós não nos falamos mais
Como costumávamos
Nós não nos amamos mais
(Nós não, nós não)
Para quê foi tudo aquilo?
(Nós não, nós não)
Oh, não nos falamos mais
Como costumávamos
Como costumávamos"

 

Saltei do Volvo e corri até a simples varanda, afundando o dedo na campainha.

 

Estava quebrada... Por quê nada naquela casa funcionava direito?

 

Lembrei de sua cama remendada e do colchão baralhento... E acabei sorrindo. Tivemos vários momentos ali... A gente se amava.

 

Na verdade, eu ainda a amo.

 

Esmurrar a porta seria perda de tempo. A chuva estava quase passando. Seattle e seu clima chuvoso, ainda bem que eu era acostumado, ela também.

 

A loirinha comilona adorava correr comigo e a gente sempre acabava se beijando debaixo da chuva.

 

Será que a loira ouviria meus gritos?

 

Tive uma ideia após fitar sua janela no segundo andar, a luz do quarto se encontrava acesa.

 

Aproveitei que estava em forma para escalar a velha árvore que dava acesso para o telhado... Jogar pedras estava fora de cogitação.

 

A última vez que fiz isso, custou um belo trincado em sua janela.

 

Sam me viu assim que botei a cara de frente para o vidro, ainda trincadinho no meio... Ela estava de pijama, descabelada, arregalou os olhos e ficou alguns segundos parada só me encarando, sem reação.

 

Abri meu melhor sorriso e acenei.

 

Sam piscou, fechou a expressão de choque e veio abrir a janela.

 

— Que diabos pensa que está fazendo, Benson? - Perguntou assim que abriu, estava ainda pasma.

 

— Por quê não nos falamos mais? - Encarei seus lindos olhos azulados.

 

— Porque terminamos ou já se esqueceu? - Cruzou os braços sobre o pijama/camiseta de banda.

 

— Você me bloqueou em tudo... Não queria que tivesse sido assim. - Lamentei.

 

Ela olhou para baixo, suspirei.

 

— As coisas são assim, Benson, acontecem... Eu segui em frente. - Disse sem erguer o olhar.

 

— Ele te ama como eu amava? - A ideia me incomodava.

 

E lá estava eu, um cara de 19 anos, sentado no telhado, ao lado do peitoril de uma janela, conversando com a minha ex após meses sem nos falar...

 

— Não estamos mais juntos... Mas isso não é da sua conta, é? O que te trouxe aqui? - Se colocou na defensiva, como sempre. - Sua namorada sabe que você...

 

— Faz mais de um mês que terminei com a Lauren. - A interrompi.

 

— Hum... Entendi... Olha, cuidado, o telhado está velho e se você cair, eu... Argh! Vem, entra, ou prefere me pagar um telhado novo? - Tive que segurar o riso.

 

Ela me ajudou a descer para dentro do quarto e fechou a janela.

 

— Você se importa comigo. - Sorri.

 

— Fala logo o que quer, eu estava indo terminar um trabalho e... - Não me segurei por mais tempo e avancei sobre ela, segurando seu rosto, beijando-a morto de saudades.

 

Sam relutou um pouquinho, não parei... Não conseguia. Ela devolveu o beijo.

 

E tudo ficou tão intenso de um minuto para o outro.

 

Fomos parar em sua cama, a mesma cama velha remendada, com o maldito colchão barulhento...

 

Beijei seu pescoço, suas mãos foram para os botões da minha calça... Beijos molhados. Gemidos abafados.

 

Desci seu shortinho de algodão, ela não usava calcinha no momento e Sam tratou de me despir da cintura para baixo, apressada.

 

Estavámos loucos e cheios de saudades.

 

[...]

 

P.O.V Da Sam

 

Quando Freddie me preencheu, me possuindo da forma que só ele sabia como me ter por completo, minha mente ficou em branco e meu corpo relaxou, e eu me entreguei sem medo...

 

— Nunca tirei você da cabeça... - Estocou fundo.

 

Gemi alto... Nossos corpos se chocavam. O colchão fazendo o maior barulho debaixo dos nossos corpos encaixados, se completando.

 

Com ele tive o meu primeiro beijo no oitavo ano do fundamental e a minha primeira vez, no segundo ano do colegial.

 

Eu havia engravidado após terminarmos o colegial, o apartamento dele havia ficado livre, e a Sra. Benson tinha ido visitar a família em San Diego.

 

— Estou quase lá... Tira quando for gozar... - Apertei seus ombros.

 

— Vem comigo... - Segurou minha cintura.

 

Apertei as pernas ao seu redor, indo de encontro a ele.

 

Nossos gemidos soavam pelo quarto.

 

Minutos depois...

 

— Por quê terminou comigo naquela noite? - Estávamos deitados, descansando.

 

Não suportei mais e comecei a chorar como eu nunca havia feito antes.

 

— Me perdoa... Me Perdoa... Me perdoa... - Meu corpo sacudia à cada soluço.

 

Lágrimas deslizaram por seu rosto... Doía em mim. Doía nele.

A partir daquele momento, a dor da perda também era dele.

— Eu te perdôo, Sammy... Te perdôo. - Disse após saber do segredo que eu escondi por meses, não só dele. - Nós podemos recomeçar, amor, nós ainda vamos poder ter filhos. - Enxugou minhas lágrimas.


— Te amo... Sempre te amei do meu jeito... - Eu não costumava demonstrar sentimentos.

Ele abriu um sorriso que aqueceu meu coração.

— E eu vou sempre te amar, Princesa Puckett. - Beijou minha testa e selou nossos lábios num beijinho singelo.

Prometemos que nunca mais ficaríamos sem nos falar, não importa o que acontecesse dali em diante... Ainda nos falaríamos. Era uma promessa.


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Notas finais do capítulo

E aí???

O que acharam da Song???

Espero que o enredo tenha combinado com a música.

Fiquem à vontade para mandar sugestões.

Não esqueçam de favoritar.

Até a próxima. Bjs



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