Capítulo VIII

Oitavo Dia (Parte I)

Kuchiyose no Jutsu? Dattebayo

Kushina segurava Naruto em seu colo, o pequeno tinha em suas mãos seu mais novo presente dado pelos pais, uma fofa carteira de sapo verde, comprada a algumas horas, no Centro de Konoha. Porém os olhos infantis não entendiam o motivo de estar naquela enorme clareira, no meio da floresta da Folha.

Minato estava a poucos metros dos dois, de costas, virou-se sorridente para ambos, ele usava suas roupas de jounnin e, por cima, seu tradicional manto de Hokage, enquanto sua esposa também vestia o uniforme padrão de Konoha, e o loirinho uma camiseta de cor branca, calção curto e sandálias da cor azul.

— Hoje você vai conhecer alguém filho.

— Otou-san, não tem ninguém aqui, dattebayo — estreitou os olhinhos, buscando uma pessoa atrás de seu pai, arrancando uma risada de Kushina.

— Ele não está aqui ainda — disse a ruiva, enfatizando a última palavra.

— Vamos ter que esperar, dattebayo? — questionou, brincando com a carteira.

— Não, meu querido. — Quem respondeu foi Minato, chegando perto dos dois, bagunçando os cabelos dourados do filho, fazendo o loirinho fechar os orbes azuis e dando um beijo na bochecha da esposa.

Após o carinho em suas madeixas, Naruto abriu lentamente os olhos, piscando confuso ao ver o seu progenitor longe de si. Soltou um gritinho assustado por vê-lo morder o polegar,  — o qual saiu uma quantidade pequena de sangue— e passando-o na palma de sua outra mão. fazendo os seguintes selos: Inu, tori, Saru e Hitsuji.

Finalmente tocando a grama úmida da clareira, causou um leve tremor e uma grande cortina de fumaça.

 — Calma, meu pequeno raio de sol — sussurrou Kushina aos ouvidos, vendo Naruto abraçado ao seu pescoço, visivelmente com medo de tudo ao seu redor.

Levou alguns minutos para a fumaça se dissipar e surgir no meio da clareira atrás do Relâmpago Amarelo o sapo Gamabunta, com seus incontestável tamanho, superando facilmente a altura das árvores da floresta. A cor de sua pele era vermelha, sendo mais forte ao redor de seus olhos e sua boca. Em seus lábios, o costumeiro cachimbo, trajando colete azul e, em suas costas, sua curta katana.

Naruto, vencendo seu medo, saiu do conforto dos braços de sua okaa-san. Pela primeira vez, colocou os pés na clareira. Ainda desconfiado, se aproximou do animal, que também mantinha os olhos atentos para o loirinho.

De repente, o pequeno exclamou:

— Nossa, que sapão — levantou os bracinhos ao ar. — Mas ele é tão feio. — Abaixou-os, triste ao constatar o fato.

 — Do que você me chamou, moleque? — gritou ofendido o sapo.