O Mundo de Pocema escrita por Suzanah


Capítulo 37
Capítulo 37: Vamos desfilar, meu bem?




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 Eu estava sem sono. Era 23:40 e nada de eu dormir. Eu estava pensando muito como seria o paraíso e que muitas pessoas não poderiam desfrutá-la.

Então eu resolvi escrever uma "cartinha" no meu diário para mim mesma:

"Querida pessoa afastada de Deus, quero lhe pedir desculpas por você ter sido julgada por cristãos fanáticos ou cristão normais. Aliás, todos nós erramos! Você deve ter ficado magoada por nós pensarmos de uma maneira que você não entenda. Mas não podemos negar só para lhe deixar feliz, isso seria falsidade.

Deve ser chato os cristãos rotularem as pessoas, mas também somos rotulados. Até por você, talvez.

É chato que sua(seu) melhor amiga(o) não vá beber com você ou parceiro(a) de balada. Mas acredite, não é chato para gente. Essas coisas não são edificantes para nós, e gostamos de ser assim.

Deve ser chato ela(ele) falar de Jesus para você e você acaba se sentindo "suja" ou ache "extremismo" demais. Porém, tenha paciência conosco. Não falamos por mal. Falamos porque eu quero ficar com você na eternidade, nos preocupamos com você, sabia?

Eu sei que existe muita gente que acredita em Deus, mas tem uma vida igual à sua ou de qualquer outra pessoa que não vive o Evangelho.

Mas isso não é o suficiente, queremos buscar a Verdade. Sabe, a Bíblia não tem um apelido de Manual da Vida a toa. É como se tivéssemos rejeitado o prazeroso refrigerante, nada saudável, pela água da vida. Todavia você não deve acreditar nesse Amor Infinito que tanto pregamos por causa de tragédias que você na TV. Mas não se iluda, não foi culpa dEle. Nós estamos fazendo nossa auto-destruição! Como diz algumas profecias Bíblicas.

Não se preocupe. Se você quiser, de fato, voltar para os braços do Pai. Ele a(o) receberá de braços abertos! Quem avisa, amigo é. ;)"

Me senti mais aliviada fui para a cama.

*      *      *

Eu não sei se posso chamar de dia seguinte, por que ainda estava escuro, mas já havia passado da meia-noite.

Eu coloquei aquele abrigo branquinho com aquelas luvas... NOOOSSAAAA!

Me sinto tão importante!

Como mãe é mãe, tivemos que comer MUITO para não desmaiarmos no desfile. E, ainda assim, mamãe colocou cinco garrafas de águas e seis sanduíches de presunto e queijo. Acho que havia tomate também, não sei. Ah! E uma banana extra, caso ainda fiquemos com fome!

 

Não fomos de carro porque não havia onde estacionar, então fomos de metrô.

Estava silencioso no metrô. Nessa hora da manhã não tem como!

— Pocema! — Daniel me mostrou o seu punho. Eu achava que ele ia me dar um joinha, mas seu dedão parecia cansado de mais para levantar.

— Hum? Que foi?

— Levanta o meu dedão. — Mais uma das brincadeiras do Daniel, aposto!

— Tá!

— Coloca o dedo aqui.

— Okay.

— Chacoalha o dedo.

— Chacoalhei.

— Tira o dedo.

— Tirei.

— Abaixa o dedão.

— Pronto.

— Obrigado por limpar a privadinha!!!!

— Daniel, seu bobão! — Segurei a risada.

Logo ficamos em silêncio novamente. O barulho de teclado dos celulares alheios estavam tão forte que eu e o Daniel fizemos um rap e os "melhores" beatbox de todos os tempos.

Mas a mamãe mandou a gente ficar quieto para não acordar a Carlota.

E a viagem segue!

*    *    *

Havia o Colégio Militar, escoteiros, escolas públicas e entre outros. É muita emoção para o meu ser!

O primeiro a me abraçar foi o Miguel.

— Miguel, você está lindo! — Corei, mas valeu a pena!

— Você também está linda, Poceminha! — Ele beijou minha mão, que ainda estava sem luva.

Depois o Miguel cumprimentou meus irmãos e depois meus pais. Meu pai está feliz, gostei de ver. GRAÇAS A DEUS!

Eu disse que Deus fazia milagres!

Eu e o Miguel conversamos com a Ana pelo celular. Eu disse que tiraria muitas fotos para ela ver depois!

— Hey, já acabou a côrte, pombinhos? — A Bruna me deu um susto!

— Só estamos de mãos dadas, boba! — Pô, meu! Fiquei que nem um pimentão.

— Não se preocupe, Bruna. Só faltam algumas horas. — Miguei sorriu de orelha a orelha! Fofo!

— Ahn, vamos orar? Sei lá, estou sentindo essa necessidade. — Bruninha, sua linda!

Nós três saímos da rua e nos sentamos num banco.

Sabia que eu gosto de orar em grupo? É bem bom.

Agradecemos pelo dia importante e pedimos segurança para que tudo ocorra bem. — Mamãe ofereceu água e sanduíche para nós três.

— Carlota, você acordou? — Disse lhe dando um abraço.

— Miguel! — Sim, a Carlota acha que o Miguel é um príncipe. Não discordo.

E claro que o meu namorado vai cumprimentar a sua fã! Hahahaha!

Logo depois voltamos para a rua conversar com a nossa galera. Nina e Carol chegaram (tenho que orar por elas) e batemos altos papos.

De repente uma corneta soou e ficamos em nossa posição.

Ahhh o Miguel ficou lá na frente, com o seu tarol.

Depois o soldado mandou a gente descansar e cantamos o Hino do Colégio, Nacional e começamos a marchar!

Era tudo tão lindo! A banda, a marcha sincronizada, tudo! Acho que minha mãe está chorando, não sei.

Depois da gente, haviam tanques de guerra, carros da polícia e soldados camuflados. As crianças se assustaram com os soldados com máscaras de gás no rosto.

Teve carros de polícia, ambulância, bombeiro, tudo com a sirene ligada!

É de arrepiar quando os soldados marcham com as armas para cima. É bem legal!

Teve soldadas também! Legal, não é? Havia uma diferença entre os uniformes da marinha, exército e aeronáutica!

Nós, do colégio, marchamos até um ponto em que podemos nos separar e ir para a casa.

— Pocema! — Miguel correu até a mim. — Foi bem legal, não é?

— Foi ótimo! Vou querer desfilar todo ano!

— Eu também!

Rimos por um instante e Miguel pegou na minha mão delicadamente.

— Com licença. — Ele me guiou até a calçada. — É, então...

— Sim, Miguel. — Acho graça do seu jeito. — Podemos nos beijar agora.

Coloquei meus braços envolta do seu pescoço e ele em cima da minha cintura. Para ser mais específica, na região das minhas costelas.

E nos beijamos!

— Caraca....foi muito bom! — Ele estava vermelho, sério e chocado.

Eu não disse nada. Só escondi meu rosto nele!

 

*    *     *

Bruna, Nina e Carol já haviam ido para as suas casas. Enquanto minha família, eu, Miguel e sogros fomos comer em um restaurante japonês!

— Quero susí!

— Carlota, você é muito nova. Aqui, eu trouxe a sua mamadeira! — Disse papai. Tentando fazer a Carlota mamá.

— Tô mó cansadão! — Daniel escorregou um pouco na cadeira.

— Eu tirei tantas fotos! — Disse a minha sogrinha.

— Eu também! — Disse mamãe para a sua BFF do coração! — Vamos tirar uma foto do nosso casal preferido! — O Casal era eu e o Miguel, pra quem não entendeu.

O Daniel também tirou a foto entre a gente, com um salmão na boca.

— Daniel, QUE NOJO! — Empurrei sua bochecha.

E a foto bateu assim: Feia, mas engraçada. Boa para contar história para as próximas gerações.

Acho que o Daniel tem um ciúminho do meu namorado. Haha!

 

*     *     *

 

Depois voltamos para a nossa casa.

Quando eu cheguei em casa, eu logo tomei banho, pus o meu pijama e me joguei no sofá (E em cima do papai, mas ninguém precisa saber).

— Meu corpitcho tá cansado!

— Descansa, filha. Vocês dois merecem.

 

Depois do descanso, estudamos a Bíblia em família. O que não fazíamos há muito tempo!

Estava meio com sono quando estava mandando as fotos pra a Ana e baixei a cabeça, mas logo levantei de novo e olhei para o céu querendo escurecer:

— O céu está bonito hoje!

 


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Notas finais do capítulo

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