As folhas das árvores começavam a cair, anunciando o outono. O campo agora estava coberto por diferente tipos de folhas que, por culpa do vento, dançavam pela grama ainda verde.

O adolescente ingeria uma quantidade deveras absurda de cigarros. Era um atrás do outro, o nervosismo e a distração alimentando seu vício. Sua mente voava junto à forte brisa. Ele pensava nas opções que tinha. Podia voltar para casa e encarar a fúria de seu pai, ou simplesmente continuar a fazer sua música. Não queria ser médico de modo algum.

Uma melodia suave ressoou atrás do garoto de cabelos pretos e pircing na sobrancelha. Olhou para o menino com o violão, os dreads amarrados em um rabo de cavalo alto. Ele tinha os olhos fechados, o pircing no lábio reluzia sob o Sol fraco e, ao mesmo tempo em que os dedos corriam pelo instrumento, um sorriso brincava em sua boca.

Naquela hora, todas as dúvidas em sua cabeça desapareceram. Naquele momento, ele tinha um belo palpite do que queria. E com certeza não era \'música\'.