New Moon - A outra Swan escrita por Liz Black, Alina Black


Capítulo 62
Gatilho


Notas iniciais do capítulo

Nessie anda bem azarada kk



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Eu estava sentada naquele banquinho faziam exatos quinze minutos, havia conferido o tempo pelo próprio celular enquanto ignorava as chamadas de Charlie, Bella e Reneé, sei que minha decisão os deixavam em uma posição de preocupados mas eu precisava ter aquela conversa sem qualquer tipo de interferência deles, era algo meu, meu destino, meus sentimentos, minha razão e minha paz, talvez eu estivesse sendo egoísta, talvez, nada era totalmente certo.

Quando eu movi a mão para por o celular no bolso ele vibrou, eu suspirei esperando que fosse mais uma chamada de Charlie, mas meu coração apertou ao ver que era de Jacob, por um breve momento hesitei em atender aquela chamada mas se Jacob havia me ligado era porque Charlie estava com ele.

Ignorei a ligação e olhei para a recepcionista que deu um tímido sorriso.

Quando o homem moreno, alto e com feições que lembrava Sam apareceu descendo os degraus da escada eu ofeguei, meu batimentos cardíacos haviam acelerado em poucos segundos de uma forma que pensei que morreria, Joshua sorriu timidamente mantendo seus olhos em minha direção e seu sorriso se alargou de acordo com sua proximidade – Carlie! Disse ele em um tom calmo de voz – Peço perdão pela demora eu não esperava nenhum tipo de visita a essa hora muito menos sua.

Eu senti em seu tom e suas palavras o quanto ele estava surpreso.

—É nem eu esperava vir aqui – eu murmurei respirando profundamente.

As sobrancelhas dele se ergueram – Não que eu não deseje conversar com você, mas Reneé e Charlie sabem que está aqui?

Eu neguei com a cabeça.

—Imaginei – ele sussurrou, seus olhos se voltaram para a recepcionista que nos olhava um pouco “ desconfiada” eu me perguntei o que ela estava pensando sobre aquela conversa – Vamos conversar em um lugar mais reservado – Disse ele me convidando para sairmos do hotel.

Os olhos da moça nos acompanharam curiosos até passarmos pela porta e pararmos próximo a minha caminhonete, Joshua sentou em um banco na calçada do parque e acenou para que eu sentasse ao seu lado.

— Isso ainda é muito estranho – eu iniciei a conversa ao sentar ao lado dele.

— Eu imagino – Disse Joshua – Mas eu quero que saiba pequena Carlie que não quero ocupar o lugar que Charlie tem em sua vida.

Eu virei meu rosto e o encarei por um breve instante – Mesmo que desejasse isso seria impossível, eu só quero entender porque me procurou depois de tanto tempo? Se sabe que não preciso de pai pois já tenho um.

Joshua suspirou e sorriu timidamente olhando para a lua que estava em um ponto alto em meio as nuvens da noite chuvosa – Eu cometi muitos erros quando era jovem, eu era um homem bonito como Sam, e ao mesmo tempo tinha o espirito livre como o seu, vocês herdaram isso de mim querendo ou não.

Minha expressão se tornou um pouco mais dura –Não confusa espirito livre com falta de responsabilidade.

Joshua baixou a cabeça e riu – Estou tomando uma dura de uma garota de 16 anos, você fala igualzinho ao Charlie.

— Deve ser porque sou filha dele – eu afirmei olhando para o céu.

— É você é – afirmou ele dando uma pausa – em parte – ele suspirou – o fato é que esse meu espirito livre me levou a um lugar sem volta, em breve eu vou sumir novamente e eu queria estar em paz com meus filhos, ter o perdão de você e de Sam – Joshua balançou a cabeça de forma negativa – Mas percebi que isso será impossível com Sam...

—Eu não tenho do que te perdoar – eu disse olhando novamente para ele – Na verdade eu te agradeço.

As sobrancelhas de Joshua se uniram em sua testa – Pelo quer?

— Por ter permitido que eu tivesse o melhor pai que uma garota poderia ter, o Charlie – Eu mordi meu lábio inferior – Eu vim aqui porque precisava dizer isso a você, que está tudo bem mas eu quero que as coisas continuem da forma que estão e...

— ULLEY! O grito de um homem me interrompeu.

Joshua e eu olhamos na mesma direção e o semblante de Joshua mudou para preocupação – Entra na sua caminhonete Carlie! Disse ele em um tom baixo de voz – Por favor!

— ULLEY MEU AMIGO QUE BOM QUE FINALMENTE TE ENCONTREI- Disse o homem se aproximando de nós dois , eu dei alguns passos até a porta da caminhonete enquanto tirava a chave do bolso mas parei ao ouvir o homem falar mais uma vez – Ora, ora, não vai me apresentar a mocinha.

— Não! Respondeu Joshua se colocando a minha frente de forma protetora – Deixe-a fora disso, seu problema é comigo.

O homem riu e olhou para trás, eu direcionei meus olhos na mesma direção do ele, a alguns metros havia um carro estacionado com dois homens encostados no capô – Você não acha que está velho demais para namorar menininhas Joshua? Além de caloteiro é aliciador de menores.

Eu ruborizei com a suposição absurda do homem, que não aparentava ter mais de 30 anos – Ela é minha filha – disse Joshua abrindo a porta do carro – Entra agora! Ordenou ele e eu apenas obedeci entrando apressada e pulando para o banco carona.

Observei de dentro da minha caminhonete Joshua puxar o homem pelo braço o afastando, minhas mãos começaram a tremer e de repente e eu olhei de dentro do carro os homens na rua escura e pouco movimentada esperando por uma sinal, de repente uma imagem surgiu a minha mente como um flash, uma lembrança de um momento o qual eu não sabia se havia existido ou nao.

Eu havia entrado na picape ignorando os gritos de Charlie, e sai cantando pneus, mas porque eu estava fazendo aquilo? Porque eu estava brigando com Charlie e fugindo de casa e então minutos depois eu estava naquela rua, naquele mesmo ponto tentando dar vida ao motor da outra caminhonete.

O medo me dominou quando percebi que a conversa de Joshua Ulley e o homem desconhecido começava a ficar um pouco mais exaltada, eu coloquei a chave na ignição com as mãos tremulas e peguei meu celular para ligar para Charlie, foi quando Joshua golpeou o homem que caiu a alguns metros dele no chão e correu entrando na caminhonete.

—          O que tá acontecendo? Eu perguntei tentando me manter no banco carona enquanto Joshua dava partida cantando pneus.

Eu preciso levar você para casa, você estará mais segura com Charlie entendeu?

— Você está indo muito rápido! Eu reclamei novamente colocando o cinto de segurança e mais uma vez os flashes surgiram em minha mente .

O carro girando enquanto eu tentava tirar  o cinto de segurança, meu medo e desespero, o levantar da carroceria e em seguida a caminhonete capotando, uma, duas, três vezes, meus gritos se misturando ao som do ferro sendo arrastado no asfalto e as ferragens que se soltavam começavam a me apertar dentro do veiculo.

—Carlie! Gritou Joshua tentando me tirar de meu transe- Carlie esta tudo bem vai ficar tudo bem!

Olhei para Joshua que dirigia pela estrada escura e molhada usando a velocidade máxima da caminhonete, minhas mãos trêmulas seguraram meu celular e então apertei o numero de Charlie que atendeu a chamada após o primeiro toque.

“ Nessie onde você esta?”

“Pai – eu murmurei começando a chorar – Na caminhonete eu...”

— O que está fazendo, não, não chame a policia! Gritou Joshua.

— Joshua, Joshua está com você? Perguntou Charlie- Me de sua localização eu vou buscar você.

— Eu não sei estamos indo rápido demais, na estrada antes de la push eu acho e...

Eu gritei ao ouvir os disparou quebrando o vidro da caminhonete.

— Nessie! Gritou Charlie tão alto que mesmo sem estar com o celular no ouvido eu pude escutar.

— Abaixa! Gritou Joshua me empurrando para que eu me abaixasse no banco no carro, no meio do meu desespero meus olhos percorreram pelo corpo de Joshua e o sangue em sua camisa denunciou que ele tinha sido atingido.

—Nessie! Charlie continuou a gritar na ligação.

—Estou aqui.

—Isso foram tiros? Estou entrando na viatura.

— Carlie presta atenção – Disse Joshua – Eu nunca quis envolver você nisso filha, você é inocente...

Houveram mais tiros e um grande ruído, eles haviam acertado um dos pneus – Abre a porta! Gritou Joshua — Eu vou diminuiu na próxima curva você pula.

— O que? Você quer que eu pule de um carro em movimento?

Josua ignorou minha pergunta, manteve uma das mãos no volante e fez uma careta jogando o corpo sobre o meu e abrindo a porta do banco carona.

—O que você tá fazendo?

— Me perdoe filha, eu não posso deixar que eles machuquem você.

— O que...

Eu senti a mão de Joshua em meu corpo quando o carro diminuiu e virou na próxima curva, tentei me segurar no banco mas foi em vão, eu era jogada para fora do carro e tudo que eu conseguia era sentir o choque do meu corpo com a vegetação.

Eu me arrastei no meio das samambaias e mesmo na escuridão pude ouvir mais disparos sendo dados, depois disso a imagem de um grande lobo de pelos cor de cobre surgiu em minhas memórias, em seguida o  som da sirene da policia, flashes e mais flashes, atordoada e com dor eu apaguei.


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