New Moon - A outra Swan escrita por Liz Black, Alina Black


Capítulo 45
A pequena Ulley




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O vento jogava meus cabelos para trás devido a minha velocidade, eu me aproximei do grande cervo como uma criança se aproximando de uma mesa cheia de doces, eu só precisava dar o bote, mas parei quando vi a mim mesma para a minha frente.

Eu estava diferente.

Minha pele era marmorizada tão mais clara quando a dos Cullen, havia olheiras em meu rosto e meus olhos estavam vermelhos, ao lado da minha imagem um lobo surgiu, era vermelho e seus pelos pareciam chamas, era um lobo em chamas.

Novamente o cervo aparecia diante de meus olhos.

— Beba...

Minha imagem disse a mim mesma dando um sorriso – Não gostaria de conhecer a eternidade Carlie?

Meus olhos pousaram no animal deitado a minha frente e novamente minha garganta queimou.

— A eternidade não é tão perfeita o quanto aparenta ser.- Disse a voz em minhas costas, eu virei meu corpo e atrás de mim havia uma nova imagem uma nova garota idêntica a mim, ao seu lado também havia um lobo, mas esse tinha os pelos em um tom claro com manchas em um tom laranja.

— Escolha Carlie, você precisa escolher...

— Você está com sede Carlie, beba o sangue do servo...

—CALEM-SE! Eu gritei – EU NÃO QUERO MORDER UM CERVO.

As duas imagens desapareceram e eu caí sentada no chão tentando compreender o que estava acontecendo comigo.

Então Sara, Levi, Ephraim e Taha aproximaram-se.

— Está tudo bem! Disse Sara agachando-se a minha frente, sua mão pousou suavemente sobre minha testa e eu fechei os olhos sentindo seu toque me relaxa.

— Eu disse que ela conseguiria! Disse Ephraim em um tom de diversão.

Levi rolou os olhos.

Eu olhei para eles totalmente perdida, o queimar em minha pele não era tão forte como a minutos atrás, agora eu sentia apenas um pequeno formigar, eu me levantei lentamente com a ajuda de Sara e então os três olharam para mim.

— Aquela vampira sou eu não sou? Perguntei olhando para o quileute – Riley me mordeu? Foi isso que aconteceu?

— Apesar de ser quem você é não existia magia em você – Explicou Levi Ulley, meus olhos se mantiveram fixos sobre ele então ele continuou – Sua vida mudou pequena Ulley, agora em seu sangue corre o sangue de um guerreiro Quileute, e os veneno de um frio.

Minhas sobrancelhas se uniram em minha testa- Eu fui mordida por um lobo e por um vampiro?

Sara sorriu.

— Veja você mesma – Disse Taha Aki antes de me levar de volta ao hospital.

Eu estava em uma enfermaria, Sam Ulley estava lá, minutos depois eu recebi o seu sangue, mas não foi o suficiente para salvar minha vida – Eu estou morrendo...murmurei.

— É o que eles acreditam – respondeu Ephraim.

Eu pisquei duas vezes e ainda estava no hospital, mas em um quarto diferente, Carlisle entrou acompanhado de um enfermeiro, mas eu reconheci o homem por debaixo das vestes cirúrgicas, era Edward, Carlisle aproximou-se e tocou meu braço, meus olhos se arregalaram quando eu o vi cravar seus dentes em mim.

—NÃO, NÃO CARLISLE PARE! Eu gritei, mas ele não me ouviu.

Taha Aki me levou de volta para onde eu havia acordado.

O desespero me consumiu.

— Eu vou virar uma vampira não vou? Murmurei levando ambas as mãos a minha cabeça – é por isso que estou aqui, sou imprinting do Jake, vocês querem me preparar para isso.

Meus olhos se encheram de lagrimas.

— O sangue de Sam nesse exato momento está se unindo ao veneno do frio – Explicou Levi Ulley – Mas você já fez sua escolha.

— Fiz? Sussurrei o olhando totalmente perdida.

— Sim querida – disse Sara.

Olhei para os quatro quileutes e após alguns minutos digerindo tudo que estava acontecendo eu finalmente comecei a ligar os pontos.

A queimação em meu corpo e o desejo pelo sangue do servo havia acontecido quando Carlisle me envenenou, a visão da garota vampira idêntica a mim, era a visão de mim mesma caso mordesse o cervo, a visão da garota atrás de mim era visão de mim mesma caso eu não o mordesse.

— Eu estou aqui para decidir o que serei quando acordar...

— Você já decidiu! Sussurrou Sara.

Eu não havia mordido o cervo.

Eu olhei para Taha Aki finalmente eu havia compreendido – O que aconteceria se eu tivesse mordido o cervo?

— Veja você mesma – respondeu ele direcionando a mão para o campo aberto.

A Nessie vampira estava lá, e a sua frente estava a matilha de Sam, todos eles rosnando com suas presas gigantes a mostra, então Sam Ulley avançou sobre ela, mas ela moveu-se tão rápido que tudo que vi foi o grande lobo caindo morto metros à frente.

—Ai meu Deus Sam!

Meu semblante mudou para terror.

A vampira avançou sobre os lobos em o terror apenas aumentou em meus olhos quando a vi se transformar em uma loba com pelos em chamas, os matando um a um e o último lobo que havia restado era Jacob.

— NÃO JACOB NÃO!

Eu gritei, mas ele não podia me ouvir, ele avançou sobre a vampira e eu fechei meus olhos.

Quando eu novamente abri meus olhos só havia flores diante de mim.

— Eu não quero machucá-los – eu murmurei me rendendo as lagrimas – Eu preciso morrer, eles não podem evitar isso dessa forma...

— Você não vai- disse Sara segurando meu queixo e erguendo minha cabeça em sua direção- Você não mordeu o cervo, isso significa que o sangue dos Ulley venceu.

— Então – eu sussurrei engolindo o nó que havia se formado em minha garganta, a lembrança da outra garota ao lado do lobo de manchas laranjas veio a minha mente, eu direcionei meus olhos novamente para o campo e lá estava ela, a outra Carlie de cabelos curtos sorrindo para mim com a loba ao seu lado.

Eu dei alguns passos caminhando em sua direção e parei a sua frente e ela sorriu – Fico feliz por ter feito a escolha certa Carlie – disse ela assim que parei a sua frente – Eu não esperava uma escolha diferente de uma garota como você.

Eu sorri com o canto dos lábios e olhei para o lobo que tinha os olhos verdes – Esse lobo é você?

A garota sorriu – Não, esse lobo é você, você escolheu o lobo agora você e o lobo são um só.

— Então a partir de agora quando eu acordar eu vou virar uma loba? Como Leah Clearwater?

— Não – respondeu a garota – Leah tem uma missão somente dela e você tem uma missão somente sua.

De repente eu senti uma imensa vontade de rir, e eu me rendi aquela sensação, a garota desapareceu da minha frente enquanto Sara, Levi, Ephraim e Taha me olhavam com suas expressões confusas.

— Mas é claro que isso não passa de um sonho – eu disse e meio minhas risadas – eu devo esta consciente no leito do hospital por isso vi os enfermeiros, Carlisle, Jake, meu pai, Edward estava lá porque Bella quer saber como estou, devo estar com muita febre ou coisa assim e estou sonhando com todas as historias dos antepassados de Jacob que ele contou para mim – Novamente eu gargalhei – Eu virando uma loba, se ao menos eu fosse uma descendente quileute eu até aceitaria mas...que sonho mais louco e...

— Então acredita mesmo que isso é um sonho? Perguntou Levi Ulley.

— Mas é claro que é um sonho, porque o senhor me chama tanto de pequena Ulley? Perguntei em curiosidade.

— Irá saber quando o momento chegar- disse ele.

— Certo! Eu respondi sorrindo e concordei com a cabeça – Eu vou me lembrar desse sonho também quando eu acordar?

— Ela ainda não está pronta – Disse Sara nos interrompendo.

— Ela precisa acordar.

Taha Aki aproximou-se novamente de mim e então sua mão tocou suavemente meu rosto – Na noite da última lua nova seu lobo irá lhe despertar e se lembrará de tudo isso.

Sua mão grande fechou meus olhos e então veio a escuridão.

...

Eu ouvi um som de bips distantes que pouco a pouco se tornaram mais fortes, tentei abrir meus olhos, mas a luz forte do teto branco me cegou, eu virei meu rosto na cama e os pequenos tubos em minha boca e nariz começaram a me sufocar, tentei puxá-los com as minhas mãos confusa e perdida quando a voz de Reneé me impediu.

— Calma querida, está tudo bem – Disse ela enquanto apertava um botão ao lado da minha cama – A mamãe está aqui, está tudo bem.

Mesmo confusa eu percebi que estava no hospital, mamãe me empurrou carinhosamente fazendo com que novamente eu me deitasse na cama e duas enfermeiras apareciam.

—Vamos tirar os aparelhos e os tubos, por isso vai ficar um pouco sonolenta – disse a enfermeira injetando algo no fino tubo ligado a agulha na veia da minha mão.

Mamãe sorriu e beijou meus dedos.

Segundos depois meus olhos pesaram e acabei adormecendo novamente.


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