After Dawn - Alvorecer escrita por Alina Black


Capítulo 30
Decisões


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, estou dando uma adiantada nos capítulos já que ficamos meses sem.



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— E essas duas criaturas magnificas quem são – O estranho vampiro se virou e sorriu para o papai como se fosse um avô afetuoso dando uma bronca. – Porque não tive a honra de conhecê-las antes?

— Não tivemos oportunidade – papai respondeu apertando seu braço em torno da minha irmã

 - Como não, se eu adoro um final feliz - Aro suspirou. - Eles são tão raros. Mas eu quero a história toda. Como isso aconteceu? Alice? - ele virou o olhar para tia Alice com olhos curiosos, mistificados. - Seu irmão parecia pensar que você era infalível, mas aparentemente houve algum erro.

Tia Alice sorriu- Oh, eu estou longe de ser infalível – Ela respondeu aparentemente tranquila, exceto por suas mãos estarem curvadas em bolas em seus pequenos punhos. - Como você pôde ver eu ultimemente causo problemas com a mesma frequência que os concerto.

 - Você é muito modesta - Aro chiou. - Eu ví algumas de suas incríveis façanhas, e eu devo admitir que nunca observei nada como o seu talento. Maravilhoso! Disse ele voltando seu olhar para Rosalice e para mim.

— Nos desculpe, se nós não fomos apropriadamente apresentadas! Falei encarando o vampiro, minha irmã me olhou de soslaio incrédula pelo que eu havia dito, mas eu estava cansada demais de jogos e mentiras e tudo que mais queria era terminar com aquele martírio.

— oh! Mas ainda há tempo para isso - Aro suspirou, fazendo um gesto com as mãos- Isso não me deixaria mais feliz.

 Aro olhou por cima dos ombros e a cabeça de todos se viraram na mesma direção, incluindo Jane, Alec e Demetri, que estavam silenciosamente ao nosso lado. Felix estava de volta, e atrás dele flutuaram outros dois homens com robes pretos. Os dois homens pareciam muito com Aro, um deles até tinha o mesmo cabelo preto. O outro tinha um cabelo cor de neve - o mesmo tom de cor da pele dele, os rostos dos três tinha a mesma textura de pele, fina como papel. - Marcus, Caius, olhem! - Aro sussurrou. - Bella é uma de nós finalmente, e trouxe convidadas com ela! Isso não é maravilhoso?

Nenhum dos dois parecia escolher maravilhoso como a primeira palavra que vinha na mente deles. O homem de cabelos escuros parecia extremamente entediado, como se ele já estivesse de saco cheio do entusiasmo de Aro. O olhar do outro estava ácido por baixo do cabelo cor de neve. A falta de interesse não mudou o divertimento de Aro. – Então vamos ouvir a história - Aro quase cantou na sua voz plumosa.

O vampiro ancião com o cabelo branco se afastou, deslizando na direção de um dos tronos de madeira. O outro parou ao lado de Aro, a alcançou sua mão, parecia que ia tocar a sua mão, mas ele só tocou a palma de Aro brevemente e depois colocou a sua mão de lado, Aro ergueu uma das sobrancelhas.

— Obrigado, Marcus - Aro disse. - Isso é muito interessante.

Marcus não parecia interessado. Ele deslizou pra longe de Aro para se juntar a aquele que só podia ser Caius, sentado contra a parede. Dois vampiros atendentes seguiram silenciosamente atrás dele, como se fossem guarda costas.

— Carlisle! Aro falou caminhando até seu “trono” juntando-se a eles – Não gostaria de nos dar a honra de fazer as apresentações.

Lice e eu olhamos para nossos pais que apenas assentiram juntas seguramos a mão de nosso avô, uma de cada lado e nos aproximamos dos vampiros em seus tronos, como súditos diante de suas majestades - Essas são Renesmee e Rosalice Cullen, minhas netas, filhas de Bela e Edward, foram concebidos quando Bela ainda era humana.

— Impressionante – Respondeu Aro que se levantou e se aproximou, como se fosse pra apertar minha mão e de Lice, porém apenas pressionou sua pele na nossa, seus olhos fumacentos sorriam para os meus, e era impossível desviar o olhar. Eles eram hipnóticos de uma maneira estranha, desagradável.

 O rosto de Aro se modificou enquanto eu observava e a sua confiança desapareceu se transformando em dúvida, depois em incredulidade antes que se acalmasse numa máscara amigável. - Muito interessante - ele disse enquanto soltava a minha mão e voltava pra trás.

— Como podem ver elas não representam perigo algum! Disse Carlisle de forma gentil.

Aro continuou a se afastar com uma expressão pensativa ficando quieto por um momento, seus olhos passaram rapidamente por nós três. Então, abruptamente, ele balançou a cabeça. - A garota de cabelos azuis- disse ele - Eu me pergunto se ela realmente não representa nenhum perigo... Jane, querida?

— Não! – Papai gritou e mamãe o agarrou o braço dele com uma mão, enquanto a pequena Jane sorriu alegremente para Aro. - Sim, Mestre?

Todos ficaram imóveis, Jane deu alguns passos e seus olhos mantiveram-se fixos em Rosalice, porém uma expressão de confusão e angustia a dominou ao perceber que nada aconteceu, olhei para mamãe e ela olhava tranquilamente para Lice e para mim, enquanto o sorriso de Aro se transformava em uma expressão mal humorada. - Eu estava imaginando que minha querida Bella tivesse alguma surpresa para mim! Disse ele acenando para Jane fazendo com que ela se afastasse.

Caius se moveu na minha direção, com suas acompanhantes, para observar – Chega de brincadeiras Aro – disse ele com uma voz tranquila apesar de transbordar aborrecimentos – Eles esconderam essas aberrações de nós, isso é traição.

— Não existe nada em suas leis que digam que o nascimento de híbridos é um gesto de traição Caius – Disse meu avô se colocando a frente de minha irmã e de mim enquanto nossos pais nos afastavam deixando nós duas atrás do restante de nossa família.

— Deixe-as ir! Papai falou dando alguns passos parando a frente de Caius – Se estamos sendo condenados por traição Bela e eu somos os únicos culpados, elas não tem culpa.

— Não! Gritou Rosalice saindo de trás de tio Jasper e se colocou ao lado de nossos pais – Por favor, não machuque minha família!

Os lábios de Caius se moveram, mas Aro ergueu a mão na frente dele, Caius, fez algumas  caretas furiosas, mas em seguida relaxou.

— Talvez elas realmente não sejam uma ameaça! Disse ele deixando os demais surpresos, não somente eles, mas nossa família, ambos trocaram olhares enquanto papai olhava para Aro, deduzi que ele estava lendo a mente dele, e Aro sabia disso – Elas são meninas extraordinárias seria um grande desperdício mata-las.

A mandíbula do papai se apertou qualquer coisa que tenha visto na mente de Aro havia aumentado a tensão sobre ele. Caius sorriu e deslizou para onde Marcus continuava sentado, sem se mexer e desinteressado.

Aro sorriu, divertido. - Heidi estará aqui a qualquer momento.

— Hmm. - A voz do papai tinha um som diferente. - Nesse caso, é melhor irmos logo do que deixar pra depois.

— Sim - Aro concordou. - Essa é uma boa ideia, tenho certeza que vocês tem outros assuntos pendentes.

Carlisle assentiu, e mais uma vez as atitudes deles eram como de antigos amigos felizes com a visita inesperada, mamãe puxou minha irmã e eu para seus braços enquanto o restante de nossa família os cumprimentava.

— Adeus, espero revê-las em breve meninas - Aro disse, com os olhos brilhantes enquanto olhava na mesma direção.

— Vamos – Papai disse puxando Rosalice e eu de forma urgente, Demetri fez um gesto para que o seguíssemos, e depois nos guiou pelo caminho de onde viemos, a única saída pelo que parecia.

Demetri nos deixou na alegre recepção opulenta, onde a mulher chamada Gianna ainda estava no seu posto atrás do balcão polido, e caminhamos na mesma direção a qual havíamos entrado, em passos largos e apressados.

— Tem algo errado, isso foi fácil demais! Disse tio Jasper enquanto caminhávamos para o estacionamento onde havíamos deixado os carros.

— Aro sabe que Lucife e seu clã de aliados estão atrás de nós, ele acha que não teremos chance de qualquer forma então decidiu não sujar as mãos! Papai explicou parando diante do seu carro – Precisamos ir e leva-las para um local seguro.

— Vou avisar Nahuel que daremos seguimento a segunda parte do plano – Disse tio Jasper pegando seu aparelho celular.

— Para onde vamos? Perguntei ao ouvir o que papai havia dito, porém a expressão de tia Alice chamou a nossa atenção, papai abriu rapidamente a porta do carro obrigando Rosalice e eu a entrar no veiculo.

— Precisamos ir! Disse ele ligando o carro de forma apressada.

— O que esta acontecendo? Insisti junto com Rosalice.

— Vamos encontrar Nahuel e alguns amigos, vocês ficarão em um lugar seguro com Rosalie e Esme, nós prometo que sua mãe e eu nos juntaremos a vocês depois.

— O que vocês vão fazer? Perguntou Lice- Aonde irão, quem são esses amigos?

— Rosalice! Disse papai enquanto dirigia tendo seu carro seguido pelo carro de Carlisle e Jasper – por favor, filha, confie em nós.

Minha irmã assentiu, sua mão direita escorregou no banco do carro e tocou a minha, eu sorri timidamente cruzando seus dedos nos meus “ Eu queria que Jacob e Seth estivessem aqui.” Falei usando meu dom e Lice concordou descansando a cabeça em meu ombro.

Segundo nossos pais seguiríamos para Alemanha, por alguma razão eles decidiram mudar os planos sobre ficarmos hospedados em Volterra por uma noite e partimos no dia seguinte, algo havia mudado, seguíamos para o norte extremo da Itália e paramos por alguns minutos após eu reclamar sobre o fato de estar com fome, após o ocorrido do dia anterior com Lice decidimos dar uma pausa para que ela caçasse.

O carro parou em uma região coberta de vegetação e montanhosa chamada Bolzano, sai do carro e sentei no capô terminando o lanche que eu havia comprado na nossa pausa anterior, Lice desapareceu em meio os pinhais junto com nossos pais, o restante de nossa família havia tomado um caminho diferente por uma questão de estratégia criada por tio Jasper, nos encontraríamos nos limites montanhosos do país com a Alemanha.

Passaram alguns minutos e então eles finalmente retornaram, diferente de todas as vezes em que caçava Lice estava com as roupas limpas, olhei para ela após entramos no banco de trás do carro – Você não se alimentou? Perguntei curiosa e ela sorriu descontente.

— Hoje eu tive almoço a delivery – disse ela olhando para o banco da frente na direção de nossos pais.

Baixei a cabeça e sorri.

Voltamos para a estrada e a temperatura havia caído, percebi que começava a escurecer quando a paisagem montanhosa e cheia de gelo se tornou bela e deslumbrante,  segundo papai estávamos em Punta Helbronner a três mil metros de altitude no monte Bianco, em Courmayer, o carro de vovô Carlisle e tio Jasper estavam estacionados um pouco a frente de nós, Lice e eu saímos do carro de mãos dadas com nossos pais e fomos ao encontro do restante da nossa família.

— Vocês ficaram com Rosalie e Esme! Disse mamãe tocando carinhosamente meu rosto – Seu pai e eu encontraremos vocês em breve.

— E onde vocês vão? Perguntou Rosalice.

— Nós estamos em fuga- Respondeu papai – prometemos não esconder mais nada de vocês, portanto devem ir agora.

— Mas e vocês? Perguntei me aproximando de nosso pai.

— Nossos aliados estão a nossa espera – Disse ele de forma terna – Filha, não tem o que temer tudo ficará bem.

Meus olhos se encheram de lagrimas quando Lice e eu abraçamos nossos pais, por mais que eles dissessem que tudo acabaria bem não havia nenhuma garantia disso, pensar que poderíamos perdê-los era aterrorizante, não me imaginava sem tê-los comigo, na verdade eu não sabia até aquele momento o que era viver sem meus pais já que toda a minha existência havia sido ao lado deles.

— Vamos querida! Tia Rosalie me puxou passando um dos braços em volta do meu corpo, enquanto vovó Esme tentava consolar Rosalice, três passos foram dados por Rosalie, Esme, Rosalice e eu porém paramos ao ouvir a voz de tia Alice.

— Tarde demais, eles já estão aqui! Disse ela olhando para a parte mais alta da montanha coberta por gelo.

Papai e mamãe trocaram olhares e então encararam tia Rose que me puxou pelo braço na direção da floresta – Vamos! Disse ela enquanto me arrastava me obrigando a acompanha-la em sua velocidade, olhei para o lado e Esme estava logo ao nosso lado junto com minha irmã.

Mas Lice parou obrigando tia Rose e eu a pararmos um pouco mais a frente, e retornamos indo ao encontro dela e de Esme.

— Por favor Rosalice! Vovó Esme insistiu em um tom suplicante de voz.

— Eu não vou a lugar nenhum – Disse Lice a encarando – Eu vou ficar e lutar com nossos pais!

Foram suas únicas palavras antes de desaparecer de nossos olhos.


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