A vida de Ísis escrita por Ralph Longbottom


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

— Espero que goste.



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Desde que desembarcara nos Estados Unidos para uma ótima oportunidade no mercado dos jogos virtuais, Ísis não se sentia tão deprimida e aflita. Não que ela não estivesse ou que não fosse feliz. Totalmente ao contrário. Ísis era completamente realizada, tanto financeira quanto romanticamente. 

Entretanto, faltava apenas uma coisa. Ou duas. Em todo caso, esses dois ou três ou mais pontos se resumiam em um sentimento: ser mãe. Já tinha três anos de casada, fora o namoro de dois anos e meio, e ainda não tiveram a oportunidade de o casal ter um filho. Não era falta de vontade ou até mesmo, como Paul gostava de brincar na mesa do almoço de família, não era “falta de ‘prática’". Era pura e simplesmente por culpa do serviço. Mais do dele do que do dela. 

Ísis podia ser considerada como a menina mais descolada de um grupo de tantas outras meninas, o que contrastava com Paul. Apesar de ter abandonado as mechas azuis em seu cabelo negro que faria a índia Iracema ter inveja, as tatuagens ainda marcavam partes de seu corpo amorenado e o piercing delicado no septo de seu fino e arrebitado nariz continuava no mesmo lugar. 

Não que as pessoas se incomodassem ou achassem feias essas características nela, era apenas por Paul ser um oficial do poderoso Exército norte-americano, um fuzileiro de alta patente. 

Por sua vez, a brasileira, ao contrário de seu marido sisudo e empertigado, era uma ás da informática. Formada com louvor em uma importante faculdade brasileira no curso de ciências da computação, com especialização em desenvolvimento de jogos virtuais, Ísis foi cursar mestrado e doutorado na Terra do Tio Sam e em pouco tempo estava trabalhando em uma grande produtora. 

Vivendo nesse mundo cibernético, Ísis ainda não conseguia entender como teve a sorte grande de encontrar o amor de sua vida em um tempo razoavelmente curto. É claro que o fato de ela ter feito amizade com uma moça que tinha o namorado da irmã com um primo solteiro que estava passando férias e precisava de um par para todos saírem acompanhados e de os dois terem continuado se encontrando a sós colaborou.  

Tudo bem que o estilo contrastava, porém a morena fora a escolhida pela amiga pelo gosto refinado: música clássica, esportes e literatura. No primeiro encontro, ficaram debatendo a importância de Winston Churchill na Segunda Guerra Mundial, chegando a momentos em que citavam trechos das obras literárias do imponente primeiro ministro britânico. 

No segundo encontro, foram ver um jogo de basquete e terminaram assistindo vídeos da seleção brasileira de futebol nas Copas de 2002 e de 2006, as últimas que tiveram grandes times, segundo o entendimento de Ísis. 

O terceiro encontro foi mais sério e íntimo, sendo só os dois saindo juntos. Paul conhecia um restaurante com música ao vivo de boa qualidade. Ali, após algumas taças de vinho, rolou o primeiro beijo. 

Foram tantas emoções a partir desse terceiro encontro. O início do namoro, a apresentação para a família dele, a apresentação para a família dela, que – pasmem – cruzou o oceano só para isso. Vieram algumas mudanças nos empregos de ambos: promoção de Paul, oferta de emprego para Ísis trabalhar em casa por um salário maior e uma jornada menor. 

Tudo caminhava bem até a chegada daquela notícia, aquela fatídica notícia de que ele precisaria sair em missão em um conflito em algum ponto do Oriente Médio. Como foi difícil a despedida, ver seu marido saindo de casa todo trajado de fuzileiro para embarcar em uma missão que não sabiam se teria volta e, caso tivesse, como esta seria. 

Longos meses se passaram e o casal conversava em parcos momentos, sempre apressados e acompanhados pelos colegas de alojamento. Porém, a longa espera terminaria. Não como Ísis imaginara, pois, aparentemente, houve um incidente e Paul precisou ficar hospitalizado. Ela bem que tentou fazer companhia ou uma pequena visita, porém não deixaram e não revelaram onde seu marido se encontrava. "É para não atrapalhar o tratamento", diziam eles. A única coisa que sabia é que a velha vida de Paul não voltaria e que, assim como grande parte de combatentes, ele teria algumas marcas e sequelas sentidas em seu próprio corpo. 

A manhã estava quente e a brasileira mal podia se conter na cama de tamanha ansiedade. O relógio marcava 05:47 da manhã e já estava querendo levantar. No entanto, não havia razões para aquilo, era muito cedo e ela estava de férias do serviço. Ísis achava engraçada a ideia de ter férias pelo fato de trabalhar em casa por sistema home office para um conglomerado especializado em pôquer online. "Ora, eu já trabalho em casa e cumprindo metas, sem pressão de horário, por que estou de férias?", pensava. 

Na verdade, a morena não queria admitir que as férias eram importantes, mas que não estavam sendo aceitas pelo simples fato de que não tinha nada para fazer por Paul estar em missão. Embora tivesse amigos e os familiares de seu marido, todos continuavam em suas rotinas frenéticas de trabalho. Já era o décimo dia de férias de um total de trinta e Ísis não se acostumara ainda. 

Estava muito cedo para poder levantar de sua cama e iniciar os afazeres para receber Paul de volta. A ansiedade dominava o pequeno corpo da morena, bem como fazia sua mente trabalhar em um nível altamente acelerado com múltiplos pensamentos e, quiçá, questionamentos: "Como Paul estava?" "Quais seriam as sequelas?" "Talvez ele não goste mais de mim". “Pode ser que eu precise me adaptar a essa nova vida". "Eu amo Paul mais que tudo". 

Atordoada e tentando não pensar tanto na vista do desconhecido que se instalaria em sua vida, Ísis pegou seu smartphone do criado-mudo e abriu em um jogo qualquer. Um pequeno sorriso se esboçou em seus lábios ao se lembrar da produção desse jogo, a qual ela orgulhosamente participou após ser indicada por seu orientador no doutorado. Ela lembrava até hoje de como foi legal negociar com seus então chefes da antiga empresa, que autorizaram esse serviço freelancer pelo fato de a sua empregadora não ser concorrente direta nessa fatia do mercado. 

Após algum tempo, a inquietude se instalara novamente e só então a brasileira decidiu ver e responder suas mensagens. Percebeu que fazer isso era mais terapêutico do que jogar, pois acabava interagindo com alguns amigos e isso aquietava seu coração e, consequentemente, sua mente. "Poxa! Tantos anos apreciando ser antissocial e agora necessito de calor humano", divagava enquanto os dedos pequenos e ágeis deslizavam pelo teclado virtual em uma dança síncrona e perfeita pela tela de seu caro celular. 

Imersa nas conversas, não viu as horas passarem e se assustou quando olhou no canto superior da tela que o relógio já marcava 08:30 da manhã. Levou suas pernas lentamente até o chão, ficando sentada por um tempo apreciando sua imagem no espelho do guarda-roupas e alongando preguiçosamente seu tronco e seus braços. 

Calçou as pantufas simetricamente colocadas sob o chão perto dos pés da cama king size e procurou um robe limpo e macio para colocar em cima de sua camisola de seda, a qual fora presente de aniversário dado por Paul. 

A doce menina podia ser considerada como a verdadeira representante do TOC, pois, desde criança, procurava deixar seus pertences os mais simetricamente organizados. Em algumas ocasiões, essa "neura", conforme ela mesma intitulara, colocava-a em situações desagradáveis, visto que poucas pessoas entendiam que ela simplesmente não conseguia deixar para lá. Principalmente, quando Bartô, seu gato que ficou no Brasil, tirava qualquer objeto seu para brincar e deixava-o espalhado. 

O café da manhã foi pobre e solitário. A cozinha estava irritantemente silenciosa, ao passo de que nem mesmo as adoráveis – mas cretinas – formigas comilonas de chocolate faziam barulho ao andar. Estafada de ter que cozinhar para uma pessoa apenas durante esse tempo em que ficou solitária, Ísis puxou uma caixa dos cereais mais açucarados que tinha no armário e despejou em uma pomposa e nerd tigela, cuja borda continha desenhos do Darth Vader. 

Adicionou muito leite, pois sempre gostou desse nutritivo alimento. Com a consciência pesada de tanto açúcar, deixou uma maçã ao lado para comer após, embora ela achasse que estivesse errando em comer uma fruta depois. 

Preferiu ficar na bancada da cozinha mesmo, de costas para o fogão e com a vista lateral para a lustrosa porta de vidro que dava para o verdejante gramado do quintal. Ligou a TV que ficava a frente apenas para fazer barulho e deixou alguns minutos no noticiário. 

No meio do café da manhã quieto e reflexivo, Ivone, mãe de Ísis, ligou para conversar um pouco com sua filha. Ela não queria revelar, porém sabia que a sua pequena princesa devia estar ansiosa e sofrendo calada. Para a mãe, essa ligação não se tratava de conversas frívolas, porém de tentativa em distrair a cabeça da morena. 

Ísis ainda estava no telefone quando começou a fazer o serviço de casa, limpando e organizando todos os cômodos da "não tão grande e também não tão pequena residência". Desligou o telefone quando marcava já duas horas de chamada de voz. 

Para ela, não chamaria esse dia de emocionante. De todos os dias pacatos que teve, esse foi o pior de todos. Parou apenas para almoçar. Novamente se socorreu de algo prático e optou por comida congelada, daquelas que você "faz" no microondas. 

Por fim, ao terminar o serviço, testou mais uma vez a cadeira elevatória instalada na escada, conforme orientação da equipe médica. Diante de todos os mistérios, Ísis tinha a única certeza que de Paul ficaria, pelo menos, por um tempo usando cadeira de rodas. 

Os sogros e sua cunhada não queriam que ela fosse acompanhá-los para buscar o combatente no aeroporto. Aparentemente, ele teria um enfermeiro custeado pelo governo até se adaptar e iniciar os tratamentos, o que faria com que a bonita SUV de Richard ficasse pequena diante da quantidade de passageiros e de bagagem. Ísis sentia que não queriam contar o que estava acontecendo verdadeiramente. 

Porém, como toda brasileira, ignorou todas as tentativas mequetrefes com propostas indecentes para que ela ficasse cozinhando um imponente jantar. Não, ela pagou para uma conterrânea que conheceu há um tempo, que tinha vindo trabalhar como cozinheira chef no restaurante da cunhada do marido da prima de sua mãe, fazer o jantar. 

Ísis confiava em Amanda, uma vez que, sempre que podia, comia algo no restaurante em que a amiga trabalhava. Também já fora convidada para pequenos jantares entre amigos na casa dela e, em uma dessas ocasiões, havia comido o que considerava o melhor pavê de sua vida. 

Conforme agendara, parou de organizar a casa um pouco mais das 17 horas e foi tomar banho e se arrumar. 

O marido de Jennifer, irmã de Paul, ficou de buscar e levar a brasileira até o aeroporto. Embora os sogros não quisessem revelar tudo de ímpeto, Rupert discordava da posição da família e, a duras penas e mediante promessas, convenceu sua esposa de que o melhor para Paul era Ísis acompanhá-los até o terminal de desembarque. É claro que ele combinou com Jennifer de que jamais iria revelar que ela era partícipe do plano, sendo obrigado afirmar categoricamente de que agiu sozinho. 

O proveitoso banho não demorou tanto quanto Ísis imaginara e o dilema de qual roupa vestir se instalou rapidamente. Vestidos, blusas, saias e calças voavam velozmente pelo quarto, saindo da gaveta e indo parar na cama ou no chão. 

Essa cena se repetiu por alguns minutos até que ela achou aquela peça que consideraria digna de ser usada: um bonito vestido azul marinho, simples e com tecido bem folgado. Nos pés, entretanto, não hesitou em calçar uma delicada sandália rasteira, sem qualquer tipo de salto e adornada com uma bonita pedra na tira em que se encaixava bem ao meio do sapato. Não podia, ainda, deixar de usar o perfume que Paul mais gostava quando ela usava. 

Extremante pontual, a morena estava sentada no sofá da sala de estar inquieta exatamente na hora em que combinou de Rupert buscá-la para recepcionar seu marido: os ponteiros do relógio de parede marcavam exatamente 18:30. 

Felizmente, especialmente para suas unhas que começaram a ser roídas, o cunhado chegou vinte minutos depois, se desculpando insistentemente e justificando de que seus sogros demoraram para sair de casa, pois decidiram esperar Sophie, a princesa da família e filha de Jennifer e Rupert, terminar de assistir ao filme da Barbie. "O que é atrasar vinte minutinhos, não é mesmo?", repetiam para os pais da menina, que já estavam aflitos. 

— Me desculpa pelo atraso – falou Rupert após Ísis fechar a porta do banco traseiro direito detrás do carro. 

— Não há problemas. Temos quarenta minutos até o suposto desembarque, não é? 

— Sim. Como você está? 

— Bem... Na verdade, já estive pior. A ansiedade explode, sabe? 

— Sim. – O cunhado engoliu em seco – Sobre isso, Jennifer concordou em te falar. Porém, acho que você desconfia da situação, estou certo? 

— Sinto que está acontecendo algo, só não sei o que é. 

— Richard e Melanie têm medo de que você abandone Paul. Por isso não contaram antes. Eu sei, eu sei! – Ele se apressou a falar quando viu a cara de raiva da morena. – Nós fomos contra. Pode não aparentar, mas Jennifer foi contra. É que entenda, são os pais dela... não tinha forças para contrariar. 

Ísis respirou fundo, contou mentalmente até três e se calou, lançando um pequeno suspiro para deixar subentendido que havia perdoado os cunhados. 

— Melanie é super protetora, Ísis. Eu briguei com eles por causa da situação. Jennifer no início ficou desconfiada, mas eu expliquei o que estava pensando. 

— Você tem sorte, Rupert. Eu acho que não deve ter sido fácil para Jennifer entender que me defender era o bem maior para o irmão dela e não um plano sórdido seu para satisfazer algum interesse. 

— Jennie gosta de você como irmã, de coração. Então, não repita essas bobagens. Ela apenas estava abalada demais para evitar pensar besteiras. Em todo o caso, houve um acidente no acampamento deles lá no front de batalha, não sei como chama, sabe? 

— Hum... 

— Então, ninguém explicou muito bem. Mas parece que uma bomba explodiu e Paul estava descansando perto e foi atingido por estilhaços e coisas do tipo – Rupert hesitou em continuar falando. 

— Você vai hesitar mesmo? Não sou de confiança? 

— Não é isso. É apenas que ainda me abalo em pensar. Tiveram que amputar boa parte da perna esquerda de Paul, até um pouco acima do joelho. Quebrou um braço por ter caído algo e... bem... ele perdeu a visão nos dois olhos. Tentaram fazer um procedimento, não deu certo. Está com uma bandagem em volta da cabeça na parte dos olhos por causa do procedimento. 

Ísis não estava aguentando mais, acreditava que não conseguiria suportar segurar as lágrimas. Ela não queria se fragilizar agora, mostrando que seria indigna da confiança, além de não querer estragar a recepção, pois, apesar dos incidentes, deveria ser algo festivo para celebrar a volta de um guerreiro após lutar na guerra. 

Um desespero se apossou de seu corpo. Não por querer renegar seu marido, mas sim de tentar mensurar o quão machucado ele devia estar. 

As feridas transpassariam facilmente o físico e se encontrariam, principalmente, na alma. Não havia uma explicação, não conseguia achar uma justificativa da situação que seu marido teria que passar. Ó, Paul. Tão ativo e independente. Como não deveria estar se sentindo. 

E os sogros? Ísis passara a sentir compaixão por eles e, de certa maneira, algo martelava em seu íntimo de que a atitude deles era também uma forma de a proteger de tamanho infortúnio. Além disso, não conseguia imaginar o tamanho do desespero com a qual Jennifer e Rupert estavam passando, tendo que se manterem frios para não assustar e entristecer uma criança. 

Por este modo, conseguiu finalmente dizer: 

— Obrigada, Rupert. Agradeço por me contar. E, é claro, não importa como ele esteja, cuidarei dele. Ainda que ele tenha se esquecido de mim, eu ainda saberei quem é ele e isso me motivará mais ainda a cuidar dele e também reconquistar seu amor. 

— Eu sabia que podíamos contar com você – grossas lágrimas escorriam pela face de Rupert. 

Ficaram ambos chorando em silêncio por um pedaço do caminho, emocionados por saberem que um podia contar com o outro. 

Quando chegaram ao aeroporto, os sogros não se importaram com a presença da morena. Apenas abraçaram-na e choravam em seus braços, buscando forças. A família inteira ficou alguns minutos em uma profunda tristeza e com cada um dando forças para o outro. 

Sophie, em pouco tempo, se aninhou no colo da tia Ísis e ficou ali contando as histórias dos amiguinhos da escola e das brincadeiras, enquanto a brasileira sentava roendo as unhas. 

Em um movimento, Ísis notou a aproximação de algumas pessoas e seus sogros saíram ao encontro. Viu após pouco tempo que abraçaram alguém em uma cadeira de rodas. Depois foi Jennifer até o local. 

A vontade de Ísis era colocar a sobrinha em uma cadeira ao lado e correr em direção ao seu marido. Porém, ela precisava de um sinal de que podia se aproximar. Não seria justo que ela agora iria desconfiar do cunhado. Afinal, e se Paul tivesse realmente se esquecido dela? 

Para a morena, a sensação era de que longas horas se passaram quando Rupert se aproximou e tomou Sophie de seus braços, sussurrando: 

— Vamos deixar a tia Ísis dar "oi" para o tio Paul. Aí depois dele, o papai vai levar você para dar um abraço apertado nele – a menina assentiu docemente. 

Um leve formigamento dominou as pernas de Ísis. E o que parecia ser o seu maior desejo, tornou-se seu maior medo. Não que se amedrontava por ver Paul, porém temia de que a essência de seu velho marido teria ficado naquela terra inóspita. Preocupava-se se a vida não teria sido dura demais com ele e retirado sua vontade de amar, ainda que fosse sua esposa ou sua família. 

Ísis foi se aproximando aos poucos. Um homem de meia idade conduzia a cadeira de rodas com Paul e estava ao seu lado conversando. Foi quando ela admirou seu marido. Mesmo tão castigado com as marcas da guerra, conservava sua beleza. Embora não sorrisse, conseguia ver suas covinhas. 

Parou em frente da cadeira, incapaz de emitir sons, quando o combatente abriu um imenso sorriso e sussurrou: 

— Ísis! Você veio. Eu sabia. 

— Como me reconheceu? – Ela não conseguia esconder a felicidade e o alívio e sorria calorosamente, ainda que ele não pudesse mais ver. 

— O perfume, é claro! 

De maneira impetuosa, Ísis abraçou Paul e começou a beijar aquele rosto de maneira frenética. Quantas saudades sentira durante todo esse tempo de separação por uma guerra. E agora eles estavam juntos, novamente. 

É claro que estavam preocupados de como seria o futuro, de como seria a nova vida com as adaptações que deveriam surgir. Mas entre beijos, o casal tinha a certeza de que, juntos, conseguiriam vencer quaisquer obstáculos, desde que nunca se separassem. 

Pois, ali, imperava o amor puro e verdadeiro entre um casal. 

 
 


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Notas finais do capítulo

— Obrigado por ler minha oneshot. Espero que tenha gostado.