Albus Potter e o Pergaminho do Amanhã escrita por lexie lancaster


Capítulo 1
A Cripta na Clareira




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— CAPÍTULO UM –

A cripta na clareira  

 

Os habitantes do pequeno povoado do condado de Denbighshire, costumeiramente orgulhavam-se de dizer que viviam em uma comunidade muito confiável e muito segura. Sobretudo porque, para eles, confiança significava que todos sabiam de pelo menos um acontecimento básico da vida um do outro e que, segurança, era estarem deitados em suas camas às dez horas da noite. Nenhuma dessas qualidades, porém, parecia adequar-se a recente situação do vilarejo.

Nos últimos dias, um fenômeno amedrontador vinha assolando o povoado. Os moradores começaram a relatar alguns incidentes contínuos envolvendo criaturas assombrosas que juravam não pertencer a este mundo. Tratava-se de uma besta colossal, que podia variar de três a cinco metros de altura e que estava vivendo na floresta do vilarejo, segundo contavam os relatos.

O corpo era cumprido e nodoso, parecendo um entrelaçado feito de cipós e madeira resistente. As extremidades do que eram para ser as mãos, eram na verdade garras afiadas como as de um predador. No lugar da cabeça havia uma caveira, mas não era humana. Era mais selvagem. O focinho ossudo era largo e o crânio dava lugar a uma galhada de chifres impetuosos que se ramificavam para o alto em ambos os lados. As versões de como eram os olhos da criatura, porém, variavam. Uns preferiam contar que haviam visto um brilho amarelado refletido das órbitas. Outros, diziam não haver olho algum, apenas isso: órbitas. Escuras e profundas.

Devido a besta surpreendente – e a quantidade avassaladora de pessoas que vinham confirmando os relatos sobre ela – a notícia rapidamente se espalhou pela região. Para desagrado geral, o até então muito confiável e muito seguro povoado, começou a passar pelo maior fenômeno ocupacional que seus registros já indicaram. Autoridades, pesquisadores, entusiastas de teorias da conspiração e, sobretudo, repórteres, chegavam e se aglomeravam nas hotelarias, nos bares e nas padarias. Cada vez mais, rostos estranhos eram vistos passando pelas ruas, cochichando sobre a tal criatura.

A Sra. Beynon era uma mulher de meia-idade, muito devota a comunidade, que fazia questão de passar tardes inteiras na casa de sua amiga de longa data, a Sra. Jenkins. As duas praticavam seu passatempo favorito, o qual carinhosamente gostavam de chamar de “expressar suas preocupações sobre os moradores do povoado”. Naquela noite em especial, a Sra. Beynon havia chegado a casa da Sra. Jenkins ainda cedo, no início da tarde. Parecia ter muitas “preocupações sobre os moradores do povoado” que queria expressar.

— Estou dizendo, Marta – disse a Sra. Beynon – Vi com meus próprios olhos. Estes que tenho bem aqui... Dois homens! Dois homens esquisitões com capas escuras andavam murmurando perto da padaria do velho Archie hoje pela manhã. Ah, sim, sim estavam.

As duas mulheres estavam sentadas na espaçosa e pouco iluminada sala de estar da Sra. Jenkins. Haviam acendido a lareira e bebericavam um delicioso chá de camomila.

— E sobre o que acha que falavam, Brigitte? – Perguntou a Sra. Jenkinks.

— Bem, você sabe que eu não escutaria a conversa dos outros se não fosse essa situação que estamos passando...

— O monstro na floresta – complementou a Sra. Jenkins bebericando o chá com os lábios murchos.

— Justamente – concordou a Sra. Beynon prontamente - Isso e essa invasão de forasteiros. É claro que eu tento ajudar as autoridades e a imprensa o máximo que posso, mas.... enfim, isso não é importante agora. O que importa é que me aproximei daqueles dois, você sabe, para garantir que não falavam nada de suspeito... e imagine, Marta! Imagine só a minha surpresa quando ouvi o que ouvi! Você não vai acreditar...

— O quê? O que diziam?

— Ah, as coisas mais esquisitas que já ouvi em toda minha vida! Ministério da M-A-G-I-A! – Soletrou a Sra. Beynon para que a Sra. Jenkins entendesse bem - Você vai achar que estou delirando, mas escutei claramente. E meus ouvidos nunca me falham.

A Sra. Jenkins soltou uma gargalhada.

— Ministério da Magia? Era só o que me faltava! De onde saem esses lunáticos? – Perguntou com a voz aguda - Deve ser mais uma dessas comunidades hippies, Brigitte. Isso te digo! Se lembra no verão passado? Aquele grupo de ciganos que passou por aqui?

— Hum, pode ser, Marta, pode ser.., mas não me pareciam hippies, eram um pouco mais... sofisticados.

— De onde acha que são?

— Aposto que são londrinos. E não só isso... parecia também que estavam se referindo a nós, meros membros do povoado, como trouxas! Consegue acreditar em uma coisa dessas?

— Um absurdo! – Protestou a Sra. Jenkins com visível desagrado.

— E digo mais, pelo que consegui escutar, pareciam estar culpando esse tal... Ministério... pela criatura na floresta.

A Sra. Jenkins soltou outra risadinha abafada.

— Não importa qual Ministério seja, todos têm seus problemas, acho que nisso conseguimos concordar – falou a Sra. Jenkins em tom de ironia – Se não fosse a Claudinha, minha própria filha, dizendo que viu o tal monstro, eu jamais acreditaria! Mas Claudinha não mente. Nunca foi de mentir!

— Sei disso, Marta, sei disso. Meu Hughie também nunca inventaria uma coisa dessas! A geração deles, Marta, não é como a nossa... Veja bem, tem coisas que fazem que eu simplesmente não consigo entender. Até alguns anos atrás, Hugie mal saia do quarto, só ficava naquele computador o dia inteiro. Agora que está começando a ficar mais velho, voltou a gostar de socializar outra vez. E como não acreditar que a criatura que diz ter visto é de verdade, se nem naquele celular o vejo ficar mais? Parece amedrontado, pobrezinho.

— Não o culpo, Brigitte. Honestamente, costumávamos viver tão tranquilos. Agora temos que andar olhando por cima dos ombros. Estranhos ao lado, monstros na floresta... me pergunto se voltaremos a ter paz novamente!

— Mas é claro que sim! – Afirmou a Sra. Beynon se levantando e pegando sua bolsa de couro – Logo-logo tudo isso vai passar e nossa comunidade voltará a ser conhecida pelo que sempre foi: confiança e segurança. Isso te digo! Agora, Marta, preciso ir antes que Katie feche o mercado. Prometi uma torta de marmelada ao Hughie. Amanhã lhe trago um pedaço, sim?

A Sra. Jenkins acompanhou a amiga até a porta e as mulheres se despediram sem fazer cerimonia. A Sra. Beynon dirigiu até o mercadinho, comprou o restante dos ingredientes que faltavam (farinha, limão e marmelada de toranja) e aproveitou para falar um pouco mais sobre a criatura misteriosa com a atendente. Depois, dirigiu pelas ruazinhas mal iluminadas e observou atentamente os rostos pelo caminho. Mais desconhecidos, pensou a Sra. Beynon. Quando chegou na última casa da rua sem saída, ela estacionou o carro na garagem, tirou as compras do porta malas e se apressou para adentrar o aposento. A noite começava a esfriar rapidamente.

— Olá, querido – disse ao passar pelo Sr. Beynon que estava sentado no sofá – Onde está o Hughie? – Completou ao deixar as compras no balcão da cozinha.

O Sr. Beynon era um homem barrigudo, de cabelos ralos e que usava óculos de armações retangulares. Bebia uma cerveja e assistia os noticiários que passavam na TV.

— Saiu mais cedo. Casa do Matt – respondeu simplesmente. 

— Hum... pois é melhor que volte logo. Não é... seguro que fique fora até tarde com tudo que vem acontecendo – falou a Sra. Beynon um tanto relutante.

— É, é – murmurou o Sr. Beynon em resposta.

Antes de começar a preparar a torta de marmelada, porém, a Sra. Beynon enviou uma mensagem de texto para Hugh, seu único filho. Não demore muito na rua. Mande lembranças à mãe do Matt. Ela prendeu os cabelos tingidos, lavou as mãos e começou o processo de preparo. Fez a massa primeiro e depois o recheio. Por fim, enfiou o recipiente pelo forno e foi se sentar ao lado do Sr. Beynon no sofá. Para a Sra. Beynon, os telejornais eram sinônimo de tragédia e, talvez por isso, ela continuou sentindo-se inquieta. Não conseguiu se concentrar nas notícias e voltou a conferir o celular.

— Estranho. Nenhuma resposta ainda – comentou a Sra. Beynon.

— Hugh já está grandinho, querida. Você se preocupa demais. Deixe-o se divertir um pouco, sim?

A Sra. Beynon lançou um olhar de reprovação ao marido.

— Bobagem – disse.

E voltou a digitar outra mensagem: Sua torta já está no forno. Não demore a voltar. No entanto a Sra. Beynon não obteve resposta alguma.

Na realidade, a torta ficou pronta e as horas continuaram a passar e, ainda assim, não havia resposta alguma. Já é tarde, Hughie. Se apresse! Deixei a torta na geladeira. Voltou a escrever a Sra. Beynon antes de se deitar. Revirou-se na cama umas três ou quatro vezes mais ante de, por fim, conseguir mergulhar em um sono inquieto. Absorta na inconsciência onírica, a Sra. Beynon não tinha como saber que, um par de horas depois, a mensagem ainda não tinha sido respondida. Nem que, a dez quilômetros dali, o par de homens que tinha visto ainda mais cedo pela manhã, agora adentravam pelos caminhos tortuosos da floresta.

— Uma caveira com chifres, hein? – Comentou o homem mais velho entre os dois.

— Era o que diziam, Carwyn! Não paravam de falar a quem quisesse ouvir, aliás. Esses trouxas têm mesmo imaginação – disse o bruxo mais moço com uma risada - Esse crédito temos que dar a eles... Uma pena que o imaginário geral dos trouxas nos fez perder o dia. Tem certeza que não podemos voltar ainda?

— Na verdade, podemos – respondeu Carwyn calmamente – Mas como ainda é um novato imaginei que não ia querer voltar com as mãos abanando, certo Jerry?

Jerry lançou um olhar carrancudo a Carwyn que, por sua vez, pareceu não notar. O bruxo mais velho ia caminhando uns passos mais à diante e empunhava a varinha sob a cabeça. Apesar de mais baixo, Carwyn tinha um rosto claramente mais maduro e, também, mais marcado. Além das dobras na testa, os cantos dos olhos cinzentos expressavam linhas profundas. A barba, outrora completamente escura, já começava a ficar grisalha. Jerry, por sua vez, tinha uma cabeleira marrom encaracolada, o nariz redondo e os olhos verdes, que mais lembravam um par de azeitonas.

 Os dois andavam com cautela enquanto arrastavam as longas capas de couro pelos gravetos e as folhas secas no chão da floresta. O crocitar dos animais noturnos ecoava pelo local. Além da claridade que emanava da lua-cheia e cortava a copa das árvores, o feixe de luz que emanava da ponta de suas varinhas era a única luz presente no ambiente. Estavam completamente envoltos pela vegetação espessa e pelo breu da escuridão.

— Hum, se quer saber o que eu acho é que Robards faz pouco caso da gente – reclamou Jerry - Não acha mesmo que essa tal criatura existe, acha? Provavelmente são só um bando de crianças trouxas inventando história e querendo atenção, é o que eu acho!

— Eu não estaria tão certo disso se fosse você, garoto.

— O que quer dizer? – Perguntou Jerry visivelmente curioso.

— Se lembra daquela criança trouxa que paramos perto na padaria hoje de manhã? A que você disse que até parecia que parecia forte por fora, mas que por dentro estava se tremendo? Bem, digamos que você tem intuição pra coisa, Jerry. Ele estava mesmo.

— Droga, Carwyn, você estava... puxa! Me disseram que era um bom legilimens, mas não imaginava que era tanto... sequer notei que estava na mente daquele trouxa.

— Esse é o segredo, garoto.

— Então... então ele viu mesmo... a criatura?

Carwyn não respondeu de imediato, mas virou-se para encarar Jerry com um sorriso sutil que tratou de passar a mensagem.

— Isso é... droga, eu nem sei o que! – Falou Jerry – Como pode haver um monstro de três metros de adulta que não esteja nos nossos registros?

— A vida é mais do que deixamos catalogado, garoto – disse Carwyn simplesmente - Sei que ainda não tem muita experiência de campo, mas dê alguns anos e você perceberá. A vida está aqui fora, não no escritório do Ministério.

Subitamente ouviu-se um baque ensurdecedor. As aves voaram para fora de suas tocas e implodiram em um pipilar eufórico. Todo o resto aconteceu muito rápido. Enquanto os dois Aurores armavam-se em posição de batalha, uma rajada de luz tão forte e alva quanto o próprio amanhecer cortou o céu a poucos metros de onde estavam. Jerry e Carwyn apressaram-se em sua direção, mas o feixe logo desapareceu, tão pronto e repentinamente quanto aparecera. Os dois homens continuaram correndo, sem se importar com os galhos a frente, enquanto apanhavam todo ar que cabia em seus pulmões. E então eles param. Param com estátuas, totalmente imobilizados e incapacitados de dar um paço a diante, tamanho era o assombro da cena que seus olhos captavam.

— Em nome de Merlin... – murmurou Jerry.

Em um plano mais baixo do que estavam, havia uma depressão com gigantescas pedras suspensas. Se erguiam numa clareira tomada pela luz da lua e pelo verde da mata e dos musgos que as consumiam. Formavam uma espécie de círculo que moldava o macabro cenário que ali se instaurava: quatro corpos encontravam-se estirados sobre blocos rochosos posicionados um de frente para o outro – dois garotos e duas garotas. Todos tinham as bocas abertas e os olhos arregalados, parecendo eternamente congelados pela visão do medo e do espanto. Não tinham um arranhão sequer, mas todo o sangue que um dia correu por suas veias, havia sido drenado para fora de seus corpos e, agora, escorria dos blocos até o centro da clareira.

Ali havia esculpida uma espécie de portal que também era feito de pedra antiga e que também estava coberto em hera. O que havia naquela passagem, porém, era desconhecido, pois a abertura era completamente obscura. De onde estavam, nem Jerry, nem Carwyn, conseguiam ver do que se tratava.

Carwyn deu um par de passos para trás, ganhando distância da clareira, e logo Jerry se juntou a ele. Jerry se aproximou bem a tempo de ver Carwyn retirar um pequenino pedaço de pergaminho pardo que continha somente um emblema: era uma varinha depositada bem ao centro de um gigantesco “M”.

Diffindo— murmurou Carwyn apontando para o próprio dedo.

E um filete de sangue apareceu pela extremidade do dedo indicador do bruxo. Algumas gotículas de sangue jorraram sob o pedaço de pergaminho e se dissiparam pelo emblema antes do mesmo pegar fogo e, então, restar somente pó.

— Você acha que ele vem? – Perguntou Jerry com cautela.

— Está aqui a qualquer instante.

Carwyn rodopiou a varinha no ar e um cachimbo cumprido se materializou na palma de sua mão. Recém o acendia com as chispas que saíram da ponta de sua varinha, quando um terceiro homem apareceu na frente de ambos como em um passe de mágicas. Era um homem de estatura mediana e cabelo dourado desbotado e bem cortado. O corte deixava os fios grisalhos ainda mais aparentes, sobretudo na lateral da cabeça, mas seus olhos azuis pareciam sempre muito atentos e se destacavam, fazendo-o parecer mais jovem do que realmente era. Seu nome era Gawain Robards, e ele era o chefe encarregado pela Seção dos Aurores.

— Muito bem, o que temos aqui? – Perguntou ao se aproximar dos outros dois.

Jerry engoliu em seco.

— Eu nunca vi nada parecido antes, senhor. Parece... parece um tipo de ritual, senhor – respondeu com um tom de nervosismo na voz.

 - Hum... – murmurou Robards antes de se dirigir a Carwyn – O que me diz, Callaghan?

— Não há dúvidas, Robards. É um ritual antigo – falou Carwyn expelindo o fumo – Nem eu posso dizer que já vi algo assim.

Robards concordou com a cabeça, resignado, e dirigiu-se até o local em que Jerry e Carwyn estiveram parados apenas alguns minutos atrás. Ele observou o local silenciosamente por alguns segundos antes de continuar seu caminho. Jerry e Carwyn o seguiram, passando bem ao lado dos corpos estirados e sem-vida.

— Nada aqui faz sentido – comentou Carwyn – falamos com este aqui ainda hoje pela manhã. Era um adolescente trouxa habitante do povoado local. Era apenas um garoto... se chamava Hugh Beynon.

— Uma tragédia, de fato – Lamentou Robards – Pelo que vejo, todas as vítimas parecem ter a mesma idade.

Robards cruzou o círculo em que os blocos rochosos estavam dispostos e caminhou em direção ao portal.

— Esperem aqui – disse parando bem em frente à entrada da cripta obscura - Lumos.

O bruxo ergueu a varinha e adentrou o monumento. Nem um minuto se passara, porém, e Robards voltou a aparecer.

— E então? – Precipitou-se a perguntar Jerry.

— Nada além de blocos maciços de pedra sustentando as paredes, nada... exceto por um símbolo cravado bem na parede oposta à esta entrada bem aqui – afirmou Robards – Quero esta área em isolamento. Montem uma barreira para evitar os trouxas até que tenhamos tudo sob controle. Ah, e convoquem uma equipe imediatamente. Vamos precisar dos melhores entre os melhores. Coloquem Potter no caso também.

— Hum... senhor – falou Jerry - Acho que Potter não... Potter não estará disponível no momento, senhor.

Naquela mesma noite, a quatrocentos quilômetros dali, nascia um bebê cuja existência ainda seria conhecida por muitas pessoas ao redor do mundo. Não por algo que ele tivesse feito, é claro – afinal, como poderia? E, também, não parecia haver relação alguma com qualquer outro ato prestigioso que ele pudesse estar predestinado a cumprir – não, nada disso. Além do mais, com apenas algumas horas de vida, ele jamais teria como saber que os crimes cometidos naquela noite, se tornariam um dos casos mais difíceis já enfrentados pela Seção dos Aurores. Nem que, durante os anos que se seguiram, o caso permaneceria ainda um completo mistério. Nenhuma dessas razões, no entanto, parecia importar para o seu privilegiado reconhecimento, pois de fato, não o eram. A única coisa que o tornava especial naquele momento, era sua origem: ele era o filho do homem mais famoso do mundo bruxo. Seu nome era Albus Potter.


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