Os Filhos De Carlisle Cullen escrita por Jasmine10k


Capítulo 4
Capítulo 3 - Os Harper Aceitam Ajudar Os Vulturi




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Felix e Demetri haviam retornado de sua missão de trazer os Harper para que fossem testemunhas do crime cometido pelos Cullen.

— Buongiorno(Bom Dia) — disse uma secretária.

— Buongiorno, signorina.(Bom dia, senhorita.) — respondeu Helen dando uma piscadela para a mulher.

— Ah irmã, você não muda mesmo viu. — comentou Harry em um riso divertido.

— Ué! Eu não posso mais cumprimentar ninguém não é? Eu hein! — exclamou indignada. — Mas fala aí, ela é bem bonita né? E ela tem um cheirinho tão bom...

— Meu Deus. — Harry riu mais.

— O que? É verdade! — riu junto.

— Chegamos. — anunciou Demetri, vendo as portas do grande salão serem abertas por dois enormes guardas Vulturi.

— Chegaram! Finalmente chegaram. — disse Aro alegremente, com um sorriso no rosto.

— Olá, Aro. — disseram os Harper em conjunto.

— Já estava na hora! — disse Caius.

— Olá, para você também Caius. — disse Harry.

— Marcus. — cumprimentou Helen, fazendo uma elegante reverência.

— Olá, criança. — cumprimentou Marcus. — Já faz muito tempo desde a última vez em que nós vimos.

— Mais de trinta anos para ser um pouco mais exata.

— Trinta anos, eu pensei que fizesse mais tempo. — refletiu. — De qualquer maneira é bom vê-la novamente pequena Harper.

— É bom ver você também Marcus.

— Ficamos muito felizes por terem aceitado nosso convite. — declarou Aro.

— Vocês demoraram. — reclamou Caius e Harry revirou os olhos.

— Ah nossa Caius, eu vou bem também, obrigado por perguntar. — Harry falou sarcástico.

— Bom, nós precisávamos de tempo para arrumar nossas coisas antes de virmos. — explicou Helen. — Eu precisava achar Ruth e Harry precisava esperar Ikki voltar de sua caçada noturna. Não demoramos tanto assim.

— Bom, eu imagino que vocês já devem se acomodado devidamente não? — perguntou Aro.

Ambos os gêmeos assentiram

— Na verdade, eu fiquei até que bem surpresa pelo meu quarto continuar da maneira exata de como eu o deixei desde a minha saída da guarda. — comentou Helen.

— Bom, nós não vimos motivos para mexer em nada no quarto de nenhum de vocês dois. — esclareu Aro. — Caso um dia retornassem para a Volterra achamos conveniente deixar as coisas do jeito que estava, sempre mantendo tudo limpo é claro.

— Ahn, obrigada eu acho.

— Não há de que, querida.

— Agora que estamos todos reunidos aqui, acredito que possamos todos começar. — interrompeu Caius.

— Começar? — perguntou Harry.

— Sim, começar. — respondeu Aro..

Os gêmeos Harper ficaram quietos afim de ouvir o mestre Vulturi falar.

— Bem vocês já devem saber o porquê de estarem aqui. Correto? — Aro perguntou.

— Sim. — responderam.

— Soubemos que os Cullen estão reunindo um batalhão para lutar contra vocês e que uma das membras desse batalhão é um possível escudo de algum tipo. — começou Helen. — E se o escudo dela for um pouco parecido com o meu, isso a tornaria imune a dons como o de Jane ou o seu Aro.

— Além do fato de que se ela souber expandir o escudo, pode proteger outras pessoas tornando certos vampiros totalmente inúteis. Vamos concordar em uma coisa, existem vampiros aqui que são totalmente dependentes de seus dons e não sabem nem o básico de defesa pessoal. — Harry terminou, lembrando da vez em que treinaram defesa pessoal com alguns vampiros da guarda, incluindo Renata, Alec e Jane, onde eles perderam facilmente por seus dons terem falhado ao enfrentar Helen.

— Aliás, falando na Jane. Onde estão aqueles dois pirralhos hein? — indagou Helen, olhando em volta.

— Ah, por favor ela é apenas uma recém-criada. — disse Caius com indiferença, ignorando totalmente a pergunta de Helen sobre o gêmeos Vulturi. — Não representa ameaça alguma.

— Não é o que parece. — discordou Harry — Pela minha experiência, eu diria que vocês precisam de nós, somos a garantia da sua vitória.

— Não me interessa o que você acha, Harper. — replicou Caius com um semblante sério. — Não precisamos de vocês para nada, com vocês ou sem vocês nós somos superiores aos Cullen e caso eles tentem resistir, nós os esmagaremos como os vermes que são.

— Ain, ele ficou irritadinho. — Helen caçou e Harry sorriu com a brincadeira da irmã.

— Isso é sério, Caius? — a mais nova perguntou. — Se não precisam de nós, então por qual motivo desperdiçaram o tempo de vocês e nos achar e nos convencer a testemunhar? Ou por acaso há segundas intenções em nos chamar?

— Garota, se você e seu irmão vieram aqui apenas para nos insultar e insinuar coisas, é melhor irem embora! — estabeleceu Caius.

— Ah, mas nós acabamos de chegar! Ir embora agora seria ter uma viagem perdida! Além de que teríamos todo o trabalho de nos desacomodar sem nem termos ficado um dia se quer aqui! Essa me parece uma péssima ideia. — lembrou Harry com uma voz arrastada.

— E nós preferimos ficar, para ver como Os grandes Reis Volturi. — Helen iniciou sua fala.

— Os mais poderosos e importantes vampiros que já existiram, donos de um império que só não é maior do que sua fama. — Harry continuou.

— Será que estão...— Helen e Harry se entre olharam e sorriram.

— ...com medo? — interrogou Harry.

— Ou será que estão desesperados? — Helen reformulou a pergunta.

— Ou quem sabe estão incapazes de fazer algo tão simples como matar uma criança imortal, sem vir correndo pedir a ajuda de alguém do nosso ilustre clã. — Os irmãos falaram juntos zombando dos vampiros em sua frente.

— Por isso precisam de nós! Como nós dissemos somos a garantia da sua vitória! — Os irmãos disseram provocando os Volturi com um olhar um tanto que cruel.

Eles viram um semblante de irritação no rosto de Caius e Aro, o que fez os irmãos sorrirem satisfeitos, o único que permanecia neutro e quieto era Marcus, que estava sentado em seu trono. Caius se levantou ele iria dizer algo porém, Aro fez um sinal para que o mesmo ficasse calado, o rei respirou fundo mesmo que não precisasse e disse:

— Nós não estamos com medo, não estamos desesperados, muito menos incapazes de fazer algo como eliminar essa criança e principalmente não precisamos de ninguém do seu clã para garantir a vitória. — refutou com seriedade. — Nós apenas tínhamos certeza que os Cullen protegeriam a criança imortal, e achamos que vocês gostariam de arrancar umas cabeças. Afinal vocês são Os Gêmeos Harper! Nunca recusam uma boa luta, muito menos perdem uma.

     Harry e Helen se entre olharam convencidos, eles haviam gostado de ouvir a última frase.

— Provem! — exigiram os irmãos aos Reis Volturi. — Se não precisam de nós para nada como dizem, provem.

— Por que ao invés de virem aqui apenas para nos insultar, não fazem o que foram convocados para fazer e sejam nossas testemunhas. — sugeriu Caius. — A não ser que sejam vocês quem estão com medo.

— Medo? E do que teríamos medo? Dos Cullen e seus amiguinhos?! — disse Harry em um tom de deboche.

— Talvez. Me digam vocês. — desafiou.

— Você só podem estar brincando com a gente não é? — debateu Helen em um tom de indignação. — Isso é patético.

— Não estou. — Caius respondeu. — Se não estão com medo provem para nós também, nos acompanhem como testemunhas até os Cullen. Provem que são dignos da fama que lhes foi dada, faça-os tremerem diante de si.

De repente um sorriso ladino e um sorriso cruel tomaram conta do rosto dos Harper, eles gostaram das palavras de Caius, elas os convenceram, principalmente que adorava a sensação de ter o poder em mãos Harry. Com isso, Aro e Caius deram um pequeno sorriso satisfeito.

— Isso parece justo para mim. — comentou Helen

— Tudo bem, então. Nós acompanharemos vocês nesta missão e se acharmos necessário lutaremos ao seu lado. — confirmou Harry.

— Nós vamos mostrar quem está no controle. — disseram os irmãos em conjunto

— Perfeito! — exclamou Aro alegremente. — Fiquem a vontade para irem para seus aposentos e rodarem o castelo.

Quando os mesmo estavam quase saindo do salão, foram impedidos por Marcus que até então estava quieto.

— A propósito daqui a algumas noites teremos um Baile de Máscaras para receber nossas outras testemunhas. Gostaríamos que participassem. O que acham? — O vampiro mais velho perguntou, fazendo Helen sorrir.

Ela adorava os bailes dados pelos Vulturi, em parte por causa das vestimentas e do luxo que era, em segunda parte por causa das danças e da música e por fim independente do evento, ela adorava interagir com as pessoas que vinham, eram sempre vampiros de diferentes partes do mundo com séculos vividos e cheios de história e conhecimento para compartilhar e Helen Harper era apaixonada por essas coisas.

— Obrigada, pelo convite Marcus. — agradeceu Helen gentilmente ao vampiro mais velho. — Nós adoraríamos participar do baile.

    Foi a última coisa que a garota disse antes de deixar o salão junto com seu irmão e ambos se separarem indo pelos corredores em direções opostas para irem aos seus quartos.

 Ao chegar perto de seu quarto Helen avistou uma figura pequena e infantil em frente a porta parada como uma estátua de mármore gélida e inexpressiva, vestindo um vestido e uma capa preta, um par de sapatilhas e meia-calça cinzas, sem deixar de mencionar seus lindo cabelos loiros amarrados em um coque que ela reconheceu na hora. Helen abriu um doce sorriso enquanto caminhava depressa em direção a menina, que ao ouvir seus passos direcionou-se para ela automaticamente, quase igual a um robô.

— Jane! — exclamou Helen animada. — É tão bom vê-la. — a mulher abraçou a pequena garota que continuou imóvel. — Me diga, como você está?

— Bem. — a garotinha respondeu com o tom de voz baixo e sereno. — E você Helen? Como vai?

— Eu vou bem também, obrigada por perguntar. Então, o que faz aqui na minha porta? — interrogou de forma delicada

— Acredito que você já saiba do baile que vai acontecer no palácio em algumas noites, correto? — Jane viu Helen assentir. — Os mestre insistem que eu participe, mesmo que eu não queria.

— Onde quer chegar?

— Já que você está, eu pensei que pudesse me ajudar a me vestir e arrumar o cabelo. Você é boa em escolher roupas e em fazer penteados. — elogiou friamente.

Um brilho surgiu no olhar de Helen, Jane não era do tipo que pedia ajuda para nada, ela preferia fazer as coisas do jeito dela sem a interferência de terceiros.

— Você gostaria que eu te ajudasse a se arrumar é isso mesmo?

— Sim, assim como fazíamos a algumas décadas. Você se lembra? Antes de você ir embora.

— E como eu poderia esquecer?

— Ótimo, te vejo em algumas noites. — assentiu virando-se para ir embora.

— Te vejo em algumas noites.

Harry caminhava sem pressa para seu quarto quando avistou uma figura pequena em frente à sua porta, um garoto com vestes pretas para como uma estátua de gesso, provavelmente a sua espera. Ele deu um pequeno sorriso ladino e colocou as mãos nos bolsos da calça mantendo o mesmo ritmo até poder encarar o menino de frente.

— Hey Alec! — cumprimentou o garoto de maneira descontraída.

— Harry.

— Eae carinha, como vai? Aprontando muito pela Volterra? — perguntou encarando o garoto que revirou os olhos com pergunta

— Ih nem dá, os mestres não tiram os olhos de mim desde que você foi embora a uns trinta anos atrás. — respondeu com pouco entusiasmo. — Mas de vez em quando eu dou os meus pulos.

— Eu imagino que sim. — riu.

Em comparação a Jane, Alec apesar de sempre manter as aparências quando estava com Harry alguém que ele considerava um amigo e até mesmo um tipo de irmão mais velho, mesmo que o garoto tenha uma idade muito mais avançada do que o híbrido quando os dois se conhecerem se deram bem quase instantaneamente, diferente de suas irmãs que pareciam ter algum tipo de rivalidade, Harry e Alec descobriram ter alguns gostos em comum e anos depois Harry apresentou o mundo dos quadrinhos para Alec que ficou encantado com o tipo de leitura que era.

Quando estava com Harry, Alec sentia que podia ser mais ele mesmo, sentia que não precisava ser sempre aquela figura fira e impiedosa que eram os membros da guarda Volturi. Apesar de servir a Aro, ele tinha seus gostos pessoas e um jeito de ser que acabou sendo enterrado durante séculos em que passou com a guarda, mas quando ele conheceu Harry voltou a aflorar de forma que ele conseguisse aproveita-la mesmo que escondido de seus mestres.

— Fala aí garoto, o que está fazendo na minha porta?

— Eu quero saber se trouxe alguma coisa para mim do exterior. — esclareceu. — Eu estou sem ler quadrinhos a alguns anos, Caius disse que isso havia se tornado um vício e que estava me distraindo das minha obrigações como um volturi.

— Ah claro, Caius sempre estragando o barato das pessoas.

— Pois é, você sabe como o mestre é! Na dúvida é melhor não contraria-lo se não ele ficaria uma fera comigo e aí já viu né!

— É eu sei como ele é. — assentiu. — Talvez eu tenha algumas revistas para você, mas eu preciso dar uma olhada.

— Valeu Harry. — agradeceu entusiasmado.

— Precisa de mais alguma coisa?

— Na verdade sim. — Afirmou e o loiro em sua frente fez um sinal para que ele continuasse a falar. — Então, vai ter um baile daqui a duas noites e eu precisava que você me ajudasse a me arrumar. Você sabe como eu me embolo com aquelas gravatas.

— Meu Deus, mais de mil anos nas costas e você não consegue amarrar uma gravata direito. — disse Harry com divertimento batendo a mão na testa.

— Ei! Não me julga tá legal? Aquela coisa se enrosca em mim de um jeito, é como se estivesse viva! — defendeu-se.

— Tá, tá pirralho você me convenceu, eu te ajudo!

— Ah moleque! — comemorou e Harry arqueou uma sobrancelha.

— Onde aprendeu essa expressão?

— Eu devo ter visto em algum lugar por aí. Agora se me dá licença eu preciso ir. — virou-se e saiu andando pelo corredor. — Te vejo em algumas noites, Harry.

— Te vejo em algumas noites, Alec.

Harry observou o menino virar no fim do corredor seguindo seu caminho e riu consigo mesmo, ele havia sentido fala daquele pirralho que era praticamente seu irmão mais novo mesmo que a diferença de idade entre eles dissesse o contrário. Alec ainda era apenas um garoto...Um garoto de mil anos com um histórico de vida trágico e um carácter duvidoso, mas ainda assim era apenas um garoto, ou pelo menos era desse jeito que Harry o via, como uma criança solitária forçada por um laço sobrenatural a servir um homem ganancioso.

Com esse pensamento Harry soltou um longo e penoso suspiro, ele gostava do garoto e gostaria ainda mais de poder fazer alguma coisa por ele, mas nessa situação ele estava realmente de mãos atadas e se sentia péssimo por isso, porém ele se sentia bem em poder ajudar o garoto a lidar com sua solidão mesmo que apenas um pouco com suas conversas, presentes, brincadeiras e momentos juntos. Apesar de tudo Harry acreditava que por baixo daquela pele gélida e resistente de um matador, existia um garoto bom e não tão cruel quanto ele aparentava ser. Talvez fosse muita ingenuidade dele ter um pensamento desses, mas não custava nada imaginar.

O Harper entrou no quarto que a muito tempo já fora seu e o analisou por completo "Ainda continua o mesmo", pensou ele dando um sorriso labial para si mesmo e relaxando os ombros, nada havia mudado.

Entretanto, em outros lugares tudo estava para mudar.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Por favor comentem o que acharam do capítulo! Bjs, e até o próximo capítulo.



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