Diversus - Sede de Vingança escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 13
Capítulo 13 - Treinamento parte 2


Notas iniciais do capítulo

Mais um...



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Depois do "funeral" de Evan, a cidade toda estava de luto, desolada, e não apenas pela perda do único herói que tinham, mas também por conta de que isso aconteceu justamente quando havia um ser perigoso e sombrio atormentando a cidade, causando mortes de pessoas que não eram tão inocentes assim - afinal, eles fizeram muito mal à uma garota inocente - mas que não podiam ter sido assim, as coisas não se resolviam com morte.

— Amiga, eu sei o tamanho do fardo que você tá carregando, mas você vai conseguir superar isso. Lembra que eu te falei da Aline? - perguntou Tita, abraçando Rebekah, que não parava de chorar desde que voltou da cerimônia e ainda estava com a roupa preta que usou.

— Lembro, você perdeu ela muito jovem. E o pior é que isso desencadeou no seu maior trauma. - disse Rebekah, entre lágrimas.

— Pois é. E cá estou eu, seguindo a vida normalmente. 

— Mas você não está feliz pelos seus piores inimigos estarem mortos?

— Eu me sinto somente aliviada, as cicatrizes ainda estão aqui e vão ficar sempre. Mas, mesmo assim eu não desejava a morte dela, somente que nunca a encontrasse mais. E agora você está passando por um momento parecido. A sua ferida vai cicatrizar e você vai encontrar um novo amor. 

— Novo amor? - Rebekha a repudiou com o olhar.

— Ok, não um novo amor, mas vai aprender a conviver com a dor da perda. - aliviou Tita.

— Assim espero... 

Rebekah, que naquele momento estava tão fragilizada, preferiu deixar o assunto de lado, mas no dia seguinte, acordou diferente.

— Mikaela. - sussurrou ela, ao acordar.

Então levantou rapidamente, tomou banho e foi pra casa da sogra.

— Oi... - disse ela.

— Oi Rebekah, como está? - perguntou Mikaela. - Ah, desculpe. Lógico que nada bem. Entre.

Então Rebekah entrou e começaram a conversar, a garota até sugeriu que ela passasse um tempo com ela lá na casa, mas logo descartaram a ideia, pois a casa estava tão cheia de coisas do Evan que isso só pioraria o estado das duas. Porém, elas continuaram amigas e unidas. 

Uma das pessoas mais afetadas por isso foi Danielle, claro. A garota desenhava o rosto de Evan em um papel, o quarto dela estava totalmente cheio deles. Sua única visita além dos pais, era Mikaela, que usou os desenhos como recursos para que ela não se esquecesse dele.

— Oi querida, como você está? - perguntou Mikaela, entrando no quarto.

— Evan... - sussurrou ela, encolhida.

— Olha, o Evan infelizmente não pôde vir, ele tá passando mal, muito doente. - foi a única mentira que passou na cabeça dela.

— Quando ele volta?

— Assim que ele melhorar, ok? Eu prometo. Mas, tenho algo que pode te ajudar.

Danielle se curvou para a frente e encarou Mikaela. Ela tirou alguns papéis da bolsa e a entregou juntamente com uma foto do filho.

— Ah.. obrigada. - disse Danielle, abraçando a foto dele, mesmo sem tocar nos papéis.

— Sua mãe disse que você amava desenhar antes de tudo aquilo acontecer. Se quiser voltar a treinar com a foto dele, não tem problema, vai ser até bom. - disse Mikaela.

Danielle assentiu, Mikaela pôde perceber o quanto ela ficou parecida com Evan, já que ela estava bem calada e fechada, a única diferença é que ela falava por não ter se isolado do mundo como ele havia feito.

A garota passou o dia seguinte totalmente focada em desenhar Evan. Curiosamente, isso estava servindo como uma terapia para ela, que já não pensava mais em Evan, pelo contrário, sentia como se ele estivesse ali, do lado dela, por isso deixava os desenhos lá. Depois de passar o dia todo desenhando, foi dormir.

— Parece que funcionou bem a tática de desenhar o Evan. - sorriu Mikaela.

— Sim, deu muito certo, obrigada pela força. E sinto muito pelo seu filho... - disse Natalie.

— Não tem problema, ele fez tudo pela cidade. 

Na verdade, Mikaela só disse isso para poder fingir que estava tudo bem, mas ela sabia que não estava. As duas se despediram com um abraço e Mikaela foi pra casa, deixando Natalie lá.

De madrugada, Natalie dormia tranquilamente e Danielle também, porém, aquela não seria uma noite de completo sossego, porque um certo garoto não estava para brincadeira. Arrombando a janela do quarto silenciosamente, Mateus entrou no quarto e tirou somente a máscara, pois o quarto estava muito quente, mas ele queria se manter escondido das câmeras.

Aproximando-se de Danielle, com uma seringa contendo um líquido vermelho, no caso o soro, ele riu baixo.

— Quer dizer então que o Evan ganhou poderes impedindo você de virar mulher mais cedo do que você queria? - sussurrou ele, rindo - É, até que não vai ser tão ruim assim te transformar em uma heroína.

Então, lentamente e com muito cuidado, espetou a agulha da seringa no pescoço da garota e aplicou o soro nela, que apenas se mexeu e virou o corpo para o outro lado, mas não despertou.

— Ótimo, agora a partir de manhã, você terá algum superpoder e será minha aliada. HAHAHAHA! - ele riu, saindo dali.

O plano de Mateus ainda era desconhecido, mas o fato de querer Danielle do seu lado, já mostra que ele queria atingir Mikaela de outra forma.

 Enquanto isso, Evan se preparava para a próxima fase do seu treinamento. Havia passado a noite anterior bem dormida, na mesma casa onde apareceu no dia anterior. Por causa do cansaço do treino, dormiu muito bem e no dia seguinte, voltou à mesma "arena" para treinar novamente. Estava bebendo uma garrafa de água e voltou para o centro da arena.

Logo viu Isabela aparecer do seu lado.

— No três, pronto? - disse ela.

— Pronto pra quê? - indagou ele.

— Três, dois, um...

E então a garota saiu correndo como um foguete pela arena. Logo Evan entendeu que era um teste de velocidade e começou a correr também. Enquanto corria, se lembrou da vez em que correu com Rebekah e o seu Bugatti Chiron, mas as diferenças é que ele corria agora contra uma garota que ele sabia que era rápida, mas era mais difícil de ser alcançada. Em apenas vinte segundos, deram uma volta completa. Na metade da volta, Evan fez um esforço absurdo e tentou emparelhar com Isabela, mas não conseguiu, ela era tão rápida quanto ele, mas como começou a correr antes, atingiu sua velocidade máxima primeiro e ela sempre ia aumentando cada vez mais a velocidade para que Evan não pudesse recuperar. Na metade da terceira volta, Isabela já havia ultrapassado do seu limite e começou a se cansar, o que permitiu que Evan se aproximasse mais. Por ter uma resistência muito maior do que ela até mesmo na hora de correr, ele conseguiu emparelhar com ela, mas logo começou a ficar na frente. Ele estava tão concentrado na corrida que não reparou que a garota havia parado para descansar.

— Já tá bom! - gritou Isabela, mas Evan nem escutou um chiadinho da voz dela.

Correu, correu, correu até que foi preciso One-Above All aparecer para pará-lo, decorando a trajetória que Evan corria e colocando uma casca de banana na frente dele para ele pisar e escorregar.

— Que droga, quem colocou esse lixo aqui? - reclamou ele, com a mão no quadril.

— Fui eu. Você precisava parar um pouco. - respondeu ele.

— Por quê?

— Queríamos medir sua velocidade, ela será muito importante para a batalha final contra aquele garoto. 

— E quanto foi? - ele quis saber.

— Trezentos e vinte e dois, ponto, novecentos e setenta e uma milhas por hora. O que, convertido para quilômetros, dá quase um avião à jato, mas ainda não ganha dele. - afirmou isabela.

Evan ficou boquiaberto. 

— E por quê... você parou? - ele agora estava ofegante.

— Eu cansei né? Sua resistência é muito maior do que a minha até pra correr. - bufou ela.

— Oba, já ganhei de você em uma coisa. - zombou ele e Isabela revirou os olhos, irritada e logo saiu dali.

— Vamos, vou te levar pra casa, amanhã continuamos o seu treino. - disse ela, indo na frente e Evan a seguiu.

 


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