25º Jogos Vorazes - Interativa escrita por Georgia Kayla Mackenzie


Capítulo 2
Oliver Fahell - Distrito 7


Notas iniciais do capítulo

Desculpem algum erro. Essa foi a primeira ficha enviada e espero que gostem da leitura do primeiro capítulo, que na verdade é mais uma introdução da personagem. A aparência dele é como a de Josh Hutcherson em seus cabelos escuros naturais e, como, o autor da ficha não me informou a aparência de mais ninguém da família e amigos.... Tomei a liberdade de colocar a aparência da Karyle como sendo a Vanessa Hudgens, uma vez que ao terminar de escrever e pesquisar uma foto para o capítulo (no caso do Spirit e Wattpad) notei essa foto que representa perfeitamente uma das cenas escritas por mim. Espero que consigam visualizar bem e que a leitura lhes agrade!



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A copa das árvores com suas espessas folhagens esverdeadas formavam uma espécie de muralha ao redor da aldeia do distrito de classe média. Como um dos maiores distritos, devido as florestas ao redor, o sete concedia aos seus cidadãos uma vida mediana. A maioria possuía comida na mesa todos os dias sem muitos esforços, apesar de a maior parte de seu tempo ser gasto na Indústria de Madeira e não lhes sobrarem muitos fundos além daqueles destinados às necessidades básicas de vida para suas famílias.

Já era bem tarde quando um garoto de cabelos escuros e lisos atravessou a cerca na parte de trás de sua casa e caminhou decididamente até uma clareira, um pouco escondida, próxima a fábrica de papel onde sua mãe trabalhava e suas longas árvores de eucalipto com seus pequenos galhos e compridos troncos. As estrelas já estavam iluminando o céu totalmente limpo de nuvens e a lua em sua fase crescente brilhava acima dos olhos curiosos e observadores do jovem naquela noite.

Oliver Fahell. 18 anos. Possuía um corpo de certo musculoso e em forma para sua idade e altura mediana. Sua pele clara como areia causava um belo contraste com seus cabelos e olhos cor de amêndoa tostada. O moletom forrado do garoto o mantinha aquecido contra o frio e um sorriso sincero e apaixonado brotou de seus lábios no exato momento em que sua visão foi de encontro a uma garota da sua idade que vinha correndo por entre as árvores. Aquela era Karyle. A bela e doce garota que roubara seu coração. Todas as noites desde o começo de seu romance, o casal saía às escondidas para se encontrar antes do amanhecer. O problema de seu romance ser proibido era a preocupação dos pais de Karyle a respeito da Colheita. Eles não queriam que sua filha se casasse e lhes presenteasse com netos prontos para o abate na Capital. 

— Estou tão feliz em te ver - Oliver segurou o rosto da amada entre os dedos e depositou em sua boca um beijo suave e calmo - Só de olhar para você debaixo da luz das estrelas consigo esquecer a minha preocupação com amanhã.

— Não se preocupe, Oliver. Não vai ser você - A menina abraçou o namorado bem forte como se no fundo estivesse evitando que seu medo de perdê-lo diante de seus olhos e de toda Panem de todas as formas cruéis que eles haviam presenciado nos anos anteriores ficasse visível- E eu também não - Ela engoliu em seco com a última frase.

— Tem razão. Esse é nosso último ano. A população no Sete é de  26.354 habitantes e muitos deles têm entre 12 e 18 anos. Nossa probabilidade é muito baixa - Os braços fortes do garoto envolviam e acalentavam a garota de altura, cor dos olhos e cabelos semelhante aos seus porém muito mais magra e frágil.

O silêncio se instaurou no local. Os pássaros há muito já haviam ido dormir. Quase nenhuma casa deixara a luz acessa e não tinha ninguém por perto. Um som de latido distante era tudo que ambos eram capazes de ouvir. Então, com o intuito de mandar embora aqueles pensamentos que lhes acometia em todas as vésperas de Colheitas, Oliver sussurrou no ouvido da namorada:

— Mas sabe o que tem uma probabilidade imensa? 

— O que? - Ela escapou um risinho ao sentir as cócegas e arrepios produzidos pelo hálito quente do moreno contra sua orelha.

— Meu amor por você.

Um sorriso de orelha a orelha rasgou o semblante outrora tenso da jovem e ela colocou as mãos atrás da cabeça do garoto e lhe deu um beijo de surpresa. Enquanto seus dedos delicados massageavam os fios sedosos de Oliver e o calor dele era transmitido para Karyle, tudo desapareceu. Apesar de o moreno ser bastante pé no chão, exclusivamente com a morena ele conseguia ser um pouco sonhador. Não existia mais Panem. Eles não estavam no Distrito 7. Os Jogos Vorazes não existiam. Suas vidas não corriam perigo. Só o contato um do outro era real. Eles eram os únicos no universo inteiro. As estrelas iluminavam o casal enquanto ambos flutuavam em direção a lua. 

De repente, Karyle se afastou de Oliver e mesmo com os corações acelerados e os olhos profundos nos do outro, não tinham mais como fingir. Aquela era sua realidade. Seus pés estavam firmes no chão e ainda teriam de enfrentar as incertezas da Colheita no dia seguinte. 

***

Quando chegou em casa Oliver se jogou na cama e apanhou o ursinho de pelúcia velho de sua falecida irmã Nila. Ele fechou os olhos e abraçou o brinquedo que misteriosamente ainda possuía o cheiro dela. E da mesma forma estranha, ele conseguiu acalmar o suficiente para que seu corpo se relaxasse e um sono pesado o atingisse. Nas primeiras horas ele dormira como um bebê, porém não tardou para que os pesadelos começassem. 

Oliver viu sua pequena irmã em uma cama. Ela estava com dificuldade para respirar. Seus frágeis pulmões falhando. Ele correu em sua direção para abraçá-la uma última vez, contudo quando seus braços iam envolvê-la a garotinha desaparecera e apenas a cama com o ursinho empoeirado estavam a sua frente. Então, ele apareceu em sua sala de estar e a televisão estava ligada. A edição de um dos Jogos Vorazes estava passando na tela. Era o episódio em que seu ex melhor amigo fora brutalmente assassinado por o garoto de outro distrito no ano seguinte ao da morte precoce de Nina. Entretanto, antes que Oliver pudesse reagir de alguma forma, Karyle apareceu a sua frente. Ele quis o seu consolo. Olhou para ela e ameaçou chamá-la, todavia, naquele momento, percebeu que ela estava sobre um palco no centro da colônia. Os olhos de pânico da namorada foi a última coisa que Oliver vira antes de começar a gritar. A simples ideia de perder o amor da sua vida para os jogos o deixava desolado, mas vivenciá-la em um pesadelo foi muito pior. 

Seus olhos castanhos se abriram para receber a luz do sol de manhã e Oliver de levantou sobressaltado. Seu corpo todo doía e suava devido a péssima noite de sono. Teve tempo apenas de respirar fundo e repetir para si mesmo que aquilo não era real. Pelo menos não a última parte… O restante eram memórias distorcidas que ainda o assombravam. 

— Oliver? Ora, você já está de pé! - Sua mãe adentrou o quarto, caminhou até a cama e afagou seus cabelos úmidos - Teve pesadelos?

— Eu estou bem. O papai já está acordado? - Tentou desviar o assunto.

— Sim. O café está na mesa. Vamos comer antes da Colheita - A mulher de meia idade deu meia volta com seus cabelos cor de chocolate com alguns fios brancos de preocupações e stress passados balançando enquanto andava e se dirigiu até portal antes de se voltar para o filho - Ah, coloque aquela camiseta de botões que pertencera ao seu avô. Vai ficar lindo nela.

Oliver assentiu e começou a se trocar. A única coisa em que sua mente era capaz de se concentrar naquele momento era no fato de aquela data ser considerada um feriado pela Capital. Era perturbador o modo como eles comemoravam e vibravam mortes inocentes em uma chacina. E todos dos doze distritos restantes eram obrigados a entregar seus filhos dos 12 aos 18 anos para um sorteio que não lhes trariam prêmio algum, apenas mais dor e sofrimento. O garoto odiou aquele dia enquanto abotoava a bonita camiseta esverdeada de seu avô. Ele não deveria vesti-la em uma ocasião realmente especial? Por que todos tinham de aparentar estarem indo para um festival ou a uma reunião na igreja ou um concurso de beleza quando na verdade estavam à caminho de um massacre? Literalmente.

Oliver não havia se preocupado antes com o fato de que esse era o primeiro Massacre Quaternário, após 25 anos desde o fim dos Dias Escuros, a derrota dos distritos e a extinção do Treze. Fora reportado na televisão que como afirmado na abertura dos jogos, a cada um quarto de século haveria uma edição especial onde uma das regras seria alterada e, dessa vez, fora a de que alguém enviado da Capital não teria o poder de sortear o casal de tributos de nenhum dos distritos. Isso seria obrigação dos próprios pais, parentes e vizinhos das crianças inocentes daquele ano. Oliver era uma delas, assim como Karyle. Os vislumbres do semblante devastado da morena em seu pesadelo, fez subir um frio em sua espinha. Não tinham como escapar daquilo. Se tentassem fugir ou fingissem estar a beira da morte, seriam pegos e todos de suas famílias presos. 

O melhor era respirar fundo, tomar o máximo que seu fraco estômago aguentasse do café da manhã e encontrar com seu destino de frente. Sem rodeios. A 25º edição dos Jogos Vorazes estava começando e o único desejo de todos era que a sorte literalmente estivesse ao seu favor.


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Notas finais do capítulo

Lembrando que ainda tem vagas para fichas! Apenas a garota do 2 também foi preenchida por enquanto! Estou à espera!

XOXO



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