O príncipe babaca e a florista iluminada escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 3
Retorno ao Brasil


Notas iniciais do capítulo

Espero que vocês gostem, nossa ruiva volta as suas origens, o que será que a aguarda no Brasil, agora que ela e uma New Face famosa?



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POV Eliza

Quando o avião pousou no Brasil, me senti finalmente completa, tinha ficado tanto tempo fora, que tudo que eu mais queria nesse momento era abraçar minha família, não tinha avisado a ninguém sobre meu retorno, queria fazer uma surpresa, os únicos que sabiam eram Max e Adele, porque foram eles que organizaram toda minha viagem de volta, inclusive foi a dupla dinâmica que foi me buscar no aeroporto.

Quando o trio chega ao Bairro de Fatima, Eliza estranha ao ver o Flor do Lácio fechado, ainda mais quando olha para casa e não vê ninguém. Então as peças começaram a se encaixar, sobre o que os dois estavam aprontando, principalmente quando Adele parou próxima a Kurtz.

—Vocês dois podem me dizer o que estão aprontando? – perguntei, mesmo sabendo a resposta, aqueles dois tinham me preparado uma festa surpresa.

—Não estamos aprontando nada sua ruiva desconfiada, só temos que pegar algumas coisas com o Charles - e saíram andando.

Fui atrás deles pronta para rever todos que eu amava, quando passei pelas portas a dupla gritou “surpresa” e então entendi que havia sido uma surpresa dupla, aparentemente minha família não sabia porque estava ali.

Assim que o choque passou minha mãe veio correndo para me abraçar, e posso dizer que foi o melhor abraço que recebi, tinha sensação de casa. Depois de alguns minutos nos seus braços, fui até meus irmãos, Carlinhos e Dayse.

—Caramba como vocês dois cresceram, quando eu viajei vocês eram dois toquinhos, olha só pra você Carlinhos está um rapaz, e você Dayse, uma mocinha, estava com tanta saudade – e puxei os dois para um super abraço.

Depois disso também abracei meu pai, dona Lili, Fabinho, e meu irmãozinho caçula que quando eu viajei não passava de um recém nascido, porém agora já estava um garotinho adorável, e então cumprimentei o restante do bairro de Fátima que tinha sido importante pra mim, mas não deixei de perceber que alguns rostos estavam faltando.

Algum tempo depois, quando todos já tinham me cumprimentando, puxei Max para um canto e questionei sobre Jojo e Arthur, Cida e a família do Jonatas.

—Bom ruiva todos eles foram convidados, para uma pequena confraternização, porém nenhum deles deu retorno, e como você disse que não queria que ninguém soubesse, não podíamos dizer o motivo, acho que foi por isso que eles não apareceram, mais fica tranquila, você ainda vai ter chance de ver todos eles, principalmente meu chefinho lindo e seus maravilhosos olhos azuis.

—Ai Max para com isso, perguntei por eles porque são todos importantes, não fica inventando coisas, onde claramente não tem nada, afinal fazem dois anos que não tenho notícias sobre nenhum deles, só estou curiosa.

Quando terminei de falar isso, ele me deu uma piscadinha, “bateu cabelo” e saiu rindo, Max era maluco, mas eu tinha sentido muita falta desse jeito dele.

Horas depois quando todos já tinham ido embora, e eu caminhava com minha família para casa, esbarrei com uma pessoa que eu esperava nunca mais ver, Carolina Castilho, Dorinha e um garotinho que eu não conhecia.

—Eliza, não sabia que você tinha voltado. – Carol me olhava de cima a baixo.

—Sim Carolina, voltei para ficar por um tempo agora, acho que dois anos na Europa foram suficientes para mim, pelo menos por enquanto, e você que anda fazendo? – essa mulher sempre conseguiu me tirar do sério.

—Eu abri uma loja de roupas aqui no bairro, estou tocando minha vida, e pra ser sincera não quero mais problemas, estava bem tranquila até ver você, e espero continuar assim – ela passou a mão pelos cabelos do menino que estava com ela.

—Nunca fui eu que te causei problemas Carolina, você sempre fez isso sozinha, mas se você ficar na sua, eu fico na minha e podemos conviver de forma civilizada.

—Olha como você fala com a minha irmã, quero que você fique bem longe dela sua ruiva – Dorinha pulou como sempre para defender a irmã, porém algo que eu nunca imaginaria aconteceu.

— Chega Dorinha, a Eliza está certa, nós podemos conviver de forma civilizada, e como prova disso, me deixa te apresentar meu filho, Gabriel. – fiquei em choque.

—Prazer Gabriel, eu sou a Eliza, uma antiga conhecida da sua mãe, você parece ser um garoto muito legal.

O garoto só me deu um aceno de cabeça, devia ser tímido, e bom eu estava disposta a encerrar este encontro agora mesmo.

—Bem Carolina, eu vou indo, estou muito cansada, e como estou de volta e aparentemente seremos vizinhas, tenho certeza que vamos nos encontrar outras vezes.

Mesmo sabendo que seria levemente mal educado e que Dona Stelinha me mataria se visse isso, virei às costas sem esperar por uma resposta, o dia tinha sido tão pouco e não estava disposta a estragá-lo com a presença da Carolina.

Alguns dias depois que tinha retornado, estava na praia com meus irmãos, eles estavam me implorando para ir, iam encontrar alguns coleguinhas da escola, então enquanto eles estavam lá brincando, eu tinha ficado em um quiosque tomando uma água de coco.

Estava perdida nas minhas lembranças da Europa, quando senti uma mão no meu ombro e um grito do que me pareceu ser alegria, tudo isso antes de registrar o que estava acontecendo. Foi então que notei uma menina com os cabelos bem pretos e bagunçados, com um shortinho preto e uma regata rasgada, conhecia de longe aquela figura.

—Pulguinha, que surpresa – disse antes de puxar Jojo para um abraço apertado, estava com muita saudade daquela pestinha.

—Eliza, eu nem acreditei quando vi que era você, não estava na Europa com o carrapato?

—Você não muda mesmo né, eu voltei faz uns dias, Max disse que convidou vocês para minha festa surpresa, mais ninguém respondeu ele, e sobre o Jonatas, nós terminamos faz muito tempo, enquanto eu ainda estava na França, mas isso não é assunto pra você mocinha. E alias quem é o gatinho que está com você?

—Claro que é assunto pra mim sua ruiva caipira, nós vamos conversar sobre isso com toda certeza, então era pra isso que o Max estava organizando a festa, como ele não quis me contar, nem tive vontade de ir. Esse o Meleka, você não se lembra dele?

—Nossa Meleka, desculpa, mas é que você está tão diferente que não lembrei, fico muito feliz que vocês ainda estejam juntos, e parabéns por aguentar a Jojo todo esse tempo.

—Obrigada Eliza, a Jojo falava muito sobre você, fico feliz que esteja de volta, vou lá comprar um refri pra gente já volto, enquanto aproveitem para começar a colocar o papo em dia. – dito isso o rapaz saiu.

—Vamos marcar pra você jantar lá em casa Eliza, daí podemos conversar e você me conta tudo que aconteceu nesses anos que você esteve fora, vou adorar saber de tudo e tenho tanta coisa pra te contar também.

—Não sei não Jojo, você não acha que deveria falar primeiro com o seu pai, antes de me convidar, e outra a Carolina não vai gostar nada de saber que estou indo jantar com vocês, e tudo que eu não quero e me incomodar.

—Ai Eliza para de ficar dando desculpas, e óbvio que meu pai não vai se importar, tenho certeza que ele inclusive vai adorar te ver, e não só ele, a Cida também, e como eu te disse tenho muitas coisas pra te contar também, então vamos combinar que você vai lá hoje a noite tá.

—Ok, já que claramente você não vai aceitar meu não, eu apareço na sua casa hoje a noite pra um jantar, agora deixa eu ir chamar meus irmãos, e mais tarde nós vemos de novo, mais já aproveita e manda um beijo pra todos.

Dizendo isso Eliza, deu mais um abraço na sua pulguinha e foi chamar seus irmãos para ir para casa, porém a ruiva está distraída, e se tivesse coragem para admitir até um pouco nervosa com a perspectiva de ver Arthur novamente.

Quando estava quase na hora de ir pra casa do Arthur sai do quarto e encontrei com minha mãe na cozinha.

—Mãe estou indo, não se preocupa comigo tá. – dei um abraço nela.

—Filha como você está linda, sabia que ainda me surpreendo em te ver assim – eu estava usando o mesmo vestido que usei no dia que achei que o concurso ia acabar. – Se cuida e se comporta tá bom.

Pedi um taxi e fui em direção à casa do Arthur, meu coração estava acelerado afinal era a primeira vez em dois anos que iriamos nos ver.

 Quando cheguei no prédio dele, cumprimentei Severino com quem troquei algumas palavras, antes de ir em direção ao apartamento.

Quando o elevador parou no andar dele, respirei fundo algumas vezes antes de tomar coragem e bater na porta, porém não imaginava a reação que ele teria ao me ver.


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