O príncipe babaca e a florista iluminada escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 1
Capítulo 1 - Vida na Europa - p.1


Notas iniciais do capítulo

Gente, depois que comecei a rever a novela, me apaixonei ainda mais pelo casal Arliza, e com estava sentindo muita falta de historia desse casal mais que top e totalmente injustiçado, resolvi escrever meu final pra eles.

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POV Eliza

Embarcar naquele avião com Jonatas foi uma das decisões mais difíceis que eu tomei, mas pelo menos naquele momento tinha a certeza que estava seguindo o lado mais forte do meu coração, até porque por mais que ele balançasse pelo Arthur, meu grande amor era meu sapo, tínhamos que viver nossa história de amor.

E foi assim durante os três primeiro meses, tinha a impressão que estava vivendo um conto de fadas, entre os intervalos dos editoriais passava meu tempo conhecendo Paris com Jonatas, fomos a Torre Eiffel, ao Louvre, a Catedral de Notre Dame, o Palácio de Versalhes, a Basílica de Sacré Cœur, o Champs-Élysées, todos os pontos turísticos, lugares românticos, porém conforme o tempo passava, a insegurança do Jonatas retornava e ficava cada vez pior, as vezes eu fazia pequenos comentários sobre coisas que minha família gostaria e tudo certo, mas se eu citasse o nome da Jojo ou do Arthur era motivo para brigarmos. 

Era como se ele quisesse que eu apagasse essa parte da minha história, infelizmente quanto mais ele tentava, mais eu lembrava e comentava, quando estávamos perto de completar seis meses de namoro, já tinha vezes em que eu falava de propósito, enfim no dia do nosso aniversário, ele parecia ter voltado a ser como no início.

No final do dia estávamos a caminho de um restaurante no pé da Torre Eiffel, tinha tudo pra ser um jantarzinho maravilhoso, chegamos e fomos encaminhados para mesa reservada, uma garrafa de champanhe foi deixada na nossa mesa, conversamos sobre tudo, sobre como nossa vida tinha mudado, como estávamos diferentes, mas ainda assim os mesmos, na hora que Jonatas foi fazer o pedido que tudo desandou, sabendo que adoro peixe, ele pediu um prato de dois namorados, com molho de ervas finas, isso me levou para um outro jantar em um bistrô no centro do Rio de Janeiro.

Quando notei já tinha aberto a boca e estava contando sobre aquela noite, tinha sido logo depois da eliminatória da prova das olimpíadas, Arthur me levou pra jogar sinuca, depois fomos jantar e foi esse o prato que ele pediu pra mim, porém o que me marcou nesse jantar foi que notei o quanto tinha mudado e que precisava tomar cuidado pra não perder minha essência, Arthur me defendeu a noite toda, e depois disse que tinha muito a aprender comigo, depois que dei as rosas que tinha comprado para todos no restaurante.

Quando voltei a mim, Jonatas estava com a cara fechada, me olhava sério, como se eu tivesse feito algo imperdoável, então desatou a falar:

—Você não consegue passar um dia sem falar daquele playboy, nem mesmo no nosso aniversário, parece que faz questão de mantê-lo entre nós, está ficando difícil Eliza, eu tento não ver que você não quer esquece-lo, mais não sei se quero continuar competindo com suas lembranças.

—Isso é ridículo Jonatas, você não tem que competir com nada, eu amo você, mas não posso apagar o Arthur da minha história, ele foi, e ainda é parte da minha vida, ele é meu agente, meu amigo, se você não consegue lidar com isso o problema não é meu.

—Você sequer está tentando levar nossa história para frente, tudo que eu faço ou falo, você dá um jeito de lembrar ou comparar com o que viveu com ele, ultimamente tem até dito que seria melhor com ele.

—Eu nunca disse isso Jonatas, você está distorcendo o que aconteceu pra me fazer parecer uma megera, eu sei que o que eu disse foi horrível, mais eu já pedi desculpas mil vezes, infelizmente eu não posso apagar o que eu disse.

—E não pode mesmo, mas eu acho que mesmo que você pudesse não apagaria, porque no fundo você realmente quis me dizer aquilo, porque você sabe que é verdade.

—Eu to ficando cansada Jonatas, ultimamente parece que você quer brigar por tudo que eu falo, penso, tenho que ficar pisando em ovos, você não consegue aceitar uma parte da minha vida, uma parte importante e da qual eu nunca vou abrir, se hoje eu sou o que sou e por causa do Arthur.

—Quer saber Eliza quem ta cansado sou eu, não sei se consigo continuar lutando sozinho pelo nosso amor.

Quando as palavras dele me atingiram, foi como se ele tivesse me dado um tapa, levantei automaticamente da mesa, joguei o guardanapo nele e furiosa disse antes de ir embora palavras das quais mais tarde eu sabia que me arrependeria.

—Você está sendo mesquinho e egoísta em me dizer isso, quer saber pra mim chega, essa noite acabou, eu estou indo embora, e você não ouse me procurar no meu quarto esta noite, e tem mais, quer saber Jonatas, se eu tivesse vindo com o Arthur tenho certeza que ele não se importaria se as vezes eu lembrasse de você, afinal de contas não foram poucas as vezes que ele me consolou por sua causa. 

Sai do restaurante com o rosto já marcado pelas lágrimas, e corri para o primeiro táxi, quando vi que Jonatas estava levantando da mesa e vindo em minha direção, não tinha mais forças para brigar aquela noite.

Fiquei dois dias sem falar com Jonatas, precisava desse tempo para colocar meus pensamentos e sentimentos em ordem, e tomar a minha decisão por mais difícil que fosse.

Ao terminar meu editorial procurei por ele e disse que tínhamos que conversar sinceramente sobre nós.

No fim do dia fomos ao café em frente ao hotel, depois de alguns minutos em silêncio, tomei um gole do meu café pra criar coragem e comecei a falar:

—Jonatas eu não quero mais brigar, estou cansada disso, e ultimamente é a única coisa que temos feito.

—Brigamos porque você não consegue deixar o passado para trás, porque você insiste em lembrar, em falar, em trazer ele para o nosso presente.

—Brigamos porque você é muito inseguro, porque não consegue acreditar na força do nosso amor, porque acha que eu preciso esquecer de tudo pra ficar contigo. 

—Então você está dizendo que a culpa é minha, que sou o único responsável.

—Não é isso que eu quis dizer - fechei os olhos, respirei fundo, tomei mais um gole do meu café, antes de continuar - sinceramente o que eu quis dizer foi que isso, nós nessa viagem talvez tenha sido apenas para que a gente pudesse dar um fim verdadeiro a nossa história.

—Então é isso, você quer terminar comigo? - Ele parecia em choque.

—Olha pra mim e me diz que você está feliz de estar aqui vivendo meu sonho, estando praticamente a minha sombra, você também tinha aspirações, tinha planos, sonhos e largou tudo para viver os meus, estou dizendo que idealizamos uma relação que não existe mais.

—Eliza, você não... - ele me interrompeu, porém não deixei que ele continuasse, precisava terminar antes que a coragem acabasse.

—Não, me deixa terminar, você sabe que não somos mais as mesmas pessoas, você não é mais aquele garoto que vendia balas na rua e eu não sou mais aquela menina do interior que você ensinou a vender flores, nós mudamos muito, e pra melhor, e estamos aqui tentando viver a fantasia que aquele casal lá de trás criou e imaginou - nesse ponto eu já chorava - acho que principalmente eu confundi meus sentimentos, quando eu cheguei no Rio você se tornou meu porto seguro, depois o concurso apareceu, e daí o Arthur, não tive um tempo verdadeiramente meu, desde que eu saí de casa, sabe eu não sei o que é estar sozinha, viver por mim e pra mim, acho que preciso disso agora, e você também, faz muito tempo que sinto que você está vivendo para mim, isso não é certo Jonatas, então sim, eu quero terminar, preciso fazer isso por mim, quero me encontrar, me descobrir, quero ser, e preciso ser a Eliza, não quero ser a ruivinha, nem a florista iluminada, nem a filha, nem a irmã, você me disse que eu estava sendo egoísta, e talvez agora eu vá mesmo ser, mais eu preciso ser apenas minha.

—Me parte o coração ouvir você dizer tudo, mas me dói ainda mais saber que você tem razão, acho que no fim o vagabundo e a florista não vão ficar juntos.

—Mas eles ficaram juntos e viveram uma linda história enquanto ela durou, mas agora, a modelo e o garoto prodígio da Bastille, esses tem futuros muito diferentes e está na hora de aceitarem isso e seguirem em frente. Você foi e sempre será muito importante na minha vida Jonatas, foi meu primeiro amor, meu primeiro homem, e agora espero que seja meu melhor amigo.

—Vou precisar de um tempo, mais serei sim, você também foi e sempre será importante para mim ruivinha.

Quando ele terminou, sequei minhas lágrimas, levantei dei um beijo na bochecha dele, e parti sem olhar para trás, tinha encerrando essa parte da minha vida de forma definitiva, e agora iria começar a viver minha vida por mim mesma pela primeira vez.

No começo foi difícil, porém quanto mais o tempo passava, mais me sentia dona de mim, estava me descobrindo, me encontrando e notando o quanto eu era uma mulher incrível, independente, poderosa.

Quando os editoriais em Paris acabaram, achei que voltaria ao Brasil, porém Max me ligou dizendo que tinha conseguido marcar alguns JOB's para mim na Espanha, fiquei um pouco assustada de ir para um país novo, completamente sozinha, mas lembrei o quanto eu era forte e destemida e encarei de frente, foi maravilhoso, a cultura, o povo, os pontos turísticos, as locações das fotos tudo me deslumbrava


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