Sete Passos Para Um Beijo - CIP escrita por Casais ImPossíveis


Capítulo 1
Capítulo Único - Sete Passos Para Um Beijo




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Kyle estava sentado em um canto escuro de um corredor vazio da Zona do Medo. Seu relógio de pulso denunciava que era quase meia noite e isso o deixava profundamente triste por imaginar que ninguém lembrava que em alguns minutos seria seu aniversário de quatorze anos. No geral ele não recebia nenhum parabéns até verbalizar que dia era como se não fosse ninguém importante para ninguém. Como se, na verdade, não fosse ninguém.

Uma lágrima solitária e teimosa desceu por sua bochecha, mas ele logo tratou de secá-la com o dorso da mão, resmungando consigo mesmo para deixar de ser molenga.

Foi quando começou a ouvir sons de passos pesados ao longe pelo chão de metal. Sua respiração travou por um instante enquanto torcia mentalmente “não vira pra cá, não vira pra cá”. Mas suas súplicas mentais não adiantaram de nada e logo o som começou a ficar mais alto, mais próximo.

Em apenas um minuto um par de botas vermelhas surgiram em seu campo de visão, em seguida, conforme subia o olhar, pode ver as pernas verdes, uma bermuda cinza surrada e uma camiseta branca que seria mais justa se não fosse tão velha, mas ainda assim marcava bem os músculos bem definidos do peitoral e dos braços.

Rogelio tinha um corpo muito impressionante para um adolescente. Ele devia ser apenas dois ou três anos mais velho que Kyle, mas era alto, largo e forte. O loiro tentou não pensar nisso e continuar subindo o olhar até o rosto do lagarto, onde um sorriso gentil quebrava a imagem dura e séria que ele costumava ter.

— Oi, Kyle. Eu tava te procurando. — eram as palavras que Rogelio dizia a seu modo, no entanto o loiro não entendia o som mais parecido com rugidos.

— Me desculpa, cara. Eu não consigo te entender. — respondeu, sentindo as bochechas esquentarem a começarem a corar.

O lagarto deu de ombros e coçou a nuca, dando um sorriso tímido e tirando um papel amassado do bolso. Havia um ar de hesitação muito claro, mas ele logo inspirou profundamente e entregou a folha ao colega de equipe.

Kyle franziu de leve as sobrancelhas enquanto olhava o coração meio torto desenhado na parte da frente da página dobrada ao meio de um dos blocos de notas que costumavam usar ali na Zona do Medo, então abriu e percebeu que do lado direito havia um desenho seu (não era muito bem feito, mas dava para si reconhecer) e do lado esquerdo estava escrito “Feliz 14 anos. Amor R.”

— Eu espero que você tenha gostado. — Rogelio rugiu, logo se lembrando de que o loiro não entenderia, então agradeceu mentalmente por não ser fisicamente capaz de corar, enfiou as mãos nos bolsos e saiu dali andando com os ombros encolhidos.

Kyle apertou o cartão de aniversário improvisado sobre o peito e sorriu com lágrimas de alegria banhando suas bochechas enquanto observava o corpo verde e musculoso se afastando. Era a primeira vez na vida que não se importava por chorar. Era a primeira vez na vida que sentia que alguém se importava.

***

O frio da noite começava a tomar conta da Zona do Medo enquanto os cadetes estavam se arrumando para dormir. Kyle estava prestes a subir na cama de cima do beliche quando seus colegas de equipe Lonnie e Rogelio entraram no quarto, cada um segurando sua escova de dente e com uma toalha pendurada no ombro.

No geral, Kyle era muito medroso e às vezes isso o irritava em proporções incalculáveis. Como naquele tipo de situação em que apenas queria tentar falar com alguém e uma alavanca parecia ter sido virada em seu cérebro, ligando uma tempestade de medos bobos e incertezas, fazendo-o travar e desistir. Mas naquele dia ele não quis se deixar dar para trás outra vez, não de novo, então inspirou profundamente, largou a escada e se virou para Rogelio.

— Oi, cara. Como você tá? — perguntou, sentindo os músculos de seus ombros ficando tensos pelo nervosismo.

— Oi. Eu... To um pouco cansado, mas bem. — respondeu em rugidos tímidos, mas com um sorriso largo. — E você?

— Pode repetir, por favor. — Kyle pediu, ficando com as bochechas vermelhas.

— Cansado, mas bem. — rugiu de novo, tentando soar mais claro.

— Po-pode falar mais devagar? — pediu de novo, se encolhendo e engolindo em seco.

— Fala sério, Kyle! — Lonnie ralhou impaciente. — Ele disse que tá meio cansado, mas tá bem e perguntou como você tá.

— Como você consegue, Lonnie? Como sabe o que ele diz? — Kyle questionou com um ar de frustração na voz.

— Eu não sei, depois de um tempo você só passa a entender. — a garota deu de ombros. — Você tá aqui há tanto tempo quanto ele e eu, se conversasse mais com ele acho que já teria começado a entender também.

— Olha, não é que eu não queira conversar com você, eu só tenho vergonha de não te entender. — Kyle disse com um sorriso triste para o colega de equipe. — Mas eu não quero que isso continue impedindo a gente de ser amigos. Você teria um pouco de paciência comigo?

Rogelio encarou os olhos grandes e inocentes de Kyle, sentindo o coração derreter com aquelas palavras junto àquele olhar tão doce, então segurou a mão do loiro e sorriu gentilmente, dizendo.

— Não importa se você não consegue, só por tentar já me deixa feliz.

— Ele disse que só por você tentar ele já fica feliz. — Lonnie traduziu sem precisar ser perguntada. — Agora eu vou deitar antes que as coisas fiquem mais estranhas. Boa noite.

Rogelio soltou a mão do colega ao perceber o que estava fazendo, riu constrangido e foi se deitar tentando não transparecer ainda mais sua vergonha.

Kyle subiu na cama de cima do beliche e ficou olhando para o teto por algum tempo até que, torcendo para todos já estarem dormindo, se virou com a barriga para baixo e foi indo para a beirada do colchão até poder passar a cabeça da beirada e olhar para a cama de baixo onde o lagarto já dormia com o corpo enrolado como uma bola verde que produzia um ronco baixo e ritmado.

O jeito que ele dormia era tão fofo.

Ele era tão fofo.

***

Era o dia de manutenção da sala de treinamento e não havia nenhuma missão para ser cumprida no momento, então os cadetes estavam livres para fazer o que quisessem. Claro que o dia não estava bonito, nunca estava em um lugar tão metálico e cheio de fumaça como a Zona do Medo, mas só o cheirinho fresco de uma há muito desejada folga já dava uma cor à mais ao lugar.

Adora, Felina, Kyle, Lonnie e Rogelio começaram a tarde jogando um jogo de tabuleiro em que o objetivo era invadir um reino inimigo e dominar o território, era um dos poucos jogos permitidos por seus superiores, mas depois de algum tempo de partida Felina foi descuidada e sua personagem acabou sendo capturada pela princesa com o poder de controlar as plantas, o que a fez ficar irritada, virar o tabuleiro inteiro e sair correndo. É claro que Adora foi atrás como um cachorrinho, para variar.

Lonnie organizou a peças e guardou tudo de volta na caixa, bufou irritada e disse que ia levar o jogo de volta para o dormitório.

Kyle e Rogelio deitaram no chão de metal e ficaram encarando o céu cinzento da Zona do Medo em silêncio por alguns minutos.

— Pelo menos não deu tempo de eu fazer besteira dessa vez. — Kyle comentou com um sorriso divertido. — Assim não é mais um motivo pra me zoarem.

— Você é fofo, Kyle. E é melhor do que pensa. — Rogelio rugiu com um sorriso gentil, desviando o olhar para o colega. — Você tem que confiar mais em si mesmo.

O loiro arregalou os olhos e virou o rosto subitamente, o olhando também. — Repete a última coisa que você falou.

— Devia confiar mais em si mesmo.

— Você disse “confiar”? — perguntou com um sorriso empolgado.

Rogelio afirmou com a cabeça, sorrindo largo também. Bom, todos os seus sorrisos eram largos por ter uma boca grande, mas aquele era mais largo de alegria.

— AI CARAMBA, EU ENTENDI O QUE VOCÊ DISSE! — gritou eufórico. — Tá bom, foi uma palavra só, mas isso já é um começo, né?

Rogelio afirmou de novo, compartilhando da empolgação.

Kyle rolou para cima do corpo verde do lagarto e o abraçou com força, só percebendo o que estava fazendo alguns segundos depois e corando violentamente enquanto voltava ao seu lugar no chão, mas Rogelio estava tão feliz que seu sorriso ao olhar para Kyle evidenciava que estava tudo bem, eles estavam bem.

Aquele era um começo.

***

Era uma tarde quente na Zona do Medo e os cadetes estavam na academia. Kyle estava sentado em um banco próprio para supino enquanto observava Rogelio fazendo barra do outro lado da pequena e abafada sala.

Ver os músculos dele flexionando enquanto ele subia e descia o grande corpo verde e forte lhe causava sensações estranhas. Ele gostava de pensar que era apenas um misto de inveja e admiração por querer ser como o lagarto, mas se fosse só isso não teria essa vontade enorme de tocar aquele corpo másculo e lindo.

Rogelio finalizou o exercício e saltou de volta para o chão, logo notando o olhar castanho sobre si, então sorriu e foi até o colega de equipe.

— Oi. Você levanta isso? — perguntou apontando para a barra com uma anilha de 50kg de peso de cada lado.

Kyle prestou atenção no tom do colega e seguiu olhou para onde ele indicava, deduzindo o que ele estava dizendo mesmo não entendendo muito bem.

— Ah! Não, não. Isso é da Lonnie. — respondeu com um sorriso envergonhado. — Eu só venho aqui porque é protocolo d’A Horda, mas eu sou muito fraco e, como a Felina faz questão de me lembrar em todo treino, eu sempre vou ser um peso morto na equipe.

— Não fala assim, não é verdade. — Rogelio sentou ao lado do loiro e colocou uma mão sobre o ombro dele em apoio. — Você se coloca demais pra baixo, só tem que começar a tentar mais e ter paciência. Com o tempo você vai aguentar levantar mais e mais peso, mas tem que partir de algum lugar. Tenha confiança, eu ajudo você.

— Amigão, eu só entendi “não é” alguma coisa, “pra baixo”, “paciência”, “confiança” e, eu acho, “ajudar”. — Kyle riu ficando ainda mais corado.

Rogelio riu achando-o extremamente fofo, então segurou-o pela mão e o puxou até os halteres, então entregou um par para ele e pegou dois para si também.

— 2kg? Eu não vou fazer isso, é muita humilhação. A Lonnie consegue usar as de 15kg e isso tranquilamente. — murmurou encarando os pesos em suas mãos.

— Você não é a Lonnie, é o Kyle. — Rogelio resmungou em rugidos, revirando os olhos. — Vamos, você chega no quinze, talvez, mas tem que passar pelo dois primeiro.

— Rogelio....

— Quieto! Vem comigo.

O lagarto mostrou a postura e ficou encarando Kyle de forma séria até ser imitado, ele não fez corretamente, mas Rogelio o auxiliou e o ensinou a fazer uma série de exercícios. Foi só o primeiro treino de muitos.

Claro que Kyle era um aluno difícil por ser extremamente inseguro de si mesmo, porém Rogelio não o deixava desistir nem desanimar, confiava no loiro o bastante pelos dois e tentou ao máximo passar essa confiança para ele.

***

Kyle estava muito animado enquanto andava pelos corredores da Zona do Medo àquela manhã, pois estava voltando de uma missão noturna de reconhecimento diferente das que tinha o costume de fazer, pois em geral ele apenas ia como piloto de transporte ou mecânico para o caso de algo dar errado, no entanto, depois de vários meses de treinamento com Rogelio, estava mais forte, com equilíbrio e resistência melhores e seus reflexos também ficaram mais apurados, não muito, mas ficaram. Por isso permitiram que ele saísse do transporte e ajudasse a analisar uma vila rebelde com discrição para planejar a estratégia para um futuro ataque.

Claro, a missão foi a noite e não houve nenhuma luta ou perigo real, porém poderia ter tido e ele estava lá para enfrentar pela primeira vez.

A vila era muito mais bonita que o lugar onde morava, o céu noturno era lilás e azul, não um constante cinza causado por nuvens espessas de fumaça, o ar parecia mais leve e respirável e o ambiente era cheio de plantas coloridas que cheiravam super bem, nada era feito de metal verde e frio. Chegava até a ser curioso pensar que estavam do lado certo lutando conta gente que vivia dessa maneira.

Mas Kyle não queria refletir sobre isso no momento, estava feliz demais para questionar a vida e o mundo onde vivia. Sua maior vontade era chegar ao dormitório, estava quase na hora dos alarmes tocarem. Se tivesse sorte conseguiria chegar a tempo para acordar Rogelio e falar com ele antes de todos levantarem.

Acordá-lo discretamente foi algo difícil de se fazer. Como alguém que dormia tão fofo podia ser um sono tão pesado?

Enfim, depois de alguns minutos acabou conseguindo, mas quase não tinha mais tempo para conversar com ele, teria que ser rápido.

— Kyle? — murmurou num rugido sonolento enquanto esfregava os olhos, terminando de despertar. — Oi! Como foi a missão?

— Foi muito bem, não tivemos imprevistos e eu saí do transporte. Você tinha razão, eu estava pronto. E... — Kyle corou, mas por sorte não ficou tão nítido no escuro, então puxou uma flor azul e violeta que havia colhido e guardado com muito cuidado dentro da bolsa que levava pendurada em seu ombro. — Olha, essa planta parece o céu daquela vila. Lá era lindo e, sabe, eu nunca teria criado coragem de sair e participar de verdade de uma missão se você não tivesse acreditado em mim primeiro. Isso é pra você, como um agradecimento. Alguém incrível como você merece um céu lindo como aquele.

— Você tão é adorável. — Rogelio pegou a flor que parecia menor em sua mão grande, trouxe para perto das narinas e inspirou o cheiro suave e doce. — Eu sempre vou acreditar em você porque te vejo como você é e sei que é melhor do que pensa ser. Você merece o mundo.

— Eu só entendi metade do que você disse, mas você que é adorável. — Kyle sorriu largo e abraçou-o com força.

No entanto o alarme soou, o que denunciava que era hora do lagarto se arrumar para o novo dia e Kyle podia dormir por ter virado a noite em missão.

***

Lonnie e Adora estavam em uma missão àquela tarde, os treinamentos do dia já haviam acabado e Felina estava em algum lugar da Zona do Medo provavelmente procurando alguma confusão onde se meter. Isso até deixava Kyle aliviado, pois ela o assustava um pouco e ficar só com Rogelio no dormitório também não estava sendo nada mal.

Os dois estavam jogando um jogo inventado pelo lagarto há alguns anos, ele desenhava várias coisas em pares, recortava e espalhava os papeis virados com a frente para baixo, um de cada vez ia desvirando dois papeis tentando achar dois desenhos iguais, quem encontrasse mais pares quando todos os papeis tivessem acabado seria o vencedor.

Kyle não tinha uma memória lá muito boa, então era péssimo naquele joguinho e estava perdendo feio, no entanto o detalhe estranho era que havia um sorriso enorme em seu rosto que se recusava a sair.

— Você parece bem animado. — Rogelio comentou enquanto desvirava mais um par de papeis. — Isso! Outro par pra mim. Agora são seis pares a dois, o que significa que você só pode empatar ou perder agora, se tiver sorte.

— Ah, não tem problema. — Kyle riu e desvirou um par. — Yeah, mais um pra mim. Não tá tão mal. Pois é, eu meio que to animado sim.

— E será que o seu amigo verde mais legal pode saber o porquê? — o lagarto não olhou os papeis ao fazer sua jogada, era bom de memória e queria dar mais chances para o loiro poder empatar.

— Ah, não. — murmurou com uma risada nervosa enquanto suas bochechas coravam. — Eu não posso te dizer, você vai me achar um bobo.

— Eu não te acho bobo, te acho fofo. — respondeu automaticamente, logo ficando com vergonha, então tentou não demonstrar repentina sua timidez. — Me conta, vai. Por favor.

— Tá boooom. Olha, em geral eu só entendo uma parte do que você diz e preciso deduzir o resto em uma frase que faça sentido ou pedir ajuda pra Lonnie, mas hoje estamos juntos o dia todo e eu entendi tudinho que você falou. — Kyle admitiu sorrindo largo.

— Então tá feliz por... Conversar comigo? — Rogelio tentava não sorrir demais para não transparecer o quanto estava emocionado em ouvir aquilo.

— Agora você tá me achando bem mais bobo que fofo, eu aposto. — brincou, desviando o olhar envergonhado.

— Não, ainda te acho mais fofo. — o lagarto respondeu, reprimindo um suspiro. — E, se quer saber, eu gosto do tempo que a gente passa conversando agora. Quase ninguém aqui me entender de verdade e eu to bem feliz que uma dessas pessoas é você.

***

Estava prestes a dar meia-noite, Kyle e Rogelio sairiam em missão em alguns minutos e estavam terminando de se arrumar enquanto seus colegas, os que seriam o piloto e o mecânico da vez, estavam checando se estava tudo ok com o transporte.

Kyle olhou para a luva em sua mão esquerda e percebeu que estava usando seu par mais novo, talvez não fosse uma ideia boa usar essas em missão porque não se ganhava roupas novas com frequência na Zona do Medo e era bom fazer tudo durar. Com isso em mente, tirou as luvas e abriu o armário para pegar um par um pouco mais desgastado, mas sem que ele percebesse Rogelio se aproximou e por ser mais alto acabou vendo o que havia grupado com fita adesiva no fundo do seu armário.

— Eu não acredito! Você... Ainda guarda isso? — rugiu com um sorriso bobo brincando em sua boca.

Kyle bateu a porta de metal com mais força que o necessário por reflexo, no entanto já sabia que não tinha volta, ele já havia visto o cartão de aniversário desenhado à mão, o singelo presente dado por ele três anos antes. Agora tudo o que podia fazer era respirar bem fundo e tomar coragem para encarar os olhos amarelos.

— S-sim. Eu guardo porque é muito especial pra mim. Pode parecer bobo... Na verdade, é bobo, mas isso significou tanto pra mim. E aproveitando que eu estou admitindo isso, tem algo que eu não quero mais guardar. Eu não sabia o momento certo pra te dizer isso, mas eu gosto de você. Não como amigo. Quer dizer, como amigo também, você é meu melhor amigo, o que eu quero dizer é que eu gosto de você daquele jeito.

Rogelio riu, sentindo seu coração acelerado. — Kyle... Eu sou apaixonado por você desde que escrevi isso. Eu tentei escrever pelo menos umas vinte cartas e dizer o que eu sentia, só que no final eu acabei amarelando. Ainda assim queria te dar algo de aniversário e escrevi o cartão.

— Eu estou metade eufórico e metade em choque. Bem feliz, mas não consigo ter uma reação de tão chocado. Não sei o que fazer.

— Bom, se não se importa, eu tenho uma ideia.

Rogelio acariciou o cabelo de Kyle, percorrendo os dedos pelos fios loiros até parar com a mão em sua nuca, então aproximou seus rostos e o beijou com carinho e delicadeza, mas ao mesmo tempo com paixão e muita vontade.


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