O fim da guerra trouxe para Draco dois sentimentos conflituosos: alívio e pavor. Ele tinha a incrível sensação de finalmente poder respirar depois dos últimos anos que servira um mestre que jamais quisera. A sensação era idêntica ao de emergir na água após longos sob a água.

Entretanto havia um medo palpável que o cercava. E ele sabia que aquele medo se devia ao julgamento e olhares que recebia sempre que se expunha no Mundo Bruxo. Não era um simples desconforto, mas sim algo tão incomodo, que o fazia sentir falta de ar só com a singela menção de precisar sair da Mansão.

O fim da guerra também trouxera pesadelos diários da Batalha de Hogwarts. Era quase como reviver toda desgraça em tempo real. O gosto do sangue em sua boca, a fuligem impregnada em sua pele, o odor de queimado.

Draco Malfoy se fechou em si próprio, passando dias preso dentro de seu quarto imenso dentro da Mansão, aguardando o seu julgamento e os de seus pais. Temia por aquele dia, assim como temera o dia que fora posto frente a frente de Albus Dumbledore para o matar.