A Descendente e os Caçadores. escrita por Princess of the night


Capítulo 1
Prólogo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/791750/chapter/1

Três semanas antes...

A chuva forte caia do lado de fora da casa, a garota dos cabelos alaranjados e olhos castanhos esverdeados estava sentada observando a mesma cair, ela suspirou e se levantou, na TV passava os créditos de seu filme favorito e o tédio reinava ali já a alguns longos minutos.

Ela caminhou até a cozinha onde abriu a geladeira pegando uma lata de refrigerante, a abriu dando uma golada e em seguida voltou para sala, mas antes de se sentar passou em frente a porta que dava ao porão e logo lhe veio à mente algo que sua mãe havia lhe dito.

“Vou tirar algumas coisas do porão, dê uma olhada e pegue o que não quer que eu jogue fora.”

A garota suspirou novamente e abriu a porta, puxou uma cordinha que acendia a lâmpada para iluminar a escada, desceu as escadas praticamente correndo, uma mania adquirida com o tempo, nunca conseguia descer uma escada se não fosse correndo sem contar o tanto de vezes que já levou tombos nelas. Após descer as escadas procurou o interruptor para clarear o local, em alguns segundos o ambiente já estava claro, a ruiva olhou pra frente vendo várias caixas empilhadas e nenhuma com identificação do que eram o que a fez resmungar pegando a primeira.

Bonecas velhas, brinquedos velhos, roupas velhas, livros escolares velhos, naquele lugar realmente só havia velharias, a garota que se encontrava ajoelhada no chão fechou a caixa pronta para empilhar as várias caixas novamente, quando viu um baú de madeira com desenhos esculpidos nele o mesmo tinha partes pintadas de vermelho e dourado, a garota se aproximou e viu que o baú era antigo, não velho já que estava muito bem conservado, ela o virou vendo um grande cadeado o trancando, ela puxou o baú - que era bem pesado, mas algo que ela conseguia aguentar com esforço- para um canto e empilhou novamente as caixas, após todas as caixas estarem empilhadas ela pegou o baú e com certo esforço o levou para fora do porão.

—Calyssa? –uma voz perguntou assustando a garota e a fazendo derrubar o baú no chão.

—Ai mãe, que susto. –disse a ruiva ofegante com a mão sobre o peito.

—Desculpe, mas o que está fazendo com esse baú? -perguntou tirando a jaqueta jeans que vestia.

—Você disse para pegar o que não queria que você jogasse fora, e isso foi a única coisa que me interessou, de quem era? Do meu pai?

—Ér... Era. Acho melhor jogarmos isso fora querida. –disse a mãe de Calyssa se aproximando do baú.

—Não, não... –disse a garota. –Não vai jogar fora, ele agora é meu, a única coisa que tenho de meu pai já que nunca me deu nada dele.

—Filha, por favor...

—Mãe, não, eu vou ficar com ele e quero abri-lo para ver o que tem dentro...

—Eu não tenho a chave. -falou a ruiva que tinha os cabelos acima dos ombros.

—Eu quebro o cadeado. –retrucou Calyssa determinada.

—Caly...

—Estou indo mãe. –Calyssa pegou o baú e subiu para seu quarto.

[...]

A ruiva estava andando de um lado para o outro em seu quarto, logo respirou fundo encarando o baú no canto do quarto e se jogou na cama. “Droga!” praguejou a garota. Calyssa já havia desistido de quebrar o cadeado do baú, não queria quebra-lo afinal um cadeado aparentemente de prata e todo trabalhado com símbolos –estranhos, ela devia admitir - como aquele não encontraria em lugar algum.

—E agora? O que eu faço? –perguntou para si mesma se sentando.

Mas após poucos segundos encarando o criado mudo um pequeno sorriso surgiu no canto da boca da garota. Rapidamente ela se levantou pegando seu celular e discando o número que sabia de cor e conhecia tão bem quando seu guarda-roupa.

Alô?

[...]

—Meu Deus... –disse o homem analisando o baú, os cabelos grisalhos do mesmo pareciam estar mais brancos desde a última vez que Calyssa havia o visto, mas os olhos claros ainda eram os mesmos e se destacavam do mesmo modo atrás dos óculos de armação clara que escorregavam pelo nariz, da mesma forma de anos atrás.

—Então vovô, consegue abri-lo? –perguntou o garoto ao lado de Calyssa.

—Sim, provavelmente. A onde conseguiu essa raridade minha jovem? –perguntou o senhor com os olhos brilhando, o que fez a ruiva sorrir.

—Era de meu pai, é a única coisa que sei a respeito, Sr. Thompson. –respondeu sorrindo ao senhor.

—Vocês podem me dar uma hora? Não acho que irei demorar para abri-lo.

—Claro Sr. Thompson, o tempo que precisar!

—Vem, vamos ficar lá dentro. –disse o garoto a Caly que o seguiu.

Ambos entraram em uma porta que ficava atrás do balcão da loja do Sr. Thompson, era praticamente uma sala, com alguns modeladores de chaves, cadeados e trancas, em outro canto alguns relógios que pareciam muito antigos, porém bem conservados. Calyssa se sentou no sofá de dois lugares junto com o amigo e repousou as pernas em cima das dele.

—O que acha que tem lá dentro Caly? –perguntou o garoto e a amiga o encarou, o mesmo tinha cabelos castanhos e pele bem clarinha, olhos castanhos e lábios incrivelmente bem desenhados.

—Não faço a mínima ideia Louis. –ela disse e ele assentiu pensativo. —Tá tentando descobrir, não está? –ela perguntou divertida.

—O que você acha? –perguntou de volta risonho.

—Tá, tá. Mas mudando de assunto, seu avô parece bem.

—É, ele parece, mas até quando? –perguntou Louis suspirando, Calyssa tirou suas pernas de cima das do amigo e deitou a cabeça no ombro do mesmo.

—Sabe, você não tem que pensar “até quando?”, só tem que aproveitar o momento... –ela disse e suspirou, mas logo ouviu uma risada baixinha. —O que foi?

—É engraçado ouvir você, logo você, falando essas coisas. –respondeu rindo.

—Eu não sou tão ruim com as palavras quanto parece, e você sabe disso, idiota.

—Ah, mas é claro! -riu provocando a amiga.

Meia hora depois...

—Louis, Calyssa, venham eu consegui. –chamou Sr. Thompson e rapidamente os jovens estavam ao lado do velho senhor. —Eu não abri pois acho que quem deve fazer isto é você Calyssa!

Caly simplesmente assentiu e caminhou até o baú, respirou fundo e disse:

—Quero vê-lo somente em casa, pode ser Louis? –o garoto somente deu de ombros.

—Desde que eu esteja junto... Por mim tudo bem. –a ruiva sorriu indo na direção do senhor de olhos claros.

—Sr. Thompson, muito obrigada, o senhor não sabe o quanto isso é importante para mim, é a única coisa que tenho de meu pai. –disse ela sorrindo com os olhos brilhando.

—Sinto saudades da época que me chamava de avô, Calyssa. –falou o senhor sorrindo triste e a menina sorriu abertamente.

—Desculpe, pensei que não lembrava mais disso, fiquei envergonhada.

—Vem dar um abraço nesse velho caindo aos pedaços ruivinha. –como uma criança que não via os avôs a muito tempo Calyssa abraçou o senhor forte. —E você Louis, cuide bem dela, uma jovem bonita como ela precisa de cuidados. –falou após soltar a jovem que riu vermelha.

—Qual é vovô? Se ela é bonita eu sou o Brad Pitt. –a ruiva só revirou os olhos e ajudou o amigo a pegar o baú.

—Até breve, vovô. –despediu-se deixando um sorriso no rosto do senhor.

[...]

Os jovens estavam sentados de frente para o baú, a garota olhava fixamente para ele analisando cada detalhe desenhado, já o garoto respirava fundo controlando a paciência ele queria que a amiga abrisse logo o baú e parasse de enrolar.

—Certo... Vamos lá! –falou colocando as duas mãos sobre baú e lentamente abrindo-o.

—Só isso? –perguntou Louis se levantando bravo enquanto a menina pegava o grande livro que tinha dentro do baú. —Fala sério, todo esse drama, por isso? Um livro? Ah, eu não acredi...

—Louis. –chamou a garota parecendo tensa.

—O que foi? –perguntou sem entender a reação da amiga.

—Feche a porta. –disse séria encarando o baú.

—O que?

—Feche logo a porta!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Estou aqui, reescrevendo a história, espero que gostem.
Desculpem pelos erros e aceito criticas construtivas.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Descendente e os Caçadores." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.