Os Mistérios do Amor escrita por AmanteSolitária


Capítulo 27
Quem é o cara? (Cam)


Notas iniciais do capítulo

Apesar de não ouvir de vocês há algum tempo, aqui vai mais um capítulo dentro do prazo e feito com muito amor!
Em breve tem capítulo novo em "Nos acordes"



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P.O.V Cameron

 

Na sexta-feira, estava caminhando em direção a minha sala de aula, quando avistei Sammy no corredor. Este estava quase vazio, com algumas pessoas em transito, mas o que me chamou a atenção foi a pessoa com quem ela conversava: Nate.

Me aproximei lentamente, ficando atrás dela, antes de me pronunciar:

—Está tudo bem aqui, Sammy? - Coloquei a mão em suas costas como forma de suporte.

—Claro.- Disse Nate. - É óbvio que ele apareceu. - Ele soltou um riso sarcástico, olhando para mim. - Sabe, eu tinha quase desistido da aposta até você aparecer. Foi quando Jason abriu meus olhos. - Eu o encarava profundamente. Apesar da vontade de repetir a sessão de socos que havíamos passado uma vez, Sam não merecia passar por isso. - Você estava, descaradamente, dando em cima da minha namorada… Só faltavam as vestes de salvador da pátria para completar.

—Loss,- Retruquei rapidamente.- Eu não preciso estar afim de Sam para protege-la. - Respirei fundo antes de continuar. - Mas você não saberia disso, já que a sua ideia de se preocupar com uma garota é foder com ela e depois com a vida dela.

—Há quanto tempo isso está acontecendo, Samantha? - Nate apontava para Sam e para repetidamente com um sorriso sarcástico no rosto.- A Emma sabe disso? Ela vai ficar uma fera. - Não tinha o que a Emma saber, meu querido.

—Não tem nada acontecendo, Nathan.- Sam negou, tanto em fala quando com seu gesto de cabeça. - Não coloque em cima de mim as justificativas para os seus erros. - Essa era a garota por quem eu estava apaixonado. Nos viramos e saímos em direção a sala de aula.

 

***

No sábado, fomos a festa de Catalina Von Lurk. Num certo momento, Sammy estava na pista e muitos pares de olhos se voltavam para ela, mas ela nem percebia. A verdade era que estava impossível não olhar. Ela estava dançando e rebolando de uma forma que fazia com que qualquer um ficasse maluco, eu principalmente.

Depois de poucos minutos, não me contive e me aproximei por trás, colocando as mãos em sua cintura. Ela continuou dançando, o que só fez com que eu a quisesse ainda mais. A puxei contra mim, colando nossos corpos, e suas costas se chocaram com a parte mais sensível do meu corpo, que precisava dela.

Afastei seus cabelos para um único lado, deixando seu pescoço disponível para que eu pudesse beija-lo. A resposta dela em reação a isso me fez não querer parar, mas ela se virou para mim, me lembrando que não deveríamos. Me afastei, antes que fizesse uma bobagem.

***

Na semana seguinte, estava no meu quarto ouvindo música, quando olhei pela janela, pensando em Sam. A cena que vi foi desapontadora: Sammy, a minha Sammy, estava estudando com outro cara… No quarto dela. Eles estavam rindo, se divertindo, e uma onda de ciúmes me percorreu. Não me contive e fui até a casa dela, para olhar na cara do infeliz, mas ela me expulsou rapidamente.

Ela estava me trocando por outro? Havia me largado para estudar com outro e em breve seus lábios estariam colados nos lábios de outro.

Só voltei a janela mais tarde naquele dia, quando Sam estava sozinha olhando o céu:

—Quem era o cara, Sam? - Perguntei, tentando me certificar de que ela não estaria saindo com ninguém outra vez.

—Por que você fez isso, Cameron? - Ela me olhou desapontada.- Como você sabia que ele estava aqui?

—Essa janela me rende mais do que conversas, Samantha. Eu vi vocês dois aí. - Disse fazendo uma careta e ela passou a mão pelos cabelos, cansada.

—Cam, era só um cara da escola. Nada demais. -Ela me olhou outra vez.- Estávamos apenas estudando.

—Porque nós dois nunca estudamos no seu quarto, Sam? - Ela desviou o olhar com timidez.

—Porque fica bem mais fácil de fazermos burrada com você aqui em cima. - Ela tinha razão. Com ela tão perto, seria fácil nos perdermos.

—Eu só queria você, Sammy. Como mais do que só amigos. - Respondi triste. Eu só queria Samantha Vermond.

—Eu também, Cam, mas eu não quero ter que escolher entre você e a minha melhor amiga.

—Eu sei… E está tudo bem.-Respondi, forçando um sorriso.

***

Na manhã seguinte, estava tomando café da manhã em paz, quando Emma reclamou comigo por conta do cereal:

—Cam, você não deixou o suficiente pra mim.

—E quando é suficiente, Emma? - Aquela garota já estava me tirando do sério.- Quando alguma coisa vai ser suficiente pra você?

—Não precisa ser rude, eu só falei. - Respondeu minha irmã.

—Com você nunca é só falar, Emma. - Bufei. - Se as coisas não saem exatamente como você espera, você se revolta contra o mundo e ignora todos ao seu redor. Não sei como você acha que será o mundo fora da sua imaginação.

—Isso tudo por causa de um cereal? - Ela me questionou, mas não respondi, não poderia explicar como aquilo, na verdade, tinha a ver com Sam.

 

***

Na mesma tarde, lá estávamos eu e Sammy, na casa dela, mais uma vez estudando. Ela havia começado a me auxiliar com as outras matérias, para que eu continuasse no time de basquete.

Depois de três horas seguidas de matemática, não conseguimos mais pensar, e decidimos ir até a cozinha. Sammy pegou alguns morangos e estava saboreando-os enquanto conversávamos sobre as nossas bandas preferidas:

—Apesar de não existir mais, The Cab terá sempre um lugar no meu coração. - Respondeu ela logo antes de morder o morango, que soltou um líquido e escorreu rapidamente pelo seu decote. Segui a gota com o olhar e, assim que se perdeu, voltei meus olhos para seus lábios.

Ela os umedeceu com a língua, com o intuito de limpa-los, mas isso só me fez querer ainda mais que eles se colassem aos meus. Ela sorriu e eu soube que precisava dela na minha vida para sempre.

Sem pensar muito, passei a mão por trás de sua nuca e a puxei para um beijo. Ela retribuiu. O beijo foi profundo e lento, apesar do meu coração não bater no mesmo rítmo. Era apenas nós dois, nos reconhecendo, estando juntos.

Quando nos afastamos, continuei a conversa como se nada tivesse acontecido. Estávamos, aos poucos, desenvolvendo esse costume de matarmos o desejo de beijar um ao outro e fingir que nada havia acontecido, o que, no fundo, os dois sabiam o quão perigoso aquilo era.

 


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Notas finais do capítulo

Por favor, compatilhem comigo suas impressões, opiniões e ideias! Gosto muito de ouví-las por aqui.
Beijinhos e até sábado



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